GT 2011 - Semana de Letras - UFSC

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GASTÓN COSENTINO:
Desejo / Invenção / Traição: A maquinaria literária de Roberto Arlt. No presente trabalho de dissertação de
mestrado, desenvolvemos uma análise do livro “El juguete rabioso” do escritor argentino Roberto Arlt (1900-1942),
a partir da desmontagem e recombinação de três elementos que problematizam o sentido da escrita literária, a
saber, desejo, invenção e traição, dos quais devirão as engrenagens que movimentam a obra. O corpus teórico para
a abordagem crítica está composto por: Roger Caillois; Gilles Deleuze; Jacques Derrida; Georges Didi-Huberman;
Johan Huizinga; François Lyotrad.
SELOMAR CLAUDIO BORGES:
A problematização autor-escritor-narrador em El escritor y el otro de Carlos Liscano. Abordaremos alguns aspectos
da relação escritor-escritura, em especial, como o ofício de criar narrativas e suas estratégias literárias, bem como do
roce entre fatualidade e ficção, são discutidas e ficcionalizadas no interior do discurso literário do livro El escritor y el
otro de Carlos Liscano. Para tanto, nos apoiaremos nos postulados de Barthes, em especial em A preparação do
romance, e também em Blanchot em O espaço literário, sem esquecer o diálogo com autores como Foucaul, Derrida,
Paul de Man, entre outros, e ainda com teóricos da autobiografia como Philippe Lejeune e da autoficção como Serge
Doubrovsky.
JANETE ELENICE JORGE:
Roberto Arlt e o texto máquina: engrenagens de uma literatura polifacética. A pesquisa tem como proposta
discutir a narrativa de Roberto Arlt e seus procedimentos de escrita, toda uma mekhané que trabalha
incessantemente no texto, os agenciamentos maquínicos que perpassam toda a obra, suas multiplicidades, a idéia
de mapa e cristalização de discursos críticos sobre os textos de Arlt. Para a abordagem do tema utilizaremos textos
teóricos de Jacques Derrida, Roland Barthes, Maurice Blanchot e Gilles Deleuze e Félix Guattari.
VALDIR OLIVO JÚNIOR:
Edgardo Cozarinsky: A imagem exilada. Apoiado no conceito de “imagem dialética” de Walter Benjamin e nas
problematizações de Gilles Deleuze ao conceber o cinema como um todo aberto, este trabalho propõe uma reflexão
sobre o fragmentário como característica essencial na leitura de textos de Edgardo Cozarinsky. A grande
potencialidade da montagem nos textos de Cozarinsky não está no resultado final do texto como um todo –como se
preocupava Eisenstein ao conceber a montagem como passível de um todo fechado— mas nas pequenas células do
relato, composto de imagens e partes exiladas. O texto, seja literário ou fílmico (Barthes), concebido como ruína, um
relato mutilado, peças de um quebra-cabeça que nunca poderá ser completado.
MIGUEL ANGEL SCHMITT RODRIGUEZ:
Sobre certo elogio ao perigo. Procura-se refletir sobre o tema da "dignidade do perigo" na literatura borgeana
tendo como partida alguns aspectos da filosofia de Nietzsche. Levando-se em consideração as reflexões de
Jacques Derrida, parte-se do pressuposto de que a literatura é um eterno processo de deslocamento.
Portanto, a preocupação recai, sobretudo, na tarefa de disseminar sentidos, mais do que decifrá -los.