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TESE-Fernanda S Pere.. - Departamento de Psiquiatria

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“Alimentação” e “ Vestir e Higiene” não mostraram diferenças significativas em<br />

relação à performance <strong>de</strong> cada grupo. Esta indiferenciação encontrada po<strong>de</strong> ser<br />

explicada pela natureza <strong>de</strong>ssas duas tarefas, pois correspon<strong>de</strong>m às funções muito<br />

elementares no que diz respeito à sobrevivência do indivíduo, sendo afetadas<br />

geralmente em fases intermediárias ou finais <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>mência.<br />

Um dos fatores que <strong>de</strong>veria ser mais bem explorado em entrevistas clínicas na<br />

investigação das AIVDs é como o idoso, com e sem comprometimento cognitivo, se<br />

posiciona e acompanha as crescentes invenções tecnológicas, como telefone celular,<br />

programas <strong>de</strong> computador, caixa eletrônico, cartões multifuncionais como bilhete<br />

único e assim por diante. Estudos nesta área sugerem que mesmo idosos sem<br />

comprometimento cognitivo apresentam dificulda<strong>de</strong>s em manejar inovações<br />

tecnológicas (Aguero et al., 2002). Apesar do inconveniente da DAFS-BR incluir<br />

uma série <strong>de</strong> itens reais para avaliação, como telefone e produtos <strong>de</strong> supermercado,<br />

este é um instrumento ecológico bastante próximo <strong>de</strong> funções do dia a dia, sendo<br />

suas tarefas pouco influenciadas pela tecnologia recente que exige gran<strong>de</strong> adaptação,<br />

como, por exemplo, uso do computador.<br />

Levando em consi<strong>de</strong>ração a heterogeneida<strong>de</strong> da população idosa do Brasil, seria<br />

interessante realizar um breve levantamento das AVDs <strong>de</strong>senvolvidas ao longo da<br />

vida do paciente e i<strong>de</strong>ntificar subtarefas que po<strong>de</strong>riam ser <strong>de</strong>scartadas naquela<br />

avaliação específica como, por exemplo, uso <strong>de</strong> cheques, se o indivíduo nunca o fez,<br />

já que o objetivo do instrumento é caracterizar o <strong>de</strong>sempenho funcional.<br />

A perspectiva <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> marcadores <strong>de</strong> diagnósticos dos quadros <strong>de</strong>menciais<br />

e <strong>de</strong> intervenções não medicamentosas, como a reabilitação neuropsicológica,

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