TESE-Fernanda S Pere.. - Departamento de Psiquiatria
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<strong>de</strong> informantes. Este é um dos achados mais importantes <strong>de</strong>ste estudo, ao sugerir que<br />
o método mais comumente usado e recomendado pelo DCENCE-ABN po<strong>de</strong> não ser<br />
a melhor maneira <strong>de</strong> caracterizar prejuízo funcional e assim predizer quem po<strong>de</strong> ter<br />
maior risco para <strong>de</strong>senvolver <strong>de</strong>mência.<br />
De acordo com a literatura internacional, o método <strong>de</strong> avaliação objetiva como é<br />
realizado pela DAFS-BR é o que fornece resposta <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong> quando<br />
comparado com escalas respondidas por informantes como o IQCODE. Estudos<br />
anteriores <strong>de</strong>monstraram incongruência entre medidas objetivas e subjetivas do<br />
estado funcional. Esta incongruência é explicada pelo fato <strong>de</strong> avaliações subjetivas<br />
serem fortemente correlacionadas com humor, personalida<strong>de</strong> e capacida<strong>de</strong> mental do<br />
informante (Tierney et al., 1996; Loewenstein et al., 2001; Onor et al., 2006).<br />
Em nosso estudo, na comparação dos três grupos diagnósticos (controles<br />
normais, CCL e DA), a correlação entre medidas objetivas e subjetivas não foi<br />
mantida <strong>de</strong> forma significativa. Isto po<strong>de</strong> ser explicado pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> existir<br />
maior <strong>de</strong>sacordo entre avaliações objetivas e subjetivas da capacida<strong>de</strong> funcional em<br />
quadros <strong>de</strong> CCL quando os déficits são ainda muito sutis e na maioria das vezes<br />
corrigidos pelos próprios pacientes. Sob a ótica <strong>de</strong> um familiar, po<strong>de</strong>m parecer<br />
irrelevantes ou pouco notáveis, apesar <strong>de</strong> as alterações estarem presentes na testagem<br />
objetiva do paciente. Sobre estes aspectos, diversos estudos recentes têm examinado<br />
a influência das características pessoais e culturais dos cuidados na <strong>de</strong>scrição dos<br />
sintomas do paciente. Em relação aos aspectos culturais, muitos <strong>de</strong>les apontam que<br />
cuidadores latinos relatam maiores problemas e se <strong>de</strong>primem mais que cuidadores<br />
americanos e <strong>de</strong> origem europeia (Cox e Monk, 1990; Harwood et al., 1998; Valle,<br />
1994). Sobre as características pessoais do cuidador, ser mais jovem, menos