Edição nº 195 - Exército
Edição nº 195 - Exército
Edição nº 195 - Exército
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
AZIMUTE <strong>195</strong> - 25<br />
cidimos este ano abordar a temática do Apoio de Combate, sempre<br />
numa perspetiva de regressar ao essencial e de a partir dele construir<br />
os modelos organizativos, doutrinários e genéticos adequados<br />
às nossas necessidades atuais e futuras.<br />
Para além destes objetivos quisemos, mais uma vez, dar a<br />
conhecer à Infantaria a evolução que nos foi possível materializar na<br />
operacionalização do Centro de Excelência de Combate em Áreas<br />
Edificadas, em particular na área da simulação do tiro e da continuidade<br />
dos projetos de investigação e desenvolvimento em curso<br />
com a colaboração da EPI e das unidades operacionais.<br />
Relativamente às notáveis apresentações efetuadas pelos<br />
conferencistas internacionais, dos EUA, da Alemanha e de Espanha<br />
que, procuraram dar uma visão sobre os desafios tecnológicos e<br />
tendências de evolução no emprego das unidades de apoio de<br />
combate ao nível do Batalhão de Infantaria salientamos as seguintes<br />
ideias chave:<br />
••<br />
A importância crescente que o ambiente urbano das<br />
operações militares vem adquirindo na articulação das<br />
organizações e do seu reequipamento com meios mais<br />
precisos, por forma a diminuir os efeitos colaterais.<br />
••<br />
Necessidade de uma maior integração/coordenação<br />
dos diferentes sistemas de armas, em particular de apoio<br />
de fogos tendo em conta as suas diferentes características,<br />
concorrendo para a sua flexibilidade e segurança<br />
de emprego.<br />
••<br />
Registo de uma tendência, nos diferentes países, de incorporar<br />
as mais recentes lições aprendidas nos teatros<br />
de operações em que têm participado em projetos de<br />
desenvolvimento do sistema de armas combatente incluindo<br />
o seu teste em TO.<br />
••<br />
Diferentes perspetivas organizacionais quanto à existência<br />
e distribuição de morteiros.<br />
Os representantes da Brigada Mecanizada, da Brigada de Intervenção<br />
e da Brigada de Reação Rápida, abordaram a temática do<br />
apoio de combate no Batalhão de Infantaria nas diversas tipologias<br />
de força do <strong>Exército</strong> Português e as suas tendências de evolução,<br />
destacando o seguinte:<br />
••<br />
A não conclusão dos diversos programas de reequipamento<br />
criou lacunas nos sistemas de apoio de combate<br />
obrigando a recorrer a sistemas de armas que condicionam<br />
o efetivo apoio da unidade.<br />
••<br />
A necessidade de, caso as restrições continuem, se<br />
adaptar os quadros orgânicos das diferentes unidades<br />
aos meios existentes por forma a garantir um todo coerente.<br />
••<br />
A importância de manter todas as capacidades do apoio<br />
de combate mesmo através de sistemas de armas não<br />
orgânicos por forma a não perder o saber fazer.<br />
••<br />
A necessidade de manter uma coerência organizacional<br />
ao nível do apoio de combate por forma a, mesmo utilizando<br />
sistemas de armas diferenciados, permitir um emprego<br />
modular e flexível das suas subunidades típicas.<br />
Em simultâneo os Alunos do Curso de Promoção a Capitão<br />
de Infantaria desenvolveram Trabalhos de Investigação de Grupo, relativos<br />
ao tema central “Apoio de Combate”, analisando a evolução<br />
organizacional, a preparação e emprego de pequenas Unidades de<br />
Infantaria no contexto da complexidade crescente da conflitualidade<br />
atual dos quais, se realçam os seguintes contributos:<br />
••<br />
Ao nível do apoio de fogos indiretos, o modelo organizacional<br />
aprovado para a BrigInt limita a capacidade de<br />
apoio de fogos das companhias de atiradores.<br />
••<br />
Quanto ao nível do apoio de fogos Anticarro e do Reconhecimento<br />
existe a necessidade de revisão das Publicações<br />
Doutrinárias.<br />
••<br />
Necessidade de revisão dos quadros orgânicos face aos<br />
meios existentes e às missões a desempenhar.<br />
Como propostas para estudo a efetuar durante o corrente<br />
ano foram levantadas as seguintes:<br />
••<br />
Estudo da viabilidade organizacional e formas de emprego<br />
da proposta do pelotão de apoio de fogos diretos<br />
da BrigMec.<br />
••<br />
Estudar o levantamento de um elemento de coordenação<br />
de apoio de fogos ao nível batalhão, inserido na<br />
estrutura da CAC.<br />
••<br />
Levantar necessidades relativas à capacidade ISR para<br />
as UEB.<br />
••<br />
Tendo em atenção as diferenças verificadas nas variadas<br />
organizações, reequacionar a forma de distribuição<br />
dos morteiros entre a Companhia de Atiradores e a<br />
Companhia de Apoio de Combate.<br />
••<br />
Estudar a organização e equipamento do PelACar da BrigInt<br />
e BRR tendo em atenção as plataformas neste momento<br />
existentes e utilizadas, considerando a viabilidade<br />
de continuidade da sua utilização e evoluções genéticas<br />
necessárias.