GT 2011 - Semana de Letras - UFSC

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Resumo da proposta:
GT: LITERATURA E TEORIA: PESQUISAS DO NÚCLEO ONETTI
Trata-se de apresentar um panorama de algumas das pesquisas que desenvolvem alguns dos membros discentes do
Núcleo Juan Carlos Onetti de Estudos Literários Latino-americanos que trabalham na tentativa de abrir novas
perspectivas criticas na reflexão sobre a Literatura Latino-americana em diálogo com teorias contemporâneas.
Resumo dos demais trabalhos apresentados no GT:
ANA CAROLINA TEIXEIRA PINTO:
Dejemos hablar al viento: Uma leitura crítica do corpus (narrativo) de Juan Carlos Onetti.
Esta pesquisa se propõe estudar a configuração estrutural de DHV como um espaço de condensação e divergência
da poética do escritor uruguaio na qual se cruzam, interpenetram e se disseminam a ordem da leitura e a ordem da
escritura. A escolha do texto se deu por sua explosão auto-referencial e ainda pela possibilidade de análise de seus
manuscritos, ainda não estudados, que se encontram arquivados no Departamento Archivo Literario da Biblioteca
Nacional de Montevidéu. O estudo destes manuscritos abrirá a possibilidade de uma nova leitura do corpus
onettiano, por meio das prováveis marcas textuais que ai se estabelecem. Esta reflexão é intermediada à luz dos
textos incluídos no livro Disseminação de Jaques Derrida, os quais abordam alguns dos operadores textuais
desenvolvidos pelo autor: disseminação, hímen e rastro.
RUBENS DA CUNHA:
A rede temática das narrativas de Hilda Hilst. Tendo por fundamento principal as ideias de George Bataille em O
erotismo e A experiência interior, a comunicação visa mostrar como a obra em prosa de Hilda Hilst é constituída por
uma rede temática que envolve o erotismo, a obscenidade, o grotesco e tem o riso como um elemento catalizador.
BIRON OSWALDO VÉLEZ ESCALLÓN:
Guimarães Rosa, Bogotá: Uma hipótes eimaginária. Em "Páramo", um texto póstumo de Guimarães Rosa,
identificam-se vários elementos constantes nas suas narrativas, ao tempo que o relato de uma profunda experiência
de morte e despersonalização vivida numa cidade hostil. Levando em conta que o autor morou em Bogotá entre os
anos 1942 e 1944, que ainda haveria de testemunhar o “Bogotazo” de 1948, assim como os inúmeros paralelismos
entre a obra, a história e a sua interpretação, caberia perguntar: essa experiência tem alguma relação com o
desenvolvimento posterior do corpus rosiano Como ler a história a partir desse corpus e o próprio corpus em
relação com a história Qual a articulação entre ficção e realidade à luz dessa leitura- necessariamente
estereográfica Para responder a essas questões, este projeto sustenta-se nalgumas abordagens da filosofia
(Derrida, Heidegger, Nancy, Benjamin), da antropologia (Clifford, Latour, Taussig) e da historia da arte (Einstein, Didi-
Huberman, Buck-Morss).
SANTO GABRIEL VACCARO:
Jorge Luis Borges: um crítico da linguagem. Jorge Luis Borges exibe em seus ensaios de juventude uma clara
inclinação ao estudo e à reflexão filosófico-lingüística sobre a linguagem, propensão ou tendência que pode ser
entendida, em parte, como o resultado das leituras das Contribuições a uma crítica da linguagem e do Dicionário de
Filosofia do crítico e filósofo alemão Fritz Mauthner.