TESE-Fernanda S Pere.. - Departamento de Psiquiatria
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mais grave do que aqueles pacientes com escores mais baixos. Esses achados<br />
corroboram os nossos resultados da forte associação entre estes dois construtos.<br />
Apesar disso, estudos como os <strong>de</strong> Spann et al. (2005) sugerem que idosos na<br />
fase pré-clínica <strong>de</strong> DA são mais bem i<strong>de</strong>ntificados em relação àqueles que não irão<br />
<strong>de</strong>senvolver <strong>de</strong>mência por testes que avaliem memória episódica. Em uma revisão<br />
sobre preditores <strong>de</strong> <strong>de</strong>mência, os dados mostraram que os testes mais sensíveis eram<br />
aqueles que investigavam evocação tardia <strong>de</strong> histórias e listas <strong>de</strong> palavras, tarefas <strong>de</strong><br />
reconhecimento, raciocínio abstrato e fluência verbal, sendo estes dois últimos<br />
relacionados ao funcionamento executivo. No trabalho <strong>de</strong> Souza et al. (2001), o<br />
<strong>de</strong>sempenho em testes executivos conformou-se à regra <strong>de</strong> que o funcionamento<br />
neuropsicológico ten<strong>de</strong> a <strong>de</strong>clinar com ida<strong>de</strong> e a ser facilitado pela escolarida<strong>de</strong>. Seus<br />
resultados revelaram que o sucesso ocupacional em indivíduos normais se<br />
relacionava ao <strong>de</strong>sempenho executivo, pois o funcionamento executivo intacto<br />
capacitava a pessoa a dirigir seu comportamento <strong>de</strong> maneira produtiva, mesmo com<br />
outras perdas cognitivas importantes.<br />
Um dos objetivos do presente estudo foi compreen<strong>de</strong>r quanto da variação do<br />
<strong>de</strong>sempenho funcional po<strong>de</strong>ria ser atribuída ao funcionamento executivo, já que a<br />
maioria dos estudos em DA se <strong>de</strong>teve em compreen<strong>de</strong>r a relação entre déficits <strong>de</strong><br />
memória e piora funcional. Para tanto, foi realizada análise <strong>de</strong> regressão.<br />
Os resultados encontrados sugerem que o prejuízo funcional po<strong>de</strong> ser atribuível<br />
à disfunção executiva e a déficits globais, pelo menos no início do processo da<br />
doença. Estes resultados também foram encontrados no estudo longitudinal <strong>de</strong><br />
Rozzini et al. (2007), que investigaram quais os principais fatores <strong>de</strong> risco <strong>de</strong><br />
conversão para DA em idosos com CCL do tipo amnésico. No acompanhamento <strong>de</strong>