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Edição nº 195 - Exército

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AZIMUTE <strong>195</strong> - 55<br />

diversas tipologias de missão que lhe forem atribuídas, logo na fase<br />

inicial das operações, sendo posteriormente e logo que a segurança<br />

da cabeça-de-ponte aérea esteja garantida, substituído o sistema<br />

morteiro por obus, ou no caso da projeção estratégica permitir uma<br />

economia significativa de espaço em situações, nomeadamente<br />

operações NEO, onde existam restrições nos meios aéreos disponíveis,<br />

de número de levas ou de cubicagem, para a realização da<br />

operação de modo a efetuar o ApFg necessário a partir da zona de<br />

aterragem.<br />

A integração de um computador de tiro, de um sistema de<br />

navegação inercial e de comunicações digitais seguras, permitem<br />

que uma boca-de-fogo se auto localize, envie as coordenadas ao<br />

PCT de Bateria, de Pelotão ou que funcione como uma Plataforma.<br />

Este conceito permite a adoção de diversas modalidades de ação<br />

essenciais ao conceito de ApFg do GAC da BrigRR. Uma Bateria<br />

poderá ocupar uma única zona de posições, zonas de posições de<br />

pelotão ou mesmo adotar outras modalidades de ação de acordo<br />

com as necessidades de ApFg que, poderá mesmo passar por uma<br />

única boca-de-fogo cumprir uma determinada missão.<br />

O GAC embora empregue munições sem guiamento, dispõe<br />

de equipamentos de cálculo automático do tiro e de tecnologia<br />

que lhe permite aumentar a precisão dos fogos, sendo que para o<br />

morteiro se tornar um sistema de armas verdadeiramente complementar<br />

ao obus, é essencial a aquisição de um sistema de calculo<br />

automático para morteiro para um ApFg coerente e consistente<br />

com o atual ambiente operacional.<br />

Considerações Finais<br />

••<br />

O Moderno Campo de Batalha caracteriza-se por um<br />

ambiente urbano e pela sensibilidade a danos colaterais,<br />

sendo que os desafios operacionais no Afeganistão<br />

passam por uma necessidade de elevada precisão, de<br />

uma capacidade contínua de produção de objetivos e a<br />

autonomia ao nível Pelotão.<br />

••<br />

Os fogos com Artilharia ou Morteiro são integrados no<br />

EM/GAC, onde o sistema automático de Comando e<br />

Controlo e a estrutura de Apoio de Fogos garantem a<br />

integração dos fogos na manobra.<br />

••<br />

Verifica-se um contra-ciclo nos Morteiros, se a Infantaria<br />

deseja rapidez, procedimentos simples e supressões de<br />

fogos com o Morteiro 81 mm, por seu lado a Artilharia<br />

deseja aumento da precisão e do alcance com Morteiro<br />

120 mm.<br />

••<br />

Os Batalhões estão a fugir aos Morteiros pesados, ficam-se<br />

pelo Morteiro 81 mm, sendo o Morteiro 120 mm<br />

atribuído à Artilharia. Quanto maior o alcance, maior a<br />

necessária precisão e efeitos controlados.<br />

••<br />

O objetivo para os Morteiros de 60 mm e 81 mm é o<br />

aumento da precisão e não do alcance, uma vez que<br />

trabalham nos limites dos Batalhões e o aumento do alcance<br />

é para sistemas Morteiro de 120 mm.<br />

••<br />

A qualificação básica dos nossos OAv e os equipamentos<br />

de localização só são adequados para supressões e<br />

não permitem a precisão ao primeiro tiro e aos longos<br />

alcances necessários à Artilharia. Urge melhor equipamento<br />

de observação e localização.<br />

••<br />

Os <strong>Exército</strong>s do Canadá, Alemanha, Itália, Holanda, Roménia,<br />

Suécia, França, Inglaterra (marines) e Dinamarca<br />

apresentam sistemas Morteiros na Artilharia, quer se<br />

apresentem nas unidades de reação rápida ou em dupla<br />

valência de apoio de fogos.<br />

••<br />

Em termos de organização das unidades de artilharia o<br />

GAC é a unidade fundamental. No entanto, a sua estrutura<br />

será modular e flexível por forma a adaptar-se às<br />

necessidades operacionais da missão. A tendência será<br />

para que incorpore baterias equipadas com diferentes<br />

materiais (bocas-de-fogo, foguetes, morteiros) e diferentes<br />

capacidades.<br />

••<br />

O conceito de Apoio de Fogos à Brigada está centrado<br />

na prontidão para o combate de acordo com a capacidade<br />

de prossecução da Missão da BrigRR, visando<br />

encarar os Morteiros no GAC como mais um sistema<br />

de armas da capacidade de apoio de fogos à Brigada,<br />

mantendo-se a missão de apoio e adquirindo maior flexibilidade<br />

conforme as necessidades de apoio específicas<br />

da Brigada de Reacção Rápida.<br />

••<br />

O Morteiro 120 mm integra-se num sistema de sistemas<br />

onde as prioridades neste momento se colocam na busca<br />

de precisão, pelo que a maioria dos países presentes<br />

na conferência apostam em equipamentos de cálculo,<br />

de pontarias e de localização. Procurando enquadrar<br />

esta prioridade, a melhoria da capacidade do sistema de<br />

armas 120 mm na BrigRR, deverá consubstanciar como<br />

1ª prioridade a aquisição de colimadores, aparelhos de<br />

pontaria oculares e computador balístico, como 2ª prioridade<br />

a aquisição de novos goniómetros-bussola e novos<br />

binóculos com telémetro e maior alcance, sistemas<br />

de localização (inerciais das armas e objetivos - Lightweight<br />

Counter Mortar Radar (LCMR)) e designadores<br />

de objetivos e como prioridade de longo prazo a aquisição<br />

de um novo Morteiro 120 mm estriado.

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