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N.R.P. BARTOLOMEU DIAS - Marinha de Guerra Portuguesa

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50º ANIVERSÁRIO DO MONUMENTO<br />

A CRISTO-REI<br />

Por iniciativa do Bispo <strong>de</strong> Lisboa foi criada uma comissão para<br />

as comemorações dos 50 anos da inauguração do monumento<br />

a Cristo-Rei, da qual fez parte o CALM Luís Macieira Fragoso,<br />

dado haver intenção <strong>de</strong> recriar a<br />

travessia do Tejo da imagem <strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora <strong>de</strong> Fátima, há 50 anos.<br />

Na tar<strong>de</strong> do dia 16 <strong>de</strong> Maio, a imagem<br />

<strong>de</strong> Nossa Senhora, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> percorrer<br />

a Baixa lisboeta em procissão,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Igreja <strong>de</strong> S. Nicolau – é recebida<br />

por um mar <strong>de</strong> gente no terreiro<br />

junto à Estação Fluvial do Terreiro do<br />

Paço. No rio, as embarcações da Escola<br />

Naval:”Bellatrix”; “Canopus”; “Blaus<br />

VII”; “Nó <strong>de</strong> Escota” e “Lais <strong>de</strong> Guia”,<br />

aproveitando o vento bonançoso <strong>de</strong><br />

NW, velejavam perto do navio-escola<br />

“Sagres”, fun<strong>de</strong>ado na área frontal<br />

à realização das cerimónias em terra.<br />

Após recitado o Terço foi celebrada<br />

uma Missa em cuja homilia ressaltam<br />

as palavras <strong>de</strong> D. José Policarpo: Toda<br />

a cida<strong>de</strong> se transformou num templo, on<strong>de</strong><br />

só não sente o amor <strong>de</strong> Cristo quem não<br />

quer. Depois, <strong>de</strong>zena e meia <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>tes<br />

da Escola Naval escoltaram a imagem<br />

peregrina até à Doca da <strong>Marinha</strong> on<strong>de</strong><br />

embarcou na lancha <strong>de</strong> fiscalização<br />

rápida “Dragão”, sendo ali colocada<br />

sobre a cobertura da ponte, avante da<br />

bitácula e ro<strong>de</strong>ada por uma <strong>de</strong>coração<br />

floral <strong>de</strong> rosas brancas. A bordo viajam<br />

o ALM CEMA e convidados com <strong>de</strong>staque<br />

para o Car<strong>de</strong>al Patriarca <strong>de</strong> Lisboa,<br />

os Presi<strong>de</strong>ntes das edilida<strong>de</strong>s das<br />

duas margens do Tejo e Bispos e Prelados<br />

nacionais e dos PALOP`s. A lancha<br />

“Cassiopeia” transportava por sua vez<br />

os representantes dos órgãos <strong>de</strong> comunicação<br />

social, enquanto a UAM “Zêzere”<br />

acolheu cerca <strong>de</strong> 600 convidados,<br />

animados liturgicamente pela Capelania da Escola Naval e jovens<br />

da Paróquia da Póvoa <strong>de</strong> Santo Adrião.<br />

Há 50 anos<br />

Foram impostas restrições à circulação da navegação entre Lisboa<br />

e Cacilhas e encerrada a estação do Terreiro do Paço, sendo os<br />

catamarãs <strong>de</strong>sviados para o Cais do Sodré. À <strong>Marinha</strong> competiu a<br />

segurança dos participantes no cortejo<br />

naval, dispondo no estuário do Tejo <strong>de</strong><br />

duas lanchas da Polícia Marítima, duas<br />

semi-rígidas e um bote salva-vidas, assim<br />

como equipas <strong>de</strong> mergulhadores e<br />

<strong>de</strong> nadadores-salvadores.<br />

Às 19H20 <strong>de</strong>u-se início à procissão<br />

naval que reuniu várias <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> embarcações<br />

à vela e a motor provenientes<br />

dos concelhos ribeirinhos da Gran<strong>de</strong><br />

Lisboa – Almada, Barreiro, Seixal,<br />

Moita, Vila Franca <strong>de</strong> Xira e Cascais,<br />

entre outros –, da Associação Nacional<br />

<strong>de</strong> Cruzeiros, para além <strong>de</strong> embarcações<br />

<strong>de</strong> outras origens nacionais e estrangeiras.<br />

Destaque para a presença da<br />

canoa do Tejo “Boneca” – do Grupo <strong>de</strong><br />

Amigos do Museu <strong>de</strong> <strong>Marinha</strong> – que<br />

embarcou jovens estudantes, <strong>de</strong> antigos<br />

cacilheiros e <strong>de</strong> diversas embarcações<br />

tradicionais da Associação dos Proprietários<br />

e Arrais <strong>de</strong> Embarcações Típicas<br />

do Tejo, conhecidas pela “<strong>Marinha</strong> do<br />

Tejo” que, com as suas velas e cores variadas,<br />

emprestaram um simbolismo<br />

muito especial a esta cerimónia. No<br />

meio da travessia a “Sagres” esten<strong>de</strong>u<br />

a sua guarnição nas vergas, prestando<br />

honras à passagem da “Dragão”.<br />

Após cerca <strong>de</strong> 30 minutos <strong>de</strong> navegação<br />

a “Dragão” atracou em Cacilhas<br />

<strong>de</strong>sembarcando a imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />

perante numerosa multidão, antece<strong>de</strong>ndo<br />

uma procissão <strong>de</strong> velas até à<br />

Igreja Paroquial <strong>de</strong> Almada. Desta forma<br />

reproduziu-se o que aconteceu há<br />

50 anos por ocasião da Inauguração do<br />

Monumento a Cristo-Rei (ver caixa).<br />

<br />

(Colaboração da ESCOLA NAVAL)<br />

A imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima que no dia seguinte iria estar presente nas cerimónias da inauguração da estátua do Cristo-Rei, saiu em procissão<br />

da escadaria do Instituto Superior Técnico numa viatura aos cuidados da Brigada Naval. A imagem atravessou Lisboa – Av. Almirante Reis, Praça da<br />

Figueira, Rua Augusta – até ao seu <strong>de</strong>stino no Terreiro do Paço antes <strong>de</strong> embarcar para Cacilhas. Durante o trajecto a imagem foi saudada por milhares <strong>de</strong><br />

pessoas, num verda<strong>de</strong>iro espectáculo <strong>de</strong> luz proporcionado pelas velas dos <strong>de</strong>votos e pelas janelas iluminadas e adornadas com colchas e colgaduras.<br />

Durante o trajecto um dos turnos da escolta pertenceu a alunos da Escola Naval, bem como às varas do pálio serviram várias individualida<strong>de</strong>s como<br />

o Sub Chefe do Estado-Maior Naval e o Comandante Naval do Continente.<br />

A imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora chegou ao Terreiro do Paço cerca das 2 horas da manhã, apagando-se <strong>de</strong> imediato as luzes, ficando aquela praça iluminada<br />

pela luz das velas, ao mesmo tempo que se agitavam milhares <strong>de</strong> lenços brancos que pareciam formar um manto <strong>de</strong> neve.<br />

O andor foi então conduzido para bordo do cacilheiro “Rio Jamor” – <strong>de</strong>corado com damasco e iluminado com 120 círios – e colocado num estrado<br />

florido sob uma enorme coroa. Quando o “Rio Jamor” começou a navegar foi lançada uma girândola <strong>de</strong> cinco mil foguetes, soando ao mesmo tempo as<br />

sereias <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 100 navios, iniciando um trajecto entre alas <strong>de</strong>finidas por cinco navios da <strong>Marinha</strong>: NRP’s “Sagres”; “Santa Cruz; “Ponta Delgada”;<br />

“S. Pedro”; “S. Nicolau”; “Sal” e “Fogo”. Fora <strong>de</strong>ste corredor a fragata “D. Fernando II e Glória” encontrava-se iluminada, assim como <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> navios<br />

atracados e fun<strong>de</strong>ados. A marcha do “Rio Jamor” era comboiada por três embarcações da Polícia Marítima, on<strong>de</strong> seguia o seu Comandante, o CFR Santiago<br />

Ponce. Sobre este evento escrevia “O Século” <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1959: Foi nesse quadro <strong>de</strong> infinita religiosida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> magnificiência e gran<strong>de</strong>za, que a imagem<br />

<strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima começou a atravessar o Tejo.<br />

A guarda <strong>de</strong> honra a bordo foi efectuada por ca<strong>de</strong>tes da Escola Naval, que <strong>de</strong>pois transportariam o andor até ao largo <strong>de</strong> Cacilhas – após atracar às 3<br />

horas no pontão – entregando a imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora à Irmanda<strong>de</strong> do Bom Sucesso, seguindo <strong>de</strong>pois em procissão até à Capela daquela Congregação<br />

em Cacilhas.<br />

Foto Reinaldo Carvalho<br />

Foto SCH T Arnaldo Sá<br />

Foto SCH T Arnaldo Sá<br />

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