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Documento Completo - Agência Portuguesa do Ambiente

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As bacias hidrográficas são unidades relevantes como fontes ou sumi<strong>do</strong>uros sedimentares para os trechos<br />

costeiros, em geral. Na área da ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P. salienta-se o canhão da Nazaré que, constituin<strong>do</strong> um<br />

acidente na batimetria e uma singularidade no transporte litoral neste trecho costeiro, é ele próprio um<br />

forte sumi<strong>do</strong>uro sedimentar. De referir também que o sub-trecho imediatamente a barlamar da Nazaré<br />

integra outra unidade sedimentar, cujas fontes se encontram fora da área da ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P..<br />

A integração desta singularidade no trecho sob gestão da ARH <strong>do</strong> Tejo, I.P., deixan<strong>do</strong> de constituir uma<br />

fronteira entre unidades de gestão, pode potenciar o conhecimento <strong>do</strong>s processos sedimentares na zona,<br />

bem como dar suporte a propostas e à avaliação de soluções.<br />

Decorrente da aprovação da Lei da Água, os POOC têm por objecto as águas costeiras, que incluem<br />

também as lagoas costeiras. Este aspecto introduz uma uniformização no tratamento desta temática já<br />

que, na fase de planeamento anterior, a lagoa de Óbi<strong>do</strong>s não foi abrangida por qualquer instrumento de<br />

planeamento, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> excluída <strong>do</strong> respectivo POOC. No entanto a lagoa de Albufeira já foi abrangida<br />

pelo POOC. Permanecem excluídas <strong>do</strong>s POOC as águas de transição.<br />

A sobreposição <strong>do</strong> limite das águas costeiras na área da ARH Tejo, I.P. sobre a batimetria (Figura 1)<br />

permite constatar uma grande diferença entre a área anteriormente abrangida pelo POOC (a batimétrica<br />

<strong>do</strong>s 30 metros que corre quase paralelamente à costa) e as águas costeiras que, em particular na área<br />

desta ARH, abrangem uma vasta área que envolve as Berlengas. Os usos e actividades emergentes <strong>do</strong><br />

espaço marinho colocam o ordenamento <strong>do</strong> espaço marinho como uma das principais questões <strong>do</strong><br />

ordenamento num futuro próximo. Coloca-se pois a questão sobre a pertinência <strong>do</strong> alargamento <strong>do</strong> limite<br />

<strong>do</strong> POOC até ao limite das águas costeiras e da unificação <strong>do</strong>s limites <strong>do</strong>s diferentes instrumentos de<br />

planeamento e gestão, nomeadamente <strong>do</strong> POOC e <strong>do</strong> PGRH, de mo<strong>do</strong> a clarificar e compatibilizar o<br />

ordenamento nesta área.<br />

Uma última questão sobre o ordenamento <strong>do</strong> espaço marinho diz respeito ao seu contexto tridimensional,<br />

sen<strong>do</strong> previsível a necessidade de ordenamento não só da superfície, mas também <strong>do</strong> leito e da coluna<br />

de água.<br />

METODOLOGIA<br />

Embora os POOC de primeira geração devessem obedecer a princípios de protecção da integridade<br />

biofísica <strong>do</strong> espaço, de valorização <strong>do</strong>s recursos existentes na orla costeira e de conservação <strong>do</strong>s valores<br />

ambientais e paisagísticos, a Lei da Água coloca-os claramente como planos de salvaguarda de recursos<br />

hídricos que visam compatibilizar a utilização desses recursos com a sua protecção e valorização, bem<br />

como a protecção de pessoas e bens contra fenómenos extremos associa<strong>do</strong>s às águas.<br />

Os POOC anteriores foram basea<strong>do</strong>s na classificação <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo da área terrestre e também da área<br />

marinha. Alguns deles, e nomeadamente o POOC Sintra-Sa<strong>do</strong>, identificaram faixas de risco em litoral de<br />

arriba, no topo e na base da arriba, e faixas de susceptibilidade ao galgamento, em litoral baixo e arenoso,<br />

que se sobrepõem a essa classificação <strong>do</strong> solo. Essas faixas de risco são efectivamente faixas de perigosidade,<br />

uma vez que se baseiam na caracterização <strong>do</strong>s processos naturais.

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