Circuitos Práticos - Saber Eletrônica
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tecnologias<br />
Engenharia de manutenção:<br />
Uso da Termográfia<br />
É uma técnica de inspeção não destrutiva<br />
que se baseia na detecção da radiação de<br />
energia térmica ou infravermelha(IV) emitida<br />
pelos equipamentos, permitindo conhecer<br />
as condições operacionais e outros itens críticos<br />
como a identificação de componentes<br />
aquecidos, sem qualquer contato físico com<br />
os mesmos. Através de câmeras eletrônicas –<br />
termovisores - capazes de “ver” a radiação IV,<br />
as imagens obtidas (termogramas) constituem<br />
o trunfo maior da termografia.<br />
14 I SABER ELETRÔNICA 459 I 2012<br />
O que é Inspeção<br />
Termográfica?<br />
A Termografia constitui uma poderosa<br />
ferramenta preditiva usada no diagnóstico<br />
precoce de falhas e outros problemas em<br />
componentes elétricos em geral, evitando<br />
assim, panes e interrupções de energia nas<br />
instalações de interesse do usuário.<br />
É uma técnica de inspeção não destrutiva<br />
que se fundamenta na detecção e interpretação<br />
da radiação térmica emitida pelos<br />
equipamentos inspecionados, permitindo<br />
exame e a avaliação dos seus componentes<br />
sem a necessidade de qualquer contato físico<br />
com os mesmos.<br />
Os resultados são apresentados instantaneamente,<br />
durante a inspeção, na forma de<br />
imagens térmicas ou termogramas e como<br />
tal registrados para fins das subsequentes<br />
providências (imediatas ou não), por parte<br />
dos interessados e posterior arquivamento.<br />
Portanto, por sua característica básica, a<br />
Termografia integra-se perfeitamente aos<br />
programas de Manutenção Preditiva de redes<br />
e instalações elétricas em geral, painéis,<br />
subestações, motores elétricos, etc.<br />
No caso de instalações e equipamentos<br />
elétricos, a inspeção termográfica visa a identificação/avaliação<br />
daqueles componentes<br />
com temperaturas de funcionamento significativamente<br />
superiores às temperaturas<br />
especificadas pelos fabricantes. A elevação<br />
anormal das temperaturas de funcionamento<br />
de alguns componentes elétricos se deve,<br />
principalmente, a um aumento de resistência<br />
ôhmica provocado por oxidação, corrosão,<br />
falta de contato em conexões e acoplamentos,<br />
ou pelo subdimensionamento de<br />
condutores e/ou componentes (sobrecarga).<br />
Isto faz com que os componentes<br />
sobreaquecidos(defeituosos) destaquem-se,<br />
na imagem térmica, como “pontos quentes”,<br />
pois encontram-se numa temperatura que,<br />
além de superior à temperatura ambiente,<br />
situa-se também acima daquela esperada<br />
para componentes idênticos em boas condições<br />
de funcionamento.<br />
Alexandre Comitti<br />
Conceitos Adicionais<br />
A Termografia é uma técnica de sensoriamento<br />
remoto realizada com a utilização<br />
de sistemas infravermelhos (radiômetros ou<br />
termovisores), para a medição de temperaturas<br />
ou a observação de padrões térmicos<br />
diferenciais, com o objetivo de propiciar<br />
informações relativas à condição operacional<br />
do equipamento (figura 1).<br />
A utilização mais conhecida da termografia<br />
é a referente aos sistemas elétricos, onde<br />
permite o conhecimento de diferenciais de<br />
temperatura, evitando o contato com partes<br />
energizadas.<br />
Os equipamentos que permitem essa<br />
leitura são o radiômetro e o termovisor,<br />
ambos recebem uma distribuição da emissão<br />
de radiação do corpo aferido, ou seja,<br />
radiação emitida + radiação refletida. Por<br />
isso, há a necessidade do operador do<br />
equipamento tomar cuidado com relação<br />
a reflexos em corpos de baixa emissividade<br />
(Exemplo: alumínio). Outro cuidado a se<br />
tomar ao aferir objetos com o radiômetro<br />
ou o termovisor, é de não visar o objeto em<br />
ângulos superiores a 60°, pois estes sofrem<br />
redução de emissividade.<br />
A emissividade é um dos fatores que influenciam<br />
a emissão de radiação, variando de<br />
0 a 1, de acordo com o ângulo de visualização,<br />
comprimento de onda e textura do material.<br />
Outros pontos a serem destacados são:<br />
• O fato de não se fazer análise<br />
de tendência em componentes<br />
elétricos devido aos mesmos possuírem<br />
carga (corrente) variável ao<br />
longo do tempo – o termograma<br />
representa a imagem térmica do<br />
componente naquele momento,<br />
indicando a presença ou não do<br />
defeito;<br />
• O fato de a MTA não depender e<br />
não ser variável com a Temperatura<br />
Ambiente dos componentes, já que<br />
estes deveriam estar especificados<br />
para trabalhar em ambientes mais<br />
quentes se necessário.