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VIVER BEM COM A DOENÇA CELÍACA

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<strong>VIVER</strong> <strong>BEM</strong> <strong>COM</strong><br />

A <strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>


Ficha técnica:<br />

Copyright 2010 Dr. Schär GmbH, Winkelau 9, 39014 Burgstall, Itália<br />

Todos os direitos reservados. A reimpressão e reprodução, mesmo sendo apenas parcial,<br />

assim como a divulgação na Internet são apenas permitidas mediante autorização escrita<br />

por parte da Dr. Schär GmbH.<br />

Texto: Dr. Schär Professionals, Dr. Michael Schumann, zweiblick // departamento de comunicação<br />

Layout: zweiblick // departamento de design, Munique<br />

Impressão: Athesia<br />

1.ª edição 2010


<strong>VIVER</strong> <strong>BEM</strong> <strong>COM</strong><br />

A <strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong><br />

GUIA DE INTRODUÇÃO À ALIMENTAÇÃO SEM GLÚTEN<br />

1


INTRODUÇÃO<br />

PROF. CARLO CATASSI<br />

2<br />

A doença celíaca é uma intolerância alimentar<br />

com base genética, causada pelo glúten, um<br />

complexo de proteínas presente no trigo e noutros<br />

cereais. Esta patologia abrange cerca de 1%<br />

da população, quer em idade pediátrica, quer<br />

adulta; afecta o intestino e pode causar disfunções<br />

e sintomas noutros órgãos e aparelhos. Os<br />

sintomas podem variar muito, podendo mesmo<br />

estar ausentes e não sendo, por isso, reconhecidos<br />

nalguns casos. No entanto, o diagnóstico<br />

baseia-se em poucos exames precisos, como: a<br />

análise de anticorpos anti-transglutaminase (TTG)<br />

e anti-endomísio (EMA) no sangue e a biópsia intestinal<br />

que analisa o estado da mucosa gástrica.<br />

Após o diagnóstico, o doente deve adoptar um regime<br />

alimentar sem glúten para obter, em pouco<br />

tempo, a normalização da mucosa intestinal, o desaparecimento<br />

dos anticorpos no sangue e a ausência<br />

dos sintomas anteriores. Mesmo se o tratamento<br />

e a recuperação forem rápidos, a doença<br />

celíaca continua durante a vida toda e pressupõe<br />

que o doente esteja consciente de que tem que<br />

excluir, para sempre e totalmente, o glúten da sua


alimentação diária. Na natureza, existem alimentos<br />

seguros como alguns cereais, os legumes,<br />

a fruta, a carne, o peixe, os produtos lácteos e,<br />

no comércio, uma ampla gama de produtos sem<br />

glúten que permite comer comidas tradicionais<br />

como pão, massas e piza, com toda a segurança.<br />

É preciso ter um cuidado particular, para evitar<br />

a contaminação com glúten, muito frequente em<br />

produtos como molhos preparados, enchidos ou<br />

doçaria e na restauração. A terapêutica da doença<br />

celíaca está associada, principalmente, a um<br />

problema de cultura e de consciência, quer a nível<br />

individual, quer da sociedade em geral. Assim,<br />

acho que este manual poderá ser uma grande<br />

ajuda para o doente, para a sua família e também<br />

para o profi ssional de saúde que quer aprofundar<br />

este tema de grande actualidade.<br />

Prof. Carlo Catassi<br />

Clinica Pediatrica, Università Politecnica delle<br />

Marche, Ancona, Co-Director, Center for Celiac<br />

Research, University of Maryland School of<br />

Medicine, Baltimore (USA)<br />

3


4<br />

ÍNDICE<br />

1. <strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong><br />

1.1 Doença celíaca? Sem problemas! 7<br />

1.2 O que é a doença celíaca? 8<br />

1.3 Quais são os sintomas? 10<br />

1.4 Quais são as formas clínicas da doença celíaca? 11<br />

1.5 Qual é a taxa de ocorrência da doença celíaca? 14<br />

1.6 O que fazer perante a suspeita de doença celíaca?<br />

1.7 Em que casos são necessários exames de<br />

17<br />

acompanhamento? 20<br />

1.8 Doença celíaca e… 22<br />

1.9 Como se trata a doença celíaca? 26<br />

2. ALIMENTAÇÃO SEM GLÚTEN<br />

2.1 O que signifi ca uma alimentação sem glúten? 29<br />

2.2 Quais são as vantagens de uma alimentação sem glúten? 32<br />

2.3 Cereais sem glúten 34<br />

2.4 Cereais com glúten 36<br />

2.5 O que se pode comer? 38<br />

2.6 Ementa semanal sem glúten 49<br />

2.7 Uma alimentação saudável e equilibrada sem glúten 54<br />

2.8 A que se deve estar atento numa alimentação sem glúten? 60


ÍNDICE<br />

3. GUIA DE <strong>COM</strong>PRAS<br />

3.1 Quando ir às compras se torna um desafi o 63<br />

3.2 Saber ler os rótulos alimentares 65<br />

3.3 Alimentos especiais sem glúten 68<br />

4. COZINHA E PASTELARIA<br />

4.1 Dicas para a sua cozinha 71<br />

4.2 Dicas para cozinhar e fazer bolos 74<br />

5. <strong>COM</strong>ER FORA DE CASA E PLANEAR VIAGENS<br />

5.1 Comer fora de casa sem problemas 79<br />

5.2 Na cantina, no infantário e na escola 80<br />

5.3 No restaurante 82<br />

5.4 Em viagens 84<br />

6. DR. SCHÄR GMBH<br />

6.1 Dr. Schär 87<br />

6.2 Schär 90<br />

6.3 DS - glutenfree 92<br />

7. INFORMAÇÕES <strong>COM</strong>PLEMENTARES<br />

Informações complementares 95<br />

5


<strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong><br />

1


<strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>?<br />

SEM PROBLEMAS!<br />

UM DIAGNÓSTICO QUE LEVANTA MUITAS QUESTÕES.<br />

O diagnóstico da doença celíaca levanta muitas<br />

questões, sobretudo devido à necessidade de<br />

alterar os hábitos alimentares e pelo receio de<br />

perder qualidade de vida. No entanto, muitas vezes,<br />

este receio é injustifi cado, pois as pessoas<br />

afectadas pela doença celíaca podem continuar<br />

a levar uma vida sem grandes problemas. Para<br />

tal, têm apenas de respeitar algumas regras.<br />

Uma vida com a doença celíaca pode ser uma<br />

vida normal.<br />

1.1<br />

7


O QUE É A<br />

<strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>?<br />

A <strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong> É UMA INTOLERÂNCIA PERMANENTE<br />

AO GLÚTEN.<br />

O intestino delgado<br />

está coberto de<br />

vilosidades que possibilitam<br />

a absorção<br />

dos nutrientes.<br />

8<br />

1.2<br />

A doença celíaca é uma intolerância permanente<br />

do sistema imunitário ao glúten, uma proteína<br />

que pode ser encontrada em diversos tipos de<br />

cereais, como trigo, trigo emmer, centeio, kamut,<br />

na cevada, espelta, aveia e no triticale. As pessoas<br />

afectadas não podem comer produtos que contenham<br />

cereais com glúten. Se uma pessoa, criança<br />

ou adulto, com predisposição genética consumir<br />

alimentos com glúten ou apenas com vestígios<br />

de glúten, é provocada uma reacção imunológica<br />

do intestino delgado. A consequência da ingestão<br />

do glúten é uma infl amação crónica que leva ao<br />

desaparecimento das vilosidades do intestino delgado<br />

(atrofi a). A mucosa do intestino delgado está<br />

coberta de vilosidades e saliências microscópicas,<br />

chamadas microvilosidades, que aumentam a superfície<br />

de absorção dos nutrientes. No entanto, no<br />

caso dos doentes celíacos, verifi ca-se um desaparecimento<br />

quase por completo das vilosidades do


centeio<br />

trigo<br />

intestino delgado e das microvilosidades, o que resulta<br />

na redução da área intestinal, levando a uma<br />

diminuição da capacidade de absorver nutrientes<br />

como proteínas, gorduras, hidratos de carbono.<br />

As consequências são malnutrição e sintomas<br />

de anemia. O facto de ser observada uma taxa<br />

de ocorrência da doença celíaca dez vezes maior<br />

entre parentes de primeiro grau, em comparação<br />

com a população geral, comprova a importância<br />

dos factores genéticos. No entanto, ainda não foi<br />

possível descobrir os diversos genes que controlam<br />

a predisposição hereditária.<br />

cevada<br />

9


QUAIS SÃO OS SINTOMAS?<br />

DIVERSOS SINTOMAS PODEM<br />

APONTAR PARA A <strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>.<br />

10<br />

1.3<br />

Os sintomas típicos da doença celíaca são<br />

diarreia, perda de peso e de energia, distensão<br />

abdominal, dores abdominais, enjoos e atraso<br />

no crescimento em crianças. Em alguns casos,<br />

também surgem sintomas extra-intestinais<br />

como, por exemplo, anemia por carência de<br />

ferro (anemia ferropénica), osteoporose (rarefacção<br />

anormal dos ossos), amenorreia (ausência<br />

da menstruação), carências vitamínicas<br />

e de minerais. Outras doenças imunológicas,<br />

como a diabetes do tipo 1 e problemas da tiróide,<br />

ou mesmo quadros clínicos neurológicos<br />

como epilepsia, ataxia, neuropatias etc., podem<br />

ser indícios de doença celíaca. Esta grande<br />

variedade de sintomas faz com que a doença<br />

celíaca seja subdividida em diversas formas clínicas.<br />

Todas elas devem ser consideradas no<br />

diagnóstico.


QUAIS SÃO AS<br />

FORMAS CLÍNICAS DA<br />

<strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>?<br />

UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS FORMAS CLÍNICAS<br />

DA <strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>.<br />

Doença celíaca típica<br />

A doença celíaca típica ou sintomática manifesta-se<br />

precocemente, em geral, alguns meses depois<br />

do desmame do leite materno, com sintomas típicos<br />

de uma absorção insatisfatória dos nutrientes:<br />

diarreia crónica, atraso no crescimento, falta<br />

de apetite, enjoos e distensão abdominal.<br />

Doença celíaca atípica<br />

A doença celíaca atípica manifesta-se mais tarde,<br />

com sintomas predominantemente extra-intestinais<br />

como, por exemplo, anemia por carência de ferro,<br />

intolerância à lactose, dores abdominais recorrentes,<br />

fraqueza do esmalte dos dentes, problemas<br />

de fertilidade, dermatite herpetiforme de Duhring e<br />

atraso no crescimento na idade escolar.<br />

1.4<br />

11


A dœ nça<br />

celíaca tem<br />

muitas caras<br />

12<br />

Doença celíaca silenciosa<br />

A doença celíaca silenciosa é diagnosticada por<br />

acaso e sem aparente manifestação de sintomas,<br />

no âmbito de análises ao sangue devido<br />

à presença de anticorpos positivos. Apesar de,<br />

neste caso de doença celíaca, aparentemente<br />

não haver sintomas, os doentes celíacos sentem<br />

uma melhoria nas capacidades físicas e mentais<br />

ao iniciar uma dieta sem glúten.<br />

Doença celíaca latente<br />

No caso de doença celíaca latente ou potencial,<br />

são detectados anticorpos no sangue, mas o resultado<br />

da biópsia intestinal não aponta para tal.<br />

As pessoas afectadas por esta forma da doença<br />

celíaca podem desenvolver ao longo do tempo<br />

lesões no intestino delgado. Frequentemente, a<br />

doença celíaca latente é diagnosticada em pessoas<br />

que sofrem de uma doença auto-imune, sobretudo<br />

no caso de diabetes do tipo 1 e problemas<br />

da tiróide, ou em pessoas com síndromes<br />

genéticas como a síndroma de Down, Turner e<br />

Williams ou ainda com uma falta de imunoglobulina<br />

A, IgA (carência de anticorpos).


O FENÓMENO DE<br />

ICEBERGUE DA <strong>DOENÇA</strong><br />

<strong>CELÍACA</strong><br />

<strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong><br />

TÍPICA E ATÍPICA<br />

<strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong><br />

SILENCIOSA<br />

<strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong><br />

LATENTE<br />

13<br />

Lesão visível<br />

da mucosa<br />

Mucosa normal


QUAL É A TAXA<br />

DE OCORRÊNCIA DA<br />

<strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>?<br />

ATÉ 1% DA POPULAÇÃO SOFRE DE <strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>.<br />

Os números não<br />

ofi ciais da dœ nça<br />

celíaca são<br />

bastante elevados!<br />

14<br />

1.5<br />

Há 20 anos atrás, a doença celíaca era considerada<br />

uma doença rara que afectava 1:1000 a<br />

1:2000 pessoas, sobretudo crianças. Estes dados<br />

baseavam-se em casos de manifestação clara da<br />

doença e nas formas típicas da doença celíaca.<br />

A descoberta de diversos anticorpos relacionados<br />

com a doença celíaca e os testes de despistagem<br />

(screening) desenvolvidos nos últimos anos, comprovaram<br />

que a doença celíaca é muito mais comum<br />

do que o achado, falando-se hoje em dia do<br />

efeito icebergue para a doença celíaca. Em diversos<br />

países foi descrita uma prevalência da doença<br />

celíaca de aproximadamente 1:100 a 1:500. Ou<br />

seja, até 1% da população é afectada pela doença<br />

celíaca, tratando-se maioritariamente de doentes<br />

assintomáticos, ou melhor, que não apresentam<br />

a forma típica da doença celíaca e não chegam,<br />

por isso, a ser diagnosticados. Calcula-se que, por


cada caso diagnosticado, existem de sete a dez<br />

casos não diagnosticados. O período entre os primeiros<br />

sintomas e o diagnóstico da doença celíaca<br />

pode ser de aproximadamente sete anos. Actualmente,<br />

a doença celíaca é uma das intolerâncias<br />

alimentares mais frequentes a nível mundial.<br />

Qual é a taxa de<br />

ocorrência da doença<br />

celíaca? 1 em 100<br />

pessoas é afectada.<br />

15


1.6<br />

O QUE FAZER PERANTE<br />

A SUSPEITA DE <strong>DOENÇA</strong><br />

<strong>CELÍACA</strong>?<br />

VÁRIOS EXAMES PERMITEM UM DIAGNÓSTICO SEGURO.<br />

No caso de sintomas que apontem para a doença<br />

celíaca, uma análise ao sangue é geralmente<br />

sufi ciente para um primeiro diagnóstico.<br />

Um diagnóstico defi nitivo só é possível através<br />

de uma biópsia intestinal. A biópsia consiste na<br />

recolha e análise de uma amostra de fragmentos<br />

do tecido do intestino delgado de modo a detectar<br />

uma possível atrofi a.<br />

NÃO iniciar uma<br />

alimentação sem<br />

glúten antes do<br />

diagnóstico!<br />

17


18<br />

Testes serológicos<br />

A suspeita de doença celíaca pode ser comprovada<br />

através de análises ao sangue. Este<br />

exame consiste sobretudo em analisar os anticorpos<br />

anti-transglutaminase (anti tTG) da<br />

classe IgA. Trata-se de um teste de rotina muito<br />

fiável. Outro método muito eficaz, mas menos<br />

frequente, é o estudo dos anticorpos antiendomísio<br />

(EMA). Os anticorpos anti-gliadina<br />

(AGA) da classe IgA e IgG são os mais conclusivos,<br />

sobretudo em crianças com menos de<br />

3 anos de idade, e oferecem resultados mais<br />

fiáveis do que os outros anticorpos. Uma alteração<br />

isolada dos valores AGA-IgG não permite<br />

um diagnóstico seguro, excepto no caso de<br />

crianças com um deficit de IgA.<br />

A biópsia do intestino delgado<br />

Se os resultados da análise ao sangue forem positivos,<br />

deve-se efectuar uma biópsia do intestino<br />

delgado através de uma gastroduodenoscopia<br />

de modo a confi rmar o diagnóstico. No caso de<br />

uma serologia positiva e alterações típicas do intestino<br />

delgado, pode-se confi rmar o diagnóstico<br />

da doença celíaca.


Teste genético<br />

Em alguns casos, o diagnóstico obtido a partir de<br />

testes serológicos e da biópsia do intestino delgado<br />

não é certo. Em caso de dúvida, pode ser<br />

realizado um teste genético, através do qual se<br />

pode excluir a possibilidade da doença celíaca,<br />

mas nunca diagnosticá-la. Na maioria dos celíacos<br />

(no mín. 95%) pode-se comprovar a existência<br />

dos genes HLA-DQ2 e HLA-DQ8 no sangue. No<br />

entanto, esta predisposição genética não é o único<br />

factor causador da doença celíaca, pois este<br />

gene também foi detectado em 20-30% da população<br />

“saudável”, que não tem a doença celíaca.<br />

19


EM QUE CASO SÃO<br />

NECESSÁRIOS EXAMES DE<br />

A<strong>COM</strong>PANHAMENTO?<br />

EM GERAL, NÃO SÃO NECESSÁRIOS EXAMES DE<br />

A<strong>COM</strong>PANHAMENTO INVASIVOS.<br />

20<br />

1.7<br />

Se o diagnóstico não deixar dúvidas, não faz<br />

sentido repetir a biópsia do intestino delgado<br />

para verifi car se ocorreu uma normalização da<br />

mucosa do intestino delgado ao mudar para<br />

uma dieta sem glúten. No entanto, recomenda-se<br />

fazer análises específi cas de rotina para controlar<br />

alguns valores de laboratório.


É BOM SABER<br />

Valores de Ferro (hemograma), cálcio e vitamina D. Carências a<br />

longo prazo de ferro, cálcio ou vitamina D podem ser equilibradas<br />

através de suplementos.<br />

Anticorpos anti-tTG (um resultado positivo é indício de uma dieta<br />

sem glúten pouco rigorosa).<br />

Presença de eventuais doenças auto-imunes possíveis ou já<br />

existentes. Se for necessário, deve-se realizar exames para a<br />

detecção precoce das mesmas.<br />

O controlo de osteoporose através de uma densitometria óssea,<br />

recomendado no caso de um diagnóstico tardio, sobretudo em<br />

mulheres.<br />

O colesterol total, colesterol HDL (“bom” colesterol), triglicéridos<br />

(gorduras), a glicose (açúcar), sobretudo em doentes celíacos<br />

que verifi cam um considerável aumento de peso.<br />

Os familiares próximos (fi lhos, irmãos, pais) das pessoas afectadas<br />

pela doença celíaca devem efectuar um teste de anticorpos<br />

anti-tTg e, eventualmente, um teste genético quanto à<br />

HLADQ2/DQ8, mesmo em caso de ausência de sintomas, visto<br />

a predisposição ser maior entre familiares directos (aproximadamente<br />

10%) do que na restante população.<br />

21


<strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong> E…<br />

OUTRAS <strong>DOENÇA</strong>S ASSOCIADAS À <strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>.<br />

22<br />

Diabetes<br />

1.8<br />

A doença celíaca pode manifestar-se juntamente<br />

com outras doenças auto-imunes. A diabetes do<br />

tipo 1 é a doença auto-imune mais frequentemente<br />

associada à doença celíaca. 3 a 8% das pessoas<br />

com diabetes do tipo 1 (diabetes com dependência<br />

de insulina) têm a doença celíaca. Na maioria<br />

dos casos, é primeiro diagnosticada a diabetes.<br />

Devido à elevada frequência de ocorrência de<br />

ambas as doenças em simultâneo, recomendase<br />

que todos os diabéticos do tipo 1 façam um<br />

teste de despistagem (screening) à doença celíaca.<br />

Para tratar ambas as doenças, deve-se seguir<br />

uma dieta rigorosa, mas não completamente<br />

restritiva. Para os diabéticos, com ou sem a doença<br />

celíaca, é recomendada uma dieta “normal” e<br />

equilibrada, com controlo do número total de calorias,<br />

proteínas, açúcares e gorduras. Para evitar<br />

um aumento excessivo da taxa de glicemia após<br />

as refeições, deve-se dar preferência aos hidratos<br />

de carbono complexos (pão, massa, sempre sem


glúten) e aos alimentos ricos em fi bras (legumes,<br />

leguminosas e fruta fresca) do que aos alimentos<br />

com um elevado teor de açúcares simples (doces,<br />

açúcar), que só devem ser consumidos em quantidades<br />

reduzidas. No que se refere às gorduras,<br />

deve-se dar preferência às gorduras vegetais (por<br />

exemplo, azeite virgem, óleo de sementes) e aos<br />

alimentos com ácidos gordos polinsaturados (por<br />

exemplo, peixe), visto infl uenciarem positivamente<br />

o nível de colesterol no sangue. O tratamento da<br />

doença celíaca também tem efeitos positivos sobre<br />

a diabetes, uma vez que ajuda a controlar o<br />

metabolismo, podendo também reduzir a necessidade<br />

de insulina. Adicionalmente, ajuda a prevenir<br />

eventuais complicações “silenciosas”, como<br />

a anemia ou a osteoporose. Recomenda-se o<br />

acompanhamento de um nutricionista qualifi cado<br />

para garantir os melhores resultados.<br />

As mesmas causas e a<br />

mesma solução para<br />

ambas: uma alimentação<br />

equilibrada.<br />

23


A DH é uma<br />

manifestação<br />

cutânea da<br />

dœ nça celíaca.<br />

24<br />

Dermatite herpetiforme de Duhring (DH)<br />

A DH manifesta-se na forma de infl amações<br />

cutâneas, sendo conhecida por manifestação<br />

cutânea da doença celíaca. No caso de ser<br />

diagnosticada uma dermatite DH, pode-se fazer<br />

um diagnóstico seguro da doença celíaca. No<br />

entanto, o inverso não se aplica. As características<br />

da DH são pápulas, geralmente vermelhas,<br />

e prurido. Em 90% dos casos, a erupção cutânea<br />

aparece nos cotovelos e no antebraço. O<br />

único tratamento efi caz da DH é uma alimentação<br />

rigorosamente sem glúten. No entanto, a<br />

maioria dos doentes celíacos só verifi ca o desaparecimento<br />

dos sintomas depois de seguirem<br />

durante muito tempo uma dieta sem glúten<br />

(alguns meses ou até poucos anos), sendo, por<br />

isso, também necessário um tratamento adicional<br />

com medicamentos. Uma alimentação sem<br />

glúten reduz o risco de problemas a longo prazo<br />

e assegura um bom estado de saúde.


Intolerância à lactose<br />

Antes do diagnóstico, e também nos primeiros<br />

tempos após o diagnóstico, pode-se manifestar<br />

uma intolerância à lactose, provocada pela atrofi<br />

a da mucosa do intestino delgado. Neste caso,<br />

o consumo de alimentos com lactose pode causar<br />

sintomas, como dores abdominais e fl atulência.<br />

Para tratar a intolerância à lactose, deve-se<br />

evitar o consumo de alimentos com elevado teor<br />

de lactose (leite gordo, gelado à base de leite,<br />

queijo fresco, …). Em vez de leite gordo, devese<br />

consumir bebida de soja ou leite com teor<br />

reduzido de lactose, disponíveis na maioria dos<br />

supermercados. No entanto, em alguns casos, a<br />

intolerância à lactose pode persistir depois de<br />

iniciar uma dieta sem glúten e após a normalização<br />

da mucosa do intestino delgado. Tal deve-se<br />

a uma carência enzimática, muito frequente nos<br />

habitantes do sul da Europa, e não é provocada<br />

pela doença celíaca.<br />

A intolerância à<br />

lactose está<br />

frequentemente<br />

associada à<br />

dœ nça celíaca.<br />

25


<strong>COM</strong>O SE TRATA A<br />

<strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>?<br />

UMA VIDA NORMAL GRAÇAS A UMA ALIMENTAÇÃO<br />

RIGOROSA SEM GLÚTEN.<br />

26<br />

1.9<br />

Após o diagnóstico da doença celíaca, pode-se<br />

dar início a algumas alterações positivas. O único<br />

tratamento efi caz dos sintomas é uma dieta<br />

rigorosa sem glúten, sem ter de recorrer a<br />

medicamentos. Uma alimentação sem glúten<br />

permite ao doente celíaco ter uma vida saudável<br />

e restabelecer o bem-estar geral, para além de<br />

combater os problemas associados à doença e<br />

melhorar as suas capacidades físicas e mentais.<br />

O diagnóstico da doença celíaca e a consequente<br />

necessidade de mudar os hábitos alimentares<br />

levantam muitas questões, pelo que se recomenda<br />

que o doente celíaco consulte um nutricionista<br />

qualifi cado para um aconselhamento<br />

nutricional imediatamente após o diagnóstico e<br />

no caso de surgirem posteriormente problemas<br />

relacionados com a dieta sem glúten (problemas<br />

de adaptação).


Terapias do futuro para doentes celíacos<br />

Actualmente, estão a ser realizados vários estudos<br />

científi cos para descobrir novas formas<br />

terapêuticas, como, por exemplo, medicamentos<br />

efi cazes ou mesmo uma vacina. No entanto,<br />

isto ainda são ideias para o futuro. Todos os<br />

cientistas são da mesma opinião: actualmente,<br />

a alimentação sem glúten é a forma de terapia<br />

mais simples e efi caz que, no futuro, poderá ser<br />

complementada por medicamentos.<br />

27


ALIMENTAÇÃO<br />

SEM GLÚTEN<br />

28<br />

2


O QUE SIGNIFICA<br />

UMA ALIMENTAÇÃO<br />

SEM GLÚTEN?<br />

UMA ALIMENTAÇÃO SEM GLÚTEN É A ÚNICA<br />

TERAPIA PARA A <strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>.<br />

Actualmente, a única forma de terapia efi caz para<br />

a doença celíaca é a alimentação sem glúten,<br />

devendo-se eliminar qualquer tipo de alimentos<br />

que contenham cereais com glúten. A quantidade<br />

de glúten não tem importância, atéd pequenas<br />

quantidades ou vestígios de glúten podem<br />

provocar danos, mesmo que os sintomas não se<br />

manifestem em todos os doentes ou não sejam<br />

imediatos. A longo prazo, a mucosa do intestino<br />

delgado pode voltar a sofrer lesões, sem sintomas<br />

evidentes.<br />

2.1<br />

29


30<br />

Por isso, é importante ter cuidado na escolha<br />

dos alimentos e às refeições, mas sem entrar<br />

em pânico ou sentir-se inseguro, pois tal seria<br />

um comportamento completamente exagerado.<br />

Mudar os hábitos alimentares para uma<br />

dieta sem glúten resulta em muitas alterações<br />

positivas e numa vida saudável, sem a necessidade<br />

de medicamentos. Certamente não é<br />

fácil eliminar alimentos como pão e massas,<br />

visto desempenharem um papel importante na<br />

alimentação moderna. A adaptação à alimentação<br />

sem glúten pode ser facilitada através dos<br />

diversos alimentos naturais sem glúten (milho,<br />

arroz, batatas, carne, peixe, fruta, legumes, …),<br />

como também através dos produtos especiais<br />

para doentes celíacos (pão, massa, bolos, bases<br />

para piza, farinha, bolachas, doces, refeições<br />

pré-cozinhadas). Estes produtos especiais estão<br />

identifi cados de forma evidente através do rótulo<br />

“isento de glúten” e/ou através do símbolo<br />

de uma espiga traçada, que facilitam a escolha<br />

de produtos ao fazer as compras, podendo ser<br />

adquiridos em diversas lojas de produtos naturais,<br />

dietéticas, farmácias, parafarmácias e nos<br />

supermercados convencionais.


QUAIS SÃO AS<br />

VANTAGENS DE UMA<br />

ALIMENTAÇÃO SEM<br />

GLÚTEN?<br />

OS SINTOMAS DESAPARECEM, OS VALORES NORMALIZAM-SE.<br />

32<br />

2.2<br />

Os sintomas desaparecem, os valores irregulares<br />

detectados no âmbito das análises ao sangue<br />

normalizam-se, assim como a mucosa do intestino<br />

delgado. Nos doentes celíacos com sintomas<br />

típicos, sobretudo no caso de crianças, os<br />

resultados de uma alimentação sem glúten são<br />

imediatos: em apenas poucos dias verifi ca-se um<br />

aumento do apetite e um bem-estar geral, a diarreia<br />

desaparece e o crescimento das crianças<br />

normaliza. Adicionalmente, verifi ca-se lentamente<br />

uma estabilização de eventuais sintomas de carências,<br />

como uma mineralização óssea reduzida<br />

ou uma anemia por carência de ferro. A alimentação<br />

sem glúten, sobretudo quando iniciada imediatamente<br />

após o diagnóstico, reduz o risco de<br />

problemas de saúde a longo prazo.


É BOM SABER QUE <strong>COM</strong> “SEM GLÚTEN” VAI TER<br />

uma normalização da mucosa do intestino delgado<br />

uma melhor absorção e assimilação dos nutrientes<br />

uma recuperação do peso perdido<br />

e uma melhoria do bem-estar geral<br />

33


CEREAIS SEM GLÚTEN<br />

A VARIEDADE DE CEREAIS SEM GLÚTEN É MAIOR DO<br />

QUE SE PENSA.<br />

34<br />

2.3<br />

Nem todos os cereais têm glúten. Existem<br />

cereais que, por natureza, não têm glúten, podendo<br />

estes ser utilizados como alternativa<br />

aos cereais com glúten. Aos grupo de cereais<br />

naturalmente sem glúten pertencem: o milho,<br />

arroz, painço, trigo sarraceno, amaranto, teff e<br />

quinoa. A preparação de alimentos com cereais<br />

sem glúten é diferente da preparação de<br />

alimentos com cereais com glúten; o glúten<br />

como proteína facilita o processo de confecção.<br />

Ao utilizar cereais isentos de glúten, é importante<br />

que estes não tenham sido contaminados<br />

com cereais com glúten (por exemplo,<br />

ao serem moídos, no transporte ou na armazenagem).<br />

Opte pela forma mais segura e utilize<br />

apenas cereais e farinhas com a identificação<br />

“isento de glúten” ou recomendados pelas associações<br />

de celíacos.


milho arroz painço leguminosas<br />

amaranto quinoa trigo sarraceno batatas<br />

Outros produtos sem glúten são as batatas e leguminosas,<br />

como feijão e lentilhas, que devem fazer<br />

parte da alimentação equilibrada sem glúten.<br />

Recomenda-se a utilização de todos os cereais<br />

sem glúten, assim como de batatas e diversas<br />

leguminosas, integrando estes alimentos numa<br />

dieta variada. Esta é a base para uma alimentação<br />

saudável e equilibrada.<br />

35


CEREAIS <strong>COM</strong> GLÚTEN<br />

É IMPORTANTE SABER AO CERTO QUE ALIMENTOS<br />

CONTÊM GLÚTEN.<br />

36<br />

2.4<br />

O glúten pode ser encontrado nos seguintes cereais:<br />

trigo, cevada, trigo emmer, centeio, aveia,<br />

kamut, espelta e triticale. Os doentes celíacos devem<br />

familiarizar-se com este tipo de cereais, para<br />

excluí-los de forma segura da sua dieta.<br />

E a aveia?<br />

A aveia tem uma particularidade: os resultados<br />

de estudos científi cos, realizados nos últimos<br />

anos, comprovaram que a maioria dos doentes<br />

celíacos pode consumir aveia pura e não-contaminada.<br />

No entanto, e generalizando, a aveia é<br />

um cereal contaminado, que entra em contacto<br />

com outros tipos de cereais com glúten. Por<br />

isso, não se recomenda o consumo de aveia.<br />

Consulte o seu médico, nutricionista ou a associação<br />

de celíacos.


trigo<br />

cevada centeio trigo emmer<br />

kamut espelta triticale<br />

aveia*<br />

37


O QUE SE PODE <strong>COM</strong>ER?<br />

OS ALIMENTOS PODEM SER SUBDIVIDIDOS EM TRÊS<br />

GRUPOS CONSOANTE O SEU GRAU DE RISCO.<br />

38<br />

ALIMENTOS SEGUROS<br />

Existem muitos produtos que, por natureza, não têm glúten e<br />

que podem ser consumidos sem problemas: os cereais sem<br />

glúten mencionados anteriormente, batatas, leguminosas, apioca,<br />

castanhas, leite e lacticínios, carne, peixe, ovos, óleos vegetais,<br />

fruta e legumes. Adicionalmente, existem diversos produtos<br />

próprios para doentes celíacos (pão, massa , bolos, bases para<br />

piza, farinha, bolachas, doces e mesmo diversas refeições<br />

pré-cozinhadas). Estes produtos especiais estão identifi cados<br />

com a frase “isento de glúten” ou através do símbolo de uma<br />

espiga traçada. Isto garante que os produtos não têm glúten e<br />

que correspondem às directivas legais actualmente em vigor.<br />

2.5


Nas páginas seguintes pode<br />

encontrar tabelas com alimentos<br />

seguros, de risco e proibidos. Tenha<br />

em atenção que estas listagens não<br />

estão completas. Por favor, entre<br />

em contacto com a associação de<br />

celíacos do seu país*.<br />

ALIMENTOS DE RISCO<br />

Todos os alimentos que tenham glúten como ingrediente ou<br />

aditivo são considerados alimentos de risco. A estes pertencem,<br />

por exemplo, refeições pré-cozinhadas, enchidos, molhos de soja,<br />

gelado. Nestes alimentos, é muito importante ler atentamente a<br />

lista de ingredientes na embalagem, visto que o glúten tem de ser<br />

sempre referido caso esteja contido no produto. Os alimentos que<br />

possam ter entrado em contacto com glúten durante o processo de<br />

produção também são considerados produtos de risco. Neste caso,<br />

recomendamos que consulte a lista de alimentos disponibilizada<br />

pela associação de celíacos.<br />

ALIMENTOS PROIBIDOS<br />

Alimentos proibidos são todos os tipos de cereais com glúten e<br />

alimentos com trigo, centeio, cevada, trigo emmer, kamut, espelta<br />

e triticale, como, por exemplo, pão, piza, massas, bolachas, bolos,<br />

biscoitos, etc. A aveia também tem que ser evitada, uma vez que<br />

está frequentemente contaminada com glúten.<br />

39


40<br />

CEREAIS, PÃES, BOLOS E MASSAS<br />

SEGURO<br />

Milho, arroz, painço, trigo sarraceno, quinoa, amaranto, farinha de<br />

semente de alfarroba, tapioca, mandioca, batatas, castanhas<br />

Tenha atenção ao perigo de contaminação dos cereais – deve dar<br />

preferência aos produtos dietéticos com a respectiva identifi cação.<br />

DE RISCO (Ler atentamente a lista de ingredientes!)<br />

Refeições pré-cozinhadas (por exemplo, puré de batata),<br />

batatas fritas, arroz tufado<br />

PROIBIDO<br />

Trigo, cevada, centeio, trigo emmer, espelta, aveia, triticale,<br />

kamut, espelta verde, bulgur, cuscuz<br />

Todas as massas, artigos de pastelaria, fl ocos de cereais,<br />

muesli etc., produzidos a partir destes cereais


FRUTA<br />

SEGURO<br />

Todas as variedades de fruta e frutos secos<br />

DE RISCO (Ler atentamente a lista de ingredientes!)<br />

Frutas cristalizadas, batidos<br />

PROIBIDO<br />

Frutas secas envolvidas em farinha<br />

41


42<br />

LEGUMES<br />

SEGURO<br />

Todas as variedades de legumes e leguminosas<br />

DE RISCO (Ler atentamente a lista de ingredientes!)<br />

Legumes pré-cozinhados<br />

PROIBIDO<br />

Refeições com legumes e cereais com glúten, legumes<br />

panados ou envolvidos em farinha


LACTICÍNIOS<br />

SEGURO<br />

Leite, iogurte natural, nata<br />

Queijo fresco como ricotta, mascarpone, mozzarella<br />

Queijo parmesão<br />

DE RISCO (Ler atentamente a lista de ingredientes!)<br />

Cremes e pudins, batidos de leite pré-preparados,<br />

refeições pré-cozinhadas com leite ou queijo, queijo fundido<br />

PROIBIDO<br />

Iogurte com malte, cereais ou bolachas com glúten<br />

43


44<br />

CARNE, PEIXE E OVO<br />

SEGURO<br />

Todas as variedades de carne, de peixe e ovo<br />

DE RISCO (Ler atentamente a lista de ingredientes!)<br />

Enchidos, refeições pré-cozinhadas e molhos pré-preparados<br />

com carne ou peixe, substitutos de carne, miso<br />

PROIBIDO<br />

Carne ou peixe panado, envolvido em farinha ou com molhos<br />

com glúten, arenque frito, almôndegas de arenque em<br />

escabeche fritas, seitan (um substituto vegetal da carne feito<br />

a partir de trigo)


GORDURAS, ESPECIARIAS, MOLHOS<br />

E PRODUTOS DE PASTELARIA/PADARIA<br />

SEGURO<br />

Óleos vegetais, manteiga, margarina, banha, vinagre, especiarias<br />

puras, sal, pimenta<br />

DE RISCO (Ler atentamente a lista de ingredientes!)<br />

Molhos pré-preparados, molhos de soja, misturas de especiarias,<br />

cubos de caldos<br />

Ingredientes para produtos de pastelaria/padaria, por exemplo,<br />

fermento em pó<br />

PROIBIDO<br />

Molho bechamel<br />

45


DOCES E ADOÇANTES<br />

SEGURO<br />

Mel, açúcar<br />

DE RISCO (Ler atentamente a lista de ingredientes!)<br />

Chocolate, bombons, cacau, gelado, pastilha elástica, açúcar<br />

em pó, pastelaria<br />

PROIBIDO<br />

Chocolate com cereais<br />

47


48<br />

BEBIDAS<br />

SEGURO<br />

Refrigerantes como Coca-Cola e limonadas,<br />

café em grão, chá, sumos naturais e néctares, vinho espumante,<br />

Prosecco, vinho, aguardentes brancas<br />

DE RISCO (Ler atentamente a lista de ingredientes!)<br />

Misturas pré-preparadas para frappé, cacau, sumos com<br />

aditivos, substitutos de café<br />

PROIBIDO<br />

Cerveja, substitutos de café à base de cevada ou malte,<br />

bebidas com aveia


EMENTA SEMANAL<br />

SEM GLÚTEN<br />

SUGESTÕES PARA UMA SEMANA SEM GLÚTEN.<br />

Estas sugestões de menus permitem iniciar facilmente<br />

uma alimentação sem glúten. As refeições<br />

são muito simples de preparar e podem<br />

ser utilizadas como base para outras refeições,<br />

ao seu próprio gosto e consoante os seus hábitos<br />

alimentares. Para além disso, existem diversos<br />

livros de receitas e páginas de Internet com<br />

receitas para refeições sem glúten. Dê asas à<br />

sua imaginação!<br />

2.6<br />

49


50<br />

SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA<br />

Pequeno-almoço<br />

Chá ou café, leite, Bon matín<br />

Schär (pão doce) com mel ou<br />

marmelada e manteiga<br />

A meio da manhã<br />

Fruta<br />

Almoço<br />

Arroz com legumes, bife de<br />

peru grelhado, salada mista,<br />

fruta<br />

A meio da tarde<br />

Café com leite ou chá,<br />

Tostas Crackers Schär<br />

Jantar<br />

Sopa de legumes com Conchigliette<br />

Schär (massa para sopa),<br />

pão Vianinha DS com mozzarella<br />

e tomate, salada mista<br />

Pequeno-almoço<br />

Chá ou café, iogurte natural<br />

com Müsli Schär ou Milly<br />

magic Pops Schär e fruta<br />

A meio da manhã<br />

Sumo de legumes,<br />

Cracker Schär<br />

Almoço<br />

Tortellini DS com molho de<br />

presunto e nata<br />

A meio da tarde<br />

Fruta, Gelado em cone Ice<br />

Cream Cones DS<br />

Jantar<br />

Crepes feitos com farinha<br />

Mix Dolci Schär sem glúten<br />

com queijo, legumes crus ou<br />

cozidos


QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA<br />

Pequeno-almoço<br />

Chá ou café, leite, sumo<br />

natural, Landbrot Schär (pão<br />

rústico) com fi ambre e tomate<br />

A meio da manhã<br />

Fruta<br />

Almoço<br />

Lasagne DS, salada mista<br />

A meio da tarde<br />

Iogurte ou queijo coalhado<br />

com fruta e Pausa Ciok Schär<br />

Jantar<br />

Bife frito, arroz, legumes crus<br />

ou cozidos<br />

Pequeno-almoço<br />

Chá ou café, leite, pão Vianinha<br />

DS com marmelada ou<br />

mel e manteiga<br />

A meio da manhã<br />

Sumo de fruta ou de legumes<br />

natural<br />

Almoço<br />

Penne Schär com legumes,<br />

salada mista, fruta<br />

A meio da tarde<br />

Café com leite ou chá<br />

Tostas Crackers Schär<br />

Jantar<br />

Sopa de lentilhas, Ciabatta<br />

rustica Schär com fi ambre,<br />

fruta<br />

51


52<br />

SEXTA-FEIRA SÁBADO<br />

Pequeno-almoço<br />

Chá ou café, leite, sumo<br />

natural, uma fatia de bolo<br />

Fantasiakuchen Schär<br />

A meio da manhã<br />

Iogurte natural ou queijo<br />

coalhado com fruta fresca<br />

Almoço<br />

Filete de truta assada no forno<br />

com ervas aromáticas, batatas,<br />

salada mista<br />

A meio da tarde<br />

Fruta<br />

Jantar<br />

Polenta com legumes e queijo<br />

gratinado, salada mista<br />

Pequeno-almoço<br />

Chá ou café, pão Rustico Schär<br />

com fi ambre, queijo, fruta<br />

A meio da manhã<br />

Sumo de laranja com Crisp<br />

Rolls Schär (tostas)<br />

Almoço<br />

Bife de vitela à vienense<br />

(com Pan gratí - pão ralado<br />

da Schär), batatas assadas<br />

no forno, salada mista<br />

A meio da tarde<br />

Café com leite ou chá,<br />

Magdalena Schär (bolinho<br />

com doce de alperce)<br />

Jantar<br />

Pizza Bella Italia DS,<br />

guarnecida a gosto


DOMINGO<br />

Pequeno-almoço<br />

Chá ou café, leite, sumo natural,<br />

Croissant Schär<br />

A meio da manhã<br />

Fruta<br />

Almoço<br />

Massa Tagliatelle Schär com<br />

vitela assada, legumes crus ou<br />

cozidos<br />

A meio da tarde<br />

Batido de fruta e leite,<br />

Twinny Schär<br />

Jantar<br />

Batatas no forno com queijo<br />

coalhado e legumes<br />

53


UMA ALIMENTAÇÃO<br />

SAUDÁVEL E EQUILIBRADA<br />

SEM GLÚTEN<br />

O SEGREDO ESTÁ NA DIVERSIDADE!<br />

54<br />

Sugestão!<br />

Alimentação variada<br />

Alimentação diversifi cada<br />

Exercício físico<br />

2.7<br />

Para se manter saudável e em forma, deve seguir<br />

uma alimentação variada e diversifi cada, beber<br />

muita água, utilizar pouco sal e praticar regularmente<br />

exercício físico. Uma alimentação saudável<br />

e equilibrada pode ser representada em forma<br />

de uma pirâmide alimentar, com diversos níveis.<br />

Cada secção representa um grupo alimentar.<br />

Os alimentos dos níveis inferiores da pirâmide<br />

(por exemplo, legumes e fruta) devem ser consumidos<br />

em maior quantidade e os alimentos<br />

do nível superior (por exemplo, carne vermelha<br />

e doces) em quantidades inferiores.


Gorduras, óleos, doces<br />

Carne, peixe, ovos,<br />

leite e lacticínios<br />

Cereais, batatas,<br />

leguminosas<br />

Fruta e legumes<br />

Exercício físico<br />

e líquidos<br />

55


56<br />

Fruta e legumes:<br />

Devem fazer parte de todas as refeições<br />

principais<br />

A fruta e os legumes contêm fi bras, vitaminas, minerais,<br />

oligoelementos e antioxidantes. Por dia, devem-se<br />

consumir 3 porções de legumes e 2 porções<br />

de fruta, de preferência de diferentes cores<br />

(1 porção = no mínimo 120 g = uma mão cheia).<br />

Produtos de cereais, batatas e leguminosas:<br />

Diariamente<br />

Os produtos de cereais como o pão e a massa<br />

sem glúten, batatas e arroz, trigo sarraceno, amaranto<br />

e quinoa, mas também leguminosas como<br />

feijão, ervilhas, lentilhas e grão-de-bico contêm<br />

muitos hidratos de carbono e fi bras, para além<br />

de proteínas, vitaminas (sobretudo do grupo B) e<br />

minerais. Estes alimentos fornecem a energia que<br />

o corpo consegue facilmente assimilar. Todas as<br />

refeições principais devem conter alimentos deste<br />

grupo, ou seja, 3 porções diariamente. Uma<br />

porção = aprox. 80 a 100 g de pão sem glúten,<br />

aprox. 200 g de batatas, aprox. 100 g de massa<br />

sem glúten, 60 a 100 g de leguminosas.


Leite e lacticínios:<br />

Diariamente<br />

Leite e lacticínios como o iogurte, queijo coalhado<br />

e o queijo comum contêm proteínas, gorduras,<br />

cálcio e vitaminas. Consumir 2 a 3 porções, de<br />

preferência com baixo teor de gordura. Uma porção<br />

= aprox. 200 ml de leite, 150 a 180 g de iogurte<br />

ou queijo coalhado, 30 g de queijo.<br />

Carne, peixe, ovos:<br />

Diariamente em quantidade sufi ciente<br />

A carne, o peixe e os ovos contêm proteínas, gorduras,<br />

minerais e vitamina B. As fontes de proteína<br />

de origem vegetal como o tofu e, em parte,<br />

as leguminosas, também podem ser atribuídas<br />

a este grupo. Por dia, deve-se consumir alternadamente<br />

1 porção de carne ou de peixe (aprox.<br />

100 a 120 g) ou, como alternativa, 2 vezes por semana<br />

leguminosas (aprox. 60 g) ou outras fontes<br />

de proteína. Os alimentos mais saudáveis deste<br />

grupo são a carne de vaca magra, carne de aves<br />

e o peixe. Os ovos devem ser consumidos, no<br />

máximo, 2 vezes por semana.<br />

57


ALGUMAS DICAS<br />

58<br />

Gorduras, óleos e doces:<br />

Diariamente de forma moderada<br />

As gorduras e os óleos contêm ácidos gordos essenciais<br />

e vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K). As mais<br />

saudáveis são as gorduras vegetais, como o azeite<br />

virgem ou os óleos de sementes. Consumir diariamente,<br />

no máximo, 3 porções, cada uma de 10 g. As<br />

gorduras de origem animal como, por exemplo, a<br />

manteiga, devem ser consumidas de forma moderada.<br />

Os doces, salgados e as bebidas açucaradas<br />

devem ser consumidos apenas ocasionalmente e<br />

com pequenas quantidades de açúcar.<br />

• Beba diariamente pelo menos 1,5 a 2 litros de água. Prefi ra água<br />

potável/mineral, os sumos de fruta ou legumes misturados com<br />

água e o chá sem açúcar.<br />

• Confeccione as refeições de forma saudável e sem gordura<br />

(grelhar, cozer a vapor).<br />

• Coma com calma, mastigue bem e saboreie a comida.<br />

• Utilize mais ervas frescas e especiarias do que sal.<br />

• Tenha atenção a uma alimentação variada.<br />

• O consumo de álcool deve ser moderado.<br />

• Utilize só ingredientes sem glúten.<br />

• Evite contaminação com alimentos que tenham glúten.<br />

• Pratique regularmente exercício físico.


A QUE SE DEVE<br />

ESTAR ATENTO NUMA<br />

ALIMENTAÇÃO SEM<br />

GLÚTEN?<br />

UMA ALIMENTAÇÃO VARIADA É MUITO IMPORTANTE.<br />

Suplementos -<br />

sim ou não?<br />

Consulte o seu<br />

médico!<br />

60<br />

2.8<br />

A dieta sem glúten, utilizada há mais de 50 anos<br />

como forma de tratamento da doença celíaca, é<br />

considerada uma alimentação equilibrada para<br />

todas as idades, mesmo em situações especiais.<br />

No entanto, ao abdicar de alimentos à base<br />

de trigo e outros tipos de cereais com glúten,<br />

podem ser fornecidas menos fi bras ao organismo.<br />

Esta carência pode ser equilibrada através<br />

do consumo diário de fruta e legumes frescos.<br />

Sobretudo na fase inicial após o diagnóstico,<br />

os doentes celíacos sofrem frequentemente de<br />

uma carência de nutrientes devido à redução do<br />

seu fornecimento. No início, os nutrientes mais<br />

críticos são o ferro, cálcio e vitaminas (sobretudo<br />

do complexo B). Por isso, é importante consumir


uma quantidade sufi ciente de alimentos que sejam<br />

ricos em ferro, cálcio e vitaminas (sobretudo<br />

do complexo B). Um nutricionista pode dar-lhe<br />

dicas e truques para uma alimentação variada<br />

sem glúten. Conforme o grau de gravidade dos<br />

sintomas resultantes da falta de nutrientes, o seu<br />

médico pode prescrever-lhe suplementos vitamínicos<br />

ou de minerais sem glúten.<br />

NUTRIENTES IMPORTANTES<br />

Nutriente<br />

Ferro<br />

Cálcio<br />

Vitaminas B<br />

Fibras<br />

Alimento<br />

Carne (sobretudo carne de vaca), leguminosas,<br />

espinafres, variedades de cereais integrais sem glúten,<br />

gema de ovo, crustáceos<br />

Leite e lacticínios, legumes de folha verde, leguminosas<br />

Carne (carne vermelha ou branca, fígado), peixe, ovos,<br />

leite e lacticínios, cereais integrais sem glúten (trigo<br />

sarraceno, painço, amaranto, quinoa), legumes de folha<br />

verde, leguminosas<br />

Cereais integrais sem glúten, fruta e legumes,<br />

leguminosas, nozes<br />

61


GUIA DE <strong>COM</strong>PRAS<br />

62<br />

3


QUANDO IR ÀS<br />

<strong>COM</strong>PRAS SE TORNA<br />

UM DESAFIO<br />

ALGUMAS REGRAS E DICAS PODEM FACILITAR<br />

A ESCOLHA DE ALIMENTOS.<br />

A compra diária de alimentos não é uma tarefa<br />

fácil para os doentes celíacos; a variedade de<br />

produtos parece imensa, mas com cada compra,<br />

coloca-se a mesma questão: será que posso<br />

comer isto? Se estiver atento a algumas informações,<br />

a compra de alimentos sem glúten tornarse-á<br />

rapidamente uma rotina simples.<br />

3.1<br />

63


64<br />

DICAS PARA FAZER <strong>COM</strong>PRAS SEM GLÚTEN DE FORMA SEGURA<br />

Leia atentamente a lista de ingredientes nas embalagens:<br />

o glúten é adicionado a muitos alimentos.<br />

Muitos alimentos são naturalmente sem glúten: carne,<br />

peixe, fruta, legumes, muitos tipos de leite e lacticínios,<br />

arroz, milho, batatas, leguminosas.<br />

Existem várias empresas, como a Schär e DS, que fabricam<br />

produtos especiais sem glúten, como pão, massas,<br />

bolos, bolachas, guloseimas e refeições pré-cozinhadas.<br />

Estes produtos especiais sem glúten podem ser encontrados<br />

em lojas de produtos naturais e dietéticas e em<br />

muitos supermercados.<br />

Tenha atenção ao rótulo “isento de glúten”<br />

ou ao símbolo de uma espiga traçada,<br />

que garantem a ausência de glúten.


SABER LER OS RÓTULOS<br />

ALIMENTARES<br />

RECONHECER A PRESENÇA DE GLÚTEN NOS PRODUTOS.<br />

A presença de glúten nos alimentos pode, por vezes,<br />

não ser detectada à primeira vista. Faça as<br />

suas compras com calma e leia atentamente a lista<br />

de ingredientes de todos os alimentos, de modo<br />

a garantir a ausência de glúten. Mesmo em produtos<br />

adquiridos regularmente, ou diariamente, leia<br />

sempre a lista de ingredientes, porque as receitas<br />

podem ser alteradas. Caso não conheça um<br />

ingrediente indicado na embalagem, é preferível<br />

não comprar o produto. No entanto, em alguns casos<br />

pode estar indicada a presença de glúten em<br />

produtos que, na realidade, não têm glúten: o óleo<br />

vegetal é sempre sem glúten, mesmo no caso de<br />

se tratar de um óleo obtido a partir de tipos de<br />

cereais com glúten. Apenas o amido que contém<br />

glúten tem de ser declarado nos países da UE. Ao<br />

ser mencionado apenas “amido” ou “amido modifi -<br />

cado”, o produto tem de ser sem glúten.<br />

3.2<br />

65


Hiperligação para<br />

contactos das<br />

associações de celíacos:<br />

www.celiacos.org.pt<br />

66<br />

As informações da associação de celíacos do<br />

respectivo país também podem ajudar a fazer<br />

as compras. Algumas associações de celíacos<br />

fornecem listas detalhadas de alimentos que podem<br />

sem utilizadas nas compras diárias. Estas<br />

listas de alimentos podem ser consultadas, por<br />

exemplo, na Associação Portuguesa de Celíacos,<br />

de Portugal.<br />

Rotulagem dos alergénios<br />

O regulamento relativo à rotulagem dos alergénios<br />

obriga os fabricantes de alimentos da UE desde<br />

o dia 25 de Novembro de 2005 a declarar, entre<br />

outros, “cereais com glúten (…) e produtos derivados”.<br />

Produtos adoçantes à base de trigo (xarope<br />

de glicose, dextrose, maltodextrina) e outros produtos<br />

derivados estão excluídos desta rotulagem<br />

dos alergénios, visto não ser possível comprovar<br />

vestígios de glúten. Isto facilita consideravelmente<br />

a escolha de produtos para os doentes celíacos.<br />

O regulamento relativo à rotulagem é apenas válido<br />

para artigos embalados, considerando apenas<br />

os ingredientes do produto. Ou seja, uma possível<br />

contaminação acidental com glúten não tem que<br />

ser indicada. Uma vez que os fabricantes têm de<br />

assumir a responsabilidade pelos seus produtos,<br />

encontra-se nas embalagens frequentemente a


informação “Pode conter vestígios de glúten ou<br />

de trigo”, de modo a abranger possíveis contaminações<br />

acidentais dos produtos com substâncias<br />

alergénicas. Esta indicação não é obrigatória por lei,<br />

devendo ser considerada como aviso por parte do<br />

fabricante. Estes produtos podem conter o respectivo<br />

alergénio. Por contrapartida, a ausência desta<br />

informação não exclui a possibilidade de uma contaminação<br />

com o alergénio. Para fi ns de segurança,<br />

recomenda-se que o doente celíaco consulte<br />

as listas de alimentos das associações de celíacos<br />

ou que contacte directamente o fabricante.<br />

Compras no estrangeiro<br />

Os produtos de grandes marcas alimentares podem<br />

ter o mesmo nome, mas os ingredientes podem<br />

ser diferentes de país para país. Por isso, tenha<br />

cuidado ao comprar no estrangeiro produtos<br />

que já conheça. Neste caso deve igualmente ler<br />

atentamente os rótulos alimentares (ou recolher informações<br />

através da associação de celíacos do<br />

respectivo país ou do fabricante).<br />

67


ALIMENTOS ESPECIAIS<br />

SEM GLÚTEN<br />

A GRANDE VARIEDADE DE PRODUTOS TORNA A VIDA MAIS<br />

FÁCIL EM CASO DE <strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>.<br />

Sem glúten =<br />

abaixo de 20 ppm<br />

(2 mg/100g)<br />

68<br />

3.3<br />

A forma mais segura é a compra de produtos especialmente<br />

produzidos para pessoas afectadas<br />

pela doença celíaca, como os da marca Schär ou<br />

DS, visto que uma dieta equilibrada também deve<br />

incluir produtos de cereais que forneçam hidratos<br />

de carbono, fi bras e minerais valiosos. A estes<br />

produtos pertencem, por exemplo, farinha, muesli,<br />

pão, massa e piza. Existe uma grande variedade<br />

de produtos especiais dietéticos, pertencentes a<br />

este grupo alimentar, que estão particularmente<br />

adaptados às necessidades dos celíacos, sendo<br />

estes tão saborosos como os produtos “normais”<br />

e permitindo uma vida plena sem restrições. Os<br />

alimentos especiais sem glúten podem ser encontrados<br />

em diversas lojas de produtos naturais,<br />

dietéticas e em parafarmácias e farmácias, mas<br />

também em supermercados convencionais, e<br />

têm a indicação “isento de glúten” ou são marcados<br />

através do símbolo de uma espiga traçada.


O QUE SIGNIFICA SEM GLÚTEN?<br />

Que produtos podem ter a marcação “isento de glúten”?<br />

A defi nição de “isento de glúten” é diferente de país para país.<br />

A Comissão Codex alimentarius aprovou em Julho de 2008, no<br />

âmbito da sua 31.ª sessão, o “Codex Standard for Foods for Special<br />

Dietary Use for Persons Intolerant to Gluten”. No dia 20 de<br />

Janeiro de 2009, estas directrizes foram aprovadas pela UE no<br />

regulamento (CE) n.º 41/2009 da Comissão de 20 de Janeiro de<br />

2009 relativo à composição e rotulagem dos géneros alimentícios<br />

adequados a pessoas com intolerância ao glúten. De acordo<br />

com o novo regulamento da UE, um alimento só pode ser<br />

considerado ISENTO DE GLÚTEN se tiver, no máximo, 20 ppm<br />

(2 mg/100 g) de glúten.<br />

Os alimentos com 21 a 100 ppm de glúten não podem ser identifi<br />

cados como alimentos sem glúten, devendo estes ser rotulados<br />

com a informação “teor muito baixo de glúten”. O prazo de aplicação<br />

deste regulamento é até ao dia 1 de Janeiro de 2012.<br />

O símbolo da espiga traçada, que simboliza a ausência de glúten,<br />

é atribuído aos produtos ou aos fabricantes pela associação de<br />

celíacos do respectivo país, depois de estes terem comprovado a<br />

ausência de glúten através de um sistema de controlo de qualidade<br />

adequado e de análises específi cas.<br />

69


COZINHA E<br />

PASTELARIA<br />

70<br />

4


DICAS PARA A<br />

SUA COZINHA<br />

COZINHAR DE FORMA SEGURA SEM GLÚTEN.<br />

Para além da selecção de alimentos sem glúten,<br />

deve ter cuidado ao guardar e confeccionar os<br />

alimentos para que estes não sejam contaminados<br />

com glúten. Com algumas dicas simples, é<br />

fácil evitar uma contaminação com glúten na cozinha.<br />

4.1<br />

71


72<br />

DICAS PARA UMA COZINHA SEM GLÚTEN<br />

Deve alterar a organização da sua despensa. Separe<br />

sempre rigorosamente os produtos com glúten dos produtos<br />

sem glúten, criando um “cantinho livre de glúten”.<br />

Deve ter duas torradeiras, utilizando uma exclusivamente<br />

para pão sem glúten. Para além disso, tenha um cesto<br />

só para pão sem glúten.<br />

Nunca toque nos alimentos sem glúten caso tenha as<br />

mãos sujas de farinha e evite o contacto com utensílios<br />

de cozinha que tenham sido utilizados para a preparação<br />

de alimentos com glúten.<br />

Pouse os alimentos sem glúten apenas sobre superfícies<br />

limpas (superfície de trabalho, tabuleiros de forno<br />

etc.). Antes de confeccionar a comida, limpe sempre<br />

bem as superfícies de trabalho e os utensílios de cozinha<br />

(colheres, peneira etc.).


DICAS PARA UMA COZINHA SEM GLÚTEN<br />

No caso de superfícies que possam estar contaminadas,<br />

utilize como base papel vegetal ou uma folha de<br />

alumínio.<br />

No caso de utilização de um moinho de cereais, certifi<br />

que-se de que o moinho não é utilizado para moer<br />

cereais com glúten.<br />

Os utensílios em madeira devem ser apenas utilizados<br />

para preparar alimentos sem glúten, pois é possível<br />

que restos de farinha se tenham depositado nas fendas<br />

da madeira.<br />

Não utilize água ou óleo que tenham sido utilizados<br />

para cozer ou fritar alimentos com glúten.<br />

73


DICAS PARA COZINHAR<br />

E FAZER BOLOS<br />

COZINHAR <strong>BEM</strong> SEM GLÚTEN.<br />

74<br />

4.2<br />

Cozinhar sem glúten pode ser muito simples e<br />

divertido. Basta seguir algumas regras simples<br />

para cozinhar sem glúten e obter facilmente resultados<br />

excelentes. Rapidamente, vai aperceber-se<br />

do quão saborosa a cozinha sem glúten pode<br />

ser. O objectivo destas dicas é tornar os menus<br />

sem glúten ainda mais saborosos e prevenir erros<br />

e problemas na sua confecção.


Posso apresentar-me?<br />

Eu sou o Óscar, o cozinheiro da Schär que cria e testa<br />

as receitas sem glúten. Nos últimos anos de trabalho,<br />

compilámos mais de 600 receitas deliciosas sem glúten.<br />

Pode encontrar a minha colecção de receitas mais saborosas<br />

no nosso Schär Club, na página www.schaer.com!*<br />

COZINHAR E FAZER BOLOS SEM GLÚTEN<br />

*Informações disponíveis em inglês<br />

Utilize receitas especialmente criadas para misturas de<br />

farinha sem glúten, utilizando o tipo de farinha e a quantidade<br />

de ingredientes indicados na receita.<br />

Antes de começar a preparação, deve ler a receita sem<br />

glúten com atenção e dispor todos os ingredientes nas<br />

quantidades indicadas. Para além disso, deve ter à mão<br />

todos os utensílios necessários.<br />

No caso de massas com fermento, utilize sempre ingredientes<br />

à temperatura ambiente e peneire todos os<br />

ingredientes em pó (farinha, fermento seco etc.).<br />

75


76<br />

COZINHAR E FAZER BOLOS SEM GLÚTEN<br />

A consistência da massa sem glúten não é igual à<br />

da massa convencional, é mais húmida e pegajosa,<br />

aderindo mais facilmente às mãos e aos utensílios.<br />

Por isso, aconselhamos que revista primeiro as formas<br />

dos bolos com papel vegetal e que durante a preparação<br />

da massa aplique margarina ou farinha sem glúten<br />

nas mãos. Na preparação de massa quebrada, é<br />

aconselhável estender a massa entre duas camadas<br />

de papel vegetal.<br />

Para que o pão fi que com uma côdea dourada, antes<br />

de cozer, pincele a superfície com leite ou ovo batido.<br />

A massa sem glúten cresce após a preparação: é importante<br />

respeitar exactamente os tempos de cozedura,<br />

para que a massa não se desfaça.


<strong>COM</strong>ER FORA<br />

DE CASA E PLANEAR<br />

VIAGENS<br />

78<br />

5


<strong>COM</strong>ER FORA DE<br />

CASA SEM PROBLEMAS<br />

<strong>COM</strong> UM POUCO DE PREPARAÇÃO, PODEM-SE<br />

APRECIAR REFEIÇÕES SEM PROBLEMAS.<br />

As pessoas afectadas pela doença celíaca não<br />

têm de abdicar das idas ao restaurante. Com<br />

algumas dicas e alguns conselhos, os celíacos<br />

podem comer em cantinas, na escola, em restaurantes,<br />

cafés ou mesmo em restaurantes de<br />

refeições rápidas.<br />

5.1<br />

79


NA CANTINA,<br />

NO INFANTÁRIO E<br />

NA ESCOLA<br />

INFORMAR OS FUNCIONÁRIOS E DISPONIBILIZAR<br />

LISTAS DE ALIMENTOS.<br />

80<br />

5.2<br />

Uma alimentação sem glúten também é possível<br />

na cantina, no infantário e na escola, desde<br />

que o pessoal da cozinha e os funcionários<br />

estejam informados. O doente celíaco, ou os<br />

pais, devem explicar o que é exactamente uma<br />

alimentação sem glúten. Se possível, devem<br />

disponibilizar informações por escrito como, por<br />

exemplo, listas de alimentos seguros, de risco e<br />

proibidos. Aconselhamos que se dirija ao local<br />

para se certifi car de que os professores e os<br />

restantes responsáveis estão informados sobre<br />

o problema.<br />

Graças à grande oferta de doces e salgados<br />

sem glúten, não é difícil contornar situações<br />

especiais, como visitas de estudo ou festas de<br />

aniversário.


NO RESTAURANTE<br />

INFORMAR OS FUNCIONÁRIOS E CONFIRMAR SEMPRE QUE<br />

AS PESSOAS ESTÃO ALERTADAS PARA O ASSUNTO.<br />

82<br />

5.3<br />

As pessoas afectadas pela doença celíaca não<br />

precisam de abdicar de restaurantes, pelo contrário,<br />

vão aperceber-se de que, na maioria dos<br />

restaurantes, os funcionários têm todo o gosto em<br />

satisfazer os pedidos dos clientes. Por motivos de<br />

segurança, pode ligar primeiro para o restaurante<br />

e confi rmar se servem refeições sem glúten. Ao<br />

chegar ao restaurante, deve informar os funcionários<br />

e o cozinheiro sobre a doença celíaca e a alimentação<br />

sem glúten e confi rmar sempre como<br />

as refeições são feitas.Torne-se cliente habitual de<br />

um restaurante familiarizado com as suas necessidades<br />

especiais e que esteja informado sobre<br />

a alimentação sem glúten.<br />

Em muitas pizarias é possível levar a base sem<br />

glúten já pré-preparada, para ser preparada e cozida<br />

(certifi que-se de que se usa uma folha de<br />

alumínio e utensílios exclusivamente para produtos<br />

sem glúten).


Procure recomendações de outros celíacos, em<br />

forma de literatura ou na Internet (por exemplo,<br />

nas associações de celíacos, em páginas de Internet<br />

especiais ou comunidades de celíacos).<br />

Desta forma, pode ter a certeza de não correr riscos<br />

com a escolha do restaurante.<br />

83


EM VIAGENS<br />

NUNCA SEM OS MEUS PRODUTOS SEM GLÚTEN.<br />

84<br />

5.4<br />

Em viagens mais longas, deve levar sempre<br />

consigo lanches ou snacks sem glúten, por<br />

exemplo bolachas, barrinhas de cereais ou<br />

fruta, sobretudo se viajar com crianças. Para o<br />

pequeno-almoço em hotéis, pode levar consigo<br />

uma pequena embalagem de pão fresco<br />

sem glúten. Atenção: devido ao perigo de contaminação,<br />

não deve levar pão que precise de<br />

ir ao forno!<br />

Antes de iniciar a viagem, pode informar-se directamente<br />

junto do fabricante ou na associação<br />

de celíacos do país de destino, onde pode comprar<br />

produtos sem glúten. Leve sempre consigo<br />

o indispensável para os primeiros dias, para não<br />

ter de iniciar as suas férias com a preocupação<br />

de ter de procurar produtos sem glúten e para<br />

se sentir mais seguro e independente.


web<br />

Glutenfree Roads: www.glutefreeroads.com<br />

DS Pizza Point: www.dspizzapoint.com/de/<br />

Gluten Free Passport: www.glutenfreepassport.com<br />

Gluten Free Travel information (Informações para viajar sem se<br />

preocupar com o glúten): www.celiactravel.com<br />

Gluten Free Travel Agency (agência de viagens para viajar sem se<br />

preocupar com o glúten): www.glutenfreetravel.com<br />

Celiac Societies around the world (associações de celíacos em<br />

todo o mundo): www.celiacdisease.about.com<br />

Allergytranslation: www.allergytranslation.com<br />

Algumas associações de celíacos disponibilizam<br />

no seu portal de Internet informações conhecidas<br />

como “Pedido ao cozinheiro” ou “Cartas gastronómicas”<br />

em diversos idiomas que podem ser descarregados<br />

ou solicitados. Adicionalmente, sugerem<br />

restaurantes ou hotéis, nos quais os funcionários<br />

estão informados sobre as necessidades especiais<br />

das pessoas afectadas pela doença celíaca. De<br />

avião para as férias de destino? Se for o caso, devese<br />

informar previamente quais são as linhas aéreas<br />

que oferecem a bordo refeições sem glúten.<br />

Atenção: deve indicar que é um doente celíaco<br />

logo ao reservar o voo! O código aéreo para refeições<br />

sem glúten é GFML.<br />

85


DR. SCHÄR GMBH<br />

86<br />

6


DR. SCHÄR<br />

ALIMENTOS SEM GLÚTEN:<br />

SEGUROS, DELICIOSOS E INOVADORES.<br />

Criar soluções inovadoras para pessoas que devem<br />

seguir uma dieta sem glúten: há mais de 25<br />

anos, que a Dr. Schär segue esta fi losofi a. Sendo<br />

a líder pioneira e indisputada a nível europeu no<br />

que diz respeito a alimentos sem glúten, as suas<br />

cinco marcas: Schär, DS, Glutano, Glutafi n e Trufree<br />

oferecem uma grande variedade de produtos<br />

convencionais e congelados sem glúten que,<br />

para além de serem seguros, inovadores e de<br />

elevada qualidade, são também deliciosos. Estes<br />

produtos são distribuídos a nível mundial.<br />

Para responder ao desafi o de criar uma alimentação<br />

saudável para celíacos que, para além de<br />

saborosa, também é segura e de elevada qualidade,<br />

a Dr. Schär investiu desde muito cedo no<br />

seu próprio departamento de investigação e de<br />

desenvolvimento.<br />

6.1<br />

87


88<br />

As descobertas científi cas destes especialistas<br />

e os resultados dos estudos de mercado e do<br />

diálogo constante com clientes e consumidores<br />

são aplicados no desenvolvimento de produtos<br />

novos. Só desta forma é possível acompanhar as<br />

tendências mais actuais e oferecer, continuamente,<br />

aos doentes celíacos produtos interessantes<br />

e inovadores, que representam as melhores soluções<br />

possíveis para o seu problema alimentar.


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Disfrutar<br />

de forma segura<br />

y sin preocupaciones<br />

PRODUCTOS NATURALMENTE<br />

SIN GLUTEN 2010<br />

HÁ 25 ANOS DEDICADA ÀS PESSOAS<br />

AFECTADAS PELA <strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>.<br />

6.2<br />

Há mais de um quarto de século que a Schär<br />

procura empenhadamente ajudar as pessoas<br />

com intolerância ao glúten em toda a Europa a viver<br />

serenamente sem renunciar aos prazeres da<br />

vida. A Schär oferece a maior variedade de produtos<br />

naturais sem glúten, com elevada qualidade,<br />

produzidos a partir de ingredientes seleccionados<br />

para garantir a máxima segurança e um óptimo<br />

sabor. Os produtos da Schär podem ser encontrados<br />

em lojas de produtos naturais, dietéticas, em<br />

parafarmácias e farmácias e em alguns supermercados<br />

convencionais. A competência da Schär no<br />

que diz respeito à doença celíaca vai muito além<br />

da sua vasta gama de produtos: a Schär<br />

presta apoio a médicos e nutricionistas<br />

por toda a Europa no diagnóstico e no<br />

aconselhamento alimentar para celíacos.<br />

Adicionalmente, a Schär apoia as pessoas<br />

afectadas pela doença celíaca, oferecendo<br />

diversas informações e assistência.


ASSISTÊNCIA DA SCHÄR<br />

No Schär Club na página de Internet www.schaer.com: serviço<br />

de notícias rápido, RSS feed conveniente, mais de 650 receitas<br />

fantásticas, perguntas colocadas a especialistas, localizador de<br />

lojas a nível europeu, troca de informações com outros celíacos<br />

e muito mais.*<br />

Uma subscrição gratuita do YourLife Journal.<br />

Para um aconselhamento personalizado, ligue para o número<br />

de assistência da Schär (de segunda a sexta-feira, das 9:30 às<br />

13:00 e das 14:00 às 18:30 horas) (PT) 218543121<br />

Página de Internet própria para crianças www.123milly.com,<br />

onde a mascote Milly informa as crianças sobre a doença celíaca<br />

e a alimentação sem glúten de forma divertida. Além disso,<br />

esta página tem também diversos jogos, actividades de pintura<br />

e trabalhos manuais.*<br />

Esta assistência também inclui um kit de iniciação para doentes<br />

celíacos recentemente diagnosticados, que pode ser<br />

solicitado no seu Club Schär com o cartão “Taste it” fornecido<br />

durante o aconselhamento nutricional.<br />

*Informação disponível em inglês<br />

91


92<br />

6.3<br />

A MARCA INOVADORA NA GAMA DE<br />

PRODUTOS SEM GLÚTEN ULTRACONGE-<br />

LADOS E DE CONVENIÊNCIA.<br />

A marca DS corresponde a produtos sem glúten<br />

congelados e de conveniência, sempre práticos e<br />

deliciosos, disponíveis em lojas de produtos naturais,<br />

dietéticas e em supermercados convencionais.<br />

O objectivo principal da DS é tornar a alimentação<br />

diária e a vida em geral o mais simples e prazenteira<br />

possível, tanto para as pessoas afectadas pela doença<br />

celíaca, como para os seus familiares. Para tal,<br />

estão constantemente a ser desenvolvidos produtos<br />

novos que são colocados à venda em lojas de<br />

produtos naturais, dietéticas nos supermercados<br />

convencionais de modo a facilitar o aprovisionamento<br />

de produtos e a alimentação diária do doente<br />

celíaco. A DS oferece produtos adequados para<br />

qualquer altura do dia e ocasião, desde um pequeno-almoço<br />

abundante até ao jantar, passando por<br />

refeições de piza ou pratos de peixe. Uma página<br />

de Internet colocam diversas dicas e informações à<br />

disposição dos doentes celíacos, para um quotidiano<br />

sem glúten em casa ou em viagem.<br />

www.ds4you.com*<br />

www.glutenfreeroads.com*<br />

*Informação disponível em inglês


INFORMAÇÕES<br />

<strong>COM</strong>PLEMENTARES<br />

94<br />

7


INFORMAÇÕES <strong>COM</strong>PLEMENTARES<br />

ASSOCIAÇÕES DE CELÍACOS:<br />

• AOECS – Association of European Coeliac Societies<br />

(Associação europeia de comunidades celíacas): www.aoecs.org<br />

• CYE – Coeliac Youth of Europe (Juventude celíaca europeia):<br />

www.cyeweb.eu<br />

• PT – Associação Portuguesa de Celíacos (APC): www.celiacos.org.pt<br />

95


96<br />

INFORMAÇÕES <strong>COM</strong>PLEMENTARES<br />

PÁGINAS DE INTERNET INTERESSANTES<br />

• 4-2-1 Reisen: www.4-2-1.net<br />

• British Travel Company – viagens descontraídas e sem<br />

constrangimentos para doentes alérgicos: www.btco.de<br />

• Glutenfree Roads: www.glutenfreeroads.com<br />

• DS Pizza Point: www.dspizzapoint.com/de/<br />

• Gluten Free Passport: www.glutenfreepassport.com<br />

• Gluten Free Travel information (Informações para viajar sem se<br />

preocupar com o glúten): www.celiactravel.com<br />

• Gluten Free Travel Agency (agência de viagens para viajar sem se<br />

preocupar com o glúten): www.glutenfreetravel.com<br />

• Celiac Societies around the world (Associações de celíacos em<br />

todo o mundo): www.celiacdisease.about.com<br />

• Allergytranslation: www.allergytranslation.com<br />

• Schär: www.schaer.com<br />

• DS: www.ds4you.com<br />

• Lojas celeirodieta: www.celeiro-dieta.pt<br />

www.schaer.com<br />

www.ds4you.com


SPT0510


AINDA TEM QUESTÕES?<br />

<strong>DOENÇA</strong> <strong>CELÍACA</strong>?<br />

SEM PROBLEMAS!<br />

Quem tem de seguir uma dieta sem glúten,<br />

vê-se confrontado com muitas questões, desde<br />

“O que é a doença celíaca?” passando por<br />

“Como se trata a doença celíaca” até “O que<br />

se pode comer?”. Com esta brochura, pretendemos<br />

darlhe respostas e soluções para estas<br />

e ainda mais perguntas, de forma simples e<br />

compreensível. Para que quando tiver lido tudo<br />

também possa dizer “Doença celíaca? Sem<br />

problemas.”<br />

Dr. Schär GmbH, Winkelau 9, I-39014 Burgstall (BZ)<br />

www.schaer.com, info@schaer.com<br />

Serviço de assistência: 218543121

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