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Edição nº 195 - Exército

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72 - Formação<br />

mando 1 , entre outros. Os objetivos dos simuladores são os mesmos<br />

e aplicam-se de igual forma a todos:<br />

••<br />

Garantir que a formação e o treino são o mais real possível;<br />

••<br />

Com reduzidos custos;<br />

••<br />

Aumentar a proficiência dos formandos;<br />

de sistemas de armas, ligeiras e peadas, individuais e coletivas. No<br />

entanto, atualmente o CST2 dispõe apenas de programas que garantem<br />

o treino individual, de parelha e de Esquadra de Atiradores 5 , com<br />

armento ligeiro. Os programas disponíveis são os seguintes:<br />

Combat Skills Trainer<br />

Programa que permite treinar a destreza, rapidez, memória<br />

muscular e reflexos do atirador, ideal para sessões de tiro reativo e<br />

dinâmico.<br />

••<br />

Redução dos riscos com acidentes, durante as sessões<br />

de formação e treino.<br />

No caso concreto do CST2, é um simulador de tiro de armas<br />

ligeiras, virtual 2 de nível 1 3 , o que significa, que cria cenários virtuais<br />

através de computador e é para aplicação a baixos escalões.<br />

Infraestrutura e organização<br />

O CST2 está instalado no edifício junto ao gimnodesportivo,<br />

mesmo à entrada para a tapada militar, pelo acesso do Alto da Vela,<br />

num edifício recuperado, que nos seus dias mais gloriosos funcionou<br />

durante muito tempo como um teatro de tiro. O comando da<br />

EPI decidiu manter a mesma finalidade, treinar o tiro, mas com um<br />

importante salto tecnológico, na área da simulação de tiro. No final<br />

do ano passado (Novembro 2013), a escola recebeu da empresa<br />

Laser Shot Europe, os equipamentos necessários para montar e organizar<br />

o centro em 3 salas de simulação de tiro. Estas salas que o<br />

compõem têm as mesmas características e capacidades, variando<br />

apenas as suas dimensões.<br />

Equipamentos Laser Shot<br />

Para o sistema funcionar com o máximo de rendimento, são<br />

necessários os seguintes equipamentos: computador, projetor, colunas<br />

de som, câmara Laser Shot e arma com um sistema laser incorporado<br />

ou adaptado. Para utilização nas salas de simulação, existem<br />

12 réplicas de pistolas com laser incorporado e 12 adaptadores laser<br />

para espingarda, permitindo a utilização das 3 salas em simultâneo,<br />

tendo como referência, que os programas permitem a realização de<br />

tiro, com uma linha de tiro de 4 atiradores 4 .<br />

Programas de Laser Shot<br />

Os programas disponíveis permitem a formação e treino<br />

com armas ligeiras, pistola e espingarda, contudo existe uma larga<br />

variedade de programas e equipamentos para uma variada tipologia<br />

1 Exemplo do sistema VIGRESTE.<br />

2 A simulação pode ser classificada em real, virtual e construtiva. A real envolve pessoal verdadeiro<br />

operando sistemas reais, utilizando apenas sistemas de simulação dos efeitos provocados pelo<br />

armamento/equipamento utilizado, ex: SITPUL. A virtual envolve pessoal verdadeiro operando<br />

sistemas/equipamentos simulados, num ambiente virtual gerado por computador ex: simuladores<br />

de voo, simuladores de condução e simuladores de tiro. A simulação construtiva envolve pessoal<br />

simulado operando sistemas/equipamentos simulados. Uma simulação construtiva poderá incluir a<br />

combinação de meios informáticos (programas de gestão de incidentes e de jogos de guerra) com<br />

simulação através de atores reais (Role Players), ex: VIGRESTE.<br />

3 A simulação pode ser classificada de nível 1, 2 e 3:<br />

A de nível 1, permite formação/treino de guarnições, assim como o treino de tiro até ao escalão<br />

pelotão. A de nível 2, permite a formação/treino de táctica até ao escalão Companhia/Bataria/<br />

Esquadrão. A de nível 3, permite formação/treino de comandantes e estados-maiores de unidades<br />

constituídas, normalmente de escalão batalhão ou superior (podendo ir até nível operacional ou<br />

estratégico da guerra).<br />

4 Sistema foi desenvolvido com base na Fire Team do US Army, composta por 4 elementos (Team<br />

Leader, Grenadier, Automatic Rifleman e Rifleman).<br />

Course of Fire<br />

Este programa simula virtualmente uma carreira de tiro, com<br />

várias opções para selecionar tipos de alvos e distâncias, ideal para<br />

o treino de tiro de precisão, permitindo o treino completo do ciclo<br />

de tiro 6 .<br />

Branching Videos<br />

Este programa permite a visualização de filmes com cenários<br />

reais, excelente para um treino realista com a integração do tiro<br />

e da técnica de combate numa sessão de treino de tiro, sem risco de<br />

acidente e com a possibilidade ilimitada de repetições.<br />

Outra grande possibilidade é o seu programa editor, que tem<br />

a capacidade de editar filmes, significa que os cenários podem ser<br />

desenvolvidos (montados tipo um filme) de acordo com as necessidades<br />

de treino de uma força, tendo em consideração os fatores<br />

de decisão 7 .<br />

Fase de experimental<br />

Esta fase decorreu durante o primeiro semestre do presente<br />

ano, contou com o apoio de vários formandos de cursos ministrados<br />

na EPI e de várias unidades que realizaram exercícios na tapada<br />

militar de Mafra. A avaliação final relativamente ao CST2, superou<br />

as espectativas, sendo que o feedback dos militares que utilizaram o<br />

simulador foram neste sentido, desde do soldado ao capitão, Cmdt<br />

de Companhia, todos foram unânimes ao considerem que o sistema<br />

permite uma melhoria significativa do atirador, identificaram como<br />

principais vantagens, o facto de o sistema conseguir corrigir imediatamente<br />

os erros cometidos, antes de avançar para a carreira de tiro,<br />

repetir procedimentos até atingir o padrão exigido para cada sessão<br />

de tiro e o fator motivacional para os soldados, porque o sistema dá<br />

uma resposta imediata sobre o resultado do tiro.<br />

Formação<br />

Na área da formação, o CST2 tem uma aplicabilidade<br />

quase ilimitada, dependendo apenas do fator tempo<br />

disponível para a sua utilização e de recursos<br />

humanos (controladores do sistema e formado-<br />

5 Esquadra de Atiradores com efectivo de 4 militares, tem aplicabilidade para todas as unidades de<br />

Infantaria do <strong>Exército</strong>. Se não vejamos, nas unidades de infantaria mecanizadas, as SecAtMec, tem<br />

um efectivo de 10 militares (1 sarg e 9 pr), sendo que 1 é o condutor da VBTP e outro é o CmdtSec.<br />

Nas unidades blindadas de rodas, é exactamente igual às unidades mecanizadas. Nas unidades de<br />

infantaria ligeira, dos BI da ZMA e da ZMM, as SecAt, tem um efectivo de 9 militares (1 sarg e 8<br />

pr), por último, nas unidades de infantaria paraquedistas, as SecAt, tem um efectivo de 8 militares (1<br />

sarg e 7 pr).<br />

6 Relacionado diretamente com os fundamentos do tiro.<br />

7 Fatores de decisão: Missão, Inimigo, Terreno e Condições Meteorológicas, Meios, Tempo e<br />

Considerações Civis (MITM+TC).

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