Edição nº 195 - Exército

92 - Cultural
Saudação às Escolas
Práticas e à Escola das
Armas
MGen Ref José Inácio Sousa
Há cerca de 126 anos, no reinado de D.Luís I é criada em
Mafra a Escola Prática de Infantaria e Cavalaria por carta de lei do
visconde de S. Januário de 22 de Agosto de 1887. Outras escolas
se lhe seguiram acompanhando o sentido da modernização dos
exércitos ocorrida em finais do século XIX por razão da evolução
dos instrumentos militares entre os quais merece relevo o aparecimento
em força da metralhadora que rapidamente ocupou lugar de
relevo nos campos de batalha. A criação da Escola foi uma decisão
estruturante e de modernização, dotou o Exército com uma escola
de formação que se manteve até aos nossos dias. Refira-se que a
iniciativa acompanhou as tendências modernizadoras da época. Em
1881 William Sherman criava em Leavenworth a Escola de Aplicação
de Infantaria e Cavalaria que viria a evoluir para o actual Command
and General Staff College.
Três anos após a fundação da Escola Pratica de Infantaria e
Cavalaria a Escola Prática de Cavalaria separa-se. Em 1890 instala-se
em Vila Viçosa iniciando um caminho próprio que a levou a Torres
Novas em 1902, Santarém em 1957 e em 2006 para Abrantes onde
hoje está sediada.
A Escola Pratica de Engenharia tem a sua génese na reorganização
de 1869 na então designada Escola Regimental Prática de
Engenharia. O seu estabelecimento em Tancos foi confirmado em
1880. Em 1886 é inaugurado o campo militar, com a presença do Rei
D. luís I e do Ministro da Guerra, Fontes Pereira de Melo e criada a
Escola Prática de Engenharia.
Em 1857 começam os trabalhos e estudos que precederam
a criação da Escola Prática de Artilharia em Vendas Novas sob a
direcção do Coronel de Artilharia Caros Maria de Caula. Em 1860
inicia-se o funcionamento do estabelecimento militar, e passa a designar-se
por “novo campo de instrução”. O primeiro regulamento
da Escola Prática de Artilharia data de 28 de Abril de 1861 data que
marca o início do funcionamento regular da Escola.
As Transmissões estão inicialmente integradas nas tropas de
Engenharia. Em 1911, foram criados no Porto dois Corpos de Tropas
de Engenharia, um no activo, outro na reserva. Fazia parte do corpo
activo uma secção de telegrafistas de campanha. As transmissões
viriam a permanecer integradas nos Regimentos de Sapadores Mineiros
sediados em Lisboa e no Porto. Em 1965 o Regimento de
Engenharia nº2 passa a Regimento de Transmissões herdando as