CONTOS DE FADAS: FONTES DE CULTURA Guaraci de Santana ...
CONTOS DE FADAS: FONTES DE CULTURA Guaraci de Santana ...
CONTOS DE FADAS: FONTES DE CULTURA Guaraci de Santana ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
infantil para <strong>de</strong>senvolver a imaginação e a criativida<strong>de</strong> da criança. Coelho afirma “esse aspecto<br />
fantasista e imaginoso das crianças <strong>de</strong>ve ser inteligentemente explorado”.<br />
UMA CRÍTICA AOS <strong>CONTOS</strong> <strong>DE</strong> <strong>FADAS</strong><br />
Há uma leitura sobre os contos <strong>de</strong> fadas clássicos, que faz uma crítica a <strong>de</strong>terminados<br />
contos por serem consi<strong>de</strong>rados absurdos e, em alguns casos, por contradizerem os valores<br />
morais e éticos estabelecidos pela socieda<strong>de</strong>. A crítica parte do pressuposto <strong>de</strong> que a criança<br />
ainda não atingiu o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo necessário para o entendimento<br />
a<strong>de</strong>quado e completo do texto.<br />
Em relação a esse assunto, Tavares (1996, p. 404) apresenta uma opinião <strong>de</strong> Teobaldo<br />
Miranda Santos, o qual afirma que “não é aconselhável contar às crianças histórias grosseiras<br />
que <strong>de</strong>spertam tendências anti-sociais ou que suscitem sentimentos amorais”.<br />
É preciso reconhecer que os momentos <strong>de</strong> alegria e <strong>de</strong>scontração em An<strong>de</strong>rsen, são<br />
poucos. No entanto, nota-se uma preocupação com os menos favorecidos, o que po<strong>de</strong><br />
valorizar e resgatar aqueles que estão à margem da socieda<strong>de</strong>.<br />
Em An<strong>de</strong>rsen, predomina, em geral, um ar <strong>de</strong> tristeza ou dor... Em compensação, ...<br />
seus contos enfatizam não só a injustiça do po<strong>de</strong>r explorador como também a<br />
superiorida<strong>de</strong> humana do explorado, expressando assim a consciência <strong>de</strong>mocrática e<br />
cristã <strong>de</strong> que todos os homens <strong>de</strong>vem ter direitos iguais, i<strong>de</strong>al básico do<br />
Romantismo. (COELHO, 1998, p. 77)<br />
Diante <strong>de</strong>ssa perspectiva dos contos <strong>de</strong> fadas clássicos, vale a pena <strong>de</strong>stacar a<br />
importância dos mesmos para a socieda<strong>de</strong>. Pois, segundo Abramovich (1995, p.121) “os<br />
contos <strong>de</strong> fadas são tão ricos que têm sido fontes <strong>de</strong> estudo para psicanalistas, sociólogos,<br />
antropólogos, psicólogos, cada qual dando sua interpretação e se aprofundando em seu eixo<br />
<strong>de</strong> interesse”. O certo é que os contos <strong>de</strong> fada, <strong>de</strong> uma forma ou <strong>de</strong> outra, exercem papel<br />
significativo para a crítica literária e são <strong>de</strong> extrema relevância para o método <strong>de</strong> ensino.<br />
3