RELAÇÕES PÚBLICAS - RP Alternativo - Ufma
RELAÇÕES PÚBLICAS - RP Alternativo - Ufma
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Editorial<br />
Mais uma vez concluímos uma<br />
turma da disciplina Redação em<br />
Relações Públicas II com o<br />
lançamento da revista <strong>RP</strong> -<br />
<strong>Alternativo</strong>.<br />
Entramos no nono ano de publicação contínua.<br />
Acreditamos, inclusive, que a revista já virou<br />
a cara da habilitação de relações públicas e<br />
que as próximas turmas (e professores da disciplina)<br />
deverão honrar essa "tradição". Isto<br />
não é difícil, apesar da trabalheira que dá chegar<br />
até o momento do lançamento. Entusiamo<br />
e orgulho de ver o resultado circulando pelos<br />
corredores da UFMA e faculdades de relações<br />
públicas pelo Brasil afora não faltam.<br />
A publicação deste número só foi possível<br />
graças ao esforço da turma, colaboração da<br />
Imprensa Universitária, participação especial<br />
na editoração eletrônica do estudante Gustavo<br />
Santana e ao patrocínio da Banca do Arteiro,<br />
do restaurante Indara e do Centro Elétrico.<br />
Com certeza, você vai encontrar coisas interessantes<br />
neste número.<br />
Bom proveito !<br />
Sumário<br />
Entrevista ..................................... p.02<br />
Afinal, o que é ............................ p.04<br />
Look-in ......................................... p.04<br />
Profissão ....................................... p.05<br />
Congresso .................................... p.06<br />
Livro .............................................. p.07<br />
Filme ............................................. p.09<br />
Estágio .......................................... p.10<br />
Mercado de Trabalho I ............... p.11<br />
Concurso ...................................... p.13<br />
Mercado de Trabalho II ............. p.14<br />
Mercado de Trabalho III ............. p.15<br />
Resenhas TCC .............................. p.16<br />
Mercado de Trabalho IV ............ p.18<br />
Artigo ............................................ p.19<br />
1<br />
Expediente<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong> - Ano 9 - nº 17 - Janeiro/Julho 2001<br />
Publicação semestral da disciplina Redação em Relações Públicas II<br />
Curso de Comunicação Social da UFMA - habilitação Relações Públicas<br />
Professora-orientadora<br />
Éllida Neiva Guedes<br />
Conrerp 236 7ª Região<br />
Redação<br />
Cláudia Mota, Haphisa Souza,<br />
Isabelle Santos, José Antônio<br />
Cunha, Joseane Fortaleza, Karla de<br />
Castro, Kellini Cunha, Marcelle<br />
Torres, Marcelo Giordano.<br />
Editoração Eletrônica<br />
Gustavo Santana<br />
Impressão<br />
Imprensa Universitária<br />
Tiragem<br />
400 exemplares (Dist. gratuita)<br />
Endereço<br />
Laboratório de Relações Públicas<br />
Centro de Ciências Sociais<br />
Sala 201-B Campus do Bacanga<br />
São Luís - MA CEP 65.080-040<br />
Fone<br />
0 - xx - 98 - 217 8431<br />
E-mail<br />
rpalternativo@ufma.br<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL<br />
DO MARANHÃO<br />
Reitor<br />
Othon de Carvalho Bastos<br />
Vice-Reitor<br />
José Américo Barroqueiro<br />
Diretor do Centro<br />
de Ciências Sociais<br />
Nélio Brandão Neves<br />
Chefe do Departamento de<br />
Comunicação Social<br />
Protásio Cézar dos Santos<br />
Coordenador Curso de<br />
Comunicação Social<br />
James Maxuel Araújo<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>
2<br />
2<br />
Entrevista<br />
<strong>RELAÇÕES</strong> <strong>PÚBLICAS</strong>:<br />
uma profissão empreendedora.<br />
Joseane Fortaleza de Sousa<br />
Ética, profissionalismo e<br />
competência", é esta a<br />
visão de Maria do<br />
Socorro Cardoso Serra<br />
sobre as qualidades<br />
essenciais a um profissional<br />
de Comunicação. Socorro,<br />
formada em Relações Públicas<br />
no Amazonas, foi uma<br />
das responsáveis pela<br />
implantação da Assessoria<br />
de Comunicação do<br />
SEBRAE-MA, atualmente<br />
comandada por ela. Seu<br />
poder inovador e sua visão<br />
empreendedora ficam claros<br />
no decorrer da entrevista que<br />
se segue, realizada informalmente<br />
na sala de reuniões<br />
do SEBRAE.<br />
Como iniciou a Assessoria<br />
de Comunicação no Sebrae<br />
Com a transformação do<br />
CEAG em SEBRAE, a<br />
estrutura organizacional<br />
sofreu uma remodelagem<br />
e foi incluída em seu organograma.<br />
Na assessoria de<br />
Comunicação, anteriormente,<br />
eram desenvolvidas<br />
ações de comunicação,<br />
mas não de forma sistêmica.<br />
Quais as atividades<br />
desenvolvidas pela<br />
Assessoria de Comunicação<br />
Trabalhamos a Comunicação<br />
Integrada com as<br />
seguintes vertentes: Assessoria<br />
de Imprensa, Publicidade<br />
e Propaganda;<br />
Relações Públicas, Radialismo<br />
e Marketing. Buscamos<br />
as ferramentas adequadas<br />
às demandas dos<br />
nossos clientes internos e<br />
externos. O Sebrae/MA<br />
tem hoje 14 projetos, são<br />
as nossas soluções empresariais.<br />
Ainda buscamos<br />
outras soluções empresariais,<br />
construídas junto a<br />
esses clientes.<br />
Também editamos o<br />
jornal Conexão, dirigido ao<br />
público externo, cuja tiragem<br />
é de 8 mil exemplares<br />
e periodicidade mensal. O<br />
jornal Interno é diário<br />
através da nossa Intranet.<br />
Temos o programa de<br />
rádio “Sebrae Informa",<br />
veiculado através do sistema<br />
interno de som. Para<br />
isso, todas as estações de<br />
trabalho (salas) dispõem<br />
de caixa de som. É veiculado<br />
3 vezes por semana, com<br />
duração de 15 a 20<br />
minutos. Nesse programa<br />
veiculamos as ações desenvolvidas<br />
pelos projetos e<br />
de interesse dos empregados,<br />
com quadro de Dicas<br />
do Dia, Agenda Cultural (às<br />
sextas feiras) e outros.<br />
O jornal mural “Cá entre<br />
nós" é editado semanalmente;<br />
o clipping eletrônico<br />
é disponibilizado para<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>
todos diariamente e, no<br />
final do mês, fazemos o<br />
caderno do mês.<br />
Enviamos aos formadores<br />
de opinião sugestão<br />
de pauta, através de press<br />
release.<br />
Planejamos e organizamos<br />
os eventos institucionais<br />
e promocionais;<br />
campanhas, promoções,<br />
mídias alternativas etc.<br />
Somos ainda responsáveis<br />
pelo planejamento e<br />
execução do orçamento<br />
financeiro e execução das<br />
metas físicas realizadas<br />
pela área. Enfim, buscamos<br />
articular com parceiros<br />
internos e externos,<br />
esperando, com essas<br />
ações de Comunicação,<br />
contribuir para a<br />
consolidação do Sebrae,<br />
como instituição que<br />
contribui para o desenvolvimento<br />
econômico e<br />
social do nosso Estado e,<br />
conseqüentemente, do<br />
nosso país.<br />
Como você avalia o<br />
mercado local para o<br />
profissional de Relações<br />
Públicas<br />
O mercado precisa de<br />
profissionais éticos, inovadores,<br />
competentes e<br />
empreendedores. Cabe<br />
aos profissionais identificarem<br />
as oportunidades,<br />
sair do paradigma de que<br />
o mercado não oferece<br />
possibilidades. O sucesso<br />
profissional depende muito<br />
de cada um.<br />
Por outro lado, os empresários<br />
ainda não estão<br />
sensibilizados sobre a importância<br />
do profissional<br />
de Comunicação. É necessária<br />
a intervenção dos<br />
órgãos de classe, que devem<br />
trabalhar de forma<br />
organizada e articulada,<br />
possibilitando a esse mercado<br />
uma visão desse<br />
serviço profissional, indispensável<br />
a toda organização,<br />
quer pública ou<br />
privada.<br />
Devemos pensar ainda,<br />
no nicho de mercado para<br />
os profissionais, como<br />
autônomos, na prestação<br />
de serviços. Nós do Sebrae<br />
trabalhamos com<br />
uma rede de prestadores<br />
de serviços, são consultores,<br />
instrutores, jornalistas,<br />
estagiários, radialistas,<br />
publicitários, sociólogos,<br />
economistas, artistas<br />
etc.<br />
Tudo isso se constitui<br />
possibilidades de geração<br />
de renda.<br />
A Universidade prepara<br />
efetivamente para o<br />
mercado<br />
Infelizmente não. A<br />
Universidade poderia efetivar<br />
esse papel, se possibilitasse<br />
ao estudante uma<br />
visão macro de realidade/<br />
holística, formasse o cidadão<br />
social/técnico. Mas<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />
alguns passos estão sendo<br />
dado nesse caminho. O<br />
Empreendedorismo já está<br />
fazendo parte de discussões<br />
nas universidades e<br />
outros centros de excelência.<br />
Acredito que forçosamente<br />
haverá uma exigência<br />
para mudanças nas<br />
grades curriculares.<br />
As mudanças estão<br />
acontecendo a cada segundo,<br />
a tecnologia de<br />
ponta não é mais assunto<br />
para alguns privilegiados.<br />
O mercado precisa de<br />
novos modelos de abordagens<br />
técnicas. E com certeza<br />
as universidades não<br />
irão ficar às margens desse<br />
processo de mudança.<br />
De que forma as Relações<br />
Públicas devem se<br />
mostrar para o mercado,<br />
conscientizando os empresários<br />
da sua importância<br />
dentro da organização<br />
Mostrando resultados<br />
através da sua competência<br />
técnica, ética, espírito<br />
inovador, articulador, facilitador,<br />
empreendedor e,<br />
acima de tudo, aberto às<br />
mudanças.<br />
Isso o fará um profissional<br />
do mercado capaz<br />
de adaptar-se às exigências<br />
desse mercado.<br />
Só através de resultados<br />
poderemos abrir “as<br />
portas” junto aos empresários<br />
e outros nichos do<br />
mercado.<br />
3<br />
3
4<br />
<br />
Afinal,<br />
o que é<br />
Marcelle Oliveira Torres<br />
PESQUISA INSTITUCIONAL<br />
Compilação de dados resultantes de<br />
atos administrativos ou opiniões de<br />
diretores e funcionários, bem como<br />
sua interpretação e apresentação<br />
inteligentes, de modo a permitir o<br />
levantamento de área ou áreas na<br />
empresa que se encontram em dificuldades.<br />
A terceira fase do processo<br />
de Relações Públicas (levantamento<br />
das condições internas) é um<br />
exemplo de pesquisa de administração.<br />
SCRIPT<br />
Parte escrita do programa de rádio<br />
ou TV. Texto de peça teatral, roteiro<br />
de cinema.<br />
FEEDBACK<br />
Retroalimentação, realimentação,<br />
reflexo.<br />
RETROALIMENTAÇÃO<br />
Reenvio de mensagens pelo<br />
receptor ao emissor, ainda no fluxo<br />
de transmissão ou imediatamente<br />
após.<br />
TRANSMARKETING<br />
Conjunto de atividades estabelecido<br />
em todas as providências que<br />
antecedem aos esforços de Marketing<br />
praticados pelas organizações<br />
em geral. Campo privilegiado da<br />
atuação das Relações Públicas,<br />
propicia condições favoráveis aos<br />
esforços mercadológicos das<br />
empresas, evitando que problemas<br />
e controvérsias afetem os seus<br />
resultados econômicos.<br />
STAKEHOLDERS<br />
São atores (ou categorias de atores<br />
tais como empregados, gerentes,<br />
fornecedores, donos e clientes)<br />
portadores de interesses e expectativas<br />
sobre a organização sem os<br />
quais essa não seria possível.<br />
COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL<br />
Intercâmbio de informações dentro<br />
de uma empresa ou repartição,<br />
tendo em vista sua maior eficiência<br />
e melhor atendimento ao público.<br />
BACKLIGHTS<br />
Painéis luminosos de diferentes tamanhos<br />
com fotografias referentes<br />
à atividade da empresa, colocados<br />
em diversos pontos da organização.<br />
Isabelle M. Rodrigues Santos<br />
Revista "Essencialmente Jovem"<br />
No último dia 26 de junho, aconteceu o lançamento da revista<br />
"MAIS", no São Luís Shopping. Segundo Marcelo Cláudio<br />
Rodrigues, relações públicas da Result Comunicação e Eventos,<br />
responsável pela produção da revista, a proposta é fazer uma<br />
publicação séria, formadora de opinião e canal de informação e<br />
entretenimento. O primeiro número traz um artigo da professora<br />
Éllida Guedes, apresentado as relações públicas como área da<br />
comunicação atual e necessária em tempos de globalização.<br />
Novos Mestres<br />
O mais novo mestre do Departamento de Comunicação Social<br />
da UFMA é o professor Esnél Fagundes, que defendeu a dissertação<br />
"Políticas de Comunicação para a Universidade Pública<br />
Brasileira", em julho, na USP.<br />
A próxima a defender sua dissertação, intitulada "Estratégias<br />
de Visibilidade das Relações Públicas no Maranhão", será a<br />
professora Maria do Carmo Prazeres, que , em agosto, foi aprovada<br />
no exame de qualificação do mestrado em Comunicação<br />
da USP.<br />
Profissionais no Mercado de Trabalho<br />
Cada vez mais o mercado de trabalho está contratando<br />
profissionais de R<strong>RP</strong>P para atuar em diversas empresas: Maura<br />
Regina Nascimento está na Gerência de Desenvolvimento<br />
Humano do Estado, Ana Paula Sampaio na Intermídia, Renata<br />
Carla no Banco do Nordeste, Luiziane Saraiva na Multitexto,<br />
Gisele Collins no UNICEF, Fernanda Aquino na Idéia<br />
Propaganda, Renata Soares na VCR e Melissa Moreira no<br />
CEUMA e Open Door. Sucesso a todos!<br />
Prêmio e Aprovação em Concurso<br />
Mais um egresso do Curso de Comunicação Social - habilitação<br />
Relações Públicas foi premiado no Concurso Universitário de<br />
Monografias e Projetos Experimentais de R<strong>RP</strong>P, que está em sua<br />
XIX edição, promovido pela ABPR-SP que está em sua XIX<br />
edição. Orlando Costa Gonçalves Júnior ficou entre os cinco<br />
primeiros colocados na categoria empresarial, com a monografia<br />
"Seja Bem-vindo! A recepção a visitantes na Companhia Vale do<br />
Rio Doce - As Relações Públicas na construção do conceito<br />
institucional".<br />
Além disso, Orlando foi aprovado no último concurso do SEBRAE<br />
- Brasília, para o cargo de analista de comunicação sênior.<br />
Parabéns e sucesso!<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>
Profissão<br />
CONRE<strong>RP</strong>:<br />
Marcelle Oliveira Torres<br />
E<br />
m 11 de setembro<br />
de 1969, através do<br />
Decreto-lei nº 860,<br />
foram criados os<br />
Conselhos Federais e Regionais<br />
dos Profissionais de<br />
Relações Públicas, com o intuito<br />
de registrar, fiscalizar e<br />
disciplinar o exercício da profissão.<br />
Os Conselhos Regionais<br />
de Relações Públicas (CON-<br />
RE<strong>RP</strong>) têm como atribuições<br />
organizar e manter o registro<br />
do profissional, executar as<br />
diretrizes do Conselho Fiscal,<br />
dentre outras.<br />
A princípio, a divisão territorial<br />
dos CONRE<strong>RP</strong>'S era<br />
assim constituída: 1ª região -<br />
Rio de Janeiro; 2ª região -<br />
São Paulo; 3ª região - Minas<br />
Gerais; 4ª região - Rio Grande<br />
do Sul; 5ª região - Pernambuco,<br />
Paraíba, Rio Grande<br />
do Norte, Alagoas, Bahia e<br />
Piauí, com sede em Recife; 6ª<br />
região - Distrito Federal; 7ª<br />
região - Maranhão, Pará,<br />
Amazonas e Amapá, com<br />
sede em Belém.<br />
Devido ao não funcionamento<br />
das atividades na 7ª região,<br />
por inadimplência dos<br />
associados e falta de comunicação<br />
entre os Estados, o Conselho<br />
Federal apresentou aos<br />
profissionais uma proposta<br />
para que fosse feito o desmembramento<br />
dessa região.<br />
Esta passaria a comportar<br />
apenas Maranhão e Piauí,<br />
com sede em São Luís, e os<br />
outros Estados, Amazonas,<br />
Pará e Amapá, formariam a 8ª<br />
7ª região tem<br />
sede em São Luís.<br />
região, com sede em Manaus.<br />
Em setembro deste ano,<br />
seriam compostas a 9ª região,<br />
abrangendo o Estado de<br />
Alagoas, e a 10ª região, a<br />
Bahia.<br />
Durante o Congresso Brasileiro<br />
de Relações Públicas<br />
(CONBRA<strong>RP</strong>), realizado no<br />
período de 24 a 26 de maio<br />
em Brasília, representantes<br />
do CONFE<strong>RP</strong> e dos CON-<br />
RE<strong>RP</strong>'S discutiram e aprovaram<br />
a proposta apresentada.<br />
Para efetivar a proposta<br />
de São Luís sediar a 7ª<br />
região, os dois conselheiros<br />
do Pará que exerciam cargo<br />
de Presidente e Tesoureiro a-<br />
presentaram renúncia. Com<br />
esse ato, os dois suplentes do<br />
Maranhão eleitos em outubro<br />
de 2000 passaram a ser<br />
efetivos, juntando-se aos outros<br />
5 já eleitos nessa condição.<br />
Assim, no dia 2 de junho,<br />
foi realizada uma reunião,<br />
com a presença de Flávio<br />
Schmidt e Jorge Caixêta,<br />
respectivamente presidente<br />
e secretário geral do CON-<br />
FE<strong>RP</strong>, para instalar o CON-<br />
RE<strong>RP</strong> 7 ª região em São Luís,<br />
dar posse aos conselheiros<br />
eleitos e proceder à eleição<br />
da diretoria executiva dessa<br />
região (ver box).<br />
Para maior funcionalidade,<br />
o Conselho está funcionando<br />
na sede da Associação Brasileira<br />
de Relações Públicas<br />
(AB<strong>RP</strong>), na Casa do Trabalhador,<br />
sala 208.<br />
Com mais de 30 anos de<br />
existência e um número expressivo<br />
de profissionais<br />
formados, o Curso de Relações<br />
Públicas da Universidade<br />
Federal do Maranhão<br />
(UFMA) já vinha propondo há<br />
um certo tempo que a sede do<br />
CONRE<strong>RP</strong> a qual o Maranhão<br />
pertencia viesse para São Luís<br />
somando esforços assim com<br />
a AB<strong>RP</strong>-MA, que já funciona<br />
há 24 anos em São Luís.<br />
Essa parceria AB<strong>RP</strong>/CON-<br />
RE<strong>RP</strong> pode proporcionar ainda<br />
mais a valorização do profissional,<br />
divulgação da profissão,<br />
aproximação com a<br />
classe empresarial e ampliação<br />
do mercado de trabalho.<br />
E isto, consequentemente,<br />
diminuirá os "pseudo-profissionais"<br />
que se auto-intitulam<br />
Relações Públicas.<br />
Resta-nos, agora, aguardar<br />
as modificações e contribuir<br />
para que haja melhorias na<br />
profissão.<br />
Esnél José Fagundes - Presidente<br />
Protázio Cézar dos Santos - Secretário Executivo<br />
Ana Leila Melonio dos Santos - Tesoureira<br />
Éllida Neiva Guedes - Conselheira<br />
Elias Davi Lopes Azulay - Conselheiro<br />
Rosemary Rocha Araújo França - Conselheira<br />
Maria do Perpétuo Socorro Cardoso Serra - Conselheira<br />
5<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>
6<br />
Congresso<br />
XVI CONBRA<strong>RP</strong>:<br />
comunicar é um desafio<br />
Karla de Castro<br />
A<br />
conteceu em Brasília-<br />
DF, entre os<br />
dias 24 e 26 de<br />
maio de 2001, na<br />
Academia de Tênis, o XVI<br />
Congresso Brasileiro de<br />
Relações Públicas - CON-<br />
BRA<strong>RP</strong>, sob o tema "Tecnologia,<br />
informação, cidadania<br />
e cultura organizacional<br />
para as Relações Públicas<br />
no século XXI".<br />
Com o objetivo de proporcionar<br />
aperfeiçoamento<br />
a estudantes e profissionais,<br />
avaliar o dimensionamento<br />
da profissão e<br />
contribuir para o surgimento<br />
de novas publicações<br />
e difusão de trabalhos<br />
técnicos, o Congresso<br />
reuniu cerca de 550<br />
pessoas. Dentre os palestrantes<br />
convidados de instituições<br />
e empresas nacionais<br />
e internacionais estavam<br />
presentes: Gilda Fleury<br />
Meireles - Gilmart /SP,<br />
Celso Shvartver - Coca -<br />
Cola, André Senador -<br />
Mercedes Benz, Katty Fitzpatrick<br />
- Universidade da<br />
Flórida e Linda Childeres<br />
- Universidade da Flórida.<br />
Paralelamente, aconteceu<br />
a III Feira de Negócios<br />
de Comunicação (FENA-<br />
COM), com a finalidade de<br />
facilitar o acesso às inovações<br />
de serviços e recursos<br />
tecnológicos, proporcionando<br />
negócios e parcerias.<br />
Aconteceram, ainda,<br />
shows e atividades culturais.<br />
RESULTADOS DO EN-<br />
CONTRO - As Conferências,<br />
debates e workshops<br />
proporcionaram aos participantes<br />
troca de experiências<br />
e informações, principalmente<br />
no que diz respeito<br />
a estratégias de comunicação<br />
para projetos<br />
sociais das organizações<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />
públicas e privadas.<br />
A exemplo de outros<br />
congressos, novamente o<br />
Maranhão participou do<br />
CONBRA<strong>RP</strong>, dessa vez<br />
com uma delegação de 20<br />
pessoas, entre estudantes<br />
e profissionais. A maior<br />
delegação foi a de Minas<br />
Gerais, com 70 pessoas,<br />
ficando a maranhense na<br />
5ª colocação.<br />
Segundo alguns participantes,<br />
o congresso não<br />
correspondeu totalmente<br />
às expectativas. A organização<br />
do evento deixou a<br />
desejar e o tempo estabelecido<br />
aos palestrantes foi<br />
insuficiente, afetando a<br />
produtividade das palestras<br />
e debates.<br />
A grande novidade, no<br />
entanto, para os maranhenses,<br />
foi a aprovação<br />
do projeto apresentado<br />
pela AB<strong>RP</strong>/MA para sediar<br />
o XII Congresso Universitário<br />
de Relações Públicas,<br />
o VII Ciclo de Estudos<br />
Superiores e o XI Encontro<br />
Nacional de Profissionais<br />
de Relações Públicas, que<br />
acontecerão, paralelamente,<br />
em março de 2002.<br />
Já o XVII CONBRA<strong>RP</strong><br />
acontecerá em Aracaju-<br />
SE, em 2003.
Livro<br />
7<br />
O cliente tem mais do que<br />
razão<br />
A importância do ombudsman<br />
para a eficácia empresarial<br />
Cláudia Cristina Silva Mota<br />
Vera Giangrande<br />
e José Carlos<br />
Figueiredo, autores<br />
do livro,<br />
enfatizam a importância<br />
do ombudsman<br />
organizacional e o poder da<br />
voz do cliente para que<br />
uma empresa obtenha<br />
eficácia e sucesso na era<br />
globalizada.<br />
Os autores mostram o<br />
que é o ombudsman, qual<br />
a sua origem, quais são as<br />
suas funções, de que maneira<br />
ele é importante para<br />
a área de comunicação,<br />
qual sua relação com a função<br />
administrativa e com<br />
o marketing institucional<br />
da empresa, qual a sua<br />
identificação com a proteção<br />
aos direitos individuais,<br />
quais as suas tendências<br />
e utilidades para o mercado<br />
globalizado.<br />
Na era das evoluções<br />
tecnológicas e econômicas,<br />
as empresas necessitam<br />
adaptar-se às recentes mudanças,<br />
mantendo seus<br />
interesses e clientes em<br />
dia. A voz do cliente tem<br />
sido cada vez mais ouvida<br />
e os consumidores passaram<br />
a conhecer melhor<br />
seus direitos de cidadão<br />
com a ajuda do ombudsman<br />
organizacional.<br />
Mas ainda existem muitos<br />
clientes que falam, exigem<br />
seus direitos e as empresas<br />
fingem não escutar.<br />
Funcionários pedem, sinalizam<br />
e os administradores<br />
sequer tomam conhecimento<br />
de suas aspirações.<br />
Esse é um dos principais<br />
aspectos abordados pelos<br />
autores e sobre o qual o<br />
ombudsman irá atuar para<br />
acabar de vez com o diálogo<br />
surdo-mudo existente<br />
entre as empresas e os<br />
clientes. Enquanto a maioria<br />
dos profissionais de<br />
Recursos Humanos insiste<br />
em permanecer atrás de<br />
uma mesa de escritório<br />
empoeirada, alheia ao cenário<br />
em permanente mutação<br />
à sua volta, o ombudsman<br />
sai a campo para<br />
identificar as reais necessidades<br />
dos clientes, adequando-as<br />
aos objetivos<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />
da empresa.<br />
O livro aborda a perspectiva<br />
de unir as duas<br />
pontas da dinâmica organizacional:<br />
o atendimento<br />
das necessidades dos consumidores<br />
e o marketing<br />
institucional da empresa<br />
obtendo, dessa maneira,<br />
bons resultados.<br />
Esse é um livro que possui<br />
informações e conhecimentos<br />
instigantes para as<br />
áreas de Comunicação,<br />
Administração, Marketing<br />
Institucional, Recursos Humanos<br />
e para quem não<br />
quer ficar de fora das exigências<br />
do mercado globalizado.
8<br />
QUALIDADE E SEGURANÇA<br />
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<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>
Filme<br />
9<br />
O Informante<br />
Marcelo Guterres Giordano<br />
I<br />
magine que você<br />
trabalha em uma<br />
empresa poderosíssima<br />
e que esta<br />
está pondo em risco, secretamente,<br />
a saúde de todo<br />
um país. Imagine, também,<br />
que você foi demitido<br />
dessa empresa por<br />
saber demais. Pense na<br />
oportunidade de denunciar<br />
essa empresa para o<br />
grande público. Mas, para<br />
complicar, lembre-se que,<br />
devido a um contrato, você<br />
sofrerá conseqüências judiciais<br />
que poderão arrasar<br />
com a sua vida. Agora,<br />
acrescente a tudo isso um<br />
jornalista de um dos<br />
programas de maior audiência<br />
desse mesmo país,<br />
ávido por grandes notícias.<br />
O que teremos 246<br />
bilhões de dólares, um dos<br />
maiores processos judiciais<br />
da história e um dos<br />
melhores filmes de 1999.<br />
Em maio de 1996, foi<br />
publicada na revista Vanity<br />
Fair a reportagem "O<br />
Homem que Sabia Demais",<br />
da jornalista Marie<br />
Brenner. A matéria retratava<br />
justamente o conflito<br />
social e psicológico de<br />
Jeffrey Wigand, ex-vicepresidente<br />
da Brown &<br />
Williamson, a terceira maior<br />
fabricante de cigarros<br />
dos E.U.A. Nesse momento,<br />
Jeffrey passou a ser o<br />
centro das atenções do<br />
mundo inteiro. Violara seu<br />
contrato de confidencialidade,<br />
denunciando que os<br />
executivos da indústria de<br />
tabaco dos E.U.A sabiam<br />
dos males causados pelo<br />
cigarro, desencadeando<br />
uma série de processos<br />
contra os fabricantes. Essa<br />
briga judicial terminou em<br />
1998 com um acordo que<br />
determinou o pagamento<br />
da quantia de 246 bilhões<br />
de dólares, em um período<br />
de quinze anos, como ressarcimento<br />
aos gastos<br />
públicos com tratamentos<br />
de doenças ligadas ao fumo.<br />
A história de um homem<br />
comum vencendo seus<br />
demônios interiores e<br />
arrasando com o grande e<br />
poderoso inimigo já foi<br />
tema de vários filmes. "O<br />
Informante" não foge a essa<br />
regra. Jeffrey Wigand, o<br />
homem comum, enfrenta a<br />
indústria tabagista que<br />
passa a ser o grande vilão<br />
da história. A diferença<br />
aqui é que a questão-mor<br />
do filme não é a luta do<br />
mais fraco contra o mais<br />
forte, muito menos o antitabagismo.<br />
Mas sim, o eterno<br />
duelo entre a esfera pública<br />
e a esfera privada.<br />
O conflito ético é algo<br />
que permeia todo o filme:<br />
o dilema do protagonista<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />
entre manter seus benefícios<br />
oriundos do acordo<br />
feito com a empresa tabagista<br />
e o dever público de<br />
delatar as arbitrariedades<br />
que testemunhou; a dicotomia<br />
entre o caráter industrial<br />
e o social do jornalismo,<br />
evidenciado no<br />
momento em que se retira<br />
a entrevista de Wigand do<br />
ar devido a sua possível<br />
interferência no processo<br />
de venda da CBS; e a própria<br />
discussão entre o que<br />
é público e o que é privado.<br />
A direção de Michael<br />
Mann é sutil e segura, fato<br />
surpreendente para um<br />
diretor que até então não<br />
havia surpreendido. As<br />
atuações são impecáveis e<br />
intimistas - até mesmo Al<br />
Pacino está contido! E a<br />
trilha sonora, quase ausente,<br />
interfere apenas nos<br />
momentos de maior impacto<br />
dramático, servindo<br />
para suavizá-los e não<br />
exacerbá-los, como normalmente<br />
acontece. Nenhum<br />
dos 162 minutos do<br />
filme é gasto com superficialidades,<br />
e é possível assisti-lo<br />
sem recorrer ao<br />
fast-forward.<br />
Enfim, "O Informante" é<br />
uma opção a mais para<br />
quem já decorou "Mera<br />
Coincidência" e "O Quarto<br />
Poder".
10<br />
Estágio<br />
Primeira etapa da vida<br />
Haphisa Kashemyra Costa Souza<br />
Na corrida pelo a-<br />
prendizado, os<br />
alunos estão cada<br />
vez mais interessados<br />
em colocar<br />
em prática aquilo que<br />
aprendem na sala de aula, a<br />
união da teoria-prática, para<br />
conseguir um aperfeiçoamento<br />
na profissão.<br />
Todos ficam na expectativa<br />
por uma chance que irá<br />
ajudar futuramente sua vida<br />
profissional. É inegável a preocupação<br />
dos estudantes em<br />
fazer a junção entre a teoria<br />
e a prática, mas existem também<br />
outras, como conhecer<br />
o mercado, descobrir suas<br />
novas tendências, ter uma<br />
visão mais realista de como<br />
ele é.<br />
Através do estágio, o estudante<br />
percebe a necessidade<br />
de se adaptar e se integrar à<br />
filosofia de uma empresa,<br />
vivenciando suas crenças e<br />
seus costumes. O estágio proporciona<br />
viver uma cultura<br />
organizacional, cada uma<br />
com suas particularidades,<br />
que devem ser conhecidas<br />
pelo seu público interno.<br />
O estágio é a primeira<br />
etapa para um amadurecimento<br />
profissional, onde o<br />
aprendizado acaba extrapolando<br />
a esfera acadêmica, o<br />
que enriquece muito o estagiário,<br />
"levando ao engrandecimento<br />
pessoal", como diz<br />
Thatiane Soares (7º período),<br />
que estgiou na Rádio<br />
Universidade FM. Daí a importância<br />
do mesmo para os<br />
estudantes.<br />
A vontade de se conseguir<br />
um estágio é grande, porém,<br />
o medo de encontrar barreiras<br />
nas empresas é muito<br />
maior, cabendo a cada estudante<br />
mostrar que realmente<br />
quer aprender e que também<br />
tem muito para acrescentar.<br />
Um bom exemplo de persistência<br />
é o da aluna Lyvia<br />
Viana (8º período.), que está<br />
estagiando na Intermídia<br />
Comunicações. A aluna deixou<br />
um currículo na empresa<br />
e depois de insistir bastante<br />
foi chamada para uma<br />
entrevista, onde foi elogiada<br />
a sua persistência e revelado<br />
que esse foi o motivo de a<br />
terem chamado para uma<br />
profissional<br />
entrevista. Ela já saiu de lá<br />
com uma vaga de estágio. Lyvia<br />
não decepcionou e já foi<br />
até chamada para ser contratada<br />
pela empresa. Para ela,<br />
"precisamos deixar de ser<br />
pessimistas, temos que ser<br />
persistentes". Nós estudantes<br />
é que devemos começar a<br />
quebrar as barreiras que possam<br />
existir no mercado.<br />
Cabe ao estagiário estar<br />
sempre preparado para disputar<br />
uma vaga, ser determinado<br />
e competente. É ele que<br />
precisa mostrar para que veio<br />
e sua necessidade, lutando<br />
sempre por um lugarzinho<br />
onde possa ser notado. Quando<br />
se briga por um lugar no<br />
mercado é preciso que se<br />
mostre competência para<br />
conseguir permanecer.<br />
Campos de estágio para alunos da UFMA<br />
ASCOM - UFMA<br />
Rádio Universidade FM - UFMA<br />
DAC - UFMA<br />
DRH - UFMA<br />
Secretaria de Comunicação Social do Estado<br />
Companhia Vale do Rio Doce<br />
AB<strong>RP</strong>-MA<br />
SESC<br />
Intermídia<br />
Sindicato dos Bancários<br />
Sindicato dos Funcionários Públicos<br />
Ministério Público<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>
Mercado de Trabalho I<br />
11<br />
Endomarketing e R<strong>RP</strong>P:<br />
Kellini Eisler Abreu Cunha<br />
concorrência pelo público<br />
interno.<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />
A<br />
s empresas, desde<br />
os primórdios da<br />
globalização, temerosas<br />
com o risco<br />
de total falência de suas estruturas,<br />
têm visto a necessidade<br />
de maior integração entre<br />
seus colaboradores através de<br />
relações mais intensas e transparentes.<br />
Com a conseqüente<br />
abertura de mercados, surgiram<br />
os questionamentos: Como<br />
formatar a nova empresa<br />
Como torná-la mais ágil, criativa,<br />
informada, motivada e<br />
inovadora para enfrentar as<br />
rápidas transformações que<br />
acontecem a cada minuto Co<br />
mo resistir à concorrência<br />
mundial agressiva<br />
Para sanar tais necessidades<br />
de comunicação interna,<br />
surgiram áreas da Comunicação<br />
Social responsáveis pelo<br />
relacionamento empresa-públicos<br />
de interesse. Os profissionais<br />
despertaram para um<br />
espaço até então esquecido<br />
pelos empresários: o público<br />
e suas influências dentro da<br />
organização.<br />
Inicialmente, surgiram as<br />
Relações Públicas, que para<br />
Fábio França, teórico da área,<br />
"... é uma técnica especializada<br />
de relacionamentos, cujo<br />
objetivo principal é perceber<br />
as realidades da sociedade/organização,<br />
a obrigatoriedade<br />
de seus interrelacionamentos<br />
institucionais e mercadológicos,<br />
suas necessidades<br />
permanentes de comunicação<br />
e seus envolvimentos harmônicos<br />
ou controversos<br />
com a sociedade".<br />
No entanto, na década de<br />
90, com a explosão do conceito<br />
de Marketing, os seus profissionais<br />
ampliaram seu<br />
campo de atuação, controlando<br />
não só o produto, como<br />
também os clientes internos<br />
e externos, completando seu<br />
ciclo de vendas. Segundo a<br />
escritora Analisa Medeiros<br />
Brum, "Endomarketing pode<br />
ser definido também como<br />
um conjunto de ações utilizadas<br />
por uma empresa (ou<br />
uma determinada gestão) para<br />
vender a sua própria imagem<br />
a funcionários e familiares.<br />
Isto com a finalidade<br />
explícita de tentar uma aproximação<br />
empresa/públicos".<br />
Com o passar dos anos,<br />
evidenciou-se uma grande<br />
similaridade de objetivos e<br />
instrumentos utilizados pelas<br />
Relações Públicas e pelo<br />
Marketing, ocasionando no<br />
mercado uma "Guerra-Fria"<br />
entre os profissionais, na busca<br />
dos melhores métodos de<br />
alcançar e trabalhar eficientemente<br />
os públicos.<br />
No entanto, o profissional<br />
de Relações Públicas beneficia-se<br />
sobre o Endomarketing<br />
na primordial necessidade<br />
de coleta de dados e iden<br />
-tificação e análise dos públicos<br />
de interesse da organização.<br />
Isto é feito através de pesquisas,<br />
para a posterior utilização<br />
adequada dos instrumentos<br />
de comunicação. O<br />
processo deve ser controlado<br />
por um profissional de confiança<br />
e capacitado para analisar<br />
todos os dados obtidos,<br />
conseguindo revertê-los em<br />
benefícios.<br />
No Endomarketing, essa<br />
função é dada a outro setor da<br />
empresa (em geral Recursos<br />
Humanos). Este "modismo"<br />
pode sair caro para a organização,<br />
causando sobrecarga<br />
de serviços e atrasos nas<br />
tarefas de responsabilidade<br />
de cada setor.<br />
A integração com os públicos<br />
começa, assim, a ser enfoque<br />
principal na mente dos<br />
empresários. O interesse está<br />
no mercado e a atuação nesse<br />
campo deve ser impecável,<br />
capaz de viabilizar a melhor<br />
forma de lidar com os públicos<br />
de interesse de uma organização.<br />
O domínio do mercado<br />
será de quem souber se<br />
adequar mais rápido a ele,<br />
independente de ser profissional<br />
de Relações Públicas<br />
ou Endomarketing. Cabe ao<br />
responsável mostrar seu<br />
valor.
12<br />
V.M COMÉRCIO E ALIMENTAÇÃO<br />
APOIO LOGÍSTICO<br />
Av. dos Holandeses, s/n, Qd. 29, lote 4, Ponta D´areia, Number One Flat Residence<br />
Fone: 227-6601 /217-1001<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>
CONCURSO - A COMUNICAÇÃO NO TERCEIRO SETOR<br />
13<br />
"QUEM SABE FAZ A<br />
E A HORA É AGORA HORA".<br />
Breno Henrique Costa*<br />
A<br />
idéia de responsabilidade social já há muito é conhecida, estudada e propagada<br />
nos países desenvolvidos, sendo, no entanto, ainda recente no Brasil.<br />
O terceiro setor, que está na esfera entre o público e o privado, tem hoje grande<br />
importância na formação e influência da opinião pública.<br />
Atuando nas mais diversas áreas, destacando-se principalmente a social e o meioambiente,<br />
as organizações não-governamentais, que nasceram como fruto de maior<br />
conscientização e preocupação da sociedade com fatores que a atingem diretamente,<br />
precisam planejar, executar e divulgar seus projetos para essa mesma sociedade, a quem<br />
intenta ajudar e melhorar.<br />
É aí que entra o profissional de Comunicação. Como profundo conhecedor dos meios de<br />
Comunicação de Massa e das estratégias de planejamento e marketing (pelo menos assim<br />
se espera), o comunicador, seja ele relações públicas, jornalista, radialista ou publicitário,<br />
encontra um novo e promissor mercado para atuar.<br />
Novas ONG's surgem a cada dia, querendo crescer, divulgar seus projetos, montar rádios<br />
comunitárias... Se os estudantes de Comunicação Social não aproveitarem essa oportunidade<br />
de estar no mercado de trabalho, outros profissionais, de outras áreas, certamente o farão.<br />
E se isso acontecer, mais uma vez veremos os alunos de Comunicação reclamando nos<br />
corredores do Curso da falta de espaço e mercado para os profissionais da área.<br />
Ei! Vamos acordar gente!! Chegou a hora de (literalmente) arregaçar as mangas! Este,<br />
para quem ainda não sabe, é o Ano Internacional do Voluntariado, e há pelo menos uma<br />
dezena de organizações aqui em São Luís esperando por gente que queira aprender na<br />
prática, aprender fazendo!<br />
Vamos parar de reclamar e começar a agir, aproveitando essa grande oportunidade que<br />
ora nos aparece, trabalhando de modo voluntário ou não. Será muito importante, tanto na<br />
vida pessoal quanto na vida profissional de cada um. Hoje algumas empresas já recomendam<br />
que seus pretendentes a emprego ou mesmo os funcionários gastem determinado tempo em<br />
trabalhos e projetos de cunho voluntário e social.<br />
A atual conjuntura cobra essa maior participação das organizações e da sociedade como<br />
um todo. Chegou a hora de crescer.<br />
Pois como diz a velha música: "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer".<br />
* Aluno do 4º período, vencedor do II CONCURSO DE PRODUÇÃO TEXTUAL PARA A REVISTA <strong>RP</strong> ALTERNATIVO<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>
14<br />
Mercado de Trabalho II<br />
MERCADO:<br />
Haphisa Kashemyra Costa Souza<br />
Profissionais em ação<br />
Quando estamos<br />
na universidade,<br />
o medo que nos<br />
ronda é a situação<br />
do mercado<br />
para a nossa área.<br />
Não só em comunicação,<br />
em todas as áreas a competitividade<br />
cresce em dimensões<br />
maiores que a do mercado.<br />
Segundo o professor Marins,<br />
em palestra sobre o mercado<br />
de trabalho, o mercado<br />
brasileiro é o que mais cresce<br />
em todo mundo. Estamos no<br />
país mais indicado para se<br />
fazer negócios, o mundo inteiro<br />
volta seus olhos para o<br />
Brasil e instala suas fábricas<br />
por aqui. Então por que reclamamos<br />
tanto do nosso mercado<br />
Talvez somos nós que não<br />
sabemos aproveitar as oportunidades<br />
ou até mesmo criálas.<br />
Estamos num mercado<br />
competitivo e restrito, onde temos<br />
a obrigação de mostrar<br />
aimportância que temos dentro<br />
de uma organização, o<br />
quanto somos necessários.<br />
Empresas multinacionais e<br />
transnacionais precisam se<br />
adaptar à cultura da região<br />
em que se instalam para ter<br />
uma boa receptividade, e é aí<br />
que entramos no mercado.<br />
Se o mercado se expandiu<br />
e está mais competitivo, ele<br />
exige, então, profissionais<br />
mais competentes, que entendam<br />
bem da sua área, do<br />
ramo de negócio da organização<br />
da qual fazem parte e estejam<br />
sempre se reciclando,<br />
para acompanhar as contínuas<br />
mudanças no mundo.<br />
Considerando as tendências<br />
do mercado, não existe profissão<br />
do futuro, e sim profissional<br />
do futuro, e é nesta<br />
visão que devemos nos<br />
englobar.<br />
Em São Luís, temos muitos<br />
profissionais de Relações<br />
Públicas que conquistaram o<br />
seu lugar no mercado. Um<br />
“Estamos no<br />
país mais<br />
indicado para se<br />
fazer negócios, o<br />
mundo inteiro<br />
volta seus olhos<br />
para o Brasil e<br />
instala suas<br />
fábricas por aqui”<br />
exemplo é Melissa Marão,<br />
formada há cinco anos pela<br />
UFMA, que trabalha na Assessoria<br />
de Comunicação do<br />
Sebrae. Ela enfatiza a importância<br />
da multidisciplinaridade<br />
para o profissional de Comunicação,<br />
já que, como<br />
acontece no Sebrae, precisa<br />
entender Jornalismo, Publicidade,<br />
Radialismo e Informática,<br />
além de Relações Públicas.<br />
Na Receita Federal, Andréa<br />
Furtado trabalha toda a comunicação<br />
da organização,<br />
além da capacitação técnica<br />
e humana, que é aliada à atividade<br />
de Relações Públicas. "É<br />
sempre necessário "jogo de<br />
cintura" para sair de qualquer<br />
dificuldade que possa surgir",<br />
diz ela. A aproximação<br />
com os públicos e a transparência<br />
fez com que todo o<br />
trabalho da assessoria seja<br />
visto com bons olhos.<br />
Outro bom exemplo é<br />
Graciana Rodrigues, que, formada<br />
em 1997 pela UFMA,<br />
foi recém-contratada pela<br />
Universidade São Luís para<br />
trabalhar no setor de Relações<br />
Institucionais, fazendo<br />
contato entre a instituição e<br />
seus diversos públicos. Mesmo<br />
com outra terminologia,<br />
ela desenvolve atividade<br />
própria das Relações Públicas<br />
para manter um equilíbrio<br />
nos relacionamentos institucionais.<br />
Não é fácil se inserir no<br />
mercado, porém com força de<br />
vontade e competência sempre<br />
se acha um espaço. Existe<br />
lugar para todos, cabe a cada<br />
profissional lutar por ele. Temos<br />
que acompanhar as mudanças<br />
do mundo, desenvolvendo<br />
uma visão mais geral<br />
de toda a organização, para<br />
trabalharmos com segurança,<br />
demonstrando a importância<br />
e a necessidade de um<br />
bom profissional de Relações<br />
Públicas.<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>
Mercado de Trabalho III<br />
15<br />
Telemarketing! ainda se<br />
usa isso!<br />
Joseane Fortaleza de Sousa<br />
V<br />
ocê deve estar se<br />
perguntando:<br />
por que, em pleno<br />
século XXI,<br />
alguém se dá ao<br />
trabalho de escrever uma matéria<br />
sobre telemarketing Se<br />
existem satélites, por que as<br />
empresas ainda utilizam o telefone<br />
como meio de comunicação<br />
Estariam elas desatualizadas,<br />
com medo de inovar<br />
ou presas a antigas tradições<br />
Vamos com calma...<br />
O telemarketing está longe de<br />
ser coisa do século passado.<br />
Muito pelo contrário, continua<br />
com força total, pois evoluiu<br />
com as tecnologias. É a<br />
mídia mais pessoal, interativa<br />
e acessível, atualmente, além<br />
de ser flexível, ágil, de baixo<br />
custo e fácil controle, favorecendo<br />
e estimulando o contato<br />
com os públicos.<br />
Só para esclarecer, o telemarketing<br />
compreende a<br />
aplicação de tecnologias de<br />
telecomunicações e processamento<br />
de dados com o intuito<br />
de otimizar as comunicações<br />
de marketing usadas por uma<br />
empresa para atingir seus<br />
clientes. Pode ser ativo, quando<br />
a empresa entra em contato<br />
com seus públicos, e passivo,<br />
quando os públicos procuram<br />
a empresa. É aplicável<br />
em vendas, cobranças, pesquisas<br />
diversas, campanhas,<br />
agendamentode compromissos,<br />
ou ainda, serviços de<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />
atendimento ao con-sumidor<br />
e divulgação de produtos e<br />
serviços.<br />
As empresas modernas<br />
têm buscado ser cada vez mais<br />
competitivas, acessíveis,<br />
capazes de dar respostas rápidas<br />
ao mercado, estreitando<br />
seus relacionamentos<br />
com seus diversos públicos.<br />
Nessa briga, o telemarketing<br />
é um recurso poderoso das<br />
empresas para contatar e<br />
atender clientes.<br />
O telemarketing estará<br />
respondendo por 70% das<br />
vendas no mundo, logo nos<br />
primeiros anos do século<br />
XXI, segundo estimativas dos<br />
papas do setor. Só os Estados<br />
Unidos movimentaram US$<br />
750 bilhões, em 1997.<br />
Segundo estimativa da<br />
ABT (Associação Brasileira<br />
de Telemarketing), em 1997,<br />
cerca de 30 bilhões de reais<br />
foram movimentados através<br />
de operações feitas por telemarketing,<br />
um movimento<br />
que fez o setor crescer 38%<br />
naquele ano. Essa indústria é<br />
um dos setores que mais crescem<br />
no mundo. O código de<br />
defesa do consumidor contribuiu<br />
de forma efetiva para o<br />
fortalecimento do setor. Nos<br />
últimos anos, tivemos um<br />
crescimento de cerca de 30%<br />
anuais.<br />
No Brasil, o telemarketing<br />
ganhou impulso no final dos<br />
anos 80, e o bom relacionamento<br />
entre as empresas e<br />
clientes é visto, hoje, em tempos<br />
de concorrência global,<br />
como a mais eficiente arma<br />
na luta por uma fatia de mercado.<br />
Sua expansão, conseqüentemente,<br />
oferece ao<br />
mercado uma enorme oferta<br />
de novos empregos. Pesquisas<br />
mostram que mais de<br />
150.000 pessoas trabalham<br />
direta ou indiretamente em<br />
funções de telemarketing,<br />
com fortes indicadores de<br />
crescimento no número dessas<br />
vagas, o que transforma o<br />
telemarketing em dos melhores<br />
canais de geração de empregos.<br />
O número de telefones fixos,<br />
no Brasil, deverá praticamente<br />
duplicar e atingir 33<br />
milhões. Hoje são 13 milhões.<br />
Mais telefones, mais mercado<br />
para Telemarketing.<br />
Mas, claro, nem tudo são<br />
flores. Por exemplo, por telefone<br />
não é possível mostrar<br />
imagens. Trabalha-se apenas<br />
a memória auditiva, perdendo-se<br />
todo o campo visual. Há<br />
também a sensação de invasão<br />
de privacidade provocada<br />
pela intimidade do telefone. O<br />
uso do celular pode exacerbar<br />
o risco de ligações em horas<br />
impróprias, tornando-se propaganda<br />
negativa para a<br />
empresa. Daí a importância<br />
da ética e a honestidade do<br />
profissional no contato com o<br />
público.
16 Resenhas/TCC<br />
TCC: conhecimento e<br />
pesquisa<br />
Como já é de costume,<br />
a <strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />
não poderia<br />
deixar de<br />
homenagear os<br />
recém egressos do Curso de<br />
Comunicação Social/Relações<br />
Públicas, apresentando<br />
um resumo de seus trabalhos.<br />
O Trabalho de Conclusão<br />
de Curso (TCC) deve ser a<br />
maior representação do<br />
conhecimento e da pesquisa<br />
no processo de graduação.<br />
A avaliação de um TCC se<br />
dá em três etapas: avaliação<br />
do trabalho escrito, da parte<br />
prática e a apresentação oral.<br />
No trabalho escrito, os principais<br />
critérios são a fundamentação<br />
teórica, desenvolvimento<br />
do trabalho e<br />
redação. Já na avaliação do<br />
trabalho oral, contam ponto<br />
a exposição do trabalho e o<br />
desempenho e desenvoltura<br />
do aluno ao defendê-lo, além<br />
da sua preparação para responder<br />
aos questionamentos.<br />
O TCC contribui para a e-<br />
levação do domínio intelectual<br />
não só do autor, como<br />
também de quem usufrui das<br />
informações nele produzidas.<br />
Vamos, então, aos resumos<br />
dos TCC's dos egressos do<br />
segundo semestre de 2000<br />
para que todos possam conhecer<br />
um pouco de seus<br />
trabalhos. Confira:<br />
"Seja bem vindo! Recepção a<br />
visitantes na Companhia Vale<br />
do Rio Doce: as relações públicas<br />
na formação do conceito<br />
institucional."<br />
Orlando Costa Gonçalves<br />
Júnior<br />
Esse estudo baseia-se no<br />
programa de visitas da Companhia<br />
Vale do Rio Doce. O<br />
autor trabalha as organizações<br />
e sua definição, estabelecendo<br />
uma relação dessas<br />
com a sociedade e explicando<br />
os paradigmas operacionais.<br />
É feita, ainda, uma abordagem<br />
sobre a comunicação organizacional<br />
na contemporaneidade,<br />
o perfil profissional e<br />
sobre as relações públicas,<br />
suas funções, atuação nas<br />
organizações e o contexto a-<br />
tual. Por fim, apresenta o<br />
papel das relações públicas na<br />
construção do conceito institucional<br />
de uma organização.<br />
(Isabelle M. Rodrigues Santos)<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />
"A importância dos públicos<br />
para as empresas"<br />
Alana Mara Cutrim Oran<br />
O ponto de partida para<br />
esse estudo se dá através de<br />
uma análise conceitual do que<br />
vem a ser relações públicas e<br />
sua definição operacional. Em<br />
seguida, a autora discorre sobre<br />
os elementos das relações<br />
públicas, seus objetivos, suas<br />
funções básicas e seu processo.<br />
Enfoca o público como forma<br />
de comportamento coletivo,<br />
destacando sua importância<br />
para a atividade de relações<br />
públicas. A autora encerra<br />
seu estudo mostrando a<br />
classificação dos públicos e a<br />
relação públicos-opinião<br />
pública. (Isabelle M. Rodrigues Santos)<br />
"Proposta de implantação de<br />
uma assessoria de relações<br />
públicas na Procuradoria Geral<br />
da Justiça, órgão do Ministério<br />
Público Estadual do Maranhão"<br />
Ritta de Cássia Vasconcelos<br />
Ramos<br />
A monografia enfoca o papel<br />
da comunicação organizacional,<br />
enfatizando o seu<br />
planejamento estratégico e o<br />
papel das relações públicas<br />
no contexto organizacional.<br />
Aborda as estratégias para a<br />
formação da imagem institucional<br />
e a comunicação dirigida<br />
como instrumento de<br />
relações públicas. Explica,<br />
ainda, a importância de uma<br />
assessoria de relações públicas<br />
e sua necessidade na Procuradoria<br />
Geral da Justiça,<br />
órgão do Ministério Público<br />
Estadual do Maranhão. (Isabelle<br />
M. Rodrigues Santos)<br />
"A função educativa das<br />
relações públicas na formação<br />
de uma cultura organizacional<br />
preventiva a acidentes<br />
de trabalho".<br />
Renata Carla Mendes de<br />
Oliveira<br />
A autora baseia seu estudo<br />
em uma abordagem sobre a<br />
atuação educativa das rela-
Resenhas/TCC<br />
ções públicas e as campanhas<br />
de prevenção de acidentes de<br />
trabalho. Aborda, também, as<br />
vantagens da prevenção e as<br />
conseqüências do acidente<br />
para o trabalhador e para a<br />
organização. Para isso, ela<br />
faz um estudo das campanhas<br />
de prevenção a acidentes da<br />
Companhia Vale do Rio<br />
Doce, em São Luís. (Isabelle M.<br />
Rodrigues Santos)<br />
"A importância das relações<br />
públicas dentro da comunicação<br />
organizacional como pressuposto<br />
para a qualidade dos<br />
seus serviços".<br />
Alana Rita Ewerton Martins<br />
Nesse TCC, a autora mostra<br />
as relações públicas dentro<br />
da comunicação organizacional<br />
como pressuposto para<br />
a qualidade de seus serviços,<br />
descrevendo a importância<br />
dos profissionais dessa<br />
área. Desta forma, mostra como<br />
o conhecimento das relações<br />
públicas pode ser utilizado<br />
para prover satisfações.<br />
Trabalha, ainda, a comunicação<br />
como valioso instrumento<br />
junto ao público interno,<br />
propondo a utilização do boletim<br />
como um instrumento<br />
facilitador das relações comunicacionais.<br />
(Isabelle M. Rodrigues<br />
Santos)<br />
"A divulgação do reggae<br />
pelos instrumentos de relações<br />
públicas".<br />
Wellington Lima Barreto<br />
Primeiramente, o autor<br />
faz uma explanação geral sobre<br />
o que vem a ser relações<br />
públicas, suas funções e seus<br />
instrumentos. Em um segundo<br />
momento, explica a origem<br />
do reggae, sua divulgação<br />
pelo mundo e sua presença<br />
em São Luís, analisando<br />
as festas, as radiolas e os<br />
clubes. Por fim, o autor faz<br />
uma ponte entre as duas<br />
abordagens anteriores e fala<br />
da divulgação do reggae em<br />
São Luís pelos instrumentos<br />
de relações públicas, analisando<br />
os seguintes instrumentos:<br />
folders, cartazes e<br />
outdoors. (Isabelle M. Rodrigues<br />
Santos)<br />
“A atividade de Relações<br />
Públicas como facilitadora da<br />
conscientização da comunidade<br />
maranhense sobre a<br />
importância do turismo para<br />
o Estado”<br />
Marta Hary Melo França<br />
Vieira<br />
A autora demonstra aqui<br />
como a atuação de um relações<br />
públicas pode ajudar na<br />
conscientização da comunidade<br />
maranhense sobre o<br />
turismo no Maranhão, através<br />
de conceitos, formas, modalidades<br />
e tipos de turismo.<br />
Fala, ainda, sobre o produto<br />
turístico e o desenvolvimento<br />
deste no Brasil e no Maranhão.<br />
Analisa a qualidade da<br />
produção turística, inclusive<br />
produtos feitos no Maranhão.<br />
Conceitua as relações públicas<br />
e defende suas funções,<br />
técnicas e meios de comunicação.<br />
(José Antônio Barros da Cunha)<br />
“Filantropia corporativa:<br />
otimizando o conceito institucional<br />
através da responsabilidade<br />
social”<br />
Claudia Rogéria Melo e<br />
Silva<br />
A autora aborda o novo<br />
papel das organizações nas<br />
ações do campo filantrópico<br />
e redefine o papel das relações<br />
públicas no desenvolvimento<br />
estratégico da filantropia<br />
corporativa, direcionando-as<br />
para a otimização<br />
do conceito institucional.<br />
Analisa o elo do planejamento<br />
de relações públicas com<br />
as ações filantrópicas, responsabilidade<br />
social e filantropia<br />
corporativa, com enfoque<br />
no conceito institucional.<br />
(José Antônio Barros da Cunha)<br />
“As políticas comunicacionais<br />
das ong`s brasileiras<br />
e a inscrição das relações<br />
públicas”<br />
Lucélia Carvalho Buna<br />
A partir das políticas comunicacionais<br />
das ong`s brasileiras<br />
e a prática das relações<br />
públicas nesse processo,<br />
a autora sistematiza, analisa<br />
e debate as ações de comunicação<br />
nas ong`s. Busca mapear<br />
todas as considerações<br />
pertinentes à temática, abordando<br />
desde os conceitos e<br />
processos do surgimento das<br />
ong`s até a defesa do relações<br />
públicas como o profissional<br />
mais adequado para gerir a<br />
comunicação dessas organizações.<br />
(José Antônio Barros da Cunha)<br />
“As tendências organizacionais<br />
na construção do<br />
perfil das relações publicas na<br />
contemporaneidade”<br />
Liandra Paula Macedo<br />
Dobato<br />
A autora mostra a nova<br />
roupagem do perfil do relações<br />
públicas e suas tendências<br />
organizacionais na<br />
contemporaneidade. Apresenta<br />
um novo posicionamento<br />
e definição de público<br />
dentro da atividade. Analisa<br />
a relação entre organização<br />
e comunicação. (José Antônio<br />
Barros da Cunha)<br />
17<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>
18<br />
Mercado de Trabalho IV<br />
Diário de bordo: um dia<br />
em uma assessoria de<br />
comunicação<br />
Marcelo Guterres Giordano<br />
8<br />
:00 - Entrada na empresa:<br />
dar bom dia<br />
para o secretário,<br />
jogar a pasta em<br />
cima da mesa, pegar um<br />
copo d'água, separar papel e<br />
caneta, ver as anotações<br />
deixadas pelo chefe no dia<br />
anterior, definir as estratégias<br />
do dia .<br />
8:15 - Pegar o papel e a caneta,<br />
beber um gole d'água,<br />
ligar para o chefe e saber se<br />
houve alguma alteração no<br />
que ele deixou; se não, vamos<br />
prosseguir. Continuar o processo<br />
de elaboração do projeto<br />
de tã-nan-nan para a Prefeitura<br />
de Pan-nã-nã. Sentar<br />
de frente para o computador<br />
e ver se ele hoje está de bom<br />
humor - por que se ele não estiver,<br />
não adianta, vai ter que<br />
ser no canetão mesmo. O<br />
computador ligou! Muito<br />
bom sinal, hoje o dia promete.<br />
Abrimos o arquivo com o<br />
nome do município e começamos<br />
a digitar a parte restante<br />
do que foi feito no dia<br />
anterior. Opa! O telefone tocou<br />
agora, às 8:25 - isso não<br />
é comum. Era o chefe. Ele<br />
queria que parássemos de fazer<br />
o que estávamos fazendo<br />
para preparar um material<br />
para ser entregue para o Sindicato<br />
dos Alienígenas de<br />
Plutão em um prazo de duas<br />
horas. Duas horas! Ele acha<br />
o que, que temos só isso pra<br />
fazer E que a descrição de<br />
uma peça publicitária para<br />
roupas de baixo para alienígenas<br />
fêmeas é coisa rápida<br />
Bom, não adianta se estressar.<br />
Enquanto eu faço isso, o Renato<br />
Paulo (<strong>RP</strong>), que acaba de<br />
chegar, vai tratando do projeto<br />
de auditoria de comunicação<br />
que tem que ser entregue<br />
hoje à tarde. E, lá do outro<br />
lado da sala (uns três passos<br />
a frente), o nosso esquecido<br />
colega Púbio Citário vai fazendo<br />
a edição do programa<br />
do Partido dos Trabalhadores<br />
Rurais do Lado Escuro da<br />
Lua.<br />
8:45 - Já se passaram vinte<br />
minutos. VINTE MINUTOS!<br />
Um sexto do meu tempo já se<br />
passou e o computador continua<br />
na minha frente com a<br />
mesma cara pálida e sorridente.<br />
Ops! Ele desligou. Depois<br />
de conferir até dois (porque<br />
também não posso perder<br />
mais tempo), sentei de frente<br />
para o Marinho, um jornalista<br />
dos bons, e comecei a escrever<br />
sobre o que o chefe havia<br />
pedido. Fiz um planejamento<br />
e...<br />
10:38 - Agora só falta passar<br />
para o computador. Como<br />
eu sabia que ainda faltava<br />
muita coisa, pedi encarecidamente<br />
para o Salgado,<br />
nosso office-boy, digitar pra<br />
mim - talvez ele tivesse mais<br />
sorte - enquanto eu definiria<br />
o resto das coisas - da nossa<br />
assessoria para o Colégio Octangular.<br />
Antes, um biscoitinho<br />
com água.<br />
11:00 - Colocando a pasta do<br />
cerimonial ao lado da pasta<br />
do clipping, analisei o que é<br />
que faltava para o nosso evento<br />
de sexta-feira. O bom foi<br />
que quanto ao cerimonial, tudo<br />
estava certo. Entretanto, o<br />
clipping estava um dia desatualizado.<br />
Atualizei-o rápidamente.<br />
11:32 - A preparação do<br />
relatório da pesquisa de opinião<br />
que concluímos anteontem<br />
demorou um pouco mais<br />
e, como não poderia deixar<br />
de ser, saí da empresa depois<br />
do meu horário de almoço.<br />
13:45 - Estou indo embora.<br />
Pego a minha pasta que já<br />
estava em cima do sofá, bebo<br />
meu sexto copo d'água e me<br />
despeço do pessoal, que continua<br />
trabalhando, uns naquele<br />
projeto que o chefe pediu,<br />
outros em algo que acabou de<br />
chegar e outros se preparam<br />
para trazer o almoço da turma.<br />
Amanhã tem mais.<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>
Artigo<br />
19<br />
Relações Públicas:<br />
suporte para a competitividade<br />
Zenir de Jesus Lins Pontes*<br />
Dentro do campo da administração de empresas, estão sendo lançados os<br />
desafios de buscar a coerência e o equilíbrio da evolução e da mudança na<br />
forma com que as organizações criarão e estruturarão uma nova condição<br />
de resposta ao ambiente e ao indivíduo e desta competência estará se<br />
definindo sua capacidade competitiva.<br />
Pereira considera que os modelos administrativos de gestão nas organizações são<br />
condicionados pelas realidades ambientais. Por esta razão, em cada período de tempo,<br />
predominam certos modelos, os quais são complementados ou questionados por<br />
abordagens mais recentes que já incorporaram novas variáveis. As Relações Públicas<br />
foram adquirindo concretitude nas empresas em resposta às contradições do<br />
capitalismo e ao fortalecimento da opinião pública, bem como ao próprio<br />
fortalecimento das relações humanas, a evolução das teorias administrativas e, mais<br />
recentemente, a mudança de foco dos diferenciais competitivos.<br />
As empresas, atuando num mercado globalizado, devem dirigir seus esforços no<br />
sentido de reforçar sua competitividade. Assim, passa ser de vital importância<br />
determina-se quais são os indicadores de competitividade capazes de servir de<br />
referência para a atuação dos empresários frente aos seus concorrentes e para<br />
monitorar o próprio desempenho interno da organização.<br />
Pesquisas realizadas pelo SEBRAE por HERBST, bem como COUTINHO e FERRAZ<br />
mostram que, atualmente, aspectos como habilidade de pensar por parte dos<br />
empregados, desempenho produtivo, capacitação de recursos humanos e capacitação<br />
no relacionamento com clientes e fornecedores<br />
“As empresas,<br />
atuando num mercado<br />
globalizado, devem<br />
dirigir seus esforços no<br />
sentido de reforçar sua<br />
competitividade”<br />
formam diferenciais competitivos que asseguram<br />
ás empresas sobreviverem num mercado<br />
concorrencial e globalizado.<br />
A competitividade encontra-se cada vez mais<br />
fundada em condições sistêmicas de natureza<br />
social; assim sendo, pode-se depreender que as<br />
Relações Públicas passam a ser de vital<br />
importância nas empresas modernas, devendo<br />
trabalhar de forma integrada e estratégica com<br />
as outras áreas da comunicação, haja vista o que<br />
informa CAMPOS: "Não se pode mais isolar a comunicação institucional da<br />
comunicação mercadológica... É necessário que haja uma comunicação integrada,<br />
formando o composto da comunicação".<br />
As crescentes dificuldades por que passam as organizações, qualquer que seja o<br />
seu porte, incluindo resistência às mudanças, criação de barreiras à inovação e,<br />
conseqüentemente, a falta de competitividade são, muitas vezes, resultado de uma<br />
ineficiência da comunicação institucional.<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>
20<br />
Se as empresas desejarem agregar valor, aumentar a produtividade e a<br />
competitividade, devem investir no melhor relacionamento com seus públicos<br />
(empregados, consumidores, fornecedores, comunidade, acionistas etc.), objetivo<br />
primordial da profissão e do profissional (de nível superior) de Relações Públicas.<br />
Por outro lado, as Relações Públicas podem contribuir para o aprofundamento<br />
sistemático do debate ideológico, fomentando discussões de formas participativas<br />
entre a empresa e seus diversos públicos, uma vez que, modernamente, em função<br />
da consciência crítica mais acentuada, as manifestações individuais e grupais para<br />
fazer valer seus interesses são mais livres e<br />
“Se as empresas<br />
desejarem agregar<br />
valor, aumentar a<br />
produtividade e a<br />
competitividade, devem<br />
investir no melhor<br />
relacionamento com<br />
seus públicos”<br />
aceitas, o que em hipótese alguma está dissociado<br />
do novo foco para formação de diferenciais<br />
competitivos estabelecidos pelas empresas.<br />
É válido ir além e dizer que a competitividade<br />
das empresas pode estar intrinsecamente ligada<br />
aos "valores da democracia empresarial", os quais<br />
são apresentados por BENNIS, como sendo:<br />
"Comunicação total e livre independentemente de<br />
posição e poder; utilização de consenso ao invés<br />
de coersão ou concessão para administrar<br />
conflitos; a idéia de que a influência é baseada<br />
na competência e conhecimentos técnicos, e não<br />
em extravagância, caprichos pessoais ou prerrogativas de poder; uma atmosfera<br />
que permita e até mesmo incentive a expressão de emoções, bem como<br />
comportamento orientado para tarefas; uma tendência basicamente humana,<br />
aceitando que o conflito entre a organização e o individuo é inevitável, mas que<br />
deseja administrar e mediar esse conflito apenas em bases racionais". Assim sendo,<br />
identifica-se, uma vez mais, a necessidade premente da atividade de Relações Públicas<br />
a fim de que sejam garantidos tais valores nas organizações”.<br />
A empresa que adota uma filosofia de Relações Públicas assegura, na maioria<br />
das vezes, o entendimento e a prática de que: a) melhorem seus relacionamentos<br />
com seus públicos; b) fomentem discussões de forma participativas entre empresa<br />
e seus públicos; c) despertem "os valores da democracia empresarial". Estes aspectos<br />
não podem ser medidos facilmente de forma quantitativa e sim de forma qualitativa,<br />
mas que se impõe como diferenciais de competitividade, que podem ser<br />
exemplificados como: evitar erros, quebrar resistências às mudanças, eliminar<br />
barreiras às inovações, conscientizar que o cliente deve estar em primeiro lugar,<br />
ajudar a administração a entender o "clima humano", aconselhar a colaboração e o<br />
trabalho integrado e participativo e criar "boa vontade no meio institucional".<br />
Muitas vezes, o empresário e/ou administrador atual perde, na pressa de lidar<br />
com o que é traduzido em números, em estatísticas computadorizadas e até mesmo<br />
em centímetros de coluna através do clipping à sua disposição, essa perspectiva<br />
humanizada de Relações Públicas. O que às vezes passa despercebido para eles é<br />
que a determinação profissional de estratégias de Relações Públicas pode aumentar<br />
de forma significativa a competitividade nas empresas, garantindo sua permanência<br />
no mundo globalizado.<br />
* Professora do Departamento de Comunicação Social da UFMA , Mestre em Administração pela UNIFOR<br />
<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>