Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
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Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular Fig. 46 – Alimentação da pessoa tetraplégica utilizando dispositivos de compensação. Ensino • Consciencializar a pessoa e família ao longo do internamento da importância da escolha da dieta. • Motivar a introdução de alimentos ricos em fibra e pobres em hidratos de carbono. • Comer bem em qualidade e quantidade. Devido à redução da actividade física pode não necessitar de comer grandes quantidades para não aumentar o peso. • Manter uma ingestão hídrica equilibrada repartida ao longo do dia. • Eliminar da dieta bebidas gaseificadas. • Utilizar dispositivos de compensação na alimentação sempre que necessário, tendo por objectivo a melhoria da autonomia de pessoa. 4.9 – sono e rePouso O sono, enquanto estado neurofisiológico activo e sincronizado com o ciclo de luz do meio ambiente, é influenciado por reacções neuroquímicas complexas provenientes dos núcleos reticulares do tronco cerebral, mediado por neurotransmissores. (33) O período de latência do sono será o que decorre entre a intenção de dormir e o adormecer. O momento do sono é o tempo que decorre entre o momento a partir do qual a pessoa adormece até ao momento em que acorda. (33) O sono reparador é um componente essencial da saúde que afecta o bem‐ ‐estar e a qualidade de vida. (33) A falta de descanso e o sono de má qualidade podem provocar uma relação causal entre fadiga, cansaço e a diminuição da cognição, aumentando a probabilidade de sofrer ou causar acidentes por erro humano. As pessoas com TVM apresentam regularmente queixas ao nível do sono. A insónia surge por dor, ansiedade resultante do medo da noite, medo do 161
cadErnOs OE futuro, preocupações relativas à família e reinserção socioprofissional (Consultar 4.1). As pessoas com LM, sobretudo as tetraplégicas que apresentam lesões ao nível de C5 ou acima, sofrem alterações fisiológicas ao nível da regulação da temperatura corporal, hormonal, da função respiratória e cardiovascular que poderão contribuir para o risco de períodos de hipóxia nocturna, aumentando a ansiedade destas relativamente à noite e ao sono (Consultar Anexo 7). A imobilidade, a tendência à obesidade, o efeito dos sedativos e anti‐ ‐espasmódicos podem contribuir no compromisso da permeabilidade das vias aéreas superiores, diminuindo‐lhes o calibre, podendo também desencadear ou agravar a hipoventilação e hipóxia. (33) Por vezes as rotinas do internamento, o ambiente, a luz, a temperatura, o ruído, o tipo de cama e colchão podem contribuir para alterar os seus hábitos anteriores. A falta de repouso ou insónia podem originar alterações do seu desempenho diário nas actividades de vida e nos exercícios terapêuticos por cansaço, diminuição de energia, alterações de comportamento, tais como irritabilidade e agressividade. Se o sono não for adequado, pode comprometer os objectivos que a pessoa com TVM se tinha proposto alcançar no seu tratamento pela diminuição de potencial de reabilitação. O enfermeiro deve estar atento a esta situação dado que a pessoa, sobretudo no internamento, está sujeita a alterações significativas do estilo de vida. A hospitalização e a incapacidade geram stress, sendo indutoras de muita ansiedade e dificultando o restabelecimento do sono e repouso adequados. 162
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futuro, preocupações relativas à família e reinserção socioprofissional (Consultar<br />
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As pessoas com LM, sobretudo as tetraplégicas que apresentam lesões ao<br />
nível <strong>de</strong> C5 ou acima, sofrem alterações fisiológicas ao nível da regulação da<br />
temperatura corporal, hormonal, da função respiratória e cardiovascular que<br />
po<strong>de</strong>rão contribuir para o risco <strong>de</strong> períodos <strong>de</strong> hipóxia nocturna, aumentando<br />
a ansieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas relativamente à noite e ao sono (Consultar Anexo 7).<br />
A imobilida<strong>de</strong>, a tendência à obesida<strong>de</strong>, o efeito dos sedativos e anti‐<br />
‐espasmódicos po<strong>de</strong>m contribuir no compromisso da permeabilida<strong>de</strong> das vias<br />
aéreas superiores, diminuindo‐lhes o calibre, po<strong>de</strong>ndo também <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar<br />
ou agravar a hipoventilação e hipóxia. (33)<br />
Por vezes as rotinas do internamento, o ambiente, a luz, a temperatura, o<br />
ruído, o tipo <strong>de</strong> cama e colchão po<strong>de</strong>m contribuir para alterar os seus hábitos<br />
anteriores.<br />
A falta <strong>de</strong> repouso ou insónia po<strong>de</strong>m originar alterações do seu <strong>de</strong>sempenho<br />
diário nas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vida e nos exercícios terapêuticos por cansaço,<br />
diminuição <strong>de</strong> energia, alterações <strong>de</strong> comportamento, tais como irritabilida<strong>de</strong><br />
e agressivida<strong>de</strong>.<br />
Se o sono não for a<strong>de</strong>quado, po<strong>de</strong> comprometer os objectivos que a<br />
pessoa com TVM se tinha proposto alcançar no seu tratamento pela diminuição<br />
<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> reabilitação.<br />
O enfermeiro <strong>de</strong>ve estar atento a esta situação dado que a pessoa, sobretudo<br />
no internamento, está sujeita a alterações significativas do estilo <strong>de</strong> vida.<br />
A hospitalização e a incapacida<strong>de</strong> geram stress, sendo indutoras <strong>de</strong> muita<br />
ansieda<strong>de</strong> e dificultando o restabelecimento do sono e repouso a<strong>de</strong>quados.<br />
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