Edição nº 195 - Exército
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14 - Testemunhos<br />
A outra face da Tapada de Mafra<br />
Tendo assumido muito recentemente as funções de Presidente<br />
da Direção da Tapada Nacional de Mafra é com extremo<br />
orgulho e honra que aceito o desafio colocado pelo Senhor Comandante<br />
da Escola Prática de Infantaria para dar o meu testemunho<br />
sobre o significado passado, presente e futuro da Escola Prática<br />
de Infantaria para a Tapada Nacional de Mafra.<br />
Antes, porém, sugiro um pequeno enquadramento sobre a<br />
Tapada Nacional de Mafra (ou Tapada Real de Mafra como frequentemente<br />
o Senhor Comandante a designa).<br />
D. João V, o “Rei Magnânimo” (1706-1750), mandou construir<br />
um Palácio-Convento na Vila de Mafra em cumprimento da<br />
promessa que fez, caso a Rainha lhe desse descendência. Com o<br />
objetivo de proporcionar um adequado envolvimento a este Monumento,<br />
de constituir um espaço de recreio venatório do Rei e da<br />
sua corte e, ainda, de fornecer lenhas e outros produtos ao Palácio-<br />
Convento foi criada a Real Tapada de Mafra em 1747.<br />
1899) e de D. Carlos (1899-1908) que a Tapada conheceu o seu período<br />
áureo como parque de caça.<br />
Com a implantação da República passou a designar-se Tapada<br />
Nacional de Mafra, sendo, a parte civil, utilizada fundamentalmente<br />
para o exercício da caça e para atos protocolares.<br />
A partir de 1941 foi submetida ao regime florestal total, sob<br />
tutela da Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, passando<br />
a ser gerida numa perspetiva mais ambiental.<br />
Esta é a outra face da Tapada de Mafra. Falamos de uma<br />
área que ronda os 833 hectares, cuja gestão está a cargo de uma<br />
Régie-cooperativa constituída por sócios públicos (na sua maioria)<br />
e privados. Tem como desafios principais a gestão florestal sustentável,<br />
a investigação e preservação da fauna e da flora presentes<br />
neste território, a promoção da educação ambiental e de atividades<br />
turísticas (designadamente, alojamento, organização de eventos entre<br />
outros.) e a caça sobretudo, de javalis e gamos.<br />
Desde o século XVIII até à implantação da República, a Real<br />
Tapada de Mafra foi local privilegiado de lazer e de caça dos monarcas<br />
portugueses, sendo contudo nos reinados de D. Luís (1861-<br />
As instituições também valem pela impressão e pela marca<br />
que conseguem imprimir, positiva ou negativamente, na personalidade<br />
e na própria vida das pessoas que as frequentaram ou serviram.