Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular Na mulher, a técnica deverá ser realizada na cama em posição de sentada, coxas em abdução, membros inferiores flectidos e pés aproximados, para facilitar a exposição e observação do meato urinário através do espelho com pé. Inicialmente, esta posição poderá ser difícil de atingir pela falta de equilíbrio dinâmico. Neste caso procede‐se à elevação do plano superior do leito de modo a facilitar a posição de semi‐sentada e coloca‐se uma almofada sob os joelhos. Esta posição também poderá ser utilizada em mulheres que apresentem espasticidade em extensão dos membros inferiores (posição de relaxamento). (82)(90) Quando há dificuldade em manter os membros inferiores em abdução, por espasticidade em grau severo, pode utilizar‐se o abdutor ou afastador. Coloca‐ ‐se no terço inferior das coxas para manter a abdução das mesmas. Fig. 40 – Abdutor de membros inferiores que facilita duplamente o auto‐esvaziamento na mulher por possuir um espelho que permite melhor visualização do meato urinário. Numa fase de maior independência e já com prática, a mulher deverá ser incentivada a executar a técnica sem espelho. Posteriormente, de acordo com a progressão de execução da técnica e do controlo da ingestão hídrica, a mulher poderá realizar a mesma na posição de sentada na cadeira / sanita. 133
cadErnOs OE Procedimento da Técnica Limpa no Auto‐esvaziamento no Sexo Feminino (82)(90) • Lavar bem as mãos com água e sabão líquido. • Colocar junto a si tabuleiro com material necessário (à direita para os destros ou à esquerda para os esquerdinos), urinol e espelho. • Despir a roupa permitindo a exposição da região genital. • Realizar posicionamento adequado e adaptado à sua situação. • Posicionar saco de sujos, urinol e espelho. • Desinfectar as mãos com líquido desinfectante deixando secar muito bem as mãos. • Abrir a embalagem das compressas e colocar soro na área central. • Abrir a embalagem da sonda tendo o cuidado de a manter protegida. • Afastar os grandes lábios com a mão esquerda (nas pessoas destras) para visualizar bem no espelho o meato urinário. • Pegar numa compressa embebida em soro, pelas pontas, não tocando no centro da mesma. • Proceder à limpeza do meato urinário, no sentido descendente. • Pegar na sonda com a mão livre e introduzi‐la com movimento seguro e suave no meato urinário até aparecer urina. • Colocar a extremidade inferior da sonda dentro do urinol. • Realizar movimentos suaves de pressão vesical, no sentido descendente e centrípeto, usando a palma da mão, ajudando à completa eliminação vesical. • Retirar lentamente a sonda quando deixar de sair urina. • Retirar a sonda com a extremidade dobrada para evitar que a urina saia fora do recipiente próprio e colocá‐la no saco de sujos. • Limpar novamente o meato com compressa. • Avaliar volume e características da urina. • Lavar ou desinfectar as mãos. • Arrumar o material limpo e acondicionar o saco de sujos em recipiente próprio. Fig. 41 – Procedimento sequencial da técnica limpa no auto‐esvaziamento no sexo feminino. 134
- Page 84 and 85: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 86 and 87: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 88 and 89: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 90 and 91: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 92 and 93: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 94 and 95: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 96 and 97: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 98 and 99: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 100 and 101: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 102 and 103: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 104 and 105: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 106 and 107: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 108 and 109: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 110 and 111: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 112 and 113: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 114 and 115: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 116 and 117: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 118 and 119: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 120 and 121: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 122 and 123: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 124 and 125: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 126 and 127: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 128 and 129: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 130 and 131: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 132 and 133: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 136 and 137: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 138 and 139: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 140 and 141: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 142 and 143: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 144 and 145: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 146 and 147: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 148 and 149: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 150 and 151: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 152 and 153: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 154 and 155: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 156 and 157: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 158 and 159: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 160 and 161: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 162 and 163: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 164 and 165: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 166 and 167: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 168 and 169: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 170 and 171: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 172 and 173: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 174: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 177 and 178: cadErnOs OE (14) HUDDLESTON, Sandra
- Page 179 and 180: cadErnOs OE (56) HORTA, L. - Síndr
- Page 181 and 182: cadErnOs OE (94) EQUIPA DE ENFERMAG
- Page 183 and 184: cadErnOs OE (124) MAYNARD, Frederic
<strong>Guia</strong> dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm<br />
à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular<br />
Na mulher, a técnica <strong>de</strong>verá ser realizada na cama em posição <strong>de</strong> sentada,<br />
coxas em abdução, membros inferiores flectidos e pés aproximados, para facilitar<br />
a exposição e observação do meato urinário através do espelho com pé.<br />
Inicialmente, esta posição po<strong>de</strong>rá ser difícil <strong>de</strong> atingir pela falta <strong>de</strong> equilíbrio<br />
dinâmico. Neste caso proce<strong>de</strong>‐se à elevação do plano superior do leito <strong>de</strong><br />
modo a facilitar a posição <strong>de</strong> semi‐sentada e coloca‐se uma almofada sob os<br />
joelhos. Esta posição também po<strong>de</strong>rá ser utilizada em mulheres que apresentem<br />
espasticida<strong>de</strong> em extensão dos membros inferiores (posição <strong>de</strong> relaxamento).<br />
(82)(90)<br />
Quando há dificulda<strong>de</strong> em manter os membros inferiores em abdução, por<br />
espasticida<strong>de</strong> em grau severo, po<strong>de</strong> utilizar‐se o abdutor ou afastador. Coloca‐<br />
‐se no terço inferior das coxas para manter a abdução das mesmas.<br />
Fig. 40 – Abdutor <strong>de</strong> membros inferiores que facilita duplamente o auto‐esvaziamento<br />
na mulher por possuir um espelho que permite melhor visualização do meato urinário.<br />
Numa fase <strong>de</strong> maior in<strong>de</strong>pendência e já com prática, a mulher <strong>de</strong>verá ser<br />
incentivada a executar a técnica sem espelho. Posteriormente, <strong>de</strong> acordo com<br />
a progressão <strong>de</strong> execução da técnica e do controlo da ingestão hídrica, a mulher<br />
po<strong>de</strong>rá realizar a mesma na posição <strong>de</strong> sentada na ca<strong>de</strong>ira / sanita.<br />
133