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TESE-Fernanda S Pere.. - Departamento de Psiquiatria

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Na fase seguinte (estágio mo<strong>de</strong>rado), raramente os déficits passam<br />

<strong>de</strong>spercebidos, é evi<strong>de</strong>nte a dificulda<strong>de</strong> do paciente <strong>de</strong> pensar com clareza e usar o<br />

bom senso no manejo da vida prática. Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cálculos aritméticos,<br />

julgamento, planejamento e abstração estão prejudicadas. É geralmente nesta fase<br />

que um familiar é eleito como cuidador e passa a planejar e controlar a rotina do<br />

paciente (Almeida e Nitrini, 1995).<br />

No estágio final, o funcionamento cognitivo geral está gravemente afetado e, em<br />

termos funcionais, o paciente é consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. A comunicação é pouco<br />

compreensível, sendo frequente a incontinência urinária e fecal. Os sintomas<br />

orgânicos estão enfraquecidos o que aumenta o risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver outros<br />

problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, sendo o óbito normalmente resultante <strong>de</strong> complicações clínicas,<br />

tais como pneumonia por aspiração ou úlceras <strong>de</strong> <strong>de</strong>cúbito infectadas. A expectativa<br />

<strong>de</strong> vida após um diagnóstico <strong>de</strong> DA varia consi<strong>de</strong>ravelmente, principalmente após o<br />

início dos atuais tratamentos medicamentosos para a DA com os inibidores <strong>de</strong><br />

acetilcolinesterase (ChEI). Estes medicamentos têm <strong>de</strong>monstrado eficácia no<br />

controle temporário <strong>de</strong> sintomas, como melhora das funções cognitivas e das<br />

dificulda<strong>de</strong>s na realização das ativida<strong>de</strong>s da vida diária em pacientes com DA leve a<br />

mo<strong>de</strong>rada (De Vreese et al., 2001).<br />

O diagnóstico <strong>de</strong> DA é baseado nos critérios clínicos, principalmente os<br />

estabelecidos por um grupo <strong>de</strong> trabalho do Instituto Nacional <strong>de</strong> Neurologia dos<br />

EUA (NINCDS-ADRDA Work Group- McKhann et al., 1994) e os propostos pela<br />

Associação Psiquiátrica Americana (DSM-IV- APA, 1994). Por estes critérios, o<br />

diagnóstico <strong>de</strong> DA provável é confirmado em aproximadamente 90% dos pacientes<br />

(Growdon, 1999). O diagnóstico <strong>de</strong>finitivo é feito através <strong>de</strong> exame histológico do

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