N.R.P. BARTOLOMEU DIAS - Marinha de Guerra Portuguesa
N.R.P. BARTOLOMEU DIAS - Marinha de Guerra Portuguesa
N.R.P. BARTOLOMEU DIAS - Marinha de Guerra Portuguesa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Generated by PDFKit.NET Evaluation<br />
COMEMORAÇÕES DO 10 DE JUNHO<br />
Realizaram-se no dia 10 <strong>de</strong> Junho, em Santarém,<br />
as cerimónias alusivas às comemorações<br />
do Dia <strong>de</strong> Portugal, <strong>de</strong> Camões e<br />
das Comunida<strong>de</strong>s <strong>Portuguesa</strong>s.<br />
O Presi<strong>de</strong>nte da República e Comandante<br />
Supremo das Forças Armadas, presidiu à cerimónia<br />
militar, no Campo Infante da Câmara,<br />
que incluiu uma parada militar das<br />
Forças Armadas, comandadas pelo<br />
MAJGEN Raul Ferreira da Cunha,<br />
integrando as seguintes unida<strong>de</strong>s e<br />
meios: Banda do Exército; Bloco <strong>de</strong><br />
Estandartes Nacionais representativos<br />
do Estado-Maior-General das<br />
Forças Armadas, <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s da<br />
<strong>Marinha</strong>, do Exército, da Força Aérea<br />
e da Liga <strong>de</strong> Combatentes, com<br />
uma Escolta <strong>de</strong> Honra, constituída<br />
por uma Companhia <strong>de</strong> Alunos da<br />
Aca<strong>de</strong>mia Militar.<br />
Um Batalhão dos Estabelecimentos<br />
Militares <strong>de</strong> Ensino do Exército,<br />
constituído por uma companhia <strong>de</strong><br />
alunos do Colégio Militar, uma companhia do<br />
Instituto <strong>de</strong> Odivelas e uma companhia do Instituto<br />
Militar dos Pupilos do Exército.<br />
Um Batalhão <strong>de</strong> Ca<strong>de</strong>tes Alunos integrando<br />
uma companhia da Escola Naval, uma companhia<br />
da Aca<strong>de</strong>mia Militar e uma Esquadrilha da<br />
Aca<strong>de</strong>mia da Força Aérea.<br />
Um Batalhão <strong>de</strong> formandos dos cursos <strong>de</strong><br />
Sargentos, incluindo uma companhia da Escola<br />
<strong>de</strong> Tecnologias Navais da <strong>Marinha</strong>, uma<br />
companhia da Escola <strong>de</strong> Sargentos do Exército<br />
e uma Esquadrilha do Centro <strong>de</strong> Formação<br />
Militar e Técnica da Força Aérea, um Batalhão<br />
da <strong>Marinha</strong>, dois Batalhões do Exército e uma<br />
Esquadra da Força Aérea.<br />
Para além <strong>de</strong>stas forças em parada, participaram<br />
ainda na cerimónia militar outras<br />
forças, <strong>de</strong>signadamente, uma Bateria <strong>de</strong> Artilharia<br />
<strong>de</strong> Campanha do Exército que prestou<br />
as salvas regulamentares ao Presi<strong>de</strong>nte da República,<br />
Escolta a Cavalo do Colégio Militar;<br />
uma Força do Corpo <strong>de</strong> Fuzileiros da <strong>Marinha</strong><br />
e um Batalhão da Brigada <strong>de</strong> Reacção Rápida<br />
do Exército; uma Força Motorizada da <strong>Marinha</strong>;<br />
uma Força Motorizada do Exército; uma<br />
Força Motorizada da Força Aérea <strong>Portuguesa</strong>;<br />
uma Força Mecanizada da Brigada Mecanizada<br />
do Exército.<br />
As Forças em Parada prestaram as honras regulamentares,<br />
com a Banda do Exército executando<br />
o Hino Nacional e simultaneamente,<br />
uma bateria <strong>de</strong> Artilharia <strong>de</strong><br />
Campanha do Exército, executaram<br />
uma salva <strong>de</strong> 21 tiros.<br />
Seguiu-se a homenagem aos<br />
Mortos que incluía uma prece feita<br />
pelo Vigário castrense o CMG Costa<br />
Amorim.<br />
Seguidamente o Presi<strong>de</strong>nte da República<br />
pronunciou o discurso que<br />
abaixo se transcreve na íntegra.<br />
Por fim <strong>de</strong>u-se início ao <strong>de</strong>sfile<br />
das Forças em Parada e Forças Motorizadas.<br />
Encerrou o <strong>de</strong>sfile o sobrevoo <strong>de</strong><br />
formações <strong>de</strong> Aeronaves da <strong>Marinha</strong><br />
e da Força Aérea <strong>Portuguesa</strong> constituídas por 2<br />
Helicópteros Lynx da <strong>Marinha</strong> e 6 aviões F-16<br />
Fighting Falcon.<br />
Por sua vez em cerimónia civil, o Presi<strong>de</strong>nte<br />
da República con<strong>de</strong>corou diversas personalida<strong>de</strong>s,<br />
entre elas, o VALM António João Neves<br />
<strong>de</strong> Bettencourt com a Grã Cruz da Or<strong>de</strong>m Militar<br />
<strong>de</strong> Avis.<br />
Discurso do Presi<strong>de</strong>nte da Républica na Cerimónia Militar<br />
“A data que hoje celebramos,<br />
nesta histórica cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santarém,<br />
convida-nos a revisitar um<br />
passado cujo património nos enobrece<br />
e a reflectir sobre os pilares<br />
estruturantes da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> nacional<br />
e os valores que moldaram a<br />
alma e o sentir português.<br />
Um sonho <strong>de</strong> expansão marítima,<br />
em que conjugámos <strong>de</strong> forma<br />
admirável o amor pátrio com<br />
o fascínio pelo mar, o sítio da geografia<br />
com a vocação universalista,<br />
a cultura europeia com a criação<br />
<strong>de</strong> um património comum <strong>de</strong><br />
valores da maior relevância para<br />
o entendimento entre as nações.<br />
Um <strong>de</strong>sígnio colectivo que ainda hoje <strong>de</strong>termina<br />
as priorida<strong>de</strong>s do nosso relacionamento<br />
externo, na Europa, nas Américas e<br />
em África.<br />
Nesta ocasião, e neste local, é imperativo<br />
reconhecer o valioso contributo da Instituição<br />
Militar para a edificação <strong>de</strong> Portugal, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
sua génese até aos nossos dias.<br />
Portugal é obra <strong>de</strong> todos os Portugueses.<br />
Temos a obrigação <strong>de</strong> honrar o seu legado e<br />
<strong>de</strong> o saber projectar para o futuro.<br />
Em situações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>, em que<br />
o curso normal da vida nacional perigou, os<br />
militares souberam sempre interpretar o sentir<br />
profundo e as aspirações do povo, garantindo<br />
com sucesso a in<strong>de</strong>pendência e a <strong>de</strong>fesa<br />
<strong>de</strong> Portugal.<br />
Construímos um país coeso, com fronteiras<br />
consolidadas e das mais antigas do mundo,<br />
<strong>de</strong> fácil relacionamento com outros povos e<br />
culturas, respeitado pela comunida<strong>de</strong> internacional<br />
como <strong>de</strong>fensor dos direitos humanos e<br />
do primado da Lei e activamente empenhado<br />
na segurança e na paz mundial.<br />
Também em Santarém se fez Portugal. Local<br />
frequente <strong>de</strong> reunião das Cortes, até ao século<br />
XV, a cida<strong>de</strong> esteve envolvida em diversas acções<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da nacionalida<strong>de</strong>, tendo sido<br />
das últimas a ce<strong>de</strong>r à invasão estrangeira, após<br />
a crise <strong>de</strong> 1580, e das primeiras a<br />
aclamar D. João IV.<br />
A nossa memória longínqua<br />
leva-nos também ao gran<strong>de</strong> navegador<br />
Pedro Álvares Cabral,<br />
sepultado nesta cida<strong>de</strong> e que ao<br />
<strong>de</strong>scobrir o Brasil se imortalizou.<br />
Sá da Ban<strong>de</strong>ira e Passos Manuel<br />
são, ainda, dois exemplos<br />
<strong>de</strong> notáveis militares e estadistas<br />
liberais com forte ligação a<br />
Santarém.<br />
Mais recentemente, vem-nos à<br />
memória a Escola Prática <strong>de</strong> Cavalaria<br />
e o seu contributo para a<br />
instauração e consolidação da<br />
<strong>de</strong>mocracia em Portugal. Daqui saiu a coluna<br />
militar, comandada pelo jovem capitão<br />
Salgueiro Maia, que acabo <strong>de</strong> homenagear<br />
e que em Abril <strong>de</strong> 1974 marchou para Lisboa<br />
em nome dos i<strong>de</strong>ais da liberda<strong>de</strong> e da<br />
<strong>de</strong>mocracia.<br />
Militares,<br />
Quis, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do meu mandato, associar<br />
as Forças Armadas às cerimónias <strong>de</strong> celebração<br />
do Dia <strong>de</strong> Portugal, <strong>de</strong> Camões e das<br />
Comunida<strong>de</strong>s <strong>Portuguesa</strong>s. É nesta ocasião<br />
que a elas me dirijo especialmente e procuro<br />
dar particular visibilida<strong>de</strong> e público testemunho<br />
das suas capacida<strong>de</strong>s, bem como da<br />
excelência do seu <strong>de</strong>sempenho no cumpri-<br />
Click here to unlock PDFKit.NET<br />
Revista da Armada • julho 2009 5