Edição nº 195 - Exército
Edição nº 195 - Exército
Edição nº 195 - Exército
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
AZIMUTE <strong>195</strong> - 37<br />
Introdução<br />
Nas Unidades de Escalão Batalhão (UEB) o Apoio de Combate<br />
constitui-se como parte fundamental para influenciar decisivamente<br />
a condução das operações permitindo ao comandante<br />
de batalhão uma maior capacidade respeitante aos fogos indiretos,<br />
anticarro (ACar), vigilância e reconhecimento. Para que o Potencial<br />
de Combate da UEB seja o maior possível é necessário uma sinergia<br />
entre o Apoio de Combate e as Unidades de manobra para o<br />
melhor cumprimento das tarefas tácticas. Dos vários factores que<br />
potencializam essa sinergia destaca-se a necessidade de estabelecer<br />
comunicações em tempo real e numa rede digital integrada<br />
permitindo uma coordenação de apoio de fogos entre as várias<br />
componentes. O apoio de fogos de uma UEB tem de ser capaz<br />
quer de acompanhar o movimento das Unidades de manobra, assim<br />
como ter alcances que permitam um apoio eficaz.<br />
Conceito de Referência<br />
No 1ºBI o quadro orgânico aprovado (QO24.0.11) é constituído<br />
por um Estado-Maior, uma Companhia de Comando e Serviços<br />
(CCS), três Companhias de Manobra e uma Companhia de Apoio<br />
de Combate (CAC). Sendo este Batalhão equipado com VBR PAN-<br />
DUR II as companhias de manobra dispõem de uma secção<br />
Canhão equipada com PANDUR IFV 30MM, prestando<br />
apoio de fogos ACar à Companhia, não existindo o<br />
tradicional pelotão de Apoio com morteiros nem<br />
misseis ACar. Esta é uma das principais diferenças<br />
para os Batalhões de<br />
referência em<br />
que o Apoio de Combate está centralizado ao nível de Batalhão<br />
na sua CAC.<br />
A CAC tem na sua constituição um pelotão de Reconhecimento<br />
(PelRec) com o Comando com duas secções de reconhecimento<br />
e uma secção Canhão com PANDUR IFV 30MM, um pelotão<br />
Anticarro (PelACar) com duas secções ACar equipadas com<br />
armas ACar pesadas, um pelotão de Morteiros Pesados (PelMortP)<br />
com Comando e quatro secções de morteiros pesados com oito<br />
armas, uma Secção de Vigilância do Campo de Batalha (SecVCB)<br />
com quatro radares e uma Secção UAV com quatro UAV,<br />
O Apoio de Combate deve ser uma das preocupações de<br />
emprego para o Comandante de Batalhão. Os olhos e ouvidos do<br />
comandante de Batalhão são constituídos pelo PelRec, SecVCB e<br />
Secção Mini UAV, que desempenham um papel fundamental na<br />
pesquisa e recolha de informação, a nível da constituição e dispositivo<br />
do inimigo/ forças opositoras, terreno, efeitos das condições<br />
meteorológicas no terreno e respectivas consequências para a manobra.<br />
O PelRec tem na sua génese missões de reconhecimento<br />
de área, de zona e de itinerários, pode desenvolver ainda missões<br />
de segurança que se repartem em vigilância móvel, fixa ou contra<br />
reconhecimento e segurança de área. As missões de segurança permitem<br />
observar o campo de batalha para alertar atempadamente<br />
o Batalhão, evitando a observação e ataques surpresa por parte do<br />
inimigo/força opositoras, este alerta prévio permite ao Batalhão ganhar<br />
tempo para manobrar, posicionar e concentrar o potencial de<br />
Combate numa po-<br />
sição dominante. A SecVCB e<br />
Secção mini-UAV desempenham