Edição nº 195 - Exército
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AZIMUTE <strong>195</strong> - 63<br />
A equipa de formação tem por objetivo facultar toda a informação<br />
possível e adequada aos militares do curso de capitães<br />
de forma que no final do período formativo de cerca de três meses,<br />
estejam aptos a responderem aos principais deveres e responsabilidades<br />
de um comandante de subunidade e colaborarem como<br />
elementos constituinte de uma unidade de escalão batalhão. Deverão<br />
ainda ser capazes de tomar decisões acertadas nas suas ações<br />
de comando, de forma rápida ou em tempo eficiente, estudando<br />
as possíveis opções que dispõem ao seu alcance, e aptos para as<br />
comunicarem corretamente.<br />
Tendo o anterior objetivo em foco, a equipa de formadores<br />
concentrou os seus métodos de ensino em quatro ideias gerais: Liderança,<br />
Prática de Comando, Planeamento de Operações e desenvolvimento<br />
dos conhecimentos Técnicos, Táticos e Procedimentos<br />
do emprego das unidades de escalão Companhia. Em coordenação<br />
estreita com o país vizinho, elaborou-se um detalhe de instrução<br />
(SYLLABUS) e um horário de acordo com uma fita do tempo e<br />
os requisitos estipulados pelo comando da missão EUTM-Somalia.<br />
Das 720 horas de formação, distribuídas ao longo de 15 semanas,<br />
seis dias por semana, destacam-se instruções de organização militar,<br />
tática geral de operações, ordens e planos, logística das subunidades,<br />
prática pedagógica relativa á prática de educação física e tiro, bem<br />
como exercícios práticos de planeamento.<br />
A missão em si e todos os seus imponderáveis, tornaram<br />
esta, um desafio aliciante, que Portugal abraçou mesmo sabendo as<br />
dificuldades que poderiam apresentar os futuros formandos, nomeadamente<br />
pelo baixo grau de formação e cultura militar. A primeira<br />
equipa de formação foi projetada para o Teatro de Operações em<br />
inícios de Março deste ano com o intuito de ser proporcionado<br />
um tempo mínimo de sobreposição com os elementos nacionais<br />
existentes no TO, bem como facilitar a integração plena das duas<br />
equipas de países vizinhos que passariam a trabalhar em conjunto<br />
nesta primeira parte do mandato.<br />
importância conferida a esta missão, aos diversos níveis político-militares,<br />
a Escola Prática de Infantaria considerou que o aprontamento<br />
da Equipa Coy Cdr deveria ser realizado, no âmbito da formação<br />
dos parâmetros de qualidade anteriormente observados em outras<br />
ações de formação da Escola, incluindo o aprontamento administrativo-logístico,<br />
Para além disso, garantiu que a todos os militares<br />
nomeados fossem conferidas as competências necessárias para a<br />
tipologia da formação em questão, garantindo formação C-IED, socorrismo,<br />
inglês, tiro, prática pedagógica específica e outras matérias<br />
que ao longo de quase dois meses permitiram um aprontamento<br />
adequado para a missão.<br />
À chegada ao Campo de Treino de Bihanga, as futuras<br />
equipas de formadores da EUTM-Somalia receberam um brífingue<br />
sobre as novas especificidades do treino, exigidas para este novo<br />
mandato. Após um período de adaptação, seguiu-se a fase de preparação<br />
estrutural e documental com vista a receber os futuros<br />
formandos procurando-se logo ai a qualidade que força nacional<br />
se tinha comprometido antes de deixar o Território Nacional e a<br />
nossa Escola. Era de facto o sentido do dever e sobretudo a vontade<br />
de por em prática o lema “Saber Fazer”. Por parte do comando<br />
da missão foi atribuído os meios humanos e materiais para permitir<br />
o sucesso das instruções futuras, onde se destacam duas salas de<br />
aulas recentemente recondicionadas para o efeito, dois intérpretes<br />
de origem queniana por cada curso para auxiliar numa tradução<br />
da língua inglesa para somalis da forma mais correta, bem como<br />
oficiais do Exercito Ugandês (UPDF), para auxiliarem as equipas na<br />
gestão logística e tática dentro da Escola de Formação de Bihanga,<br />
área onde está inserido o BTC.