GT 2011 - Semana de Letras - UFSC

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de fala hispana, e que os filtros dos tradutores modificam o texto original e que, principalmente, o tipo de texto
jornalístico, apresenta as marcas culturais do público/cultura ao qual é destinado. Em busca de marcas culturais nos
textos jornalísticos buscaremos mostrar a tentativa, consciente ou não, por parte do jornalista-tradutor de
aproximar o fato do leitor, definindo valores inerentes aos mais diversos contextos culturais e assegurando o
processo de comunicação. Por fim, comprovar que a escolha de certas estruturas linguísticas irão determinar uma
aproximação ou afastamento do leitor com o texto.
SANDRA MAZUTTI :
MARCAS CULTURAIS EM INTERFACE: OS CAMINHOS DE APROXIMAÇÃO ENTRE TRADUÇÃO E JORNALISMO
A cultura é fator determinante para a língua e, portanto, para todos os atos de compreensão e interpretação da
mesma. Língua e cultura estão intrinsecamente interligadas, fazendo parte da identidade não só individual, mas
também da sociedade como um todo. Permeando tal relação encontramos o tradutor, que assume o papel de
intermediador cultural, visto que suas escolhas influenciarão diretamente no texto-traduzido e, consequentemente,
no público que receberá a tradução. Compartilhando dessa idéia, este estudo se pauta na interface da tradução e
do jornalismo, com o intuito comprovar a hipótese de que as marcas culturais estão presentes nos textos
jornalísticos e a tradução é guiada pelas escolhas que o tradutor faz pensando em seu público-alvo e a cultura na
qual cada texto está inserido. A presente pesquisa pertence aos Estudos da Tradução e se apóia em um fundo
teórico composto por Frank Esser (1998) in Zipser (2002) e a teoria funcionalista de Christiane Nord (1991), para
avaliar os textos de análise retirados da NationalGeographic das suas versões traduzidas para América Latina
(espanhol), Espanha (espanhol) e para o Brasil (português), derivadas da revista original americana.
LETÍCIA BEATRIZ FOLSTER :
As marcas culturais presentes em um gênero textual específico: A tradução das tirinhas de Mafalda para o
português e espanhol peninsular.
A partir dos estudos da teórica alemã Christiane Nord, e seguindo os princípios do Funcionalismo, percebendo que
todo texto, traduzido ou não, cumpre uma função, pretende-se nesta pesquisa analisar as traduções das tirinhas de
Mafalda, para o português do Brasil e para o espanhol da Espanha. A personagem foi idealizada em 1962, e suas tiras
foram escritas e desenhadas pelo cartunista argentino Quino de 1964 a 1973. As histórias apresentam uma menina
de 6 anos preocupada com a Humanidade e problemas sociais, o que a levou a usufruir de uma altíssima
popularidade na América Latina e Europa. Contudo, a personagem nunca foi realmente contextualizada para o
público brasileiro, fazendo com que muitos desconhecessem a origem e o propósito de suas tirinhas. Dessa maneira,
o propósito desta pesquisa parte da necessidade de uma contextualização deste gênero textual e linguagem
empregados nas histórias, bem como seu contexto histórico, sócio-cultural e político. Para isso, serão verificadas
quais foram as modificações feitas nas traduções de histórias que retratam as marcas culturais nas duas variedades
do idioma espanhol e em português.
KARIN GOSTEK PESSOA :
A PUBLICIDADE NA MÍDIA ESCRITA ALEMÃ E BRASILEIRA NA DÉCADA DE 1980
Dentro da interface tradução-jornalismo, o presente estudo visa pesquisar as propagandas que foram veiculadas em
jornais e revistas de origem alemã e brasileira durante a década de 1980. A metodologia será pautada
principalmente nas teorias de Christiane Nord (tradução, 1988), Frank Esser (jornalismo, 1998), e Meta Zipser
(representação cultural, 2002), entre outros. Uma análise diacrônica do corpus da pesquisa também está prevista.