O uso legal da Internet - Mackenzie
O uso legal da Internet - Mackenzie
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O USO LEGAL<br />
<strong>da</strong> internet<br />
Ética e valores para jovens <strong>da</strong> era digital<br />
Laboratório de estudos em ética nos meios eletrônicos<br />
Universi<strong>da</strong>de Presbiteriana <strong>Mackenzie</strong><br />
Organizadores: Solange Duarte Palma de Sá Barros<br />
Ubirajara Carnevale de Moraes
O trabalho O <strong>uso</strong> <strong>legal</strong> <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> - Ética e valores para jovens <strong>da</strong> era digital de Solange<br />
Duarte Palma de Sá Barros e Ubirajara Carnevale de Moraes (orgs) foi licenciado com uma Licença<br />
Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não A<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>.<br />
Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em<br />
www.mackenzie.com.br/leeme.html.
O USO LEGAL<br />
<strong>da</strong> <strong>Internet</strong><br />
Ética e valores para jovens <strong>da</strong> era digital<br />
Laboratório de estudos em ética nos meios eletrônicos<br />
Universi<strong>da</strong>de Presbiteriana <strong>Mackenzie</strong><br />
Organizadores: Solange Duarte Palma de Sá Barros<br />
Ubirajara Carnevale de Moraes
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE<br />
Augustus Nicodemus Gomes Lopes<br />
Chanceler<br />
Benedito Guimarães Aguiar Neto<br />
Reitor<br />
Marcel Mendes<br />
Vice Reitor<br />
Textos<br />
Solange Duarte Palma de Sá Barros<br />
Cátia Cilene Lima Rodrigues<br />
Juliana Abrusio<br />
MACKPESQUISA<br />
Josimar Henrique <strong>da</strong> Silva<br />
Presidente<br />
Ilustrações<br />
Edson Takashi Okuyama<br />
Capa, Projeto Gráfico e Diagramação<br />
Ro Comunicação<br />
www.rocomunicacao.com.br<br />
Todos os direitos reservados. Proibi<strong>da</strong> a reprodução parcial ou<br />
integral sem prévia autorização dos autores.<br />
©2011 by Laboratório de Estudos em Ética nos Meios Eletrônicos<br />
– Universi<strong>da</strong>de Presbiteriana <strong>Mackenzie</strong><br />
O <strong>uso</strong> <strong>legal</strong> <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> : ética e valores para jovens <strong>da</strong> era digital /<br />
organizadores: Solange Duarte Palma de Sá Barros, Ubirajara<br />
Carnevale de Moraes. – São Paulo : 2011.<br />
48 p. : il. ; 23 x 18 cm.<br />
O projeto que gerou este livro foi financiado pelo MackPesquisa.<br />
Obra com tiragem 2000 cópias.<br />
Impressão e Acabamento: Gráfica Bandeirantes<br />
1. <strong>Internet</strong>. 2. Educação. 3. Ética. 4. Valores. 5. Cibercultura. I.<br />
Barros, Solange Duarte Palma de Sá. II. Moraes, Ubirajara Carnevale<br />
de. III. Universi<strong>da</strong>de Presbiteriana <strong>Mackenzie</strong>. IV. Título.<br />
CDD 303.4833
Dedicatória<br />
Dedicamos este livro a todos os jovens e adolescentes do novo<br />
milênio que acreditam em um mundo bem melhor.<br />
Agradecimentos<br />
Muitas pessoas contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste projeto. Dentre estas pessoas, não<br />
podemos deixar de agradecer:<br />
Ao Chanceler <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Presbiteriana <strong>Mackenzie</strong>, Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes e pelas valiosas<br />
contribuições <strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />
Ao Reverendo Josué Alves Ferreira e aos professores de Ensino Religioso e Ética do Colégio Presbiteriano <strong>Mackenzie</strong>,<br />
Yon Morato Ferreira <strong>da</strong> Costa e Michelle Razuck Arci pela consoli<strong>da</strong>ção de pesquisa e pelas sugestões para os textos e<br />
ilustrações deste material.<br />
À Diretora do Colégio Presbiteriano <strong>Mackenzie</strong>, Profa. Débora Bueno Muniz Oliveira, por permitir a nossa entra<strong>da</strong> no<br />
Colégio para a realização <strong>da</strong> pesquisa de campo.<br />
À Diretora <strong>da</strong> Escola Estadual Romeu de Moraes, Profa. Rosangela Apareci<strong>da</strong> de Almei<strong>da</strong> Valim Gonçalves, que<br />
gentilmente nos permitiu a entra<strong>da</strong> na escola, para <strong>da</strong>rmos continui<strong>da</strong>de às pesquisas.<br />
Ao Prof. Luis Henrique Fanti pela intermediação entre o grupo de pesquisa e os professores do Colégio Presbiteriano<br />
<strong>Mackenzie</strong>.<br />
À Professora Ana Cristina Azevedo Pontes de Carvalho pelas contribuições nos textos referentes às questões legais<br />
relaciona<strong>da</strong>s à <strong>Internet</strong>.<br />
À Professora Ivete Irene dos Santos pelas sugestões na re<strong>da</strong>ção final.<br />
À Márcia Romero, <strong>da</strong> RO Comunicação, pela realização voluntária do projeto gráfico e editoração deste livro.<br />
Ao MackPesquisa, pela oportuni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> realização e concretização deste projeto.<br />
Equipe do Laboratório de Estudos em Ética nos Meios Eletrônicos
Apresentação<br />
Este livro é um dos resultados de um grande projeto realizado na Universi<strong>da</strong>de<br />
Presbiteriana <strong>Mackenzie</strong> pelo LEEME (Laboratório de Estudos em Ética nos Meios<br />
Eletrônicos), que contou com o apoio do MackPesquisa. Neste projeto, além de uma<br />
pesquisa teórica sobre a <strong>Internet</strong>, fizemos uma pesquisa com mais de 2000 alunos do<br />
Ensino Fun<strong>da</strong>mental II e Médio de escolas públicas e particulares <strong>da</strong> região central de São<br />
Paulo (capital). Assim, conseguimos identificar qual tipo de <strong>uso</strong> estes jovens estão fazendo<br />
<strong>da</strong> <strong>Internet</strong> e, então, produzimos este livro para orientá-los durante seus acessos à rede.<br />
Com um texto direcionado aos jovens de 10 a 14 anos e com ilustrações bem<br />
humora<strong>da</strong>s, apresentamos de forma simples e direta, vários temas importantes e que<br />
estão relacionados com o <strong>uso</strong> não ético e indiscriminado <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>. Ao mesmo tempo<br />
em que explicamos ca<strong>da</strong> um dos problemas, sugerimos algumas questões para reflexão,<br />
que podem ser realiza<strong>da</strong>s em conjunto com pais e professores.<br />
O objetivo é criar um espaço permanente de discussão entre jovens, pais e educadores<br />
sobre temas que além de estarem associados às questões éticas e morais, muitas vezes<br />
são considera<strong>da</strong>s práticas ilegais, portanto, configuram um crime.<br />
Acreditamos que a palavra chave deste livro é CONSCIENTIZAÇÃO. Os jovens<br />
precisam conhecer os perigos associados à <strong>Internet</strong>, para que saibam se defender quando<br />
necessário. Ain<strong>da</strong>, precisam prestar mais atenção nas suas atitudes na <strong>Internet</strong>, para que<br />
sempre sigam o caminho ético.<br />
Não podemos nos esquecer de que mais do que conectar máquinas, a <strong>Internet</strong> conecta<br />
pessoas e forma um espaço público, como uma praça ou um shopping center. O espaço<br />
público virtual está cheio de pessoas boas e pessoas más (exatamente como acontece no<br />
mundo real), que por trás de uma máquina conversam, compram, jogam, pesquisam, se<br />
divertem, publicam e que também roubam, enganam, mentem, caluniam e fazem muito<br />
mal à socie<strong>da</strong>de.<br />
Esperamos poder contribuir na formação ética dos jovens ci<strong>da</strong>dãos do novo milênio!<br />
Equipe do Laboratório de Estudos em Ética nos Meios Eletrônicos
www.sumário<br />
Capítulo 1<br />
Capítulo 2<br />
Capítulo 3<br />
Capítulo 4<br />
Capítulo 5<br />
Capítulo 6<br />
Capítulo 7<br />
Capítulo 8<br />
Capítulo 9<br />
Capítulo 10<br />
Ética e Virtudes<br />
O que é Moral O que é Ética<br />
O que é ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia 6<br />
Crackers<br />
Os Vân<strong>da</strong>los <strong>da</strong> era virtual 10<br />
Peer-to-Peer (P2P)<br />
Compartilhando arquivos de desconhecidos 12<br />
Vírus<br />
O conhecimento a serviço do mal 14<br />
Phishing<br />
Quando a isca é você! 16<br />
Spam<br />
Lixo eletrônico na sua caixa de e-mail 18<br />
Pirataria<br />
Alimentando ações criminosas 20<br />
Plágio e compra de trabalhos prontos<br />
A desonesti<strong>da</strong>de intelectual 22<br />
Preguiça virtual<br />
A <strong>Internet</strong> e suas facili<strong>da</strong>des 24<br />
Violência em games<br />
Enganando o nosso cérebro 26<br />
Capítulo 11<br />
Capítulo 12<br />
Capítulo 13<br />
Capítulo 14<br />
Capítulo 15<br />
Capítulo 16<br />
Capítulo 17<br />
Capítulo 18<br />
Capítulo 19<br />
Vício no <strong>uso</strong> <strong>da</strong> <strong>Internet</strong><br />
Quando o equilíbrio vai embora 28<br />
Pedofilia<br />
Um crime contra a inocência 30<br />
Exposição <strong>da</strong> imagem e de <strong>da</strong>dos pessoais<br />
Abrindo as portas <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong><br />
para qualquer um 32<br />
Boatos, mentiras e apologias<br />
A <strong>Internet</strong> propagando o mal 34<br />
Cyberbullying<br />
Agressão reais no espaço virtual 36<br />
Exposição à pornografia<br />
A deturpação <strong>da</strong> natureza humana 38<br />
Apostas on-line<br />
Jogando Dinheiro Fora 40<br />
Questões legais<br />
A voz <strong>da</strong> lei 42<br />
Questões <strong>da</strong> saúde<br />
A tecnologia interferindo na sua saúde 44<br />
Capítulo 20 O <strong>uso</strong> <strong>legal</strong> <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> 47<br />
Apresentação do LEEME<br />
Laboratório de Estudos em Ética<br />
nos meios de comunicação 48
6<br />
Capítulo 1: Ética e Virtudes<br />
O que é Moral O que é Ética O que é ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia<br />
Moral é o conjunto de regras de comportamentos<br />
considerados como bons e corretos e que são formados<br />
a partir <strong>da</strong>s tradições, <strong>da</strong> cultura e dos hábitos de um<br />
determinado povo. Estas regras orientam a conduta de<br />
uma socie<strong>da</strong>de, preservando a vi<strong>da</strong> e minimizando a<br />
violência no convívio entre as pessoas.<br />
A Ética é o resultado <strong>da</strong> reflexão sobre a Moral<br />
e a busca por atitudes coerentes para uma vi<strong>da</strong> boa à<br />
humani<strong>da</strong>de, num esforço de encontrar valores que<br />
sirvam como referência universal e que contribuam<br />
para o diálogo e o respeito entre os seres humanos,<br />
independentemente de suas diferenças culturais.<br />
No <strong>Mackenzie</strong>, a busca dos valores éticos se pauta pela<br />
nossa confessionali<strong>da</strong>de cristã.<br />
O exercício <strong>da</strong> Ética como reflexão do comportamento<br />
e conduta pessoal, bem como as consequências destas<br />
ações para a socie<strong>da</strong>de, promovem a política e a<br />
ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. A ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia é a participação de ca<strong>da</strong> um na<br />
socie<strong>da</strong>de com a consciência de que todo isolamento<br />
humano é temporário, e de que estamos constantemente<br />
em contato uns com os outros. Com a finali<strong>da</strong>de de<br />
promover a vi<strong>da</strong>, a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia é o desenvolvimento <strong>da</strong>s<br />
leis e regras que determinam os limites do exercício <strong>da</strong><br />
liber<strong>da</strong>de nas relações entre as pessoas. Nesse sentido,<br />
a constituição <strong>da</strong>s leis de direitos e deveres numa<br />
socie<strong>da</strong>de é basea<strong>da</strong> nos seus valores morais e na sua<br />
reflexão ética, com a finali<strong>da</strong>de de promover ordem e<br />
organização, tanto nas ações pessoais quanto em seus<br />
desdobramentos coletivos, ou seja, com a finali<strong>da</strong>de de<br />
promover a vi<strong>da</strong> boa e justa a ca<strong>da</strong> um dos que dividem<br />
a vi<strong>da</strong> no mesmo espaço público.<br />
As virtudes podem ser considera<strong>da</strong>s como os<br />
hábitos de uma pessoa na prática do bem em seu dia<br />
a dia e que são valorizados pela socie<strong>da</strong>de. Como todo<br />
hábito, uma virtude não é obti<strong>da</strong> de uma hora para<br />
outra. É a repetição de um determinado ato que o torna<br />
em hábito. Portanto, para obtê-lo, é necessária a prática<br />
constante de ações associa<strong>da</strong>s a ela. Vamos conhecer<br />
um pouco mais sobre as virtudes<br />
AMOR: O amor é um sentimento que se manifesta<br />
na atitude de reconhecimento, valorização e esforço para<br />
a manutenção <strong>da</strong> nossa vi<strong>da</strong> e <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> do outro. O amor<br />
afirma a existência humana e dá sentido à vi<strong>da</strong>. Assim,<br />
amar é antes de um sentimento declarado, o desejo e o<br />
empenho para que a vi<strong>da</strong> perpetue, sendo a origem de<br />
todos os valores.<br />
RAZÃO: A razão é a virtude <strong>da</strong> busca e procura<br />
do conhecimento e <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de basea<strong>da</strong> na lógica, na<br />
razão e na análise sobre os fatos <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de. A razão<br />
é fun<strong>da</strong>mental para se estabelecer critérios justos para<br />
se formar uma opinião coerente sobre os impasses e
7<br />
problemas que a vi<strong>da</strong> nos apresenta. Não podemos abrir<br />
mão de ser críticos, de buscar conceitos claros sobre<br />
a vi<strong>da</strong> e de nos motivar sempre para aprender e nos<br />
desenvolver como indivíduos e ci<strong>da</strong>dãos.<br />
PRUDÊNCIA: A prudência é o zelo pela vi<strong>da</strong> em<br />
to<strong>da</strong> sua expressão, prevenindo o mal e buscando<br />
corrigir <strong>da</strong>nos já ocorridos. O cui<strong>da</strong>do se baseia no amor<br />
e é o pressuposto para a existência. É uma ação amorosa<br />
concreta, que presta atenção na vi<strong>da</strong>, própria e do outro,<br />
numa atitude tanto preventiva quanto restauradora.<br />
RESPONSABILIDADE: Responsabili<strong>da</strong>de é a capaci<strong>da</strong>de<br />
de oferecer boas soluções aos impasses com os<br />
quais nos deparamos na reali<strong>da</strong>de, independente de<br />
quem seja o responsável. Responsabili<strong>da</strong>de é também a<br />
capaci<strong>da</strong>de de prever as ações e as consequências delas<br />
para nós e para a humani<strong>da</strong>de procurando, portanto,<br />
agir de modo a promover o bem comum. Responsável<br />
é então, aquele indivíduo capaz de agir sem causar<br />
prejuízo à vi<strong>da</strong>, à natureza e ao planeta, solucionando os<br />
problemas que ocasionalmente forem encontrados.<br />
SOLIDARIEDADE: A soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de é o princípio<br />
<strong>da</strong> cooperação entre os seres humanos, que se origina<br />
<strong>da</strong> consciência de que viver é antes de tudo, conviver.<br />
Assim, na soma <strong>da</strong>s nossas individuali<strong>da</strong>des, formamos<br />
uma uni<strong>da</strong>de com a humani<strong>da</strong>de, em que todos<br />
precisam uns dos outros. Ser solidário é agir e trabalhar<br />
com os outros para um benefício e propósito comum de<br />
desenvolvimento, não necessariamente para si, de modo<br />
interesseiro, mas de modo interessado na construção de<br />
uma dinâmica melhor de convívio e existência.<br />
COMPAIXÃO: A compaixão é a capaci<strong>da</strong>de<br />
de reconhecer e se empatizar com o sofrimento do<br />
outro e, soli<strong>da</strong>riamente, acolher e compreender sua<br />
manifestação, reconhecendo seu valor e a sua condição<br />
humana. A compaixão não é uma condição de pena ou<br />
dó, mas é o desapego de si mesmo, combinado com o<br />
cui<strong>da</strong>do e o amor ao próximo, na intenção de oferecer<br />
apoio e resgate <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> em sofrimento.<br />
INTEGRIDADE: A integri<strong>da</strong>de é a prática <strong>da</strong> ética<br />
na vi<strong>da</strong> cotidiana, a experiência profun<strong>da</strong> de existir, com<br />
consciência, reconhecimento e amor à humani<strong>da</strong>de.<br />
Ser íntegro é agir delibera<strong>da</strong>mente com liber<strong>da</strong>de com<br />
o objetivo de perpetuar a vi<strong>da</strong> em abundância. É ser<br />
coerente, nas intenções e na prática, com a reflexão dos<br />
valores morais, construindo o bem comum.<br />
SAÚDE: A saúde é o bem estar físico, psicológico,<br />
moral e social, que permite a uma pessoa viver longe<br />
de doenças, com a manutenção do equilíbrio e <strong>da</strong><br />
moderação. A saúde está relaciona<strong>da</strong> à percepção <strong>da</strong>s<br />
necessi<strong>da</strong>des do corpo, diferenciando ca<strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de<br />
dos desejos e tomando decisões que permitam uma<br />
existência plena.
8<br />
HONESTIDADE: A honesti<strong>da</strong>de é a transparência<br />
<strong>da</strong>s intenções nas ações toma<strong>da</strong>s, a capaci<strong>da</strong>de de<br />
manter o discurso e as ações baseados na moral. Para ser<br />
honesto é necessária a autoanálise que revela a exatidão<br />
<strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de com sinceri<strong>da</strong>de e coerência, leal<strong>da</strong>de<br />
e honradez.<br />
AUTOESTIMA: é o amor direcionado a si mesmo<br />
sem, com isto, desconsiderar o outro. É realizar uma<br />
avaliação detalha<strong>da</strong> e honesta de si mesmo, de modo<br />
amoroso, indicando todos os seus potenciais (virtudes)<br />
bem como os seus defeitos. Esta avaliação possibilita<br />
uma ampliação <strong>da</strong> consciência de si, valorizando seus<br />
pontos fortes e estimulando os potenciais humanos que<br />
a pessoa ain<strong>da</strong> não desenvolveu. A autoestima baseia-se<br />
no amor e na confiança pessoal que preserva o indivíduo<br />
de expor-se a riscos.<br />
AMIZADE: A amizade é uma relação afetiva<br />
entre duas ou mais pessoas. Para que este sentimento<br />
permaneça é necessária a prática de várias outras<br />
virtudes: a compreensão, a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de, e leal<strong>da</strong>de e<br />
a generosi<strong>da</strong>de. A amizade é um sentimento recíproco<br />
que permite que uma pessoa divi<strong>da</strong> os bons e os maus<br />
momentos de sua vi<strong>da</strong>, compartilhando sentimentos,<br />
emoções e experiências vivi<strong>da</strong>s.<br />
CORAGEM: A coragem é uma força interior capaz<br />
de superar o medo, a incerteza ou uma dor. Mais do<br />
que fortalecer, a coragem permite a uma pessoa “seguir<br />
em frente” e continuar seu caminho sem fraquejar ou<br />
desistir. Ser corajoso é também saber reconhecer os<br />
limites que devem ser respeitados nas diversas situações<br />
para poder proteger a própria vi<strong>da</strong>.<br />
LEALDADE: A leal<strong>da</strong>de é o respeito aos vínculos<br />
entre os diversos tipos de relações existentes na vi<strong>da</strong><br />
de uma pessoa: pais e filhos, marido e mulher, patrão<br />
e empregado, pátria e ci<strong>da</strong>dão, etc. Com a leal<strong>da</strong>de<br />
consegue-se reforçar e proteger estas relações de forma<br />
que a confiança passa a ser um dos sentimentos mais<br />
presentes entre as partes envolvi<strong>da</strong>s.<br />
TOLERÂNCIA: A tolerância pode ser defini<strong>da</strong> como<br />
uma resistência ou aceitação natural diante de algo que<br />
é considerado contrário a um valor ou regra. A tolerância<br />
é adquiri<strong>da</strong> com a prática diária e permite a existência<br />
<strong>da</strong> sereni<strong>da</strong>de nos momentos difíceis ou desgastantes ao<br />
longo <strong>da</strong> existência.<br />
HUMILDADE: A humil<strong>da</strong>de é o reconhecimento<br />
<strong>da</strong> nossa própria fraqueza e imperfeição em relação às<br />
pessoas e em relação às situações impostas pela vi<strong>da</strong>. A<br />
humil<strong>da</strong>de reflete-se na modéstia e na simplici<strong>da</strong>de do<br />
caráter, fazendo que não nos julguemos melhor ou mais<br />
importantes do que outra pessoa.<br />
GRATIDÃO: A gratidão é o reconhecimento que<br />
alguém nos prestou um bem, uma aju<strong>da</strong> ou um favor.<br />
É uma emoção que fortalece laços e estreita as relações.
9<br />
Quando uma pessoa agradece por alguma coisa, além<br />
de reconhecer a atitude do outro, está naturalmente<br />
criando um sentimento de retribuição em oportuni<strong>da</strong>des<br />
futuras.<br />
RESPEITO: O respeito está associado ao reconhecimento<br />
<strong>da</strong> importância do outro na socie<strong>da</strong>de, agindo<br />
ou deixando de agir em diversas situações <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />
O respeito não se limita ao ser humano: está associado<br />
aos espaços públicos, às crenças e aos valores representativos<br />
de uma força ou poder.<br />
HUMOR: O humor é um estado de ânimo de uma<br />
pessoa que mostra o quanto ela está disposta e “de bem<br />
com a vi<strong>da</strong>”. É um sentimento elogiável e contagiante<br />
que permite mu<strong>da</strong>r a forma de encarar problemas<br />
cotidianos e perceber que só se deve <strong>da</strong>r importância a<br />
coisas realmente importantes.<br />
Para pensar<br />
• Que outras virtudes, não cita<strong>da</strong>s neste texto,<br />
podem ser considera<strong>da</strong>s importantes para a vi<strong>da</strong><br />
de uma pessoa
10<br />
Capítulo 2: Crackers<br />
Os vân<strong>da</strong>los <strong>da</strong> era virtual!<br />
Você sabe qual é a diferença entre os termos<br />
“hacker” e “cracker” Os hackers surgiram na déca<strong>da</strong><br />
de 50 e foram associados às pessoas que conheciam e<br />
dominavam as técnicas <strong>da</strong> computação. Eram pessoas<br />
vicia<strong>da</strong>s em computação e programavam como ninguém.<br />
Com os avanços <strong>da</strong> computação, a quanti<strong>da</strong>de de<br />
hackers foi aumentando e sua cultura difundi<strong>da</strong>: eles<br />
têm um código de ética hacker, onde princípios como<br />
compartilhar conhecimento são divulgados. Eles adoram<br />
desafios e estão sempre em busca <strong>da</strong>s falhas de segurança<br />
dos sistemas de computadores <strong>da</strong>s empresas.<br />
É uma pena, mas existem pessoas com este conhecimento<br />
que o usam para o mal e acessam sistemas e redes<br />
ilicitamente com intenções inescrupulosas, maldosas<br />
ou criminosas. Para diferenciar estes dois grupos, foi então<br />
criado o termo “cracker” que passou a representar<br />
os vân<strong>da</strong>los <strong>da</strong> era virtual que quebram senhas, roubam<br />
<strong>da</strong>dos e desviam dinheiro. Na ver<strong>da</strong>de, existe uma série<br />
de denominações associa<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s práticas<br />
que o hacker faz.<br />
O conhecimento de um hacker é tão grande que<br />
muitas empresas buscam este tipo de pessoa para fazer<br />
parte de seu quadro de funcionários. Faz sentido, pois se<br />
o hacker sabe tudo sobre “como burlar a segurança”,<br />
ele é a pessoa mais indica<strong>da</strong> para perceber quais são<br />
as falhas de segurança <strong>da</strong> empresa e melhorá-la.<br />
Muitos jovens sentem-se motivados a ser um “hacker<br />
do bem” e buscam o aperfeiçoamento de suas técnicas.<br />
Já os crackers têm um perfil comum: são na maioria<br />
jovens entre 16 e 25 anos, com muito tempo livre e que<br />
habitualmente agem no período <strong>da</strong> noite e madruga<strong>da</strong>,<br />
horário que dificulta a descoberta dos ataques. Eles<br />
preferem atacar bancos, provedores de <strong>Internet</strong>, órgãos<br />
do governo e empresas multinacionais. Muitos crackers<br />
ficaram famosos quando conseguem invadir sistemas<br />
considerados seguros, como a NASA, porém, foram<br />
julgados e punidos de acordo com a lei.<br />
Infelizmente, a <strong>Internet</strong> é um dos meios de divulgação<br />
e instrução para a prática dos crackers. Existem sites<br />
que ensinam como burlar a segurança, como roubar<br />
senhas, etc. Fica evidente, que a índole do aprendiz é<br />
que vai determinar se ele será um hacker ou um cracker.<br />
Mais uma vez temos um exemplo <strong>da</strong> tecnologia a serviço<br />
do mal.
11<br />
E o que mais<br />
• Para os interessados em aprofun<strong>da</strong>r os conhecimentos<br />
na prática do hacker do bem e se tornar<br />
um grande profissional de segurança em computação,<br />
existem alguns cursos e programas de forma<br />
ção a distância. Consulte a <strong>Internet</strong> e conheça<br />
alguns deles.<br />
• Quer conhecer um pouco sobre a ética<br />
hacker Consulte o site<br />
www.hackerteen.com/pt-br/link/etica-hacker.html<br />
Para pensar<br />
• Muitas situações na vi<strong>da</strong> envolvem escolhas,<br />
como por exemplo, ser um hacker ou um<br />
cracker. Quando escolhemos um caminho, estamos<br />
desviando nossos esforços e atenção<br />
para uma única direção. Economizar ou gastar<br />
Divertir-se ou estu<strong>da</strong>r Ligar para alguém ou ligar<br />
a TV Medicina ou Computação Sempre<br />
teremos que fazer escolhas na vi<strong>da</strong>. Elas fazem<br />
parte de nosso crescimento e devem sempre<br />
seguir os princípios e valores de sua vi<strong>da</strong>.
12<br />
Capítulo 3: Peer-to-Peer (P2P)<br />
Compartilhando arquivos de desconhecidos<br />
Confesse: você com certeza já “baixou” <strong>da</strong> <strong>Internet</strong><br />
as músicas novas do seu grupo/cantor favorito, não é<br />
mesmo Foi rápido (se você tem conexão do tipo Ban<strong>da</strong><br />
Larga) e fácil, não foi Você certamente tem instalado no<br />
seu computador um programa de compartilhamento de<br />
arquivos, como o LimeWire, Ares ou Emule.<br />
Esses programas permitem a troca de arquivos<br />
entre computadores através <strong>da</strong>s redes chama<strong>da</strong>s Peerto-Peer,<br />
ou simplesmente P2P. Nessas redes, todos os<br />
computadores envolvidos podem, ao mesmo tempo,<br />
enviar e buscar arquivos de outras máquinas. Através dos<br />
programas P2P é fácil fazer um busca por um determinado<br />
conteúdo e pronto: eis uma infini<strong>da</strong>de de usuários que<br />
têm aquilo que você procurava! Basta escolher e iniciar o<br />
download. Os tipos de arquivos que são mais comuns de<br />
serem compartilhados são músicas, filmes e imagens com<br />
a mesma quali<strong>da</strong>de do arquivo original.<br />
O que você não sabe, ou não leva em consideração<br />
no momento que inicia o download, é que você pode<br />
estar cometendo um crime de violação ao Direito Autoral.<br />
A música é de autoria de alguém. O filme ou seriado<br />
também. Basta que uma única pessoa compre o CD ou<br />
tenha acesso ao arquivo original e pronto: está feito o<br />
compartilhamento do arquivo com o mundo. Muitas<br />
pessoas pensam que tudo que circula pela <strong>Internet</strong> é de<br />
domínio público e todos têm direito de se apropriar. Isso<br />
não é ver<strong>da</strong>de, pois, apesar do pouco controle existente,<br />
os direitos autorais existem e a lei brasileira considera a<br />
sua violação um crime.<br />
É certo que as indústrias <strong>da</strong> música e dos filmes terão<br />
que repensar as formas de distribuição de seus produtos<br />
para que não desapareçam. Uma alternativa que já<br />
existe, é a possibili<strong>da</strong>de de se comprar, pela <strong>Internet</strong>, a<br />
música que se quer, sem a necessi<strong>da</strong>de de comprar to<strong>da</strong>s<br />
as que estão no CD. Outra alternativa interessante é a<br />
atribuição <strong>da</strong> licença Creative Commons a alguns tipos<br />
de mídia. Nesse tipo de licença, o autor permite que seu<br />
trabalho seja copiado, porém, nunca para <strong>uso</strong> comercial.<br />
Assim, os créditos ficam sempre para o dono <strong>da</strong> obra e<br />
ele ganha muita visibili<strong>da</strong>de, já que muitas pessoas têm<br />
acesso à <strong>Internet</strong>.<br />
Este é um assunto que tem sido bastante discutido<br />
em todo o mundo para se estabelecer controles maiores<br />
nesta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de troca de arquivos. Não se pode<br />
negar que as redes P2P estão diretamente relaciona<strong>da</strong>s<br />
com atos ilícitos como a pirataria e violação dos direitos<br />
autorais.<br />
Outro problema associado às redes P2P diz respeito<br />
aos riscos de se gravar arquivos de origem desconheci<strong>da</strong> no<br />
seu computador. Muitos vírus vêm instalados em arquivos<br />
falsos, com nomes falsos e que sem que você perceba,<br />
podem causar diversos <strong>da</strong>nos em seu computador e nas<br />
transações que são feitas pela <strong>Internet</strong>. Os frau<strong>da</strong>dores<br />
se aproveitam do fato que é você, usuário, que “vai<br />
atrás” do arquivo. Uma vez que o arquivo está na rede,<br />
fica fácil que alguém o escolha para “baixar”. Sem falar<br />
que existe uma infini<strong>da</strong>de de conteúdos impróprios<br />
disponíveis sem controle nenhum.<br />
Você não pode compactuar com esta situação.<br />
Pense nas consequências de seus atos na <strong>Internet</strong>. Além<br />
de cometer crime baixando conteúdo protegido, você<br />
pode colocar o computador <strong>da</strong> sua família em risco, já<br />
que muitos dos vírus instalados são do tipo spyware, que<br />
monitoram e enviam os <strong>da</strong>dos que são fornecidos nas<br />
páginas <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>. A consciência e postura crítica são<br />
os primeiros passos para uma mu<strong>da</strong>nça. Vamos lá, analise<br />
os riscos e benefícios do <strong>uso</strong> <strong>da</strong>s redes P2P e quando<br />
quiser uma música nova ou um filme, aja <strong>legal</strong>mente.
13<br />
E o que mais<br />
• A França é um dos países mais rigorosos<br />
do mundo na questão de downloads ilegais.<br />
A lei determina que os provedores façam uma<br />
vigilância sobre os usuários: além de e-mails,<br />
são enviados telegramas para quem baixar<br />
conteúdo protegido. Caso haja reincidência, é<br />
feita uma suspensão no acesso à <strong>Internet</strong> por<br />
um período de até um ano. Já pensou Ficar um<br />
ano sem <strong>Internet</strong><br />
• De acordo com levantamentos realizados<br />
pela empresa FSecure, no ano de 2008 houve<br />
um aumento de 200% nos arquivos que contém<br />
vírus(códigos maliciosos) e que circulam pela<br />
<strong>Internet</strong>. Foram identificados 1,5 milhão desses<br />
tipos de arquivos na Web. Pense que você<br />
pode ter um desses arquivos gravados em seu<br />
computador.<br />
• Em março de 2009, o CD completou 30 anos<br />
de existência. Porém, não há o que comemorar.<br />
De acordo com uma pesquisa realiza<strong>da</strong> pelo<br />
NDP Group, 17 milhões de pessoas deixaram<br />
de comprar Cd’s nos Estados Unidos no ano de<br />
2008. O motivo disso A tecnologia MP3.<br />
Para pensar<br />
• A era digital permite trocas que antes eram<br />
inimagináveis. Isso é muito bom! Enviar e receber arquivos<br />
passaram a ser coisas corriqueiras no mundo atual.<br />
Agora pense: imagine que você é um cantor que batalhou<br />
muito para conseguir lançar seu primeiro CD.<br />
Você realmente é muito bom como cantor e sua música<br />
toca em to<strong>da</strong>s as rádios. O que você prefere Que seu<br />
CD chegue às mãos de seu público através <strong>da</strong> compra<br />
do seu CD ou que suas músicas sejam “baixa<strong>da</strong>s” facilmente<br />
através <strong>da</strong>s redes P2P Analise as duas situações<br />
e veja que não existe uma única resposta, mas ca<strong>da</strong> ação<br />
tem consequência.<br />
Referências:<br />
http://computerworld.uol.com.br/<br />
seguranca/2008/12/05/2008-registrou-1-5-<br />
milhao-de-malwares-200-a-mais-que-no-anopassado/<br />
http://www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts/<br />
ult10065u539924.shtml
14<br />
Capítulo 4: Vírus<br />
O conhecimento a serviço do mal<br />
Nem sempre to<strong>da</strong> a inteligência e capaci<strong>da</strong>de de<br />
criação de uma pessoa são direciona<strong>da</strong>s para ativi<strong>da</strong>des<br />
louváveis. Os vírus de computador servem de exemplo<br />
para esta afirmação. Um vírus de computador é resultado<br />
<strong>da</strong> criação de alguém: é um programa de computador<br />
(software) escrito por pessoas mal-intenciona<strong>da</strong>s – os<br />
vân<strong>da</strong>los tecnológicos. Essas pessoas têm um perfil<br />
muito semelhante: domínio <strong>da</strong> tecnologia e o espírito de<br />
competição para ver quem consegue criar o vírus mais<br />
devastador já conhecido.<br />
Os vírus de computador representam um problema<br />
recorrente há mais de 25 anos. Os primeiros vírus<br />
eram inofensivos e apenas irritavam: exibiam telas com<br />
mensagens, imagens e, no máximo, modificavam ou<br />
apagavam algum arquivo do computador. A contaminação<br />
dos computadores pelos vírus era algo controlado, já que<br />
não existiam formas de comunicação entre as máquinas<br />
como existe hoje em dia. Com o surgimento <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>,<br />
os computadores ficaram muito mais vulneráveis à<br />
contaminação por vírus, pois rotineiramente são feitas<br />
trocas de mensagens e arquivos pelos usuários.<br />
Os problemas são bem maiores e colocam em risco,<br />
não só a “saúde” do computador, mas também as<br />
informações nele armazena<strong>da</strong>s. Os prejuízos podem ser<br />
incalculáveis. As empresas de segurança tentam combater<br />
a força e intensi<strong>da</strong>de dos vírus, criando programas de<br />
defesa, porém, novos vírus são criados frequentemente,<br />
dificultando a constante atualização por assim dizer,<br />
<strong>da</strong>s vacinas.<br />
O que você pode fazer para diminuir a disseminação<br />
dos vírus A maioria dos vírus chega ao usuário<br />
doméstico através de arquivos anexados em mensagens<br />
eletrônicas (e-mail). Outra forma comum de contaminação<br />
é através do download de programas/arquivos de<br />
diferentes sites <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>. Portanto, além de manter<br />
seu programa anti-vírus sempre atualizado (novas vacinas<br />
para novos tipos de vírus), você deve ficar atento<br />
a to<strong>da</strong>s as mensagens que recebe em sua Caixa Postal:<br />
não baixe arquivos de origem desconheci<strong>da</strong>, mesmo<br />
que a mensagem lhe pareça confiável. Às vezes, envolvidos<br />
pela curiosi<strong>da</strong>de, clicamos em qualquer link sem a<br />
devi<strong>da</strong> atenção.<br />
Uma vez instalado em um computador, um vírus<br />
pode trazer males que variam dependendo do seu<br />
tipo: vão desde a per<strong>da</strong> no desempenho <strong>da</strong> máquina<br />
até a inutilização de arquivos e em casos mais graves,<br />
programas de monitoramento são instalados. Esses<br />
programas são ver<strong>da</strong>deiros espiões que “entregam”<br />
para as pessoas mal-intenciona<strong>da</strong>s informações grava<strong>da</strong>s<br />
em seu computador e também informações que você<br />
fornece durante suas conexões na <strong>Internet</strong>.<br />
Usar o computador e a <strong>Internet</strong> exige responsabili<strong>da</strong>de<br />
e uma postura crítica. Temos que ter em mente<br />
que nossas ações como usuários refletem diretamente<br />
nos riscos a que estaremos sujeitos. As pessoas mais vulneráveis<br />
são aquelas que não se protegem e não estão<br />
atentas. Não existe desculpa para não se proteger dos<br />
vírus porque é muito fácil ter acesso a um programa antivírus<br />
– existem programas para ambientes domésticos<br />
que são gratuitos e que podem ser baixados diretamente<br />
<strong>da</strong> <strong>Internet</strong>.
15<br />
E o que mais<br />
• O termo Engenharia Social é utilizado<br />
para representar to<strong>da</strong>s as práticas usa<strong>da</strong>s pelas<br />
pessoas mal-intenciona<strong>da</strong>s, na tentativa de<br />
obter informações importantes ou sigilosas de<br />
pessoas e empresas. O objetivo é conseguir as<br />
informações por meio <strong>da</strong>s falhas de segurança<br />
<strong>da</strong>s próprias pessoas, que quando não atentas,<br />
podem ser facilmente manipula<strong>da</strong>s.<br />
• Algumas vezes, os vírus estão associados<br />
a <strong>da</strong>tas específicas como sexta-feira 13 ou 1º<br />
de abril para dispararem seus efeitos nocivos.<br />
O vírus Conficker é bastante conhecido pelos<br />
ataques a milhares de sites no dia 1º de abril<br />
para descobrir e roubar as senhas dos usuários.<br />
• Você consegue usar a <strong>Internet</strong> sem clicar em<br />
na<strong>da</strong> Acesse o site www.dontclick.it e veja se<br />
você é capaz!<br />
Para pensar<br />
• O que faz uma pessoa direcionar todos os<br />
seus esforços e conhecimentos para algo ruim<br />
Nem sempre o mal que um vírus traz é a per<strong>da</strong> de<br />
dinheiro. Que prazer é este de ver alguém passar<br />
por um desconforto ou problema<br />
• A tecnologia, muitas vezes, presta um “deserviço”<br />
às pessoas. Em que situações isto pode<br />
acontecer Para que servem as máquinas e os<br />
aparatos tecnológicos
16<br />
Capítulo 5: Phishing<br />
Quando a isca é você!<br />
A palavra “Phishing” é esquisita, mas você precisa<br />
conhecer o que está por trás dela. A partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de<br />
70 começaram a acontecer os primeiros golpes contra o<br />
sistema de telefonia no mundo (por exemplo conseguir<br />
fazer ligações de longa distância sem pagar por isso).<br />
Esses golpes foram chamados de “Phone Phreaking” e<br />
eram realizados por pessoas especializa<strong>da</strong>s no assunto.<br />
Com o passar do tempo e avanço <strong>da</strong> tecnologia, os<br />
golpes passaram a acontecer nos meios eletrônicos, como<br />
o computador e a <strong>Internet</strong>. “Phishing” é o resultado <strong>da</strong><br />
união dos termos “Phreak” (gênio em computação) e<br />
“fish” (pesca) e literalmente está associado aos golpes<br />
que são aplicados na tentativa de roubar (fisgar) <strong>da</strong>dos<br />
pessoais e confidenciais (número de cartões, senhas e<br />
documentos) <strong>da</strong>s pessoas que usam a <strong>Internet</strong>.<br />
Ladrões altamente especializados em tecnologia<br />
criam situações onde a vítima sente-se convenci<strong>da</strong> de<br />
que as circunstâncias são reais. O golpe normalmente<br />
chega através de e-mail, mas também já foi aplicado<br />
em “scraps” do Orkut e em mensagens de telefones<br />
celulares (SMS).<br />
As mensagens são sempre apelativas e tentam fazer<br />
o internauta clicar em um link que o levará uma página<br />
<strong>da</strong> <strong>Internet</strong>, muitas vezes idênticas às páginas oficiais de<br />
órgãos como bancos, lojas e instituições do governo.<br />
A pessoa desinforma<strong>da</strong> deste tipo de golpe, é leva<strong>da</strong><br />
facilmente pelo golpista, principalmente porque tudo<br />
parece muito real.<br />
Se você já tem conta corrente ou cartão de crédito,<br />
fique atento! Os bancos têm uma política bastante<br />
clara quanto ao envio de e-mails e mensagens para<br />
seus clientes. Não seja uma isca fácil e antes de clicar<br />
em um link, verifique para onde você será conduzido,<br />
observando o endereço do link na parte de baixo à<br />
esquer<strong>da</strong> de seu navegador.<br />
Como as mensagens podem ser envia<strong>da</strong>s para<br />
milhões de usuários, a chance de alguém “ser fisgado”<br />
acaba sendo grande e em posse de um número de conta<br />
e senha, o golpista conseguir alcançar seu principal<br />
objetivo: roubar dinheiro.
17<br />
E o que mais<br />
• Com tanto golpe circulando pela <strong>Internet</strong>,<br />
foi criado um Museu que mostra uma lista<br />
dos golpes mais conhecidos. Dê uma olha<strong>da</strong>:<br />
http://museudospam.wordpress.com<br />
Para pensar<br />
• O que faz uma pessoa ter curiosi<strong>da</strong>de de ver imagens<br />
de tragédias Muitas vezes, os golpes na <strong>Internet</strong><br />
são aplicados desta forma: “Veja as fotos do acidente X”.<br />
A curiosi<strong>da</strong>de faz com que muitas pessoas sejam leva<strong>da</strong>s<br />
para o golpe. Pode perceber: quando tem um acidente<br />
grave em uma rodovia, o trânsito para mesmo no sentido<br />
contrário ao do acidente. Isso é pura curiosi<strong>da</strong>de. Tragédias<br />
trazem tristeza para muita gente e o respeito à imagem<br />
dos envolvidos, faz parte de uma conduta ética.
18<br />
Capítulo 6: Spam<br />
Lixo eletrônico na sua caixa de e-mail<br />
Todos os dias, a caixa de correspondências <strong>da</strong> casa de<br />
Ana está repleta de cartas. Assim, no final <strong>da</strong> tarde, Ana<br />
vai até ela e retira mais de cem correspondências. Então,<br />
Ana senta e começa a olhar os remetentes, na tentativa<br />
de adivinhar o conteúdo de ca<strong>da</strong> correspondência. Ana<br />
faz duas pilhas: uma de correspondências com remetentes<br />
conhecidos e outra de remetentes desconhecidos. Ela percebe,<br />
então, que recebeu algumas poucas correspondências<br />
de remetentes conhecidos, com assuntos de seu interesse<br />
e outras tantas correspondências que não sabe do<br />
que se trata e que terá que abrir e ler uma por uma para<br />
tomar conhecimento do assunto<br />
Ana vai lendo e rasgando tudo aquilo que não lhe<br />
interessa. Uma <strong>da</strong>s correspondências traz um texto ameaçador<br />
e deixa Ana com medo: “Quem é esta pessoa”.<br />
Outra, diz que Ana está devendo uma quantia em dinheiro<br />
para a Receita Federal. Na hora, Ana pensa: “Será<br />
que eu esqueci de pagar alguma conta”. Uma outra carta<br />
mostra como é fácil ganhar dinheiro enviando novas correspondências<br />
para outras pessoas. São cartas de todos<br />
os tipos: propagan<strong>da</strong>s de produtos recém lançados, convites<br />
para participação em eventos, promessas e apelos<br />
dramáticos. Ana começa a perceber que está perdendo<br />
muito tempo com isso, começa a rasgar tudo e enche um<br />
saco de lixo com papel picado! Ana se irrita ao pensar<br />
que no outro dia será tudo igual... quando isso vai parar<br />
Eu não pedi para receber estas correspondências!<br />
Ana está tendo a sensação de invasão de seu espaço<br />
privado, pois, afinal de contas, to<strong>da</strong>s essas cartas que<br />
foram joga<strong>da</strong>s fora, não dizem respeito à Ana e ela sequer<br />
conhece a origem <strong>da</strong>s mensagens. É muito desagradável<br />
a sensação de ter alguém tentando invadir ou diminuir o<br />
espaço de nossa privaci<strong>da</strong>de. Além de ser um direito do<br />
ci<strong>da</strong>dão, a privaci<strong>da</strong>de nos dá controle sobre nossas vi<strong>da</strong>s<br />
e sobre nossas informações pessoais.<br />
No mundo virtual, as coisas acontecem <strong>da</strong> mesma<br />
forma: as pessoas criam seus espaços reservados para<br />
receber e enviar mensagens - a Caixa Postal. Ca<strong>da</strong> um cria<br />
seu endereço eletrônico e uma senha que servem para<br />
acesso particular às mensagens. Todos os dias milhões de<br />
mensagens não solicita<strong>da</strong>s pelos usuários circulam pela<br />
<strong>Internet</strong>. Essas mensagens recebem o nome de spam e<br />
lotam diariamente a Caixa Postal dos internautas.<br />
São muitos os objetivos destas mensagens: vão desde<br />
propagan<strong>da</strong> de produtos (nem sempre ver<strong>da</strong>deiros), até a<br />
tentativa de aplicação de golpes financeiros e a difusão de<br />
vírus. Outras mensagens fazem a divulgação de correntes<br />
com promessas de ganho financeiro e boatos que envolvem<br />
o internauta com histórias comoventes e dramáticas – as<br />
famosas len<strong>da</strong>s urbanas. Quem envia spam conta com a<br />
vantagem do alcance de sua mensagem, já que ela poderá<br />
ser “li<strong>da</strong>” por milhares de pessoas.<br />
Além do tempo que gastamos na leitura dessas mensagens,<br />
não podemos nos esquecer de outros problemas<br />
que estão associados ao recebimento de spam: a segurança<br />
do computador pode ser coloca<strong>da</strong> em risco, já que<br />
o spam é uma porta de entra<strong>da</strong> para os vírus; os filtros<br />
existentes para diminuir o spam muitas vezes bloqueiam<br />
mensagens legítimas e as não bloquea<strong>da</strong>s, muita vezes<br />
lotam a Caixa Postal e outras mensagens acabam sendo<br />
recusa<strong>da</strong>s por falta de espaço.<br />
Você pode tomar algumas atitudes para evitar estas<br />
consequências: não abra e-mails cujo remetente seja<br />
desconhecido – delete-os; não seja curioso e não “clique”<br />
em nenhum link exibido no spam – eles podem instalar<br />
vírus em seu computador; quando você quiser responder/<br />
encaminhar algum e-mail, use sempre a opção <strong>da</strong> “Cópia<br />
Oculta” para os destinatários – assim, você evita que os<br />
e-mails envolvidos não sejam vistos pelos outros; use o<br />
sistema Anti-spam de seu provedor de e-mail – eles aju<strong>da</strong>m<br />
a diminuir o recebimento de mensagens indeseja<strong>da</strong>s e<br />
finalmente, use os mecanismos de denúncias existentes<br />
na <strong>Internet</strong> para relatar um caso de spam.
19<br />
E o que mais<br />
• A origem do termo spam (em minúsculas)<br />
está relaciona<strong>da</strong> com o “SPiced hAM”, que<br />
é um tipo de carne enlata<strong>da</strong> muito comum<br />
nos Estados Unidos e que foi apeli<strong>da</strong><strong>da</strong> de<br />
SPAM. Em um capítulo do seriado americano<br />
chamado “Monty Python”, existe uma<br />
cena onde alguns vikings estão em um tipo<br />
de restaurante onde todos os pratos são<br />
feitos de SPAM. Os vikings ficam repetindo<br />
de forma irritante: “SPAM! SPAM! SPAM!<br />
Lovely SPAM!”. É uma cena que perturba<br />
e incomo<strong>da</strong> quem está assistindo. E o que<br />
não é uma mensagem eletrônica indeseja<strong>da</strong>,<br />
senão algo que incomo<strong>da</strong> E é também algo<br />
repetitivo, já que todos os dias esses tipos<br />
de mensagens chegam às Caixas Postais dos<br />
internautas. A empresa fabricante do SPAM,<br />
obviamente não gosta desta associação<br />
e deixa claro que SPAM é uma coisa e spam<br />
é outra.<br />
Para pensar<br />
• Qual é a importância <strong>da</strong> privaci<strong>da</strong>de na sua<br />
vi<strong>da</strong> Será que você já invadiu, sem querer, o espaço<br />
de outra pessoa seja no mundo real ou no<br />
virtual<br />
• Você tem se posicionado de forma crítica em<br />
relação às mensagens indeseja<strong>da</strong>s que chegam<br />
à sua Caixa Postal Você pode e deve denunciar<br />
o spam. Acesse o site do órgão responsável pela<br />
gestão <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> no Brasil e faça a sua denúncia:<br />
www.antispam.br/reclamar/
20<br />
Capítulo 7: Pirataria<br />
Alimentando ações criminosas<br />
Você sabe o que é proprie<strong>da</strong>de intelectual De<br />
forma simples, é uma proteção <strong>legal</strong> que é <strong>da</strong><strong>da</strong> às<br />
obras cria<strong>da</strong>s por uma pessoa: invenções, obras literárias<br />
e artísticas, programas de computador e marcas, entre<br />
outras coisas. Portanto, quando alguém cria e lança no<br />
mercado um novo jogo para computador, esta pessoa<br />
está vendendo o resultado de sua criação. Adquirir algo<br />
original significa que você está valorizando a criação de<br />
alguém e também está estimulando que novas criações<br />
sejam feitas por este alguém ou por outras pessoas.<br />
E o que você sabe sobre pirataria A pirataria é muito<br />
antiga e está associa<strong>da</strong> à imagem do pirata de pernade-pau<br />
e olho de vidro. Produto pirata é o nome <strong>da</strong>do<br />
para to<strong>da</strong>s as coisas obti<strong>da</strong>s através do furto ou roubo <strong>da</strong><br />
proprie<strong>da</strong>de intelectual de outra pessoa. Conf<strong>uso</strong><br />
É bastante simples: imagine que João criou um novo<br />
jogo de computador e o colocou à ven<strong>da</strong> com o preço<br />
de R$ 59,00. Muitas pessoas compraram o jogo, que<br />
passou a ser um sucesso de ven<strong>da</strong>s! Alguém, tentando<br />
ganhar dinheiro à custa de João, fez uma cópia do jogo e<br />
saiu por aí o vendendo por apenas R$ 10,00. Para muitas<br />
pessoas que querem o jogo, é melhor pagar R$10,00 do<br />
que R$59,00, logo, a cópia do jogo de João começa a ser<br />
vendi<strong>da</strong> em uma proporção muito maior que a versão<br />
original. Assim, o pirata <strong>da</strong> vez, se sente estimulado a copiar<br />
outros jogos, programas, CD’s e filmes. Isto significa<br />
que as pessoas que compram produtos piratas incentivam<br />
a produção de mais e mais produtos deste tipo.<br />
Apesar <strong>da</strong>s inúmeras ações do governo contra a pirataria,<br />
tem sido difícil controlar ou diminuir a ven<strong>da</strong> de<br />
produtos pirateados. É preciso que haja, acima de tudo,<br />
consciência dos efeitos causados por estas práticas. São<br />
muitos e estão diretamente ligados ao desemprego, a<br />
sonegação de impostos, a violação <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de intelectual,<br />
a prática <strong>da</strong> concorrência desleal e principalmente,<br />
ao fortalecimento do crime organizado (são<br />
esses grupos que trazem muitos produtos pirateados<br />
para o país). Sem falar que um produto pirata, seja ele<br />
qual for, pode trazer riscos de vários tipos e prejuízos<br />
ao comprador.<br />
Os argumentos usados pelas pessoas que compram<br />
normalmente são: “Eu não compro... eu faço o download<br />
direto <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>” ou “esse problema não afeta a minha<br />
vi<strong>da</strong>” ou ain<strong>da</strong> “eu não tenho dinheiro para comprar o<br />
original”. Nenhuma dessas afirmações justifica a atitude<br />
de alguém que compra produtos piratas. As pessoas<br />
precisam se informar melhor e perceber que existem<br />
várias consequências diretas e indiretas na vi<strong>da</strong> de ca<strong>da</strong><br />
uma delas.<br />
No caso específico dos programas de computador,<br />
é muito comum ver pessoas comprando CD’s de jogos,<br />
sistemas operacionais e aplicativos em pequenas<br />
“bancas” na rua. Além dos efeitos já citados, estes<br />
programas podem <strong>da</strong>nificar o computador, trazer algum<br />
vírus e ain<strong>da</strong>, a pessoa que compra, não tem nenhum<br />
tipo de garantia ou suporte técnico. Existem algumas<br />
alternativas para a aquisição de software sem violar as<br />
leis de proprie<strong>da</strong>de: uma delas é a utilização de soluções<br />
livres (software livre) que têm as mesmas funcionali<strong>da</strong>des<br />
dos programas pagos e estão disponíveis para <strong>uso</strong> sem<br />
nenhum tipo de custo.<br />
Na próxima vez que você estiver conectado à<br />
<strong>Internet</strong>, faça uma pesquisa sobre os tipos de soluções<br />
livres disponíveis para download. Informe-se e use estes<br />
programas com a certeza que você não está colaborando<br />
com a pirataria. Nós somos responsáveis pela construção<br />
de uma socie<strong>da</strong>de mais justa, por isso, passe adiante esta<br />
ideia: diga não à pirataria!
21<br />
E o que mais<br />
• De acordo com a Interpol, a pirataria<br />
movimenta anualmente US$ 600 bilhões, enquanto<br />
que o narcotráfico movimenta US$ 360<br />
bilhões anuais em todo o mundo. Além disso,<br />
no Brasil, a pirataria causa uma per<strong>da</strong> anual de<br />
R$30 bilhões em impostos e ain<strong>da</strong>, segundo a<br />
UNICAMP, tem sido responsável pela eliminação<br />
de 2 milhões de postos de trabalho.<br />
• Visite o site oficial do governo contra a<br />
pirataria: www.piratatofora.com.br<br />
Referências:<br />
Ministério <strong>da</strong> Justiça -<br />
http://www.mj.gov.br/combatepirataria/<br />
Para pensar<br />
• Você já deve ter ouvido alguém falar que o brasileiro<br />
gosta de levar vantagem em tudo, não é Esta frase resume<br />
metaforicamente a ideia de levar vantagem em tudo, sem se<br />
importar com questões éticas ou morais. Um famoso jogador<br />
de futebol, consagrado <strong>da</strong> seleção brasileira de futebol na<br />
déca<strong>da</strong> de 70, fez uma propagan<strong>da</strong> para a televisão onde<br />
um produto era mostrado como mais vantajoso por ser<br />
melhor e mais barato. Ele disse: “Gosto de levar vantagem em<br />
tudo, certo Leve vantagem você também”. Infelizmente, essa<br />
imagem acabou sendo associa<strong>da</strong> à imagem de alguns<br />
brasileiros, que estão sempre seguindo este “dito popular”.<br />
Faça uma reflexão e veja se você fez <strong>uso</strong> desta “lei” em algum<br />
momento de sua vi<strong>da</strong>.
22<br />
Capítulo 8: Plágio e compra de trabalhos prontos<br />
A desonesti<strong>da</strong>de intelectual<br />
A Lei de Lavoisier sobre a conservação <strong>da</strong> massa<br />
diz: “Na natureza na<strong>da</strong> se perde, na<strong>da</strong> se cria, tudo se<br />
transforma”. Esta famosa Lei <strong>da</strong> Química refere-se à<br />
mistura de substâncias e suas transformações em outras<br />
novas substâncias. Nestas transformações, na<strong>da</strong> é criado,<br />
na<strong>da</strong> é perdido, tudo é transformado. Mal sabia Lavoisier<br />
que sua própria Lei seria transforma<strong>da</strong> para: “...na<strong>da</strong> se<br />
cria, tudo se copia” - esta frase, tão conheci<strong>da</strong> quanto<br />
a lei de Lavoisier, retrata a “pobreza” intelectual de<br />
muitas pessoas.<br />
Tratar sobre plágio e sobre a compra de trabalhos<br />
prontos é abor<strong>da</strong>r sobre um ato que está se tornando<br />
frequente nas escolas e universi<strong>da</strong>des, e que é facilitado<br />
enormemente pelos recursos <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>. O plágio pode ser<br />
definido, nessa situação, como uma apropriação indevi<strong>da</strong><br />
do trabalho alheio. Ou seja, alguém copia um texto <strong>da</strong><br />
<strong>Internet</strong> e o utiliza como se fosse o criador.<br />
Usa-se muito os termos CONTROL C e CONTROL<br />
V para representar as ações de copiar e colar conteúdos<br />
<strong>da</strong> <strong>Internet</strong>. Como em um álbum de figurinhas,<br />
consegue-se montar facilmente as páginas de um trabalho,<br />
“colando” trechos de textos disponíveis na <strong>Internet</strong>.<br />
Para avaliar a gravi<strong>da</strong>de deste ato, alguns pontos devem<br />
ser esclarecidos:<br />
• Por que os professores pedem para os alunos<br />
fazerem trabalhos Apesar de a resposta ser óbvia (trabalhos<br />
escolares enriquecem e aprofun<strong>da</strong>m os assuntos tratados<br />
em aula), muitos alunos não valorizam esta oportuni<strong>da</strong>de<br />
de “aprender mais” e enxergam apenas a nota que está<br />
associa<strong>da</strong> ao trabalho.<br />
• Por que eu tenho que escrever coisas que outros<br />
já escreveram Na ver<strong>da</strong>de, o objetivo é que você leia<br />
as coisas que os outros escreveram sobre o assunto do<br />
trabalho, conheça as suas diversas formas de discussão<br />
e, a partir disso, você faça a sua “própria produção”.<br />
A escrita de um texto é sempre basea<strong>da</strong> em algo que<br />
alguém já escreveu sobre o assunto, portanto, você terá<br />
que sintetizar os textos consultados e extrair as principais<br />
ideias do autor. Sintetizar textos e extrair suas principais<br />
ideias são capaci<strong>da</strong>des que os estu<strong>da</strong>ntes devem aprender<br />
ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> escolar.<br />
• É muito difícil alguém descobrir! Realmente a<br />
<strong>Internet</strong> tem uma infini<strong>da</strong>de de textos, imagens e produções<br />
<strong>da</strong>s mais varia<strong>da</strong>s sobre qualquer assunto. Porém, é muita<br />
ingenui<strong>da</strong>de, pensar que um professor não perceba que um<br />
determinado texto foi totalmente copiado. E ain<strong>da</strong>, existem<br />
ferramentas sofistica<strong>da</strong>s de busca que permitem facilmente<br />
identificar se um trecho de um texto existe ou não<br />
na <strong>Internet</strong>.<br />
• O máximo que pode acontecer, é tirar nota zero!<br />
Não, definitivamente isto não é o máximo que pode<br />
acontecer: um aluno que faz plágio, além de correr o risco<br />
de tirar nota zero, perde a oportuni<strong>da</strong>de de aumentar seus<br />
conhecimentos e principalmente, engana a si próprio e<br />
seus familiares e professores, já que não age corretamente<br />
em seus deveres de aluno. Sem falar na questão <strong>legal</strong><br />
que envolve o plágio, que é considerado um crime de<br />
violação de direito autoral. Este assunto é tratado com<br />
muita serie<strong>da</strong>de por to<strong>da</strong> a comuni<strong>da</strong>de educacional e<br />
medi<strong>da</strong>s rigorosas têm sido toma<strong>da</strong>s para tentar diminuir<br />
a ocorrência do plágio em seus diferentes níveis.<br />
Qual é, então, a melhor forma de se fazer um<br />
trabalho escolar Em primeiro lugar, você deve estar<br />
consciente <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> pesquisa e do trabalho em<br />
si para sua formação escolar. Depois disso, a quali<strong>da</strong>de de<br />
uma pesquisa está diretamente relaciona<strong>da</strong> com os meios<br />
utilizados (<strong>Internet</strong>, livros, etc.) e principalmente, com o<br />
poder de criação do aluno. A quanti<strong>da</strong>de de páginas de<br />
um trabalho não reflete a sua quali<strong>da</strong>de, portanto, é mais<br />
fácil você conseguir bons resultados com meia dúzia de<br />
páginas escritas por você, com consciência e dedicação,<br />
do que com vinte páginas copia<strong>da</strong>s no estilo “colcha de<br />
retalhos”. Lembre-se sempre que o plágio é uma atitude<br />
desonesta e que não confere mérito a ninguém.
23<br />
E o que mais<br />
• Você já ouviu falar sobre Plágio Criativo<br />
O escritor e Doutor em Filosofia <strong>da</strong> Educação<br />
Gabriel Perissé o define como “uma imitação<br />
inteligente de versos e metáforas, de ideias e<br />
frases, de resultados e conclusões de outros<br />
autores, e, devo esclarecer, esse processo<br />
criativo é utilizadíssimo pelos grandes escritores,<br />
que são ao mesmo tempo grandes leitores e<br />
descobriram o óbvio: na<strong>da</strong> existe de novo sob<br />
o sol...”. Repare que existe uma diferença muito<br />
grande em copiar e fazer um “plágio criativo”.<br />
Conheça mais sobre este assunto no livro<br />
deste autor chamado “A arte <strong>da</strong> palavra” –<br />
Editora Manole.<br />
• No segmento musical também existe a<br />
questão do plágio. São vários os casos de<br />
processos, onde artistas e cantores famosos são<br />
acusados de copiar a letra ou a música de outro<br />
cantor ou compositor. Os acusados sempre<br />
rebatem as acusações dizendo que a questão<br />
pode ser explica<strong>da</strong> como uma influência musical<br />
ou até mesmo uma coincidência. “Qualquer<br />
semelhança é mera coincidência”....<br />
Para pensar<br />
• Você acredita em coincidências Será que um raio não pode<br />
cair mais de uma vez no mesmo lugar A probabili<strong>da</strong>de diz que<br />
sim. Até que ponto um acontecimento pode ser explicado como<br />
coincidência O estudo <strong>da</strong> probabili<strong>da</strong>de nos dá respostas para<br />
muitas coisas! Você sabia que em uma seleção aleatória de 23<br />
pessoas há 50% de chance de pelo menos duas delas fazer<br />
aniversário no mesmo dia<br />
• Qual é a pior consequência de um plágio em um trabalho<br />
escolar Quem perde mais Quem copiou ou quem foi copiado<br />
• Em que situações na vi<strong>da</strong> de uma pessoa poderão existir<br />
questionamentos sobre a sua capaci<strong>da</strong>de de criação Quem<br />
pratica o plágio aprenderá a exercer a criativi<strong>da</strong>de em sua vi<strong>da</strong><br />
Referências:<br />
http://www.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/<br />
secretarias/negocios_juridicos/pgm/cejur/<br />
re<strong>da</strong>cao_oficial_a_arte_<strong>da</strong>_palavra.doc
24<br />
Capítulo 9: Preguiça Virtual<br />
A <strong>Internet</strong> e suas facili<strong>da</strong>des<br />
Que o computador e a <strong>Internet</strong> são umas <strong>da</strong>s<br />
melhores invenções do último século, ninguém discor<strong>da</strong>!<br />
Mas também, todo mundo vai concor<strong>da</strong>r que estamos<br />
ficando mais preguiçosos e parados ultimamente!<br />
São tantas as facili<strong>da</strong>des que temos, que nem<br />
precisamos nos locomover muito para realizar uma série<br />
de tarefas: sentados na poltrona <strong>da</strong> sala, conseguimos<br />
mu<strong>da</strong>r o canal <strong>da</strong> televisão, ligar para o “disk-pizza”<br />
e com o laptop conectado à <strong>Internet</strong>, conseguimos<br />
conversar, fazer compras, pagar contas, ler notícias...<br />
tudo ao mesmo tempo!<br />
Não podemos nos esquecer que temos um corpo<br />
físico, que precisa de movimento. Temos que manter<br />
hábitos esportivos saudáveis seja caminhar, praticar<br />
esportes ou frequentar uma academia. Tão importante<br />
quanto tudo isso, é fazermos <strong>uso</strong> de nossa capaci<strong>da</strong>de<br />
de raciocínio. Temos um cérebro que nos torna capazes<br />
de pensar, questionar, comparar e aumentar assim,<br />
nosso conhecimento e potenciali<strong>da</strong>des. Você já parou<br />
para pensar que não precisamos mais saber ler mapas<br />
É isso mesmo! Com os GPS, aparelhos de localização e<br />
orientação, conseguimos chegar a qualquer lugar, sem a<br />
necessi<strong>da</strong>de de decifrar mapas. Bom ou ruim<br />
O que é certo, é que não podemos fazer tudo<br />
através do computador e <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>. Existem algumas<br />
práticas que jamais, o computador ou a <strong>Internet</strong><br />
poderão substituir. Você sabia que existem sites que<br />
simulam o plantio de árvores Dá para imaginar alguém<br />
plantando uma árvore virtual, sendo que no nosso<br />
mundo real temos problemas ecológicos causados pelo<br />
desmatamento e pela poluição Você já estourou aquelas<br />
bolhinhas plásticas que envolvem algumas embalagens<br />
A sensação é muito boa, não é O barulhinho parece até<br />
que nos relaxa... tente agora, fazer isso pela <strong>Internet</strong>.<br />
Existe um site que mostra uma tela com este “plástico<br />
bolha” e você consegue estourá-las, clicando em cima<br />
delas. Será que é a mesma coisa<br />
Não devemos perder o prazer de folhear as<br />
páginas de um livro, de escrever alguns textos, de ir às<br />
bibliotecas fazer pesquisas. As facili<strong>da</strong>des que a <strong>Internet</strong><br />
traz tem nos tornado ca<strong>da</strong> vez mais acomo<strong>da</strong>dos. Não<br />
fazemos quase nenhum esforço para terminar um<br />
trabalho escolar. Não pesquisamos direito, mal lemos os<br />
resultados, não comparamos diferentes textos sobre o<br />
mesmo assunto, e na ver<strong>da</strong>de, nem escrevemos muita<br />
coisa – está quase tudo pronto! Parece que temos<br />
pressa em terminar as coisas e não nos concentramos<br />
em na<strong>da</strong>.<br />
Temos que ter consciência que tudo isso irá gerar<br />
algumas consequências em nossas vi<strong>da</strong>s, na formação<br />
que estamos tendo. Certamente, a comunicação ficará<br />
prejudica<strong>da</strong>, pois como quase não se lê ou escreve,<br />
haverá per<strong>da</strong> ou comprometimento destas capaci<strong>da</strong>des.<br />
Os próprios editores de texto corrigem nossos erros,<br />
sem que percebamos. A falta de compromisso com a<br />
pesquisa nos impede de formar uma opinião concreta<br />
sobre um assunto, nos impede de dominar o conteúdo<br />
de uma matéria <strong>da</strong> escola e nos afasta <strong>da</strong> conquista de<br />
nossos sonhos.<br />
A <strong>Internet</strong> é sem dúvi<strong>da</strong> uma alia<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s essas<br />
tarefas cotidianas, mas ela tem que ser encara<strong>da</strong> não só<br />
como um parque de diversões, mas, como uma fonte<br />
infinita de conhecimento e aprendizagem. Vamos lá,<br />
não tenha preguiça, e na sua próxima pesquisa escolar,<br />
envolva-se com o trabalho e não deixe de pesquisar,<br />
também, em bons livros <strong>da</strong> biblioteca.
25<br />
Curiosi<strong>da</strong>des<br />
• Quem quiser estourar um pouco de plástico<br />
bolha virtual pode seguir o link: http://fun.from.<br />
hell.pl/2003-11-24/bubblewrap.swf<br />
• Se sua família não gosta muito de cachorro<br />
e você adoraria ter um, quem sabe um cachorro<br />
virtual Confira no site: http://www.idodogtricks.<br />
com/index_flash.html<br />
Para pensar<br />
• Qual é nosso ver<strong>da</strong>deiro papel neste<br />
mundo Temos que estar em contato e<br />
interagir com a natureza. Animais e árvores<br />
existem e estão do lado de fora <strong>da</strong> janela<br />
de sua casa. Que importância tudo isso tem<br />
para você<br />
• A leitura permite que infinitas viagens<br />
intelectuais sejam feitas, onde aprendemos<br />
muito e podemos crescer como pessoas. A<br />
escrita é uma forma única de expressão de<br />
nossos sentimentos e conhecimentos. O formato<br />
de nossa letra é único. É uma identi<strong>da</strong>de<br />
e é intransferível. Leia bons livros e<br />
escreva sempre. Já pensou em man<strong>da</strong>r uma<br />
carta para alguém que você conhece e não<br />
vê há muito tempo
26<br />
Capítulo 10: Violência em games<br />
Enganando o nosso cérebro<br />
É difícil encontrar um jovem que não goste de<br />
“games”. Seja para a <strong>Internet</strong>, para um console de<br />
vídeo game ou para um PC, ca<strong>da</strong> vez mais novos jogos<br />
são lançados no mercado e ca<strong>da</strong> vez mais eles trazem<br />
atrativos e novi<strong>da</strong>des que encantam a todos. Crianças,<br />
jovens e adultos realmente encontram momentos<br />
de diversão, desafios e entretenimento quando<br />
estão jogando.<br />
Se fizermos um breve levantamento <strong>da</strong> história dos<br />
games, iremos perceber que desde a criação <strong>da</strong> novi<strong>da</strong>de<br />
em si (a Atari, uma <strong>da</strong>s empresas mais conheci<strong>da</strong>s no setor<br />
de games, foi cria<strong>da</strong> na déca<strong>da</strong> de 70) até o lançamento de<br />
consoles de última geração, os tipos de games disponibilizados<br />
evoluíram muito. No início eram jogos extremamente<br />
simples, com poucos recursos na tela e que gra<strong>da</strong>tivamente<br />
foram recebendo cenários, personagens fictícios e humanos<br />
que além de se movimentarem nos diversos níveis e fases<br />
dos jogos, simulam a reali<strong>da</strong>de nos mais diferentes enredos.<br />
Os equipamentos se modernizaram muito e os controles<br />
passaram a ser uma extensão do braço humano, ou seja, se<br />
movemos o braço, movemos algo na tela também.<br />
O desafio de ultrapassar uma determina<strong>da</strong> fase ou<br />
bater um “record”, passou a ser muitas vezes, o principal<br />
objetivo de muitos jovens, que sequer se dão conta do<br />
tempo que passam jogando e principalmente, do tipo<br />
de mensagem que está por trás do game. Alguns jovens<br />
passam várias horas do dia “aniquilando” inimigos,<br />
derramando sangue e destruindo ci<strong>da</strong>des sem perceber os<br />
ver<strong>da</strong>deiros efeitos destas ações em seus cérebros.<br />
Você sabe o que acontece com o cérebro durante<br />
um jogo violento Estudos apontam evidências que o<br />
cérebro não diferencia a reali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> virtuali<strong>da</strong>de. Assim,<br />
se assistimos a um filme no cinema, mesmo sabendo que<br />
não se trata de reali<strong>da</strong>de, vendo um drama, podemos<br />
nos comover e chorar; vendo uma comédia, podemos rir;<br />
vendo um suspense, podemos chegar a gritar de medo ou<br />
terror. As imagens mostra<strong>da</strong>s fazem nosso cérebro reagir e<br />
produzir emoções como se fossem situações reais. Quantas<br />
pessoas já tiveram dificul<strong>da</strong>des em “pegar no sono” após<br />
assistir a um filme de suspense<br />
Por estes motivos, é importante considerar não só<br />
o tempo que se fica jogando, mas também o tema do<br />
jogo. O contato contínuo de uma pessoa com a violência<br />
em games pode banalizar o valor <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e de uma<br />
forma mais grave, pode desencadear comportamentos<br />
agressivos contra si ou contra os outros, já que “matar”<br />
um personagem passa a ser encarado como algo tão<br />
normal quanto usar uma raquete para rebater uma bola<br />
ou pular sobre uma árvore.<br />
Os sentimentos de raiva, inveja, frustração e medo<br />
acontecem em diferentes situações de nossas vi<strong>da</strong>s e a<br />
agressivi<strong>da</strong>de é uma característica humana importante<br />
para a toma<strong>da</strong> de iniciativa, que também promove a<br />
motivação e a capaci<strong>da</strong>de de liderança. Contudo, uma<br />
criança em formação, deve conhecer os limites de contato<br />
com a violência para que sua agressivi<strong>da</strong>de natural seja<br />
sempre direciona<strong>da</strong> para o seu crescimento como pessoa<br />
e como ci<strong>da</strong>dão.<br />
Os jogos, quando bem direcionados, são comprova<strong>da</strong>mente<br />
ativi<strong>da</strong>des de lazer que trazem bem estar,<br />
equilíbrio emocional e psicológico. Você pode desde agora<br />
exercitar o seu cérebro com jogos de raciocínio e lógica e<br />
que estimulam a memória. Assim, no futuro, você estará<br />
mais preparado para se defender de doenças degenerativas<br />
do cérebro como o Mal de Alzheimer. O estímulo <strong>da</strong><br />
mente deve ser uma ativi<strong>da</strong>de diária na vi<strong>da</strong> de todos que<br />
pretendem envelhecer com suas ativi<strong>da</strong>des cerebrais “em<br />
forma”. Por isso, <strong>da</strong> próxima vez que for jogar, experimente<br />
jogos que não tenham um tema violento e alimente<br />
a fantasia e a alegria em seu cérebro!
27<br />
Para pensar<br />
• Você já calculou quantas vezes, em um único<br />
dia, nos deparamos com o assunto violência Escolha<br />
um dia e anote este número. Multiplique<br />
esse número por 365 e descubra o quanto a violência<br />
faz parte <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> de uma pessoa.<br />
• O que você pode fazer para diminuir a violência<br />
Pense em várias situações de sua rotina e<br />
descubra de que forma você pode contribuir na<br />
construção de um mundo melhor.<br />
E o que mais<br />
• Se quiser saber mais sobre a revolução que os<br />
games tem causado em nosso mundo, acesse o<br />
site: www.pbs.org/kcts/videogamerevolution<br />
• Se quisermos viver em um mundo sem violência,<br />
devemos banir to<strong>da</strong> e qualquer ação que promova<br />
direta ou indiretamente a violência, inclusive os<br />
jogos violentos. Vamos praticar a paz em todos os<br />
momentos de nossas vi<strong>da</strong>s: em casa, na escola, no<br />
trânsito, no estádio de futebol! Conheça de perto<br />
o projeto “Sou <strong>da</strong> paz” e seja mais um em busca<br />
do mundo tão sonhado: o mundo <strong>da</strong> paz. Acesse o<br />
site: www.sou<strong>da</strong>paz.org
28<br />
Capítulo 11: Vício no <strong>uso</strong> <strong>da</strong> <strong>Internet</strong><br />
Quando o equilíbrio vai embora<br />
Você passa muito tempo do seu dia conectado à<br />
<strong>Internet</strong> Já deixou de almoçar ou jantar com a família<br />
para não ter que “sair” <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> Fica ansioso para ver<br />
se chegou alguma mensagem nova em sua Caixa Postal<br />
Gostar de usar a <strong>Internet</strong> todos os dias é natural e faz<br />
parte <strong>da</strong> rotina <strong>da</strong> grande maioria dos jovens, porém,<br />
é preciso ficar atento se isso não está se transformando<br />
em um vício.<br />
Algumas pessoas têm uma tendência maior em<br />
desenvolver uma dependência, sejam químicas (como o<br />
álcool e o cigarro) ou comportamentais (como a obsessão<br />
por jogos de azar ou pela <strong>Internet</strong>). Uma pessoa vicia<strong>da</strong><br />
no <strong>uso</strong> <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> acaba prejudicando outras áreas de<br />
sua vi<strong>da</strong>: o desempenho escolar ou profissional diminui<br />
(a pessoa não se dedica mais aos estudos ou ao seu<br />
trabalho), a quali<strong>da</strong>de e o tempo de sono diminuem (a<br />
pessoa deixa de dormir para ficar conecta<strong>da</strong> à <strong>Internet</strong>)<br />
e as relações com a família e com os amigos pioram<br />
(o contato com essas pessoas não são mais fonte de<br />
alegria e prazer para o viciado). Na ver<strong>da</strong>de, muitos<br />
problemas podem ocorrer em função de um vício: falta<br />
de concentração, ansie<strong>da</strong>de, problemas alimentares,<br />
mau humor, pensamentos obsessivos, agressivi<strong>da</strong>de<br />
exagera<strong>da</strong> e angústia.<br />
É importante perceber que para identificar se uma<br />
pessoa está ou não vicia<strong>da</strong> no <strong>uso</strong> <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>, não se<br />
pode levar em conta apenas o tempo diário que esta<br />
pessoa usa a <strong>Internet</strong>. É preciso verificar também se esta<br />
pessoa está tendo problemas em sua vi<strong>da</strong> particular por<br />
causa deste <strong>uso</strong>. Em outras palavras, se uma pessoa fica<br />
conecta<strong>da</strong> à <strong>Internet</strong> tardes inteiras e mesmo assim ela<br />
mantém uma ótima relação com seus familiares, dorme<br />
bem e está com bom rendimento na escola, ela não é<br />
uma vicia<strong>da</strong>!<br />
O vício é uma doença, por isso deve ter o acompanhamento<br />
e orientação de profissionais especializados<br />
como psicólogos e psiquiatras. Dificilmente uma<br />
pessoa vicia<strong>da</strong>, seja qual for o vício, assume facilmente<br />
o seu problema: ela não percebe o que está acontecendo<br />
e sempre se acha capaz de ter controle <strong>da</strong>quilo que<br />
está fazendo.<br />
Além dos fatores hereditários que levam algumas<br />
pessoas ao vício, existe uma parcela de culpa do<br />
próprio viciado pelas suas condições de vício. As<br />
pessoas são responsáveis por suas escolhas! Muitas<br />
vezes, para diminuir um problema ou para não pensar<br />
neles, fantasiamos e tentamos fugir <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de,<br />
buscando coisas mais agradáveis e prazerosas. Neste<br />
momento é fun<strong>da</strong>mental que tenhamos consciência <strong>da</strong>s<br />
consequências de todos os nossos atos. Não podemos<br />
viver no mundo <strong>da</strong> fantasia para sempre! Temos<br />
que enfrentar ca<strong>da</strong> um de nossos problemas e viver<br />
nossa reali<strong>da</strong>de com consciência, responsabili<strong>da</strong>de e<br />
perseverança. O primeiro passo para quem vive a situação<br />
do vício é reconhecer a necessi<strong>da</strong>de de aju<strong>da</strong>. A família,<br />
neste momento, é o maior “porto seguro” para aqueles<br />
que vivem momentos de desesperança e dificul<strong>da</strong>des.<br />
A vi<strong>da</strong> oferece muitas coisas maravilhosas e muitas<br />
possibili<strong>da</strong>des de realização pessoal. A palavra chave<br />
deste tema é a moderação. Tudo que fazemos na vi<strong>da</strong><br />
deve se basear no equilíbrio: um pouco de <strong>Internet</strong>, um<br />
pouco de obrigações escolares e familiares, um pouco<br />
de conversa, um pouco de diversão e um pouco de ca<strong>da</strong><br />
coisa nos fazem sentir bem fisica e emocionalmente.
29<br />
Para pensar<br />
• Você consegue perceber, nas suas situações de<br />
vi<strong>da</strong>, que está exagerando em alguma coisa Por<br />
exemplo, consegue perceber que está comendo<br />
demais, gastando demais, brigando demais, etc.<br />
• Quais são as ativi<strong>da</strong>des que a <strong>Internet</strong> oferece<br />
que, em sua opinião, podem levar alguém a “esquecer<br />
<strong>da</strong> vi<strong>da</strong>” e deixar para trás outras coisas<br />
importantes<br />
E o que mais<br />
• Se você conhece alguém que se encontra nesta triste<br />
situação de vício, ajude-a, encaminhando para pessoas capazes<br />
de ajudá-la. A Universi<strong>da</strong>de Federal de São Paulo mantém<br />
um Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes<br />
(PROAD) que oferece atendimento gratuito para dependentes<br />
não-químicos. Para obter maiores informações, acesse o site:<br />
www.proad.unifesp.br<br />
• Quer fazer um teste para saber o seu grau de dependência<br />
<strong>da</strong> <strong>Internet</strong> Acesse o site www.dependenciadeinternet.com.br
30<br />
Capítulo 12: Pedofilia<br />
Um crime contra a inocência<br />
Infelizmente, “pedofilia” passou a ser uma palavra<br />
frequente nos noticiários e jornais de muitos países do<br />
mundo, inclusive no Brasil. Para se combater a pedofilia,<br />
é importante que todos conheçam a gravi<strong>da</strong>de de seu<br />
significado e qual é o “papel de vilão” que a <strong>Internet</strong> faz<br />
frente a esse problema.<br />
A pedofilia é um transtorno psicológico que<br />
acontece quando adultos pervertidos manifestam a<br />
atração e o desejo sexual por crianças. Não existe um<br />
crime chamado “pedofilia” em nosso código penal<br />
– o crime é a consequência do comportamento de<br />
um pedófilo, ou seja, é o atentado violento ao pudor,<br />
o estupro e a pornografia infantil. Assim, possuir<br />
fotografias que envolvam a pornografia infantil, já é<br />
considerado um crime.<br />
As crianças vítimas desta violência têm sua história<br />
marca<strong>da</strong> para o resto de suas vi<strong>da</strong>s e muitas vezes<br />
criam traumas e problemas psicológicos irreparáveis.<br />
A fragili<strong>da</strong>de e a ingenui<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s crianças podem<br />
ser manipula<strong>da</strong>s pelo pedófilo. Por este motivo, é<br />
fun<strong>da</strong>mental que os adultos mantenham sempre uma<br />
posição de vigília sobre as crianças e, respeitando a<br />
i<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong> uma, conversem sobre a importância <strong>da</strong><br />
proteção ao próprio corpo, orientando-as ain<strong>da</strong> a nunca<br />
conversar com estranhos.<br />
E neste cenário, a <strong>Internet</strong> é um poderoso aliado<br />
dos pedófilos, já que uma criança conecta<strong>da</strong> à <strong>Internet</strong>,<br />
inocente como é, não consegue reconhecer se a outra<br />
pessoa com quem conversa é realmente uma criança ou<br />
é um adulto pervertido tentando aliciá-la. Além disso, a<br />
<strong>Internet</strong> disponibiliza recursos que facilitam e ampliam a<br />
divulgação <strong>da</strong> pornografia infantil, através de sites que<br />
comercializam imagens e vídeos que envolvem crianças.<br />
Ain<strong>da</strong>, outros “espaços” e “serviços” <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> como<br />
a troca de mensagens instantâneas, a troca de arquivos<br />
Peer-2-Peer, os grupos de discussão, as comuni<strong>da</strong>des<br />
de redes sociais, as salas de bate-papo e os fotologs<br />
funcionam como ver<strong>da</strong>deiros “redutos” de pedófilos em<br />
busca de crianças.<br />
Temos que dizer um grande “NÃO” a tudo isso e<br />
também aju<strong>da</strong>rmos a combater esta prática terrível <strong>da</strong><br />
forma que pudermos. As crianças estão por to<strong>da</strong> a parte:<br />
nos prédios, clubes, shoppings e praças públicas. Temos<br />
que ficar atentos a tudo que acontece à nossa volta,<br />
mesmo que estas crianças sejam desconheci<strong>da</strong>s. No que<br />
diz respeito ao espaço virtual, além de denunciar práticas<br />
suspeitas, devemos orientar as crianças conheci<strong>da</strong>s<br />
(irmãos, primos, amigos, etc) a:<br />
• Usarem a <strong>Internet</strong> sempre na presença de um<br />
adulto (deve-se evitar que o computador fique<br />
no quarto de uma criança);<br />
• Não usarem lan houses para acessar a <strong>Internet</strong>;<br />
• Em hipótese nenhuma se encontrarem com<br />
“amigos virtuais”;<br />
• Não divulgarem <strong>da</strong>dos e nem fotos pessoais<br />
na <strong>Internet</strong>;<br />
• Dizer “não” a convites de estranhos para usar<br />
a web cam;<br />
• Não acreditarem em tudo o que vem<br />
<strong>da</strong> <strong>Internet</strong>.<br />
Este é um tema inaceitável e de difícil compreensão.<br />
Como alguém pode atentar contra a inocência de uma<br />
criança É um desrespeito à vi<strong>da</strong> e a Deus. Felizmente a<br />
socie<strong>da</strong>de e a justiça têm se manifestado diante deste<br />
horror e têm combatido a pedofilia com leis mais severas<br />
e controles mais rígidos na <strong>Internet</strong>.
31<br />
E o que mais<br />
• De acordo a Telefono Arcobaleno, uma<br />
Associação Italiana para a defesa <strong>da</strong> Infância, os<br />
EUA e a Rússia são os países que mais produzem<br />
material pornográfico infantil. Por sua vez,<br />
o Brasil é um dos países que mais divulga e<br />
consome esse tipo de material na <strong>Internet</strong>.<br />
• O site Todos Contra a pedofilia é um ótimo<br />
exemplo de ação de combate à pedofilia.<br />
É um espaço de informação e denúncia. Acesse:<br />
www.todoscontraapedofilia.com.br<br />
Para pensar<br />
• Hoje você é um(a) jovem adolescente. Amanhã<br />
você será adulto(a) e certamente constituirá uma<br />
família e terá filhos. Como você gostaria que fosse o<br />
mundo para seus filhos<br />
• Que tipo de orientação você <strong>da</strong>ria a uma criança,<br />
pertencente a uma família com boas condições financeiras,<br />
que passa a maior parte do tempo sozinha ou<br />
na presença de babás e que tem total liber<strong>da</strong>de de<br />
acesso à <strong>Internet</strong>
32<br />
Capítulo 13: Exposição <strong>da</strong> imagem e de <strong>da</strong>dos pessoais<br />
Abrindo as portas <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> para qualquer um<br />
Nossas vi<strong>da</strong>s estão repletas de fatos e situações<br />
que não têm o menor significado para muita gente. As<br />
escolhas que fazemos, as opiniões que temos e o nosso<br />
modo de agir são muitas vezes questões íntimas e que<br />
dizem respeito apenas a nós mesmos. Era comum, até<br />
certo tempo atrás, que as pessoas escrevessem em diários<br />
todos esses sentimentos e acontecimentos íntimos. Esses<br />
textos ficavam trancados com cadeados para evitar que<br />
a intimi<strong>da</strong>de de alguém fosse descoberta.<br />
A <strong>Internet</strong> e suas poderosas ferramentas de<br />
comunicação modificaram este cenário consideravelmente:<br />
o que era considerado privado passou a<br />
ser público e “escancarado”. Através dos Blogs, por<br />
exemplo, as pessoas podem continuar a escrever seus<br />
diários e, ain<strong>da</strong>, ilustrar sua vi<strong>da</strong> priva<strong>da</strong> inserindo fotos<br />
e narrações sobre acontecimentos íntimos para quem<br />
quiser ler. Essa mu<strong>da</strong>nça também pode ser percebi<strong>da</strong><br />
nos frequentes Reality Shows exibidos na TV. Nesses<br />
programas, as pessoas expõem suas imagens para o<br />
mundo, na tentativa de sair do anonimato e alcançar<br />
a fama. Por outro lado, quem os assiste, “mata” a<br />
curiosi<strong>da</strong>de pela vi<strong>da</strong> alheia. Este excesso de exposição<br />
muitas vezes ultrapassa os limites <strong>da</strong> ética e dos valores,<br />
já que algumas pessoas acabam valorizando a imagem,<br />
o corpo e o dinheiro, muito mais do que a ver<strong>da</strong>deira<br />
essência do ser humano.<br />
É comum ver que alguns jovens trancam as portas<br />
de seus quartos para que pais e irmãos não inva<strong>da</strong>m seus<br />
espaços privados. Ao mesmo tempo, é comum também,<br />
ver que muitos desses jovens publicam sua intimi<strong>da</strong>de<br />
na <strong>Internet</strong> em forma de fotografia e textos para<br />
que qualquer desconhecido, participante de um Blog<br />
ou de uma comuni<strong>da</strong>de de Rede Social conheça a sua<br />
vi<strong>da</strong> priva<strong>da</strong>.<br />
Expor a sua imagem para “qualquer um” pode trazer<br />
consequências graves, já que vivemos em um mundo<br />
violento onde pessoas sem nenhum tipo de escrúpulo<br />
buscam na <strong>Internet</strong> a oportuni<strong>da</strong>de certa de cometer um<br />
crime. É preciso ter cui<strong>da</strong>do com as fotografias publica<strong>da</strong>s<br />
em um Blog ou em um perfil de usuário, já que elas<br />
podem dizer muito para um experiente criminoso. Fotos<br />
de onde você mora, de seu colégio, do carro de sua<br />
família e de sua última viagem trazem informações que<br />
revelam o seu modo de vi<strong>da</strong> e seu padrão econômico.<br />
Portanto, é fun<strong>da</strong>mental que você preserve sua imagem<br />
e de sua família para não correr riscos. Não saímos<br />
por aí entregando papéis com fotos e informações de<br />
nossas vi<strong>da</strong>s para qualquer um em uma praça pública!<br />
Por que fazer isso no ambiente virtual O limite entre o<br />
conhecido e o desconhecido deve ser sempre respeitado.<br />
Incluir em suas listas de contatos pessoas desconheci<strong>da</strong>s<br />
é <strong>da</strong>r a elas, acesso à sua vi<strong>da</strong> priva<strong>da</strong>. E isso, é a mesma<br />
coisa que entregar “dossiês” completos de sua vi<strong>da</strong> para<br />
estranhos em praça pública.<br />
Em casos extremos, algumas pessoas buscam muito<br />
mais que uma relação virtual com seus contatos <strong>da</strong><br />
<strong>Internet</strong>. Basea<strong>da</strong>s nas imagens vistas em um perfil ou<br />
na conversa de um bate-papo marcam encontros reais<br />
com desconhecidos. De vez em quando ouvimos casos<br />
de pessoas em que namoros e casamentos aconteceram<br />
a partir <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>. Mas ouvimos na mesma proporção<br />
casos de adolescentes que arriscam tudo para ir ao<br />
encontro de um desconhecido “muito conhecido” pela<br />
<strong>Internet</strong>. O resultado pode variar entre uma simples<br />
frustração e um assassinato. Se a vi<strong>da</strong> real, olho no olho,<br />
já traz frustrações e riscos, qual é a chance de conseguir<br />
se <strong>da</strong>r bem em encontros desse tipo Será que vale a<br />
pena correr esse risco
33<br />
E o que mais<br />
• Em todo o mundo são realiza<strong>da</strong>s ações para diminuir<br />
os perigos <strong>da</strong> exposição <strong>da</strong> imagem de uma<br />
pessoa na <strong>Internet</strong>. Uma dessas ações desenvolvi<strong>da</strong><br />
pela organização CyberTipLine usa o lema: “Pense<br />
antes de publicar algo na <strong>Internet</strong>”. Um pequeno<br />
vídeo muito interessante e realista foi criado sobre o<br />
tema. Assista-o no YouTube (http://www.youtube.<br />
com/watchv=tT_ZHWd40r8) ou no site CyberTipLine<br />
(http://tcs.cybertipline.com/videos.htm).<br />
• Quando você publica uma fotografia sua na<br />
<strong>Internet</strong>, além de expor a sua vi<strong>da</strong> priva<strong>da</strong>, você corre<br />
o risco de ver a sua imagem associa<strong>da</strong> a situações<br />
indesejáveis. É muito fácil compor uma fotografia<br />
falsa a partir de fotografias disponíveis na <strong>Internet</strong>.<br />
Novos elementos podem ser acrescentados e outros<br />
podem ser retirados para compor uma cena que na<br />
ver<strong>da</strong>de não existiu. Modificar fotografias é algo que<br />
acontece há bastante tempo. Conheça um pouco mais<br />
sobre isso em www.fotografiatotal.com/page/10.<br />
Para pensar<br />
• Que importância você dá para a sua<br />
privaci<strong>da</strong>de e de sua família Por que algumas<br />
pessoas sentem tanto a necessi<strong>da</strong>de de<br />
se expor<br />
• Os valores que uma pessoa estabelece<br />
para a sua vi<strong>da</strong> é que norteiam o seu comportamento<br />
e as suas ações. Faça uma lista<br />
de seus principais valores de vi<strong>da</strong>. O que vem<br />
em primeiro lugar para você O que norteia<br />
os seus objetivos de vi<strong>da</strong>
34<br />
Capítulo 14: Boatos, mentiras e apologias<br />
A <strong>Internet</strong> propagando o mal<br />
Sem sombra de dúvi<strong>da</strong> a <strong>Internet</strong> é um poderoso<br />
meio para divulgação de notícias e informações.<br />
Na <strong>Internet</strong> é possível que uma pessoa independentemente<br />
do sexo, credo ou condição econômica se manifeste<br />
e expresse sua opinião a respeito de qualquer<br />
assunto. A Web oferece um espaço onde as diferenças e<br />
os contrastes convivem democraticamente e com abertura<br />
para livres manifestações.<br />
O “outro lado desta moe<strong>da</strong>” mostra que esta infini<strong>da</strong>de<br />
de opiniões e informações é fonte de propagação<br />
de boatos, mentiras e apologias, já que não existe<br />
nenhum tipo de controle sobre os conteúdos que são<br />
produzidos para a <strong>Internet</strong>. E então, temos um bom<br />
exemplo <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> a serviço do mal.<br />
Se fizermos uma pesquisa criteriosa na Web, entre<br />
sites, fóruns de discussão e comuni<strong>da</strong>des virtuais, encontraremos<br />
de tudo um pouco: receitas para fabricação<br />
de bombas, incentivo à prática <strong>da</strong> bulimia, páginas<br />
de conteúdo racista e manuais para criminosos de todos<br />
os tipos.<br />
A Constituição Brasileira garante a liber<strong>da</strong>de de expressão<br />
para todos os ci<strong>da</strong>dãos. Esta garantia é <strong>da</strong><strong>da</strong> a<br />
todos aqueles que se identificam como autores. Ou seja,<br />
a lei proíbe o anonimato. Muitos ain<strong>da</strong> pensam que nunca<br />
serão encontrados caso usem a <strong>Internet</strong> como fonte<br />
propagadora de ameaças, apologia ao crime ou racismo.<br />
A ca<strong>da</strong> dia que passa mais mecanismos de rastreamento<br />
são criados pela polícia e certamente, ninguém sai impune<br />
de um crime virtual.<br />
O grande alcance que a <strong>Internet</strong> tem faz com que<br />
coisas boas e ruins se espalhem pelo mundo em uma<br />
veloci<strong>da</strong>de assustadora. O grande problema <strong>da</strong>s mentiras,<br />
boatos e apologias é que se leva muito tempo<br />
para encontrar o responsável pelo conteúdo impróprio<br />
e então, muita gente acaba se prejudicando, principalmente<br />
as pessoas que por um motivo ou outro, se<br />
encontram fragiliza<strong>da</strong>s ou abala<strong>da</strong>s psicologicamente por<br />
algum problema. Pessoas assim acabam encontrando na<br />
<strong>Internet</strong>, um espaço que oferece sugestões e “dicas”<br />
para resolver problemas, que apenas especialistas e a<br />
família poderiam <strong>da</strong>r.<br />
As opiniões escritas por irresponsáveis podem provocar<br />
grandes tragédias. Seja uma incitação à briga entre<br />
torci<strong>da</strong>s, seja ensinando uma nova técnica de “cola” na<br />
prova ou encorajando uma menina a parar de comer!<br />
Reparem que não se trata de uma questão de<br />
“censurar” conteúdos <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>. Trata-se apenas de<br />
conscientização por parte de quem escreve, para que<br />
saiba que está cometendo um crime que pode prejudicar<br />
outras pessoas e também por parte de que lê este<br />
tipo de conteúdo, que não pode se esquecer que existem<br />
outras formas muito mais sérias de se obter aju<strong>da</strong> para os<br />
problemas pessoais e também para formar uma opinião<br />
sobre um determinado assunto.<br />
Não se deixe levar por boatos e mentiras divulga<strong>da</strong>s<br />
através <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>. Por que participar de comuni<strong>da</strong>des<br />
que incentivam e promovem crimes Dê uma olha<strong>da</strong> em<br />
to<strong>da</strong>s as comuni<strong>da</strong>des as quais você pertence, e veja se<br />
elas realmente contribuem positivamente de alguma forma<br />
com a sua vi<strong>da</strong>. Estar associado a uma comuni<strong>da</strong>de<br />
simplesmente para pertencer a um grupo pode causar<br />
má impressão. Muitas empresas, antes de contratar um<br />
novo funcionário, buscam na <strong>Internet</strong>, em fóruns e comuni<strong>da</strong>des,<br />
informações que possam compor uma má<br />
imagem do candi<strong>da</strong>to e justificar a sua não contratação.<br />
Pense nisso!
35<br />
E o que mais<br />
• Você pode exercer sua ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia e<br />
denunciar qualquer tipo de ab<strong>uso</strong> que<br />
presenciar na <strong>Internet</strong>. Acesse o site<br />
www.safernet.org.br e faça a sua denúncia.<br />
• No dia 10 de fevereiro comemora-se o<br />
Dia Mundial <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> Segura. No Brasil e<br />
em mais de 65 países, neste dia, são realiza<strong>da</strong>s<br />
algumas ações para promover o <strong>uso</strong> ético<br />
e seguro <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>. Para conhecer as ações<br />
realiza<strong>da</strong>s no Brasil acesse:<br />
www.saferinternet<strong>da</strong>y.org.br<br />
Para pensar<br />
• Pelo que se percebe o famoso ditado “Se<br />
conselho fosse bom era vendido e não <strong>da</strong>do”<br />
não funciona no mundo virtual, pois muitas<br />
pessoas são influencia<strong>da</strong>s ingenuamente por<br />
conselhos anônimos. Que tipo de conselho<br />
você aceitaria de um estranho na rua<br />
• Comente a frase: “A <strong>Internet</strong>, ao mesmo<br />
tempo em que melhora muitos aspectos <strong>da</strong><br />
vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas facilita e dissemina <strong>uso</strong>s<br />
condenáveis”. Em sua opinião, qual é o ato<br />
“mais condenável” que pode ser praticado<br />
através <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>
36<br />
Capítulo 15: Cyberbullying<br />
Agressões reais no espaço virtual<br />
Temos convivido com comportamentos agressivos<br />
quase todos os dias: no trânsito, os motoristas parecem<br />
querer passar uns por cima dos outros para conseguir<br />
ficar 200mts à frente; no balcão de uma loja, um<br />
cliente ofende o vendedor porque ele atendeu outra<br />
pessoa na sua frente; nos prédios de apartamentos,<br />
vizinhos se cruzam sem sequer olhar uns para os outros.<br />
E às vezes somos cúmplices destes atos... Assistimos a<br />
tudo sem nenhum tipo de manifestação para melhorar<br />
esse contexto.<br />
Na própria escola é possível perceber comportamentos<br />
agressivos de jovens contra colegas de classe,<br />
simplesmente porque “não foram com a cara dele”<br />
ou porque usam óculos ou estão acima do peso. De<br />
forma insistente, provocam e intimi<strong>da</strong>m esses colegas,<br />
com atitudes agressivas: tiram o boné e jogam no lixo,<br />
escondem ou estragam as suas coisas, escrevem bilhetes<br />
humilhantes que fazem todos rir! A vítima é quase sempre<br />
uma pessoa tími<strong>da</strong> e insegura e que acaba passando por<br />
tudo sem reclamar. Este é um quadro típico do bullying.<br />
Como isso não pode acontecer dentro do espaço<br />
escolar, onde há vigilância, muitos jovens se aproveitam<br />
do anonimato que a <strong>Internet</strong> oferece e se sentem<br />
confortáveis para fazer e dizer coisas que jamais fariam<br />
na vi<strong>da</strong> real. Essas pessoas usam os blogs e as redes<br />
sociais como o Orkut, para colocar mensagens ofensivas,<br />
apeli<strong>da</strong>r e inventar mentiras sobre colegas. É muito fácil<br />
se esconder atrás de um perfil falso (fake) e sair por aí<br />
difamando, ofendendo e humilhando pessoas.<br />
Por outro lado, a <strong>Internet</strong> oferece a facili<strong>da</strong>de de<br />
guar<strong>da</strong>r tudo aquilo que circula por ela. As vítimas<br />
precisam ser orienta<strong>da</strong>s a salvar to<strong>da</strong>s essas mensagens<br />
ofensivas e comunicar imediatamente a escola, a família<br />
ou até a polícia. Difamação é crime. Existem casos de<br />
cyberbullying que foram levados adiante pelos familiares<br />
<strong>da</strong> vítima e que resultaram em processos com direito a<br />
indenizações. Por mais que o agressor pense que não<br />
será identificado, a tecnologia oferece meios para isso e<br />
ninguém fica no anonimato.<br />
Alguns conselhos para você: pense antes de colocar<br />
uma mensagem na <strong>Internet</strong>. Se você estiver muito bravo,<br />
respire fundo e espere a calma voltar. Depois que uma<br />
mensagem é envia<strong>da</strong>, na<strong>da</strong> mais pode ser feito para<br />
reverter uma situação de agressão. Na <strong>Internet</strong>, deixe<br />
fotografias e imagens suas disponíveis apenas para<br />
pessoas confiáveis. Nem todos são amigos de ver<strong>da</strong>de...<br />
Não seja cúmplice deste tipo de agressão. Mostre<br />
sua discordância e desencoraje colegas que têm o hábito<br />
de praticar o cyberbullying. Temos que nos posicionar<br />
frente aos nossos valores e manter uma postura ética e<br />
respeitosa com todos. Quem participa dessas agressões,<br />
seja lendo, rindo ou encaminhando as mensagens para<br />
outros, é tão agressor quanto quem iniciou a agressão.<br />
Lembre-se sempre que tudo aquilo que acontece<br />
no espaço virtual (<strong>Internet</strong>) é um reflexo de tudo o que<br />
acontece no mundo real. Só mu<strong>da</strong> a forma <strong>da</strong> agressão e<br />
o que é pior, amplia os efeitos para a vítima, já que muito<br />
mais pessoas terão acesso aos blogs e às mensagens<br />
posta<strong>da</strong>s pelo agressor.
37<br />
E o que mais<br />
• Quer assistir a um filme que trata deste assunto<br />
Aproveite e treine o seu inglês. O filme se chama “Let’s<br />
fight it together” e pode ser assistido diretamente<br />
na <strong>Internet</strong>: http://www.digizen.org/cyberbullying/<br />
fullFilm.aspx<br />
Para pensar<br />
• O que significa “não ir com a cara de alguém”<br />
Podemos julgar uma pessoa, antes de<br />
conhecê-la realmente Por trás de um rosto, de<br />
uma aparência, existe uma pessoa como você.<br />
• Para você, o que representa o espaço virtual<br />
Que <strong>uso</strong> você faz dele Você é a mesma<br />
pessoa na vi<strong>da</strong> real e no mundo virtual
38<br />
Capítulo 16: Exposição à Pornografia<br />
A deturpação <strong>da</strong> natureza humana<br />
A sexuali<strong>da</strong>de humana é um assunto que deve ser<br />
tratado com naturali<strong>da</strong>de por to<strong>da</strong>s as pessoas, inclusive<br />
pelos jovens e adolescentes. A sexuali<strong>da</strong>de é algo muito<br />
particular e íntimo que na prática, será forma<strong>da</strong>, a partir<br />
<strong>da</strong> educação recebi<strong>da</strong> e <strong>da</strong>s experiências vivi<strong>da</strong>s. Desta<br />
forma, ela poderá ou não ser encara<strong>da</strong> como algo<br />
saudável e positivo na vi<strong>da</strong> de uma pessoa.<br />
A adolescência é um período de descobertas na vi<strong>da</strong>,<br />
inclusive <strong>da</strong> própria sexuali<strong>da</strong>de. Nesta fase, é natural<br />
que o jovem tenha curiosi<strong>da</strong>de e busque informações<br />
sobre as transformações físicas e emocionais que estão<br />
passando. E neste momento, é fun<strong>da</strong>mental que este<br />
assunto seja tratado com serie<strong>da</strong>de e ao mesmo tempo<br />
com naturali<strong>da</strong>de. A fonte destas informações é muito<br />
importante, já que confusões, mitos e mentiras podem<br />
ocultar e deturpar a reali<strong>da</strong>de.<br />
A pornografia é uma representação (em diversos<br />
meios) deturpa<strong>da</strong> <strong>da</strong> natureza humana, que tira<br />
<strong>da</strong> sexuali<strong>da</strong>de e do próprio ato sexual tudo que é<br />
relacionado ao amor, à saúde e à responsabili<strong>da</strong>de.<br />
A <strong>Internet</strong>, como poderoso meio de comunicação<br />
sem fronteiras, aumenta assustadoramente a divulgação<br />
de conteúdo pornográfico. Existe uma ver<strong>da</strong>deira<br />
indústria por trás do universo pornográfico que causa<br />
<strong>da</strong>nos à socie<strong>da</strong>de de diversas formas. Por exemplo, uma<br />
criança que é exposta a imagens pornográficas pode criar<br />
uma imagem completamente deturpa<strong>da</strong> e assustadora <strong>da</strong><br />
sexuali<strong>da</strong>de, já que não está prepara<strong>da</strong> psicologicamente<br />
para isso. Ou ain<strong>da</strong>, se um adulto compromissado,<br />
homem ou mulher, buscam este tipo de conteúdo na<br />
<strong>Internet</strong>, em salas de bate-papo, por exemplo, podem<br />
colocar em risco sua relação matrimonial.<br />
As crianças muitas vezes chegam a esses conteúdos<br />
pornográficos sem querer. Às vezes uma simples pesquisa<br />
por imagem traz na tela conteúdos pornográficos. Por<br />
este motivo, além <strong>da</strong> presença de adultos, é importante<br />
a instalação de filtros de conteúdo para bloquear<br />
conteúdo impróprio. Pesquisas mostram que a exposição<br />
à pornografia pode antecipar o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> sexual de<br />
uma pessoa e isto, como todos sabem, pode trazer<br />
consequências irreversíveis como a gravidez ou uma<br />
doença sexualmente transmissível.<br />
A ver<strong>da</strong>de é que esta questão tem sido alvo de<br />
preocupação de diversos setores <strong>da</strong> nossa socie<strong>da</strong>de,<br />
família, igreja, escola e direito. A pornografia sempre<br />
existiu, porém, hoje a quanti<strong>da</strong>de, a facili<strong>da</strong>de de acesso<br />
e a falta de controle sobre este tipo de conteúdo é que<br />
preocupa. Mais uma vez lembramos que os jovens deste<br />
novo milênio precisam mais do que nunca, ter consciência<br />
<strong>da</strong> importância dos valores morais e éticos em to<strong>da</strong>s as<br />
suas ações – não podemos esquecer que to<strong>da</strong>s as nossas<br />
ações geram consequências, mais cedo ou mais tarde.<br />
Exposição excessiva à pornografia pode comprometer e<br />
deturpar a maravilhosa e bela natureza humana.
39<br />
E o que mais<br />
• Se você tem dificul<strong>da</strong>de para dizer “não” em<br />
algumas situações de sua vi<strong>da</strong>, leia alguns textos que<br />
poderão ajudá-lo a aprender “dizer não”. Consulte<br />
os sites:<br />
http://vocesa.abril.com.br/aberto/voceemequilibrio/<br />
pgart_05_21032003_4796.shl ou www1.uol.com.<br />
br/biblia/nelio/nelio141.htm<br />
Para pensar<br />
• A vi<strong>da</strong> nos apresenta situações em que, saber dizer<br />
“não”, significa sabedoria e maturi<strong>da</strong>de. Você sabe dizer<br />
“não” Em alguma situação <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> você disse “sim”,<br />
mas era melhor ter dito “não”<br />
• A canção do compositor Belchior, chama<strong>da</strong> “Como<br />
nossos pais” e que foi brilhantemente interpreta<strong>da</strong> por Elis<br />
Regina, trata <strong>da</strong> questão dos filhos, que quando jovens e<br />
naturalmente contestadores, querem mu<strong>da</strong>r tudo e transformar<br />
o mundo. Na vi<strong>da</strong> adulta, eles percebem que “apesar<br />
de termos feito tudo o que fizemos, ain<strong>da</strong> somos os<br />
mesmos e vivemos como nossos pais”. Você tem vontade<br />
de mu<strong>da</strong>r tudo e transformar o mundo De que forma<br />
Será que quando você se tornar adulto, você será como os<br />
seus pais
40<br />
Capítulo 17: Apostas on-Line<br />
Jogando dinheiro fora!!<br />
Os jogos de azar, no Brasil, são proibidos. Ou seja,<br />
quem oferece este tipo de jogo e quem o pratica, estão<br />
cometendo uma contravenção à lei. Não existem cassinos,<br />
casas de bingo ou de apostas <strong>legal</strong>izados no Brasil.<br />
Todo jogo de azar oferecido em nosso país é feito de<br />
forma i<strong>legal</strong> e escondi<strong>da</strong>.<br />
Na ver<strong>da</strong>de, os jogos de azar existem há muito tempo<br />
e sempre contaram com um número muito grande<br />
de adeptos. Até a algum tempo atrás, quando algum<br />
jogador queria jogar, tinha que se deslocar para chegar<br />
até algum centro que oferecesse este tipo de jogo. Hoje,<br />
com a <strong>Internet</strong>, o jogo fica à disposição dos jogadores 24<br />
horas por dia. É o jogo que vai até o jogador.<br />
Quando algum internauta brasileiro acessa um site<br />
de apostas a dinheiro, certamente estará acessando um<br />
site fora do Brasil, que é mantido por organizações internacionais.<br />
Em alguns países os jogos de azar são considerados<br />
legais e então, com a <strong>Internet</strong> e seu alcance<br />
mundial, qualquer ci<strong>da</strong>dão do mundo pode praticar estes<br />
tipos de jogos.<br />
O que precisa ficar claro, é que como o próprio<br />
nome indica, é que o jogo é de azar. Ou seja, não se<br />
ganha dinheiro com isso. Por trás destes jogos, existem<br />
muitas pessoas ganhando dinheiro fácil à custa de jogadores<br />
que muitas vezes estão viciados e passam várias<br />
horas do dia jogando poker e fazendo apostas.<br />
O comportamento de um jogador é muito previsível:<br />
ele começa a jogar por simples curiosi<strong>da</strong>de e então, na<br />
medi<strong>da</strong> em que vai ganhando (as fases iniciais dos jogos<br />
oferecem um tipo de “treino”, sem a necessi<strong>da</strong>de de pagar<br />
na<strong>da</strong> e com grande chance de ganhar), o jogador<br />
se sente confiante a começar a pagar pelas suas apostas,<br />
com a esperança de ganhar. Nesta fase, ganhar já se<br />
torna difícil. Então, a pessoa vai perdendo dinheiro com<br />
muita facili<strong>da</strong>de.<br />
Começa, assim, um círculo vicioso: a pessoa perde<br />
dinheiro e na tentativa de recuperar algum valor, joga<br />
novamente e assim perde mais dinheiro. A pessoa não<br />
percebe o tempo passar e se torna uma vicia<strong>da</strong>. Não consegue<br />
parar de jogar e em sua mente, mesmo quando<br />
não está jogando, fica sempre o pensamento de fazer<br />
um novo jogo, planejando formas de obter mais dinheiro<br />
para suas apostas. A pessoa faz muitas dívi<strong>da</strong>s, perde o<br />
que não tem e perde muitas vezes a noção <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de,<br />
colocando sua própria vi<strong>da</strong> em risco. Normalmente, os<br />
pagamentos são feitos com cartões de crédito e caso<br />
haja per<strong>da</strong> de dinheiro, o responsável pelo cartão será o<br />
devedor <strong>da</strong> quantia perdi<strong>da</strong>.<br />
De vez em quando ouvimos alguns casos de famílias<br />
que perdem tudo o que têm em função do dinheiro<br />
perdido em jogos. Não se pode comprometer o dinheiro<br />
honesto que é ganho com o trabalho em jogos de azar.<br />
Não há dúvi<strong>da</strong> que o computador e a <strong>Internet</strong><br />
oferecem, através de jogos on-line (sem envolver dinheiro),<br />
muita diversão e momentos de descontração.<br />
Existem vários sites e possibili<strong>da</strong>des de jogos que estimulam<br />
a criativi<strong>da</strong>de, o raciocínio e a comunicação<br />
entre usuários e que não oferecem riscos financeiros e<br />
não estimulam a violência, que já está presente de forma<br />
intensa na vi<strong>da</strong> real <strong>da</strong>s pessoas.
41<br />
E o que mais<br />
• O valor arreca<strong>da</strong>do com o dinheiro <strong>da</strong>s<br />
apostas em sites que oferecem jogos de azar<br />
foi, em 2008, U$ 16.6 bilhões<br />
• Em Julho/2008 foram contabilizados<br />
2002 sites de apostas em jogos de azar em<br />
todo o mundo<br />
Referências:<br />
GBGC. Global Betting and Gaming<br />
Consultants (2008). GBGC Online<br />
Gambling Data Report.<br />
Para pensar<br />
• Será que todo o dinheiro que é perdido<br />
nestes jogos não resolveria muito dos problemas<br />
existentes na socie<strong>da</strong>de<br />
• Como fica a relação do jogador com<br />
seus familiares Afinal de contas, não é<br />
justo colocar o bem-estar <strong>da</strong> família e o<br />
orçamento mensal de uma pessoa em risco,<br />
não é mesmo
42<br />
Capítulo 18: Questões legais<br />
A voz <strong>da</strong> lei<br />
Muito embora no Brasil não exista uma lei específica<br />
para os crimes eletrônicos, certo é que a maioria <strong>da</strong>s<br />
condutas delitivas pratica<strong>da</strong>s através <strong>da</strong> internet e dos<br />
meios eletrônicos é punível pela legislação em vigor.<br />
Infelizmente, muitas pessoas acreditam que podem<br />
fazer o que quiser através <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> de forma anônima.<br />
Porém, além do anonimato ser ve<strong>da</strong>do pela Constituição<br />
Federal Brasileira (art. 5º, IV), é uma falsa crença pensar<br />
que estar atrás de uma tela de computador garantirá<br />
a impuni<strong>da</strong>de. Muito pelo contrário. É perfeitamente<br />
possível descobrir o responsável por tais infrações, graças<br />
aos rastros deixados através dos registros eletrônicos e<br />
cujos <strong>da</strong>dos são guar<strong>da</strong>dos pelos provedores de internet por<br />
um tempo razoável. Além disso, importante ter em mente<br />
que utilizar um nome falso ou se fazer passar por outra<br />
pessoa na internet, pode configurar crime de falsi<strong>da</strong>de.<br />
Muitas vezes um crime é cometido sem querer:<br />
brincando, jovens criam comuni<strong>da</strong>des que ofendem<br />
pessoas ou organizações ou ain<strong>da</strong>, produzem e publicam<br />
filmes que difamam a honra alheia. Mesmo assim,<br />
estas pessoas estão cometendo crimes que podem ser<br />
punidos. O grau e mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de punição dependem <strong>da</strong><br />
i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pessoa e do tipo de crime praticado.<br />
Para os maiores de 18 anos, é aplicado o Código<br />
Penal Brasileiro. Aos menores são aplica<strong>da</strong>s as leis do<br />
Estatuto <strong>da</strong> Criança e do Adolescente. Caso o crime<br />
praticado gere algum tipo de prejuízo a outra pessoa<br />
(financeiro ou moral), o autor do crime será obrigado a<br />
indenizar a vítima. Caso o autor seja menor de 18 anos,<br />
caberá aos seus pais ou responsáveis legais pagarem a<br />
indenização.<br />
A Polícia e o Poder Judiciário brasileiros já<br />
desven<strong>da</strong>ram e concluíram, com sucesso, diversos ilícitos<br />
cometidos através dos meios eletrônicos, com a final<br />
condenação de seus infratores.<br />
Para a Justiça, não se pode alegar o desconhecimento<br />
<strong>da</strong> lei, portanto, todos devem estar bem informados<br />
sobre tudo o que é considerado crime ou ilícito civil<br />
no universo virtual. O quadro a seguir relaciona as<br />
problemáticas apresenta<strong>da</strong>s neste livro que podem ser<br />
considera<strong>da</strong>s como “crimes eletrônicos” ou ilícitos civis:
43<br />
Problemática Exemplos Tipo de Crime ou Ato Ilícito<br />
Apostas on line Jogar a dinheiro na <strong>Internet</strong> Jogo de azar<br />
Boatos, mentiras e<br />
apologias<br />
Dizer que alguém praticou um crime sem ele ter praticado<br />
Ofender uma pessoa<br />
Espalhar um boato<br />
Instigar alguém a cometer um crime ou violência<br />
Instigar alguém a cometer um suicídio<br />
Discriminar pela cor <strong>da</strong> pele<br />
Calúnia<br />
Injúria<br />
Difamação<br />
Apologia ao crime<br />
Incitação ao suicídio<br />
Racismo<br />
Cracker Desviar dinheiro entre contas Furto mediante fraude<br />
Cyberbullying<br />
Atribuir quali<strong>da</strong>des pejorativas a uma pessoa<br />
Disseminar fatos ofensivos de uma pessoa<br />
Expor indevi<strong>da</strong>mente a imagem de alguém<br />
Injúria<br />
Difamação<br />
Violação do direito de imagem<br />
Pedofilia Ver, enviar ou armazenar fotografias de crianças nuas Pornografia Infantil<br />
Peer-2-Peer Compartilhar músicas ou filmes protegidos pelo autor Violação do Direito autoral<br />
Phishing<br />
Criar uma página falsa, idêntica a uma original, e fazer a<br />
vítima acreditar que está visitando a página original<br />
Estelionato<br />
Pirataria Copiar um jogo protegido pelo autor Violação do Direito autoral<br />
Plágio e compra de<br />
trabalhos<br />
prontos<br />
Spam<br />
Man<strong>da</strong>r e-mail se<br />
passando por alguém<br />
Vírus<br />
Copiar um trabalho que foi feito por outra pessoa<br />
Enviar e-mails de propagan<strong>da</strong> sem autorização<br />
do destinatário<br />
Remetente com nome fictício ou inexistente<br />
Enviar um vírus para alguém<br />
Violação do Direito autoral<br />
Ato ilícito que obrigará ao pagamento<br />
de indenização se causar<br />
algum prejuízo<br />
Falsi<strong>da</strong>de ideológica<br />
Ato ilícito que obrigará ao pagamento<br />
de indenização se causar<br />
algum prejuízo
44<br />
Capítulo 19: Questões <strong>da</strong> saúde<br />
A tecnologia interferindo na sua saúde<br />
O tempo que passamos sentados diante de um<br />
computador tem aumentado bastante. Seja conversando<br />
com amigos, lendo um texto, ouvindo músicas ou jogando,<br />
o fato é que esse tempo todo destinado ao computador<br />
pode refletir de forma negativa em nossa saúde,<br />
provocando algumas alterações em nosso corpo e até<br />
algumas doenças.<br />
Quando se é jovem, mesmo com algumas alterações<br />
no organismo, não se percebe os reflexos diretamente.<br />
Muitos dos problemas causados pelo <strong>uso</strong> excessivo do<br />
computador e dos meios eletrônicos serão percebidos<br />
apenas na vi<strong>da</strong> adulta, porém, pode ser tarde demais<br />
para conseguir se recuperar. Veja se você não é um candi<strong>da</strong>to<br />
em potencial para que a tecnologia interfira em<br />
sua saúde:<br />
POSTURA: Problemas posturais são muito comuns<br />
em pessoas que passam longos períodos na frente de um<br />
computador, seja a trabalho ou não. Quando sentamos,<br />
buscamos uma posição confortável na cadeira, porém,<br />
nem sempre esta posição é a correta para preservar a boa<br />
postura. Verifique se a mesa onde está o computador<br />
está a uma altura adequa<strong>da</strong> em relação à cadeira, e se<br />
esta tem encosto. A posição correta <strong>da</strong>s pernas é aquela<br />
em que os joelhos formam um ângulo de 90° em relação<br />
aos quadris e tornozelos. O mesmo deve acontecer com<br />
os cotovelos em relação aos ombros e ao punho. Se você<br />
for ficar muito tempo sentado, planeje algumas pausas<br />
para esticar as pernas e caminhar um pouco para ativar<br />
a circulação. Se ficar na posição correta lhe causa dor,<br />
é porque seu corpo já “se acostumou” com a postura<br />
incorreta e, neste caso, é necessário buscar a avaliação<br />
de médicos especialistas.<br />
VISÃO: De acordo com o Conselho Brasileiro de<br />
Oftalmologia, o tempo prolongado de <strong>uso</strong> do computador,<br />
<strong>da</strong> televisão e dos videogames pode irritar os olhos,<br />
deixando-os vermelhos. Isto acontece porque quando<br />
você presta atenção fixamente em alguma coisa, você<br />
pisca menos vezes e os olhos, então, não são lubrificados<br />
adequa<strong>da</strong>mente. Para minimizar estes efeitos, além de piscar<br />
mais vezes, a sugestão é que a ca<strong>da</strong> 2 horas de <strong>uso</strong> de<br />
um desses equipamentos, você faça um descanso de 5 a<br />
10 minutos.<br />
AUDIÇÃO: Os antigos fones de ouvido que cobriam<br />
to<strong>da</strong> a orelha, podiam ser esquisitos, mas em termos de<br />
saúde, eram bem mais apropriados. Os fones usados na<br />
maioria dos tocadores de MP3 são posicionados dentro<br />
do ouvido e não se encaixam perfeitamente. Com isso,<br />
o som externo acaba atrapalhando e o usuário acaba<br />
aumentando o som ca<strong>da</strong> vez mais. É comum vermos<br />
pessoas, principalmente os jovens com estes fones de<br />
ouvidos em diversos momentos: no ônibus, na praia,<br />
no parque e mesmo em casa, para poder ouvir a sua<br />
preferência musical. Para piorar, as baterias destes<br />
equipamentos duram muito e os usuários podem usar os<br />
equipamentos por um longo período. Muitas pesquisas<br />
têm mostrado que usar estes aparelhos com volume<br />
alto, podem causar a per<strong>da</strong> <strong>da</strong> audição ao longo <strong>da</strong><br />
vi<strong>da</strong>. O fato é que as pessoas “se acostumam” com o<br />
volume alto, que passa a parecer normal aos seus ouvidos.
45<br />
As orientações <strong>da</strong><strong>da</strong>s pelos especialistas são: abaixar o<br />
volume, controlar o tempo de <strong>uso</strong> e também usar fones<br />
que consigam bloquear os sons externos, para que não<br />
seja necessário aumentar o volume.<br />
SEDENTARISMO: A tecnologia facilita muito a<br />
nossa vi<strong>da</strong>, mas ao mesmo tempo, ela nos deixa mais<br />
parados. Perceba que muitos movimentos podem ser<br />
realizados com o mínimo ou nenhum esforço. Elevadores,<br />
controles remotos, vidros automáticos e o computador<br />
têm nos deixado sedentários. Os exercícios são<br />
importantíssimos para o nosso corpo e ca<strong>da</strong> vez mais<br />
e por diversos fatores, temos nos movimentado muito<br />
pouco. Os jovens têm sido vítimas disso também porque<br />
passam muito de seu tempo livre sentados seja jogando<br />
vídeo game, seja na frente de um computador. Até algum<br />
tempo atrás, as crianças e adolescentes passavam<br />
mais tempo brincando, correndo e jogando livremente<br />
pelas ruas, parques e clubes. Além disso, a alimentação<br />
era muito melhor porque não existiam os famosos fast<br />
foods para matar a fome. Portanto, se você não quiser<br />
entrar na i<strong>da</strong>de adulta com problemas de obesi<strong>da</strong>de e<br />
colesterol alto, verifique a quali<strong>da</strong>de de sua alimentação<br />
e também veja se não está ficando muito tempo parado<br />
na frente <strong>da</strong> TV, vídeo game ou computador – seu corpo<br />
precisa de movimento.<br />
TECNOESTRESSE: Esta questão relaciona-se com<br />
a mu<strong>da</strong>nça de nosso comportamento influenciados<br />
pela tecnologia. Passamos a ter pressa para tudo (se<br />
o elevador está demorando, nos sentimos incomo<strong>da</strong>dos,<br />
se a página <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> não carrega rapi<strong>da</strong>mente,<br />
reclamamos e nos irritamos) e também passamos a<br />
carregar uma série de objetos (celular, tocador de MP3,<br />
notebook, jogos portáteis) para todos os lugares que<br />
vamos. Se esquecemos em casa um desses objetos, nos<br />
sentimos isolados do mundo. Você mesmo já deve ter<br />
passado por uma situação como essa, não é<br />
O tecnoestresse acontece quando uma pessoa se<br />
comporta de forma desequilibra<strong>da</strong>, na falta de contato<br />
com a tecnologia ou na falha de um equipamento.<br />
Gostar de usar estes equipamentos é uma<br />
coisa, acor<strong>da</strong>r no meio <strong>da</strong> madruga<strong>da</strong> só para ver se<br />
chegou algum e-mail ou sair comprando um monte<br />
de novi<strong>da</strong>des tecnológicas, é outra coisa completamente<br />
diferente, é uma doença e merece ser trata<strong>da</strong><br />
por especialistas.
46<br />
E o que mais<br />
• A Socie<strong>da</strong>de Brasileira de Otologia é<br />
responsável pela “Campanha Nacional de<br />
Saúde Auditiva” que tem como principal<br />
slogan “MP3 player – abaixe o volume ou diminua<br />
para sempre a sua audição”. Para conhecer<br />
melhor esta campanha, acesse o site<br />
www.saudeauditiva.org.br.<br />
Para pensar<br />
• Uma <strong>da</strong>s grandes consequências do desenvolvimento<br />
tecnológico é o excesso de consumo. Sabemos que este<br />
excesso traz per<strong>da</strong>s, inclusive para a natureza. Você se considera<br />
uma pessoa consumista Liste os produtos que você comprou<br />
ultimamente e relacione aqueles que você sabe que certamente<br />
pode viver sem.<br />
• Que importância tem a saúde para você Você se considera<br />
uma pessoa que cui<strong>da</strong> <strong>da</strong> sua saúde e se prepara para a vi<strong>da</strong><br />
adulta Quais são as suas maiores preocupações em termos<br />
de saúde<br />
• Uma famosa canção diz: “É melhor viver 10 anos a mil do que<br />
1000 anos a dez”. Você concor<strong>da</strong> com esta afirmação
Capítulo 20: O <strong>uso</strong> <strong>legal</strong> <strong>da</strong> <strong>Internet</strong><br />
47<br />
O que significa fazer um <strong>uso</strong> <strong>legal</strong> <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> Aqui,<br />
<strong>legal</strong> está com sentido de bom, de bacana. Falamos tanto<br />
de problemas, que parece que não existe na<strong>da</strong> de positivo<br />
e interessante para se fazer na <strong>Internet</strong>.<br />
Quem faz o <strong>uso</strong> ser bacana, ser <strong>legal</strong>, é você!<br />
A <strong>Internet</strong> é muito importante para todos nós e a ca<strong>da</strong><br />
dia que passa, fica mais difícil viver sem ela. Temos<br />
certeza que você tem muito ain<strong>da</strong> a explorar no universo<br />
virtual. Existem coisas realmente interessantes para se<br />
fazer na <strong>Internet</strong>: os sites estão ca<strong>da</strong> vez mais dinâmicos<br />
e interativos e os serviços prestados são ca<strong>da</strong> vez mais<br />
úteis! Nos aju<strong>da</strong>m e facilitam em muitas tarefas do nosso<br />
dia-a-dia.<br />
Fazer um <strong>uso</strong> <strong>legal</strong> <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> é, acima de tudo,<br />
lembrar que atrás de ca<strong>da</strong> máquina, existe uma pessoa.<br />
O executivo chefe <strong>da</strong> Google, Eric Schmidt, em uma<br />
palestra na Universi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Pensilvânia, pediu aos<br />
alunos que deixassem a <strong>Internet</strong> um pouco de lado e se<br />
importassem mais com as relações reais com as pessoas.<br />
Disse ain<strong>da</strong>, que para ele, o que vale é an<strong>da</strong>r de mãos<br />
<strong>da</strong><strong>da</strong>s com o neto. E o que é an<strong>da</strong>r de mãos <strong>da</strong><strong>da</strong>s com<br />
um neto, senão uma forma de amor Máquina não tem<br />
na<strong>da</strong> a ver com amor...<br />
Outro dia, um “flanelinha” <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de São Paulo,<br />
com sua humilde sabedoria, disse que achava que<br />
amor e paciência era o que faltava no mundo e na vi<strong>da</strong><br />
<strong>da</strong>s pessoas.<br />
Duas pessoas totalmente diferentes e com a mesma<br />
visão de como se viver em um mundo melhor: com amor.<br />
Isso nos mostra que estamos todos juntos “no mesmo<br />
barco”, indiferentemente do nível social, do sexo, <strong>da</strong><br />
i<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> cultura <strong>da</strong>s pessoas.<br />
Use a <strong>Internet</strong> com consciência, com responsabili<strong>da</strong>de<br />
e com espírito explorador! Busque novos<br />
caminhos em seus próximos acessos e descubra o<br />
que há de bom circulando pela grande rede. Apren<strong>da</strong><br />
coisas novas, estude, conheça novos lugares, diminua<br />
as distâncias, se informe e divirta-se com as coisas<br />
“engraça<strong>da</strong>s” e com jogos muito legais!<br />
Faça tudo isso, mas também leia um livro, ande<br />
pelo parque, assista à televisão, converse com seus<br />
pais, telefone para seu avô, arrume seu guar<strong>da</strong>-roupa,<br />
jogue <strong>da</strong>mas, durma, vá a pé até a banca de jornal, veja<br />
fotografias antigas, medite, cumprimente seu vizinho,<br />
exercite sua fé, dê muita risa<strong>da</strong> com os amigos, cuide de<br />
sua saúde, ouça um CD, exerça a sua ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, ajude os<br />
necessitados, cuide de um animal, viaje, <strong>da</strong>nce, contemple<br />
a natureza, apren<strong>da</strong> uma língua, cozinhe... quantas coisas<br />
existem além <strong>da</strong> <strong>Internet</strong>! O que você tem feito com seu<br />
tempo livre
48<br />
Apresentação do LEEME<br />
Laboratório de Estudos em Ética nos Meios Eletrônicos<br />
O LEEME reúne um grupo de pesquisadores (professores<br />
e alunos) <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Presbiteriana <strong>Mackenzie</strong> (UPM).<br />
Nosso principal objetivo é investigar os diferentes tipos<br />
de <strong>uso</strong> dos meios eletrônicos e seus impactos (positivos<br />
e negativos) na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas.<br />
O grupo é formado pelos seguintes professores:<br />
Cátia Cilene Lima Rodrigues - UPM<br />
Juliana Abrusio – UPM<br />
Raquel Cymrot - UPM<br />
Solange Duarte Palma de Sá Barros - UPM<br />
Ubirajara Carnevale de Moraes – UPM<br />
Valdenice Minatel de Melo Cerqueira – Colégio Dante Alighieri<br />
Ain<strong>da</strong>, <strong>da</strong> mesma Universi<strong>da</strong>de, contamos com os seguintes<br />
alunos:<br />
Edson Takashi Okuyama<br />
Thiago Barnabé<br />
Caso queira entrar em contato com o grupo de pesquisadores,<br />
mande um e-mail para: leeme@mackenzie.br
O livro O <strong>uso</strong> <strong>legal</strong> <strong>da</strong> <strong>Internet</strong> tem o texto direcionado<br />
aos jovens de 14 a 18 anos e apresenta de forma<br />
simples e direta, vários temas importantes que estão<br />
relacionados ao <strong>uso</strong> não ético e indiscriminado <strong>da</strong><br />
<strong>Internet</strong>. Ca<strong>da</strong> assunto é ilustrado de forma bem<br />
humora<strong>da</strong> e traz também algumas questões para<br />
reflexão que podem ser realiza<strong>da</strong>s em conjunto com<br />
pais e professores.<br />
Patrocínio<br />
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