CONTOS DE FADAS: FONTES DE CULTURA Guaraci de Santana ...

si mesmo, distante das dificuldades do dia-a-dia, que por sinal, são tão naturais e essenciais
para o amadurecimento do homem.
EM QUE MOMENTO TRABALHAR O CONTO DE FADAS
A leitura é uma peça indispensável à educação, visto que, é a ponte responsável pelo
contato entre o homem e o conhecimento. No entanto, para que a leitura seja eficaz, é
necessário selecionar o livro adequado para cada categoria de leitor. Segundo Coelho (1997, p.
28) os estágios psicológicos da criança correspondem a cinco categorias de leitor: pré-leitor,
leitor iniciante, leitor-em-processo, leitor fluente e leitor crítico.
Caso o leitor adulto tenha receio de contar determinado conto de fadas, é preferível
que escolha uma outra história ou espere o momento adequado para contá-lo, porém que não
mude ou reconte o conto, mudar a natureza de uma obra alheia é desrespeitar o autor e retirar
a densidade e o significado íntimo de tal obra. O ideal é manter a integridade do conto, pois
caso ocorra adaptações, o adulto estará limitando a capacidade de compreensão da criança.
Abramovich (1995, p. 121) afirma “cada elemento dos contos de fadas tem um papel
significativo, importante e, se for retirado, suprimido ou atenuado, vai impedir que a criança
compreenda integralmente o conto”.
Os contos de fadas lidam com emoções que qualquer criança vive ou já viveu, falam
de medo, carências, autodescoberta, enfim, experiências reais que são desenvolvidas com a
participação de elementos mágicos que atuam no sentido de criar um clima de encanto e
fantasia. Este é o grande motivo do conto de fadas atrair a atenção do leitor infantil.
A infância é um período em que a mente infantil está aberta, disponível, em busca de
descoberta e aprendizagem. Cada gesto, palavra ou atitude diante de uma criança possui um
significado e pode gerar consequências. Além disso, é válido aproveitar a disponibilidade
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