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Edição nº 195 - Exército

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38 - Temas Gerais<br />

um papel fundamental neste ponto porque no QO o PelRec tem<br />

disponível apenas quatro viaturas e a SecVCB nas missões de vigilância<br />

e os UAV alargam as capacidades do Batalhão neste ponto.<br />

A missão principal do PelACar é destruir as viaturas blindadas<br />

do Inimigo, tais como Carros de Combate, Viaturas de Combate de<br />

Engenharia, Viaturas de Combate de Infantaria e Viaturas Blindadas<br />

de Transporte de Pessoal. Tem como missões secundárias bater outras<br />

viaturas, armas colectivas, posições fortificadas e outros objectivos<br />

pontuais. O PelACar pode ser empregue em Acão de Conjunta<br />

(A/C), Apoio directo (A/D) e Reforço. Na A/C, o PelACar está sob o<br />

controlo do Comandante de Batalhão (Cmdt Bat) apoiando o Batalhão<br />

como um todo de forma a responder aos pedidos das Companhias.<br />

No A/D o Cmdt Bat tem comando sobre o PelACar, dispondo<br />

as respectivas Secções AntiCarro (SecACar) de forma a darem<br />

apoio a uma das Unidades de manobra. O Reforço neste caso não<br />

deve ser considerado uma missão táctica mas uma relação de comando<br />

em que as SecACar ficam sob o controlo da Unidade a que<br />

foram atribuídas de reforço, que é responsável pelo seu emprego. Na<br />

articulação o PelACar ou parte dele deve ser mantido em A/C sob<br />

controlo do Cmdt Bat, normalmente, o Cmdt Bat atribui a SecACar<br />

às CAt/SubAgr o que facilita a integração dos fogos ACar mas não<br />

deve atribuir armas isoladas por forma a assegurar o apoio mútuo<br />

(sobreposição de sectores), no mínimo uma SecACar (duas armas).<br />

O PelMortP tem como finalidade primária proporcionar o<br />

apoio de fogos imediato e contínuo à manobra das Unidades de<br />

escalão Companhia e Batalhão, complementando e reforçando os<br />

fogos directos destas Unidades. O PelMortP pode ser empregue em<br />

A/C em que o PelMortP está posicionado de forma a conseguir<br />

apoiar todas as Unidades de manobra em 1º escalão. Outra forma<br />

de emprego é em A/D, missão em que uma Unidade de Morteiros<br />

apoia directamente uma Unidade de manobra, respondendo aos<br />

pedidos de tiro efectuados pela Unidade de manobra. E por fim o<br />

Reforço, missão atribuída quando o Cmdt Bat pretende que uma<br />

Unidade de Morteiros, no todo ou em parte, seja capaz de bater<br />

Objetivos (Obj) Planeados por outra Unidade de Morteiros com as<br />

mesmas características. Pode ainda existir a possibilidade de Acção<br />

de Conjunto/Reforço que acontece quando uma Unidade está em<br />

A/C, tendo adicionalmente a missão de reforçar com fogos outras<br />

Unidades não orgânicas, a fim de aumentar o volume de fogos a<br />

essas Unidades. O comandante de Batalhão tem assim a possibilidade<br />

de aplicar o PelMortP, como um todo, dividido ao meio ou<br />

por secção. Como um todo o pelotão ocupa uma só posição de<br />

tiro existindo maior comando e controlo mas a vulnerabilidade aumenta<br />

devido à concentração. Com o PelMortP dividido ao meio,<br />

cada duas secções funcionam como um elemento de tiro colocando<br />

as armas posicionadas de modo a fazer fogo na área de<br />

responsabilidade da unidade de manobra apoiada com respectivo<br />

Posto Controlo de Tiro (PCT), este método de emprego é utilizado<br />

quando a área de Obj é muito extensa e por isso o Pelotão não tem<br />

capacidade de cobrir toda a área de um única posição de tiro. Na<br />

aplicação do Pelotão por secções como unidades de tiro separadas,<br />

em que cada uma apoia uma Unidade de manobra, é menos desejável<br />

podendo surgir em situações de apoio a forças de segurança,<br />

na defesa de frentes muito extensas, no apoio a patrulhas ou apoio<br />

ELDC. Um elemento do PCT deve acompanhar a secção isolada. O<br />

comandante de Batalhão dispõe destas possibilidades de emprego<br />

táctico do Apoio de Combate devendo fazer um estudo aprofundado<br />

das modalidades de acção (m/a) do inimigo/força opositoras para<br />

assim escolher a melhor forma de o aplicar.<br />

Situação Actual<br />

A situação actual do 1º Batalhão de Infantaria (1º BI) é diretamente<br />

influenciada pelo processo de implementação do projecto<br />

PANDUR. A CAC é a Companhia mais afetada pelo cancelamento<br />

da recepção de alguns meios. O 1º BI tem levantado uma CCS em<br />

todas as suas valências, duas Companhias de Atiradores (1ªCAt e<br />

2ªCAt) com três pelotões e Secção Canhão, a 3ªCAt encontra-se<br />

com um levantamento de 5% (Viaturas). A Companhia de Apoio de<br />

Combate tem o pelotão de Reconhecimento, o pelotão Anticarro, o<br />

pelotão de Morteiros Pesados e uma SecVCB.<br />

Na CAC, do QO previsto, só o PelRec tem todas a viaturas<br />

orgânicas, mas não recebeu os o Sistema de Míssil ACar de Médio<br />

Alcance (x2) para equipar a SecCanhão e Comando, nem o Sistema<br />

de Míssil ACar de Curto Alcance (x2) para equipar as secções de<br />

reconhecimento. Os restantes pelotões encontram-se a utilizar o<br />

material referente à orgânica antiga da Brigada Ligeira de Intervenção<br />

em viaturas e armamento, nomeadamente o morteiro Pesado<br />

Tampella Tipo B rebocado em viaturas IVECO 40.10 e o míssil Anticarro<br />

MILAN. A SecVCB tem dois radares transportados em viaturas<br />

de ¼ tonelada.<br />

O PelMortP e PelACar encontram-se neste momento a<br />

treinar as suas TTP com o morteiro Tampella tipo B rebocado e o<br />

míssil MILAN, soluções encaradas como temporárias para manter as<br />

capacidades dos pelotões activas. Comparativamente verificam-se<br />

algumas diferenças, parte delas com impacto substancial no Potencial<br />

de Combate.<br />

O PelACar está equipado com o Sistema Lança Misseis<br />

MILAN e com as viatura ligeira UMM COURNIL com montagem<br />

veicular. É um míssil ligeiro com um alcance máximo de 2 km, um<br />

tempo de voo de 12 a 13 segundos, é filo-guiado, com uma guarnição<br />

treinada tem uma cadência de tiro de 2 a 3 tiros por minuto<br />

sendo capaz de penetrar numa blindagem até 850 mm. Para equipar<br />

organicamente o PelACar com PANDUR estava previsto um míssil<br />

pesado filo-guiado como o TOW 2 ITAS com o alcance de 3,75 quilómetros,<br />

um tempo de voo de 16 a 21 segundos com uma cadência<br />

de tiro de 2 a 3 tiros por minuto e uma penetração em blindagens<br />

reactivas. O material utilizado neste momento para treino não consegue<br />

acompanhar de forma eficaz a velocidade de progressão de<br />

uma força equipada com PANDUR e os seus alcances são curtos<br />

para prestar um apoio eficaz às mais longas distâncias. Para maior<br />

interoperabilidade e capacidade de fogo a solução seria a aquisição<br />

de viaturas porta-morteiros e ACar da família PANDUR ou com as<br />

mesmas capacidades para colmatar estas falhas.

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