Edição nº 195 - Exército

64 - Temas Gerais
Após um demorado e não muito fácil processo de seleção
e transporte dos futuros formandos entre a Somália e Bihanga, eis
que se inicia o período de formação em meados de Abril. Apresentaram-se
para frequentar o Coy Cdr Course, 25 elementos com
postos compreendidos entre tenente e major e com idades compreendidas
entre os 20 e os 54 anos. A disparidade entre os graus
de conhecimentos era tanta que tornaria as tarefas atribuídas às
equipas de formação, num desafio maior do que se estaria a espera
inicialmente. Após vencer as primeiras barreiras culturais e linguísticas,
começa o curso a entrar na rotina de formação desejada em
que as semanas de formação decorreram sem problemas de maior
e de forma como anteriormente haviam sido planeadas. Os formandos
foram ganhando novos conhecimentos e capacidades, de
tal forma que o curso nos tenha surpreendido com uma evolução
bastante significativa. O desafio inicial de querer “talhar uma pedra
em bruto” sem ter disponíveis as ferramentas adequadas estava a
tomar uma forma que agradava ao conjunto dos formadores envolvidos.
Após 14 semanas de instrução sobre múltiplas matérias chega
a hora de por à prova os conhecimentos adquiridos através de um
exercício final com duração de cinco dias. Para este exercício, a
equipa de formação adotou o método CPX, criando uma situação
tática inicial e jogando o jogo da guerra em tempo real. Para isso o
curso foi dividido em dois batalhões de infantaria, cada batalhão a
três companhias e uma força opositora constituída por duas companhias
de forma a proporcionar o máximo de incidentes e permitir
o planeamento possível aos dois batalhões. Foi sem dúvida uma
semana árdua para os alunos, que se viam pela primeira vez responsáveis
pelo planeamento das suas operações, sentindo diretamente