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Edição nº 195 - Exército

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18 - Testemunhos<br />

Tive a SORTE de assentar praça na Escola Prática de Infantaria<br />

(EPI), no dia 10Mar86, para cumprir o serviço militar obrigatório,<br />

onde comecei por frequentar o Curso Geral de Milicianos (CGM).<br />

Recordo-me muito bem desse dia, da porta por onde entrei, do<br />

grande corredor La Couture onde se fazia a incorporação, e acima<br />

de tudo, da camarata da 6ª Companhia, onde fiquei instalado, que<br />

era, nem mais nem menos, do que uma antiga capela.<br />

Passei à disponibilidade em AGO88 mas entrei para o QG/<br />

RMN em OUT88 até OUT90 para iniciar o curso de oficial de operações<br />

aeroportuárias em Lisboa; actualmente estou no aeroporto<br />

do Porto.<br />

Muito do que me foi ensinado na casa mãe teve relevância<br />

na profissão e obviamente na minha vida.<br />

Também não posso deixar de recordar o facto de ter passado<br />

o primeiro fim de semana da recruta sem ter ido a casa e da<br />

dureza de toda a recruta do CGM e do Curso de Oficiais Milicianos.<br />

Confesso, hoje, que nada disso me fez mal, até pelo contrário. Só<br />

algumas quedas na máscara, deixaram marcas nos joelhos, que a<br />

idade ajuda a revelar.<br />

O meu muito obrigado a todos os que participaram no meu<br />

crescimento nesses 18 meses.<br />

Ad unum.<br />

Arménio Mendes, oficial de operações aeroportuárias<br />

Após a recruta tive o privilégio de, como aspirante a Oficial<br />

Miliciano, dar umas quantas recrutas aos cursos de formação de<br />

praças, experiências que classifico de únicas e altamente enriquecedoras.<br />

Saí passados 18 meses desta magnífica Escola, mais precisamente,<br />

no dia 07Ago87.<br />

Muito do que hoje sou, não tenho dúvida que devo aos<br />

ensinamentos colhidos durante a minha passagem pela EPI. De todos<br />

estes ensinamentos, permito-me destacar: o Sentido Pátrio, a<br />

Lealdade, a Honra e a Camaradagem. Formulo votos, para que estes<br />

valores possam continuar a ser transmitidos aos vindouros, através<br />

da nova organização, que herdará de entre outros, os Saberes da EPI<br />

e que será designada de “Escola das Armas”.<br />

Obrigado à EPI e a todos aqueles que nela serviram.<br />

“AD UNUM”<br />

Hélder Sousa Silva, deputado<br />

Em 16/03/1987 entrei para a EPI para frequentar o CGM com<br />

o Tenente Milharadas. Depois de cumpridas as formalidades de integração,<br />

seguiram-se semanas de formação com muitos altos e baixos:<br />

não me refiro à lindíssima tapada ou ao monte da vela mas às<br />

situações passadas. Nos maus momentos revelámo-nos descobrindo<br />

as nossas verdadeiras capacidades e percebendo o significado<br />

de espírito de grupo ou camaradagem.<br />

020900Abr91. Vislumbrava de novo a imponência do Convento<br />

de Mafra. Várias vezes aqui tinha estado, em visitas de estudo<br />

ou em passeio com a família. Desta vez porém era diferente: ia<br />

iniciar o serviço militar obrigatório na Escola Prática de Infantaria.<br />

Ingressei no CFOM – 1º Turno/91, na 2ª CI, comandada pelo<br />

Capitão Jorge Saramago, tendo como comandante de pelotão o<br />

Tenente Rui Dias.<br />

Lembro-me que a primeira semana foi horrível e dolorosamente<br />

longa. Foi muito pior do que estava à espera.<br />

A farda e as botas, a barba sempre bem-feita, as corridas<br />

pelos corredores da EPI, onde me perdia constantemente, as formaturas<br />

na Parada Leste, a dureza da instrução na Tapada.<br />

Depois, estranhamente veio a mudança: O prazer de vestir a<br />

farda, a alegria de partilhar as conquistas diárias com os camaradas,<br />

o espírito de corpo e o reconhecimento do esforço e da dedicação<br />

dos graduados na instrução.<br />

Jurei bandeira em 120930Jul91 e posso afirmar que foi dos<br />

dias mais felizes e tristes da minha vida.<br />

Felicidade por terminar com êxito o CFOM, mas uma tristeza<br />

imensa por deixar aquela Escola e todos os camaradas com<br />

quem privei.<br />

Findo o CSM com o Alferes Sardinha na especialidade de<br />

morteiros, optei por ficar na EPI; colocado na 4ª CI, ajudei na recruta<br />

ao 2ºT/87 com o Tenente Grade e o Alferes Sobral dos Santos onde<br />

a aplicação de tudo que me tinha sido ensinado foi extremamente<br />

gratificante. Ver a evolução dos instruendos perante as adversidades<br />

é único.<br />

As semanas de instrução formaram-me como homem e<br />

como militar e nesse dia, passei a pertencer por direito próprio à<br />

grande família de militares que se formou e serviu na EPI.<br />

Foi a EPI que fez com que ingressasse no regime de contrato,<br />

onde me mantive até 20Jan2000. Foi um grande orgulho e satisfação<br />

formar-me numa Casa de inegável credibilidade e prestígio.<br />

No 1ºT/88 fiquei na secretaria dando o apoio na recruta<br />

quando solicitado; por exemplo, fui convidado pelo Alferes Boga<br />

Ribeiro a participar numa curta-metragem sobre NBQ.<br />

AD UNUM.<br />

Jorge Aveiro, empresário

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