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N.R.P. BARTOLOMEU DIAS - Marinha de Guerra Portuguesa

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do aviso antecipado e da manutenção <strong>de</strong> uma<br />

postura activa anti-pirataria, consubstanciada na<br />

adopção <strong>de</strong> medidas, comportamentos e atitu<strong>de</strong>s<br />

que limitem ou, pelo menos, dificultem a acção<br />

dos supostos piratas, permitirá encurtar distâncias<br />

e equilibrar as forças em presença, mesmo<br />

assim ainda muito a favor das velozes skiffs piratas.<br />

Estas continuam difíceis <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar, estão<br />

agora bem mais camufladas na sua activida<strong>de</strong>, e<br />

mantêm-se concentradas num único objectivo:<br />

a captura da navegação mercante que cruza as<br />

águas da região.<br />

A fragata “Corte-Real” escalou o porto da cida<strong>de</strong><br />

do Djibuti, entre os dias 4 e 7 <strong>de</strong> Maio, e<br />

o porto <strong>de</strong> Muscat, Omã, entre os dias 20 e 25<br />

do mesmo mês, tendo a guarnição tido oportunida<strong>de</strong><br />

para <strong>de</strong>scansar e conhecer um pouco<br />

<strong>de</strong> tão exóticos <strong>de</strong>stinos, e o navio tido tempo<br />

para efectuar algumas reparações e reabastecimento<br />

logístico.<br />

A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Muscat, capital do Sultanato <strong>de</strong><br />

Omã, cida<strong>de</strong> incrivelmente limpa e bem <strong>de</strong>senvolvida,<br />

<strong>de</strong> arquitectura mo<strong>de</strong>rna e traçado árabe,<br />

exibiu perante os nossos olhares toda a sua<br />

magnitu<strong>de</strong> e esplendor. Esta cida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong><br />

o Sultão <strong>de</strong> Omã, foi sem dúvida uma agradável<br />

surpresa, que proporcionou inesquecíveis momentos<br />

“das Arábias” a toda a guarnição.<br />

Durante a tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> Maio, a “Corte-Real”,<br />

atracada <strong>de</strong> braço-dado ao navio reabastecedor<br />

inglês “Wave Knight”, no cais 7, <strong>de</strong> Port Sultan<br />

Qaboos, recebeu a gratificante visita <strong>de</strong> uma comitiva<br />

<strong>de</strong> 11 portugueses resi<strong>de</strong>ntes em Omã,<br />

que assim tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visitar o navio,<br />

conviver e esquecer, por momentos, a longa<br />

distância que os separa <strong>de</strong> Portugal!<br />

Na manhã <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Maio, a fragata portuguesa<br />

teve o privilégio <strong>de</strong> receber, com as honras <strong>de</strong>vidas,<br />

o COM MCC NWD (Comman<strong>de</strong>r Allied<br />

Maritime Component Command Northwood)<br />

Admiral Sir Mark Stanhope KCB OBE, que se<br />

<strong>de</strong>slocou até Omã para visitar o Staff do COM<br />

SNMG1 e o Flag-ship (CREAL). A visita do COM<br />

MCC NWD constituiu uma excelente oportunida<strong>de</strong><br />

para a “Corte-Real” <strong>de</strong>monstrar as suas<br />

capacida<strong>de</strong>s como Navio-almirante, nomeadamente<br />

ao nível do Comando e Controlo, CIS,<br />

RMP e equipa <strong>de</strong> segurança embarcada, no <strong>de</strong>sempenho<br />

da sua missão no combate à pirataria.<br />

Visivelmente satisfeito com o que viu e constatou<br />

in loco, o COM MCC NWD <strong>de</strong>spediu-se dizendo<br />

“…I wish you and your taskgroup the very<br />

best as you complete your part in this mission”.<br />

Neste momento, a “Corte-Real” navega para<br />

Sul, em pleno Oceano Índico, ao longo da costa<br />

leste <strong>de</strong> África, com <strong>de</strong>stino a Mombassa, Quénia,<br />

on<strong>de</strong> espera atracar durante a manhã <strong>de</strong> 02<br />

<strong>de</strong> Junho. Após a largada <strong>de</strong> Mombassa, a fragata<br />

portuguesa, terá mais uma nobre missão,<br />

a escolta a 2 navios contratados pela UN WFP,<br />

<strong>de</strong>sta vez com <strong>de</strong>stino à conturbada capital da<br />

Somália, Mogadíscio.<br />

O Baptismo da Linha do Equador constitui um<br />

marco importante na vida <strong>de</strong> um marinheiro. Administra-se<br />

a todos os que passam, pela primeira<br />

vez, <strong>de</strong> um hemisfério para o outro.<br />

São 21h58m do dia 31 <strong>de</strong> Maio quando a<br />

“Corte-Real” corta essa mítica linha, pela primeira<br />

vez no Oceano Índico. África fica por estibordo<br />

a cerca <strong>de</strong> 80 milhas. A tradicional e muito marinheira<br />

festa do Rei dos Mares far-se-á, todavia,<br />

oportunamente, uma vez concluída a participação<br />

na Operação “Allied Protector”.<br />

Concedida a licença e avisado o Comandante<br />

pelo Rei Neptuno, pô<strong>de</strong> o navio prosseguir<br />

<strong>de</strong>scansado a sua viagem, com a promessa <strong>de</strong><br />

que, posteriormente, visitará esta digna barca<br />

para, então sim, presidir à cerimónia do baptismo.<br />

Aguar<strong>de</strong>mos!<br />

A “Corte-Real”, juntamente com os restantes<br />

navios da SNMG1, actualmente a conduzir a<br />

missão <strong>de</strong> contra-pirataria <strong>de</strong>nominada Operação<br />

“Allied Protector”, continuará, assim, a <strong>de</strong>sempenhar<br />

as suas tarefas nas agitadas águas em<br />

torno da Somália.<br />

<br />

(Colaboração do COMANDO<br />

DO NRP “Corte-Real”)<br />

No âmbito das comemorações do 288º<br />

aniversário do Corpo <strong>de</strong> Fuzileiros, realizou-se<br />

no passado dia 17 <strong>de</strong> Abril, uma<br />

cerimónia militar presidida pelo Comandante<br />

Naval, VALM Saldanha Lopes e à qual assistiram<br />

altas entida<strong>de</strong>s civis e militares.<br />

A cerimónia militar, que se iniciou com a revista<br />

às Forças em parada, compreen<strong>de</strong>u ainda a<br />

entrega <strong>de</strong> con<strong>de</strong>corações a militares agraciados,<br />

a entrega <strong>de</strong> trofeus aos Comandantes das<br />

Unida<strong>de</strong>s vencedoras das Estafetas <strong>de</strong> Natação<br />

e do Concurso <strong>de</strong> Patrulhas, que este<br />

ano contou com a presença <strong>de</strong> uma equipa<br />

convidada da Unida<strong>de</strong> Especial <strong>de</strong> Polícia,<br />

com uma justa homenagem aos Fuzileiros<br />

mortos em <strong>de</strong>fesa da Pátria e dos discursos<br />

do Comandante do CFZ e do Comandante<br />

Naval. A terminar teve lugar o <strong>de</strong>sfile das<br />

Forças em parada, que eram constituídas<br />

por forças apeadas das várias Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Fuzileiros<br />

e por uma força operacional motorizada e<br />

finalmente, um almoço-convívio.<br />

No seu discurso o CALM Picciochi, Comandante<br />

do CFZ, <strong>de</strong>stacou a importância do passado<br />

dos fuzileiros, os quais honram os seus antepassados<br />

procurando ser seus dignos sucessores,<br />

sublinhando que “Mas não somos só História, somos<br />

“presente” e preparamos o “futuro”. Com a<br />

fibra daqueles que se forjam no treino exigente,<br />

imbuídos dos mais nobres princípios da honra,<br />

da camaradagem e do bem-servir...”<br />

Passou em revista os aspectos que consi<strong>de</strong>rou<br />

mais relevantes no último ano, <strong>de</strong>stacando o elevado<br />

empenhamento e prontidão operacional<br />

das Unida<strong>de</strong>s, a intensa activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação<br />

10 JULHO 2009 • Revista da Armada<br />

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Dia do Corpo <strong>de</strong> Fuzileiros<br />

e treino a diversos níveis verificada na Escola<br />

<strong>de</strong> Fuzileiros, a disponibilida<strong>de</strong> acrescida <strong>de</strong> 2<br />

LAR’s e 12 Botes <strong>de</strong> assalto e a melhoria significativa<br />

verificada com as obras <strong>de</strong> conservação<br />

e recuperação da Messe <strong>de</strong> Sargentos da Escola<br />

<strong>de</strong> Fuzileiros e nas instalações do Comando<br />

do BF nº1.<br />

Olhando para o futuro próximo, apesar do<br />

<strong>de</strong>ficit <strong>de</strong> três centenas e meia <strong>de</strong> militares e da<br />

cada vez menor área autorizada para execução<br />

<strong>de</strong> exercícios, escalonou os importantes compromissos<br />

internacionais que enfrentam, <strong>de</strong>signadamente<br />

no âmbito da NRF 13 2 NRF 15, 4ª OMLT<br />

e nos exercícios Unified Bla<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Humint, e no<br />

Bre<strong>de</strong>x e TAPON, ambos em Espanha, no âmbito<br />

do EUABG. Fez ainda uma referência ao Dia<br />

do Fuzileiro que será comemorado, pela primeira<br />

vez, ainda este ano e uma saudação especial<br />

aos “83 Fuzileiros, que neste preciso momento,<br />

empenhados em diversas missões, quer no pais,<br />

quer por esse mundo fora, entre Kabul e o Sul <strong>de</strong><br />

África, entre os Estados Unidos e Dili, no mar dos<br />

Açores ou no Golfo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>n, connosco celebram<br />

a mesma festa”. Terminou afirmando: Olhamos<br />

o futuro com serenida<strong>de</strong>. Os Fuzileiros têm uma<br />

predisposição genética para se encontrarem aptos<br />

e disponíveis.<br />

Quando chegar a ocasião, cá estaremos,<br />

prontos!<br />

Por sua vez, o Comandante Naval, após expressar<br />

o privilégio e honra que foi o <strong>de</strong> presidir a<br />

esta cerimónia, dirigiu uma palavra <strong>de</strong> saudação<br />

e incentivo aos que se encontram em missão, especialmente<br />

aos que estão no mar, quer seja no<br />

Continente, nos Açores ou na Ma<strong>de</strong>ira, ou<br />

ainda ao largo da costa da Somália e também<br />

em terra, em Portugal, no Afeganistão,<br />

em África e em estados-maiores internacionais,<br />

ao serviço do País.<br />

Sobre os Fuzileiros, em geral, referiu que<br />

“... têm-se sempre afirmado por direito e<br />

mérito próprio, marcado pela sua qualida<strong>de</strong><br />

na acção... sendo hoje reconhecidamente<br />

uma das mais consistentes, sustentadas e<br />

flexíveis capacida<strong>de</strong>s militares da <strong>Marinha</strong> e do<br />

Sistema <strong>de</strong> Forças Nacional.”<br />

Referindo-se à qualificação <strong>de</strong>sta “Força Especial”<br />

para participar em missões no exterior:<br />

“Os Fuzileiros são uma capacida<strong>de</strong> que o Estado<br />

não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>saproveitar, particularmente<br />

perante a actual conjuntura internacional e as<br />

novas ameaças...” e acrescentou ainda “... consi<strong>de</strong>ro<br />

importante neste corpo especial a ligação<br />

às tradições, cimentadas nas memórias dos últimos<br />

50 anos, que certamente têm <strong>de</strong> servir <strong>de</strong><br />

guia na preservação dos valores que são apanágio<br />

dos fuzileiros”.<br />

<br />

(Colaboração do COMANDO<br />

DO CORPO DE FUZILEIROS)

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