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TESE-Fernanda S Pere.. - Departamento de Psiquiatria

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Os métodos <strong>de</strong> se avaliar a capacida<strong>de</strong> funcional consistem na observação direta<br />

do <strong>de</strong>sempenho (avaliação objetiva) e através <strong>de</strong> escalas ou questionários relatados<br />

por informantes que aferem os principais componentes da funcionalida<strong>de</strong> (avaliação<br />

subjetiva) (Rubenstein et al., 1984). Há pouco consenso sobre a melhor forma <strong>de</strong><br />

medir <strong>de</strong>sempenho funcional <strong>de</strong> um indivíduo (Royall et al., 2007).<br />

A avaliação da funcionalida<strong>de</strong> é uma prática clínica <strong>de</strong> rotina no<br />

acompanhamento do idoso tanto no envelhecimento normal como no patológico,<br />

realizada em nosso país por meio <strong>de</strong> perguntas informais ou por escalas que<br />

investigam a capacida<strong>de</strong> do idoso para trabalhar, levar uma vida in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte,<br />

dirigir, manejar finanças e fazer <strong>de</strong>cisões sobre sua vida.<br />

Inúmeros consensos e evidências empíricas indicam que vieses <strong>de</strong> informação<br />

por terceiros (como, por exemplo: humor, personalida<strong>de</strong>, sobrecarga do cuidador)<br />

resultam em hipervalorização ou subvalorização <strong>de</strong> déficits funcionais específicos<br />

(Tierney et al., 1996; Glass, 1998). Por exemplo, Loewenstein et al. (2001)<br />

compararam julgamentos <strong>de</strong> familiares e <strong>de</strong>sempenho funcional objetivo <strong>de</strong> pacientes<br />

com DA, e observaram que os familiares superestimaram a capacida<strong>de</strong> dos pacientes<br />

com DA para lidar com o tempo, para i<strong>de</strong>ntificar a moeda corrente utilizada, para<br />

fazer o troco em uma compra e para utilizar talheres. Segundo Onor et al. (2006), a<br />

percepção subjetiva da funcionalida<strong>de</strong> por um informante é influenciada por vários<br />

fatores, tais como: a apresentação clínica do paciente, pela qualida<strong>de</strong> dos laços<br />

emocionais entre eles, personalida<strong>de</strong>, anos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> do cuidador, tempo<br />

semanal <strong>de</strong>dicado aos cuidados do paciente e o conhecimento da doença. Apenas<br />

uma minoria <strong>de</strong> estudos não <strong>de</strong>monstrou diferenças significativas entre as percepções

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