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Circuitos Práticos - Saber Eletrônica

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tecnologias<br />

O primeiro mercado é o mais comum.<br />

Você pode usar um CPLD para substituir<br />

diversos chips de uma placa reduzindo<br />

o seu custo, o consumo de energia e o<br />

tamanho do produto. Como o CPLD é<br />

reprogramável voce pode fazer alterações<br />

no produto sem precisar mudar a placa.<br />

Novos produtos podem ser criados para<br />

substituir equivalentes importados porque<br />

agora você tem acesso a uma tecnologia<br />

tão avançada quanto à dos fabricantes<br />

estrangeiros. Além disso, o uso de um chip<br />

de Lógica Programável dá ao produto uma<br />

característica única, que dificulta a pirataria<br />

e fornece um bom argumento de venda em<br />

função da tecnologia empregada.<br />

O segundo mercado é muito interessante<br />

para quem trabalha em manutenção. São<br />

bastante comuns os casos em que um determinado<br />

equipamento fica parado porque<br />

esta faltando um chip específico (ASIC) que<br />

não se acha mais. Naturalmente os chips de<br />

Lógica Programável não podem ser usados<br />

em todos os casos (por exemplo, quando<br />

existe alguma função analógica envolvida).<br />

Os casos mais comuns são circuitos de<br />

expansão de portas (E/S) de microcontroladores,<br />

lógica de atuação de motores de<br />

passo e circuitos de interface com teclas<br />

e LEDs. Por exemplo, o Brasil possui um<br />

grande número de equipamentos médicos<br />

fabricados nas décadas de 70 e 80, em bom<br />

estado operacional, que podem estar ociosos<br />

à espera de manutenção por falta de um<br />

único componente.<br />

O terceiro mercado já é mais especializado<br />

e tipicamente fornece serviços para os<br />

dois primeiros. São os serviços terceirizados<br />

de projetos eletrônicos. Existem bem poucos<br />

profissionais nesta área no Brasil e alguns<br />

projetos podem ser feitos para empresas<br />

estrangeiras, tal é a necessidade de pessoal<br />

em âmbito mundial.<br />

Existe um quarto mercado que é bem<br />

mais restrito: o desenvolvimento de ferramentas<br />

de software auxiliares nos projetos<br />

com lógica programável. Um exemplo destas<br />

ferramentas é o software ChipScope (veja<br />

no web site da Xilinx) que permite capturar<br />

sinais digitais internos de um FPGA como se<br />

o usuário tivesse uma ponteira lógica capaz<br />

de testar um ponto qualquer interno do chip.<br />

Este tipo de ferramenta encontra mercado<br />

no mundo inteiro, mas é comprada apenas<br />

por pessoas ou empresas que fazem projetos<br />

com lógica programável.<br />

12 I SABER ELETRÔNICA 459 I 2012<br />

Lógica programável x<br />

microcontroladores<br />

Esta é uma pergunta que todo projetista<br />

faz: como escolher entre microcontroladores<br />

e chips de lógica programável? Existem<br />

algumas regras básicas para ajudar na decisão.<br />

Em qualquer circunstância, a lógica<br />

programável é mais rápida do que um microcontrolador.<br />

O microcontrolador executa<br />

suas operações de forma sequencial e<br />

dependente de um ritmo ditado pelo clock<br />

(relógio) central. Já um circuito dentro de um<br />

chip de lógica programável pode executar as<br />

operações em paralelo – simultâneamente<br />

– porque todos os elementos do circuito<br />

podem operar de forma independente dos<br />

demais. Por outro lado, os microcontroladores<br />

costumam agregar funções analógicas<br />

(conversores A/D, comparadores e fontes de<br />

referência) que ainda não existem em chips<br />

de lógica programável. Um microcontrolador<br />

é normalmente mais barato que um chip de<br />

lógica programável, considerando a execução<br />

de funções complexas ou matemáticas, mas<br />

é lento e pouco eficaz quando é preciso<br />

processar sinais digitais de áudio e vídeo ou,<br />

Componente Número de Gates<br />

Microprocessador 6502 10.000<br />

Microprocessador 80C186 30.000<br />

Microprocessador Z80 8.000 a 20.000<br />

Microprocessador 8051 4.500 a 25.000<br />

F1. FPGA Virtex II: 6 milhões<br />

de gates e 1517 pinos.<br />

por exemplo, onde um controle crítico de<br />

um motor não pode ficar esperando pelo<br />

ciclo de reset e inicialização de um programa<br />

após um ruído elétrico.<br />

A tabela 2 mostra uma comparação<br />

das duas tecnologias sob o ponto de vista<br />

do custo, viabilidade e características que<br />

ajudam à decisão. Esta tabela pode não<br />

apresentar todos os itens necessários a<br />

uma decisão, devido às particularidades<br />

de cada caso, mas permite uma orientação<br />

inicial. São frequentes os casos em que<br />

empregam-se ambos os componentes<br />

num trabalho conjunto deixando-se para<br />

a lógica programável as operações de alta<br />

velocidade e múltiplos sinais de entrada/<br />

saída, enquanto o microcontrolador efetua<br />

o processamento dos dados. Por exemplo,<br />

no circuito de um osciloscópio digital típico<br />

um FPGA faz a captura dos dados vindos de<br />

conversores A/D e transporta-os para uma<br />

memória, enquanto o microcontrolador<br />

mostra os dados da memória em um display<br />

lentamente, além de controlar as teclas do<br />

painel e de programar os parâmetros de<br />

captura no próprio FPGA.<br />

UART 8250 3.000 T1. Tamanho (em gates) de<br />

alguns componentes.

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