Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa

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05.01.2015 Views

Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular A pessoa / familiar / cuidador devem ser ensinados e incentivados a verificar e registar em impresso próprio diário, no respectivo horário, dados que permitirão verificar a adequação do programa de esvaziamento, evolução e intercorrências. Registos • Ingestão de líquidos (quantidade ingerida) • Sensação de repleção vesical ou equivalente: – Ligeira; – Moderada; – Forte. • Micção: – Quantidade; – Posição sentada (cadeira de rodas); – Posição em decúbito (leito). • Características da urina: – Límpida; – Concentrada; – Com sedimento; – Hemática; – Odor normal ou atípico. • Intercorrências: – Perda de urina; – Traumatismos; – Exsudados observados. • Volume Residual (quantidade de urina drenada) Tratamento Medicamentoso As disfunções de armazenamento da bexiga podem ser causadas por hiper‐ ‐reflexia ou hipotonia do detrusor e / ou função deficiente dos esfíncteres uretrais, podendo originar baixa capacidade vesical, retenção urinária ou incontinência urinária por regurgitação. A hiper‐reflexia do detrusor pode diminuir com anticolinérgicos que actuam sobre a própria musculatura da bexiga. (50) A utilização de medicamentos anti‐espásticos que, além de actuarem na redução da espasticidade da musculatura esquelética, também actuam ao nível 137

cadErnOs OE do esfíncter externo, é muitas vezes associada aos anticolinérgicos para permitirem a micção reflexa. (50) O encerramento ineficaz do mecanismo do esfíncter uretral interno pode ser melhorado com medicamentos estimulantes simpáticos alfa. Contudo, o uso continuado pode ter a longo prazo consequências cardiovasculares indesejáveis. (50) Os antagonistas alfa‐adrenérgicos diminuem a resistência uretral. O encerramento ineficaz do esfíncter voluntário externo não responde a qualquer medicamento neuro‐urológico, mas pode responder a reeducação, fortalecimento ou procedimentos cirúrgicos. (50) Acompanhamento Após a Alta Para que se observem resultados a longo prazo, é necessário que a pessoa, após a alta, seja observada regularmente em consulta, independentemente do método de esvaziamento da bexiga. Na consulta, a enfermeira especialista de Reabilitação deverá reavaliar dificuldades encontradas, ganhos adquiridos, reforçar o ensino se necessário e motivar a pessoa para novos progressos. 4.4.2 – eliminação intestinal Intervenção de Enfermagem nas Alterações da Eliminação Intestinal Na fase aguda, enquanto a pessoa com LM se encontra em fase de choque medular, a complicação gastrointestinal mais frequente é o íleos paralítico para o qual devem ser tomadas as medidas necessárias: SNG em drenagem, dieta 0, monitorização constante do equilíbrio hídrico e reposição hidroelectrolítica por via parentérica (70) (Consultar 3.4, Anexo 7 e Anexo 14). Quando os ruídos hidroaéreos retornarem, deverá ser instituída uma dieta líquida. Se tolerada, deverá progressivamente ser instituída dieta pastosa, normal, hipercalórica e rica em fibras. A ingestão líquida adequada é importante e deve estar sempre articulada com a mesma, necessária ao tratamento do trato urinário. 138

<strong>Guia</strong> dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm<br />

à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular<br />

A pessoa / familiar / cuidador <strong>de</strong>vem ser ensinados e incentivados a verificar<br />

e registar em impresso próprio diário, no respectivo horário, dados que<br />

permitirão verificar a a<strong>de</strong>quação do programa <strong>de</strong> esvaziamento, evolução e<br />

intercorrências.<br />

Registos<br />

• Ingestão <strong>de</strong> líquidos (quantida<strong>de</strong> ingerida)<br />

• Sensação <strong>de</strong> repleção vesical ou equivalente:<br />

– Ligeira;<br />

– Mo<strong>de</strong>rada;<br />

– Forte.<br />

• Micção:<br />

– Quantida<strong>de</strong>;<br />

– Posição sentada (ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas);<br />

– Posição em <strong>de</strong>cúbito (leito).<br />

• Características da urina:<br />

– Límpida;<br />

– Concentrada;<br />

– Com sedimento;<br />

– Hemática;<br />

– Odor normal ou atípico.<br />

• Intercorrências:<br />

– Perda <strong>de</strong> urina;<br />

– Traumatismos;<br />

– Exsudados observados.<br />

• Volume Residual (quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> urina drenada)<br />

Tratamento Medicamentoso<br />

As disfunções <strong>de</strong> armazenamento da bexiga po<strong>de</strong>m ser causadas por hiper‐<br />

‐reflexia ou hipotonia do <strong>de</strong>trusor e / ou função <strong>de</strong>ficiente dos esfíncteres<br />

uretrais, po<strong>de</strong>ndo originar baixa capacida<strong>de</strong> vesical, retenção urinária ou incontinência<br />

urinária por regurgitação.<br />

A hiper‐reflexia do <strong>de</strong>trusor po<strong>de</strong> diminuir com anticolinérgicos que<br />

actuam sobre a própria musculatura da bexiga. (50)<br />

A utilização <strong>de</strong> medicamentos anti‐espásticos que, além <strong>de</strong> actuarem na<br />

redução da espasticida<strong>de</strong> da musculatura esquelética, também actuam ao nível<br />

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