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RELAÇÕES PÚBLICAS - RP Alternativo - Ufma

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Editorial<br />

Mais uma vez concluímos uma<br />

turma da disciplina Redação em<br />

Relações Públicas II com o<br />

lançamento da revista <strong>RP</strong> -<br />

<strong>Alternativo</strong>.<br />

Entramos no nono ano de publicação contínua.<br />

Acreditamos, inclusive, que a revista já virou<br />

a cara da habilitação de relações públicas e<br />

que as próximas turmas (e professores da disciplina)<br />

deverão honrar essa "tradição". Isto<br />

não é difícil, apesar da trabalheira que dá chegar<br />

até o momento do lançamento. Entusiamo<br />

e orgulho de ver o resultado circulando pelos<br />

corredores da UFMA e faculdades de relações<br />

públicas pelo Brasil afora não faltam.<br />

A publicação deste número só foi possível<br />

graças ao esforço da turma, colaboração da<br />

Imprensa Universitária, participação especial<br />

na editoração eletrônica do estudante Gustavo<br />

Santana e ao patrocínio da Banca do Arteiro,<br />

do restaurante Indara e do Centro Elétrico.<br />

Com certeza, você vai encontrar coisas interessantes<br />

neste número.<br />

Bom proveito !<br />

Sumário<br />

Entrevista ..................................... p.02<br />

Afinal, o que é ............................ p.04<br />

Look-in ......................................... p.04<br />

Profissão ....................................... p.05<br />

Congresso .................................... p.06<br />

Livro .............................................. p.07<br />

Filme ............................................. p.09<br />

Estágio .......................................... p.10<br />

Mercado de Trabalho I ............... p.11<br />

Concurso ...................................... p.13<br />

Mercado de Trabalho II ............. p.14<br />

Mercado de Trabalho III ............. p.15<br />

Resenhas TCC .............................. p.16<br />

Mercado de Trabalho IV ............ p.18<br />

Artigo ............................................ p.19<br />

1<br />

Expediente<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong> - Ano 9 - nº 17 - Janeiro/Julho 2001<br />

Publicação semestral da disciplina Redação em Relações Públicas II<br />

Curso de Comunicação Social da UFMA - habilitação Relações Públicas<br />

Professora-orientadora<br />

Éllida Neiva Guedes<br />

Conrerp 236 7ª Região<br />

Redação<br />

Cláudia Mota, Haphisa Souza,<br />

Isabelle Santos, José Antônio<br />

Cunha, Joseane Fortaleza, Karla de<br />

Castro, Kellini Cunha, Marcelle<br />

Torres, Marcelo Giordano.<br />

Editoração Eletrônica<br />

Gustavo Santana<br />

Impressão<br />

Imprensa Universitária<br />

Tiragem<br />

400 exemplares (Dist. gratuita)<br />

Endereço<br />

Laboratório de Relações Públicas<br />

Centro de Ciências Sociais<br />

Sala 201-B Campus do Bacanga<br />

São Luís - MA CEP 65.080-040<br />

Fone<br />

0 - xx - 98 - 217 8431<br />

E-mail<br />

rpalternativo@ufma.br<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL<br />

DO MARANHÃO<br />

Reitor<br />

Othon de Carvalho Bastos<br />

Vice-Reitor<br />

José Américo Barroqueiro<br />

Diretor do Centro<br />

de Ciências Sociais<br />

Nélio Brandão Neves<br />

Chefe do Departamento de<br />

Comunicação Social<br />

Protásio Cézar dos Santos<br />

Coordenador Curso de<br />

Comunicação Social<br />

James Maxuel Araújo<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>


2<br />

2<br />

Entrevista<br />

<strong>RELAÇÕES</strong> <strong>PÚBLICAS</strong>:<br />

uma profissão empreendedora.<br />

Joseane Fortaleza de Sousa<br />

Ética, profissionalismo e<br />

competência", é esta a<br />

visão de Maria do<br />

Socorro Cardoso Serra<br />

sobre as qualidades<br />

essenciais a um profissional<br />

de Comunicação. Socorro,<br />

formada em Relações Públicas<br />

no Amazonas, foi uma<br />

das responsáveis pela<br />

implantação da Assessoria<br />

de Comunicação do<br />

SEBRAE-MA, atualmente<br />

comandada por ela. Seu<br />

poder inovador e sua visão<br />

empreendedora ficam claros<br />

no decorrer da entrevista que<br />

se segue, realizada informalmente<br />

na sala de reuniões<br />

do SEBRAE.<br />

Como iniciou a Assessoria<br />

de Comunicação no Sebrae<br />

Com a transformação do<br />

CEAG em SEBRAE, a<br />

estrutura organizacional<br />

sofreu uma remodelagem<br />

e foi incluída em seu organograma.<br />

Na assessoria de<br />

Comunicação, anteriormente,<br />

eram desenvolvidas<br />

ações de comunicação,<br />

mas não de forma sistêmica.<br />

Quais as atividades<br />

desenvolvidas pela<br />

Assessoria de Comunicação<br />

Trabalhamos a Comunicação<br />

Integrada com as<br />

seguintes vertentes: Assessoria<br />

de Imprensa, Publicidade<br />

e Propaganda;<br />

Relações Públicas, Radialismo<br />

e Marketing. Buscamos<br />

as ferramentas adequadas<br />

às demandas dos<br />

nossos clientes internos e<br />

externos. O Sebrae/MA<br />

tem hoje 14 projetos, são<br />

as nossas soluções empresariais.<br />

Ainda buscamos<br />

outras soluções empresariais,<br />

construídas junto a<br />

esses clientes.<br />

Também editamos o<br />

jornal Conexão, dirigido ao<br />

público externo, cuja tiragem<br />

é de 8 mil exemplares<br />

e periodicidade mensal. O<br />

jornal Interno é diário<br />

através da nossa Intranet.<br />

Temos o programa de<br />

rádio “Sebrae Informa",<br />

veiculado através do sistema<br />

interno de som. Para<br />

isso, todas as estações de<br />

trabalho (salas) dispõem<br />

de caixa de som. É veiculado<br />

3 vezes por semana, com<br />

duração de 15 a 20<br />

minutos. Nesse programa<br />

veiculamos as ações desenvolvidas<br />

pelos projetos e<br />

de interesse dos empregados,<br />

com quadro de Dicas<br />

do Dia, Agenda Cultural (às<br />

sextas feiras) e outros.<br />

O jornal mural “Cá entre<br />

nós" é editado semanalmente;<br />

o clipping eletrônico<br />

é disponibilizado para<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>


todos diariamente e, no<br />

final do mês, fazemos o<br />

caderno do mês.<br />

Enviamos aos formadores<br />

de opinião sugestão<br />

de pauta, através de press<br />

release.<br />

Planejamos e organizamos<br />

os eventos institucionais<br />

e promocionais;<br />

campanhas, promoções,<br />

mídias alternativas etc.<br />

Somos ainda responsáveis<br />

pelo planejamento e<br />

execução do orçamento<br />

financeiro e execução das<br />

metas físicas realizadas<br />

pela área. Enfim, buscamos<br />

articular com parceiros<br />

internos e externos,<br />

esperando, com essas<br />

ações de Comunicação,<br />

contribuir para a<br />

consolidação do Sebrae,<br />

como instituição que<br />

contribui para o desenvolvimento<br />

econômico e<br />

social do nosso Estado e,<br />

conseqüentemente, do<br />

nosso país.<br />

Como você avalia o<br />

mercado local para o<br />

profissional de Relações<br />

Públicas<br />

O mercado precisa de<br />

profissionais éticos, inovadores,<br />

competentes e<br />

empreendedores. Cabe<br />

aos profissionais identificarem<br />

as oportunidades,<br />

sair do paradigma de que<br />

o mercado não oferece<br />

possibilidades. O sucesso<br />

profissional depende muito<br />

de cada um.<br />

Por outro lado, os empresários<br />

ainda não estão<br />

sensibilizados sobre a importância<br />

do profissional<br />

de Comunicação. É necessária<br />

a intervenção dos<br />

órgãos de classe, que devem<br />

trabalhar de forma<br />

organizada e articulada,<br />

possibilitando a esse mercado<br />

uma visão desse<br />

serviço profissional, indispensável<br />

a toda organização,<br />

quer pública ou<br />

privada.<br />

Devemos pensar ainda,<br />

no nicho de mercado para<br />

os profissionais, como<br />

autônomos, na prestação<br />

de serviços. Nós do Sebrae<br />

trabalhamos com<br />

uma rede de prestadores<br />

de serviços, são consultores,<br />

instrutores, jornalistas,<br />

estagiários, radialistas,<br />

publicitários, sociólogos,<br />

economistas, artistas<br />

etc.<br />

Tudo isso se constitui<br />

possibilidades de geração<br />

de renda.<br />

A Universidade prepara<br />

efetivamente para o<br />

mercado<br />

Infelizmente não. A<br />

Universidade poderia efetivar<br />

esse papel, se possibilitasse<br />

ao estudante uma<br />

visão macro de realidade/<br />

holística, formasse o cidadão<br />

social/técnico. Mas<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />

alguns passos estão sendo<br />

dado nesse caminho. O<br />

Empreendedorismo já está<br />

fazendo parte de discussões<br />

nas universidades e<br />

outros centros de excelência.<br />

Acredito que forçosamente<br />

haverá uma exigência<br />

para mudanças nas<br />

grades curriculares.<br />

As mudanças estão<br />

acontecendo a cada segundo,<br />

a tecnologia de<br />

ponta não é mais assunto<br />

para alguns privilegiados.<br />

O mercado precisa de<br />

novos modelos de abordagens<br />

técnicas. E com certeza<br />

as universidades não<br />

irão ficar às margens desse<br />

processo de mudança.<br />

De que forma as Relações<br />

Públicas devem se<br />

mostrar para o mercado,<br />

conscientizando os empresários<br />

da sua importância<br />

dentro da organização<br />

Mostrando resultados<br />

através da sua competência<br />

técnica, ética, espírito<br />

inovador, articulador, facilitador,<br />

empreendedor e,<br />

acima de tudo, aberto às<br />

mudanças.<br />

Isso o fará um profissional<br />

do mercado capaz<br />

de adaptar-se às exigências<br />

desse mercado.<br />

Só através de resultados<br />

poderemos abrir “as<br />

portas” junto aos empresários<br />

e outros nichos do<br />

mercado.<br />

3<br />

3


4<br />

<br />

Afinal,<br />

o que é<br />

Marcelle Oliveira Torres<br />

PESQUISA INSTITUCIONAL<br />

Compilação de dados resultantes de<br />

atos administrativos ou opiniões de<br />

diretores e funcionários, bem como<br />

sua interpretação e apresentação<br />

inteligentes, de modo a permitir o<br />

levantamento de área ou áreas na<br />

empresa que se encontram em dificuldades.<br />

A terceira fase do processo<br />

de Relações Públicas (levantamento<br />

das condições internas) é um<br />

exemplo de pesquisa de administração.<br />

SCRIPT<br />

Parte escrita do programa de rádio<br />

ou TV. Texto de peça teatral, roteiro<br />

de cinema.<br />

FEEDBACK<br />

Retroalimentação, realimentação,<br />

reflexo.<br />

RETROALIMENTAÇÃO<br />

Reenvio de mensagens pelo<br />

receptor ao emissor, ainda no fluxo<br />

de transmissão ou imediatamente<br />

após.<br />

TRANSMARKETING<br />

Conjunto de atividades estabelecido<br />

em todas as providências que<br />

antecedem aos esforços de Marketing<br />

praticados pelas organizações<br />

em geral. Campo privilegiado da<br />

atuação das Relações Públicas,<br />

propicia condições favoráveis aos<br />

esforços mercadológicos das<br />

empresas, evitando que problemas<br />

e controvérsias afetem os seus<br />

resultados econômicos.<br />

STAKEHOLDERS<br />

São atores (ou categorias de atores<br />

tais como empregados, gerentes,<br />

fornecedores, donos e clientes)<br />

portadores de interesses e expectativas<br />

sobre a organização sem os<br />

quais essa não seria possível.<br />

COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL<br />

Intercâmbio de informações dentro<br />

de uma empresa ou repartição,<br />

tendo em vista sua maior eficiência<br />

e melhor atendimento ao público.<br />

BACKLIGHTS<br />

Painéis luminosos de diferentes tamanhos<br />

com fotografias referentes<br />

à atividade da empresa, colocados<br />

em diversos pontos da organização.<br />

Isabelle M. Rodrigues Santos<br />

Revista "Essencialmente Jovem"<br />

No último dia 26 de junho, aconteceu o lançamento da revista<br />

"MAIS", no São Luís Shopping. Segundo Marcelo Cláudio<br />

Rodrigues, relações públicas da Result Comunicação e Eventos,<br />

responsável pela produção da revista, a proposta é fazer uma<br />

publicação séria, formadora de opinião e canal de informação e<br />

entretenimento. O primeiro número traz um artigo da professora<br />

Éllida Guedes, apresentado as relações públicas como área da<br />

comunicação atual e necessária em tempos de globalização.<br />

Novos Mestres<br />

O mais novo mestre do Departamento de Comunicação Social<br />

da UFMA é o professor Esnél Fagundes, que defendeu a dissertação<br />

"Políticas de Comunicação para a Universidade Pública<br />

Brasileira", em julho, na USP.<br />

A próxima a defender sua dissertação, intitulada "Estratégias<br />

de Visibilidade das Relações Públicas no Maranhão", será a<br />

professora Maria do Carmo Prazeres, que , em agosto, foi aprovada<br />

no exame de qualificação do mestrado em Comunicação<br />

da USP.<br />

Profissionais no Mercado de Trabalho<br />

Cada vez mais o mercado de trabalho está contratando<br />

profissionais de R<strong>RP</strong>P para atuar em diversas empresas: Maura<br />

Regina Nascimento está na Gerência de Desenvolvimento<br />

Humano do Estado, Ana Paula Sampaio na Intermídia, Renata<br />

Carla no Banco do Nordeste, Luiziane Saraiva na Multitexto,<br />

Gisele Collins no UNICEF, Fernanda Aquino na Idéia<br />

Propaganda, Renata Soares na VCR e Melissa Moreira no<br />

CEUMA e Open Door. Sucesso a todos!<br />

Prêmio e Aprovação em Concurso<br />

Mais um egresso do Curso de Comunicação Social - habilitação<br />

Relações Públicas foi premiado no Concurso Universitário de<br />

Monografias e Projetos Experimentais de R<strong>RP</strong>P, que está em sua<br />

XIX edição, promovido pela ABPR-SP que está em sua XIX<br />

edição. Orlando Costa Gonçalves Júnior ficou entre os cinco<br />

primeiros colocados na categoria empresarial, com a monografia<br />

"Seja Bem-vindo! A recepção a visitantes na Companhia Vale do<br />

Rio Doce - As Relações Públicas na construção do conceito<br />

institucional".<br />

Além disso, Orlando foi aprovado no último concurso do SEBRAE<br />

- Brasília, para o cargo de analista de comunicação sênior.<br />

Parabéns e sucesso!<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>


Profissão<br />

CONRE<strong>RP</strong>:<br />

Marcelle Oliveira Torres<br />

E<br />

m 11 de setembro<br />

de 1969, através do<br />

Decreto-lei nº 860,<br />

foram criados os<br />

Conselhos Federais e Regionais<br />

dos Profissionais de<br />

Relações Públicas, com o intuito<br />

de registrar, fiscalizar e<br />

disciplinar o exercício da profissão.<br />

Os Conselhos Regionais<br />

de Relações Públicas (CON-<br />

RE<strong>RP</strong>) têm como atribuições<br />

organizar e manter o registro<br />

do profissional, executar as<br />

diretrizes do Conselho Fiscal,<br />

dentre outras.<br />

A princípio, a divisão territorial<br />

dos CONRE<strong>RP</strong>'S era<br />

assim constituída: 1ª região -<br />

Rio de Janeiro; 2ª região -<br />

São Paulo; 3ª região - Minas<br />

Gerais; 4ª região - Rio Grande<br />

do Sul; 5ª região - Pernambuco,<br />

Paraíba, Rio Grande<br />

do Norte, Alagoas, Bahia e<br />

Piauí, com sede em Recife; 6ª<br />

região - Distrito Federal; 7ª<br />

região - Maranhão, Pará,<br />

Amazonas e Amapá, com<br />

sede em Belém.<br />

Devido ao não funcionamento<br />

das atividades na 7ª região,<br />

por inadimplência dos<br />

associados e falta de comunicação<br />

entre os Estados, o Conselho<br />

Federal apresentou aos<br />

profissionais uma proposta<br />

para que fosse feito o desmembramento<br />

dessa região.<br />

Esta passaria a comportar<br />

apenas Maranhão e Piauí,<br />

com sede em São Luís, e os<br />

outros Estados, Amazonas,<br />

Pará e Amapá, formariam a 8ª<br />

7ª região tem<br />

sede em São Luís.<br />

região, com sede em Manaus.<br />

Em setembro deste ano,<br />

seriam compostas a 9ª região,<br />

abrangendo o Estado de<br />

Alagoas, e a 10ª região, a<br />

Bahia.<br />

Durante o Congresso Brasileiro<br />

de Relações Públicas<br />

(CONBRA<strong>RP</strong>), realizado no<br />

período de 24 a 26 de maio<br />

em Brasília, representantes<br />

do CONFE<strong>RP</strong> e dos CON-<br />

RE<strong>RP</strong>'S discutiram e aprovaram<br />

a proposta apresentada.<br />

Para efetivar a proposta<br />

de São Luís sediar a 7ª<br />

região, os dois conselheiros<br />

do Pará que exerciam cargo<br />

de Presidente e Tesoureiro a-<br />

presentaram renúncia. Com<br />

esse ato, os dois suplentes do<br />

Maranhão eleitos em outubro<br />

de 2000 passaram a ser<br />

efetivos, juntando-se aos outros<br />

5 já eleitos nessa condição.<br />

Assim, no dia 2 de junho,<br />

foi realizada uma reunião,<br />

com a presença de Flávio<br />

Schmidt e Jorge Caixêta,<br />

respectivamente presidente<br />

e secretário geral do CON-<br />

FE<strong>RP</strong>, para instalar o CON-<br />

RE<strong>RP</strong> 7 ª região em São Luís,<br />

dar posse aos conselheiros<br />

eleitos e proceder à eleição<br />

da diretoria executiva dessa<br />

região (ver box).<br />

Para maior funcionalidade,<br />

o Conselho está funcionando<br />

na sede da Associação Brasileira<br />

de Relações Públicas<br />

(AB<strong>RP</strong>), na Casa do Trabalhador,<br />

sala 208.<br />

Com mais de 30 anos de<br />

existência e um número expressivo<br />

de profissionais<br />

formados, o Curso de Relações<br />

Públicas da Universidade<br />

Federal do Maranhão<br />

(UFMA) já vinha propondo há<br />

um certo tempo que a sede do<br />

CONRE<strong>RP</strong> a qual o Maranhão<br />

pertencia viesse para São Luís<br />

somando esforços assim com<br />

a AB<strong>RP</strong>-MA, que já funciona<br />

há 24 anos em São Luís.<br />

Essa parceria AB<strong>RP</strong>/CON-<br />

RE<strong>RP</strong> pode proporcionar ainda<br />

mais a valorização do profissional,<br />

divulgação da profissão,<br />

aproximação com a<br />

classe empresarial e ampliação<br />

do mercado de trabalho.<br />

E isto, consequentemente,<br />

diminuirá os "pseudo-profissionais"<br />

que se auto-intitulam<br />

Relações Públicas.<br />

Resta-nos, agora, aguardar<br />

as modificações e contribuir<br />

para que haja melhorias na<br />

profissão.<br />

Esnél José Fagundes - Presidente<br />

Protázio Cézar dos Santos - Secretário Executivo<br />

Ana Leila Melonio dos Santos - Tesoureira<br />

Éllida Neiva Guedes - Conselheira<br />

Elias Davi Lopes Azulay - Conselheiro<br />

Rosemary Rocha Araújo França - Conselheira<br />

Maria do Perpétuo Socorro Cardoso Serra - Conselheira<br />

5<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>


6<br />

Congresso<br />

XVI CONBRA<strong>RP</strong>:<br />

comunicar é um desafio<br />

Karla de Castro<br />

A<br />

conteceu em Brasília-<br />

DF, entre os<br />

dias 24 e 26 de<br />

maio de 2001, na<br />

Academia de Tênis, o XVI<br />

Congresso Brasileiro de<br />

Relações Públicas - CON-<br />

BRA<strong>RP</strong>, sob o tema "Tecnologia,<br />

informação, cidadania<br />

e cultura organizacional<br />

para as Relações Públicas<br />

no século XXI".<br />

Com o objetivo de proporcionar<br />

aperfeiçoamento<br />

a estudantes e profissionais,<br />

avaliar o dimensionamento<br />

da profissão e<br />

contribuir para o surgimento<br />

de novas publicações<br />

e difusão de trabalhos<br />

técnicos, o Congresso<br />

reuniu cerca de 550<br />

pessoas. Dentre os palestrantes<br />

convidados de instituições<br />

e empresas nacionais<br />

e internacionais estavam<br />

presentes: Gilda Fleury<br />

Meireles - Gilmart /SP,<br />

Celso Shvartver - Coca -<br />

Cola, André Senador -<br />

Mercedes Benz, Katty Fitzpatrick<br />

- Universidade da<br />

Flórida e Linda Childeres<br />

- Universidade da Flórida.<br />

Paralelamente, aconteceu<br />

a III Feira de Negócios<br />

de Comunicação (FENA-<br />

COM), com a finalidade de<br />

facilitar o acesso às inovações<br />

de serviços e recursos<br />

tecnológicos, proporcionando<br />

negócios e parcerias.<br />

Aconteceram, ainda,<br />

shows e atividades culturais.<br />

RESULTADOS DO EN-<br />

CONTRO - As Conferências,<br />

debates e workshops<br />

proporcionaram aos participantes<br />

troca de experiências<br />

e informações, principalmente<br />

no que diz respeito<br />

a estratégias de comunicação<br />

para projetos<br />

sociais das organizações<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />

públicas e privadas.<br />

A exemplo de outros<br />

congressos, novamente o<br />

Maranhão participou do<br />

CONBRA<strong>RP</strong>, dessa vez<br />

com uma delegação de 20<br />

pessoas, entre estudantes<br />

e profissionais. A maior<br />

delegação foi a de Minas<br />

Gerais, com 70 pessoas,<br />

ficando a maranhense na<br />

5ª colocação.<br />

Segundo alguns participantes,<br />

o congresso não<br />

correspondeu totalmente<br />

às expectativas. A organização<br />

do evento deixou a<br />

desejar e o tempo estabelecido<br />

aos palestrantes foi<br />

insuficiente, afetando a<br />

produtividade das palestras<br />

e debates.<br />

A grande novidade, no<br />

entanto, para os maranhenses,<br />

foi a aprovação<br />

do projeto apresentado<br />

pela AB<strong>RP</strong>/MA para sediar<br />

o XII Congresso Universitário<br />

de Relações Públicas,<br />

o VII Ciclo de Estudos<br />

Superiores e o XI Encontro<br />

Nacional de Profissionais<br />

de Relações Públicas, que<br />

acontecerão, paralelamente,<br />

em março de 2002.<br />

Já o XVII CONBRA<strong>RP</strong><br />

acontecerá em Aracaju-<br />

SE, em 2003.


Livro<br />

7<br />

O cliente tem mais do que<br />

razão<br />

A importância do ombudsman<br />

para a eficácia empresarial<br />

Cláudia Cristina Silva Mota<br />

Vera Giangrande<br />

e José Carlos<br />

Figueiredo, autores<br />

do livro,<br />

enfatizam a importância<br />

do ombudsman<br />

organizacional e o poder da<br />

voz do cliente para que<br />

uma empresa obtenha<br />

eficácia e sucesso na era<br />

globalizada.<br />

Os autores mostram o<br />

que é o ombudsman, qual<br />

a sua origem, quais são as<br />

suas funções, de que maneira<br />

ele é importante para<br />

a área de comunicação,<br />

qual sua relação com a função<br />

administrativa e com<br />

o marketing institucional<br />

da empresa, qual a sua<br />

identificação com a proteção<br />

aos direitos individuais,<br />

quais as suas tendências<br />

e utilidades para o mercado<br />

globalizado.<br />

Na era das evoluções<br />

tecnológicas e econômicas,<br />

as empresas necessitam<br />

adaptar-se às recentes mudanças,<br />

mantendo seus<br />

interesses e clientes em<br />

dia. A voz do cliente tem<br />

sido cada vez mais ouvida<br />

e os consumidores passaram<br />

a conhecer melhor<br />

seus direitos de cidadão<br />

com a ajuda do ombudsman<br />

organizacional.<br />

Mas ainda existem muitos<br />

clientes que falam, exigem<br />

seus direitos e as empresas<br />

fingem não escutar.<br />

Funcionários pedem, sinalizam<br />

e os administradores<br />

sequer tomam conhecimento<br />

de suas aspirações.<br />

Esse é um dos principais<br />

aspectos abordados pelos<br />

autores e sobre o qual o<br />

ombudsman irá atuar para<br />

acabar de vez com o diálogo<br />

surdo-mudo existente<br />

entre as empresas e os<br />

clientes. Enquanto a maioria<br />

dos profissionais de<br />

Recursos Humanos insiste<br />

em permanecer atrás de<br />

uma mesa de escritório<br />

empoeirada, alheia ao cenário<br />

em permanente mutação<br />

à sua volta, o ombudsman<br />

sai a campo para<br />

identificar as reais necessidades<br />

dos clientes, adequando-as<br />

aos objetivos<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />

da empresa.<br />

O livro aborda a perspectiva<br />

de unir as duas<br />

pontas da dinâmica organizacional:<br />

o atendimento<br />

das necessidades dos consumidores<br />

e o marketing<br />

institucional da empresa<br />

obtendo, dessa maneira,<br />

bons resultados.<br />

Esse é um livro que possui<br />

informações e conhecimentos<br />

instigantes para as<br />

áreas de Comunicação,<br />

Administração, Marketing<br />

Institucional, Recursos Humanos<br />

e para quem não<br />

quer ficar de fora das exigências<br />

do mercado globalizado.


8<br />

QUALIDADE E SEGURANÇA<br />

NAS SUAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS<br />

Rua Oswaldo Cruz, 321-A<br />

Centro - São Luís/MA<br />

Fone: (98) 232-0407<br />

Fax: (98)232-0557<br />

Av. Castelo Branco, 621<br />

São Francisco - São Luís/MA<br />

Fone/Fax: (98) 235-6464<br />

Av. Daniel de La Touche, 16<br />

Cohama - São Luís/MA<br />

Fones: (98) 236-8373/8259<br />

Fax: (98) 236-4059<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>


Filme<br />

9<br />

O Informante<br />

Marcelo Guterres Giordano<br />

I<br />

magine que você<br />

trabalha em uma<br />

empresa poderosíssima<br />

e que esta<br />

está pondo em risco, secretamente,<br />

a saúde de todo<br />

um país. Imagine, também,<br />

que você foi demitido<br />

dessa empresa por<br />

saber demais. Pense na<br />

oportunidade de denunciar<br />

essa empresa para o<br />

grande público. Mas, para<br />

complicar, lembre-se que,<br />

devido a um contrato, você<br />

sofrerá conseqüências judiciais<br />

que poderão arrasar<br />

com a sua vida. Agora,<br />

acrescente a tudo isso um<br />

jornalista de um dos<br />

programas de maior audiência<br />

desse mesmo país,<br />

ávido por grandes notícias.<br />

O que teremos 246<br />

bilhões de dólares, um dos<br />

maiores processos judiciais<br />

da história e um dos<br />

melhores filmes de 1999.<br />

Em maio de 1996, foi<br />

publicada na revista Vanity<br />

Fair a reportagem "O<br />

Homem que Sabia Demais",<br />

da jornalista Marie<br />

Brenner. A matéria retratava<br />

justamente o conflito<br />

social e psicológico de<br />

Jeffrey Wigand, ex-vicepresidente<br />

da Brown &<br />

Williamson, a terceira maior<br />

fabricante de cigarros<br />

dos E.U.A. Nesse momento,<br />

Jeffrey passou a ser o<br />

centro das atenções do<br />

mundo inteiro. Violara seu<br />

contrato de confidencialidade,<br />

denunciando que os<br />

executivos da indústria de<br />

tabaco dos E.U.A sabiam<br />

dos males causados pelo<br />

cigarro, desencadeando<br />

uma série de processos<br />

contra os fabricantes. Essa<br />

briga judicial terminou em<br />

1998 com um acordo que<br />

determinou o pagamento<br />

da quantia de 246 bilhões<br />

de dólares, em um período<br />

de quinze anos, como ressarcimento<br />

aos gastos<br />

públicos com tratamentos<br />

de doenças ligadas ao fumo.<br />

A história de um homem<br />

comum vencendo seus<br />

demônios interiores e<br />

arrasando com o grande e<br />

poderoso inimigo já foi<br />

tema de vários filmes. "O<br />

Informante" não foge a essa<br />

regra. Jeffrey Wigand, o<br />

homem comum, enfrenta a<br />

indústria tabagista que<br />

passa a ser o grande vilão<br />

da história. A diferença<br />

aqui é que a questão-mor<br />

do filme não é a luta do<br />

mais fraco contra o mais<br />

forte, muito menos o antitabagismo.<br />

Mas sim, o eterno<br />

duelo entre a esfera pública<br />

e a esfera privada.<br />

O conflito ético é algo<br />

que permeia todo o filme:<br />

o dilema do protagonista<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />

entre manter seus benefícios<br />

oriundos do acordo<br />

feito com a empresa tabagista<br />

e o dever público de<br />

delatar as arbitrariedades<br />

que testemunhou; a dicotomia<br />

entre o caráter industrial<br />

e o social do jornalismo,<br />

evidenciado no<br />

momento em que se retira<br />

a entrevista de Wigand do<br />

ar devido a sua possível<br />

interferência no processo<br />

de venda da CBS; e a própria<br />

discussão entre o que<br />

é público e o que é privado.<br />

A direção de Michael<br />

Mann é sutil e segura, fato<br />

surpreendente para um<br />

diretor que até então não<br />

havia surpreendido. As<br />

atuações são impecáveis e<br />

intimistas - até mesmo Al<br />

Pacino está contido! E a<br />

trilha sonora, quase ausente,<br />

interfere apenas nos<br />

momentos de maior impacto<br />

dramático, servindo<br />

para suavizá-los e não<br />

exacerbá-los, como normalmente<br />

acontece. Nenhum<br />

dos 162 minutos do<br />

filme é gasto com superficialidades,<br />

e é possível assisti-lo<br />

sem recorrer ao<br />

fast-forward.<br />

Enfim, "O Informante" é<br />

uma opção a mais para<br />

quem já decorou "Mera<br />

Coincidência" e "O Quarto<br />

Poder".


10<br />

Estágio<br />

Primeira etapa da vida<br />

Haphisa Kashemyra Costa Souza<br />

Na corrida pelo a-<br />

prendizado, os<br />

alunos estão cada<br />

vez mais interessados<br />

em colocar<br />

em prática aquilo que<br />

aprendem na sala de aula, a<br />

união da teoria-prática, para<br />

conseguir um aperfeiçoamento<br />

na profissão.<br />

Todos ficam na expectativa<br />

por uma chance que irá<br />

ajudar futuramente sua vida<br />

profissional. É inegável a preocupação<br />

dos estudantes em<br />

fazer a junção entre a teoria<br />

e a prática, mas existem também<br />

outras, como conhecer<br />

o mercado, descobrir suas<br />

novas tendências, ter uma<br />

visão mais realista de como<br />

ele é.<br />

Através do estágio, o estudante<br />

percebe a necessidade<br />

de se adaptar e se integrar à<br />

filosofia de uma empresa,<br />

vivenciando suas crenças e<br />

seus costumes. O estágio proporciona<br />

viver uma cultura<br />

organizacional, cada uma<br />

com suas particularidades,<br />

que devem ser conhecidas<br />

pelo seu público interno.<br />

O estágio é a primeira<br />

etapa para um amadurecimento<br />

profissional, onde o<br />

aprendizado acaba extrapolando<br />

a esfera acadêmica, o<br />

que enriquece muito o estagiário,<br />

"levando ao engrandecimento<br />

pessoal", como diz<br />

Thatiane Soares (7º período),<br />

que estgiou na Rádio<br />

Universidade FM. Daí a importância<br />

do mesmo para os<br />

estudantes.<br />

A vontade de se conseguir<br />

um estágio é grande, porém,<br />

o medo de encontrar barreiras<br />

nas empresas é muito<br />

maior, cabendo a cada estudante<br />

mostrar que realmente<br />

quer aprender e que também<br />

tem muito para acrescentar.<br />

Um bom exemplo de persistência<br />

é o da aluna Lyvia<br />

Viana (8º período.), que está<br />

estagiando na Intermídia<br />

Comunicações. A aluna deixou<br />

um currículo na empresa<br />

e depois de insistir bastante<br />

foi chamada para uma<br />

entrevista, onde foi elogiada<br />

a sua persistência e revelado<br />

que esse foi o motivo de a<br />

terem chamado para uma<br />

profissional<br />

entrevista. Ela já saiu de lá<br />

com uma vaga de estágio. Lyvia<br />

não decepcionou e já foi<br />

até chamada para ser contratada<br />

pela empresa. Para ela,<br />

"precisamos deixar de ser<br />

pessimistas, temos que ser<br />

persistentes". Nós estudantes<br />

é que devemos começar a<br />

quebrar as barreiras que possam<br />

existir no mercado.<br />

Cabe ao estagiário estar<br />

sempre preparado para disputar<br />

uma vaga, ser determinado<br />

e competente. É ele que<br />

precisa mostrar para que veio<br />

e sua necessidade, lutando<br />

sempre por um lugarzinho<br />

onde possa ser notado. Quando<br />

se briga por um lugar no<br />

mercado é preciso que se<br />

mostre competência para<br />

conseguir permanecer.<br />

Campos de estágio para alunos da UFMA<br />

ASCOM - UFMA<br />

Rádio Universidade FM - UFMA<br />

DAC - UFMA<br />

DRH - UFMA<br />

Secretaria de Comunicação Social do Estado<br />

Companhia Vale do Rio Doce<br />

AB<strong>RP</strong>-MA<br />

SESC<br />

Intermídia<br />

Sindicato dos Bancários<br />

Sindicato dos Funcionários Públicos<br />

Ministério Público<br />

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Mercado de Trabalho I<br />

11<br />

Endomarketing e R<strong>RP</strong>P:<br />

Kellini Eisler Abreu Cunha<br />

concorrência pelo público<br />

interno.<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />

A<br />

s empresas, desde<br />

os primórdios da<br />

globalização, temerosas<br />

com o risco<br />

de total falência de suas estruturas,<br />

têm visto a necessidade<br />

de maior integração entre<br />

seus colaboradores através de<br />

relações mais intensas e transparentes.<br />

Com a conseqüente<br />

abertura de mercados, surgiram<br />

os questionamentos: Como<br />

formatar a nova empresa<br />

Como torná-la mais ágil, criativa,<br />

informada, motivada e<br />

inovadora para enfrentar as<br />

rápidas transformações que<br />

acontecem a cada minuto Co<br />

mo resistir à concorrência<br />

mundial agressiva<br />

Para sanar tais necessidades<br />

de comunicação interna,<br />

surgiram áreas da Comunicação<br />

Social responsáveis pelo<br />

relacionamento empresa-públicos<br />

de interesse. Os profissionais<br />

despertaram para um<br />

espaço até então esquecido<br />

pelos empresários: o público<br />

e suas influências dentro da<br />

organização.<br />

Inicialmente, surgiram as<br />

Relações Públicas, que para<br />

Fábio França, teórico da área,<br />

"... é uma técnica especializada<br />

de relacionamentos, cujo<br />

objetivo principal é perceber<br />

as realidades da sociedade/organização,<br />

a obrigatoriedade<br />

de seus interrelacionamentos<br />

institucionais e mercadológicos,<br />

suas necessidades<br />

permanentes de comunicação<br />

e seus envolvimentos harmônicos<br />

ou controversos<br />

com a sociedade".<br />

No entanto, na década de<br />

90, com a explosão do conceito<br />

de Marketing, os seus profissionais<br />

ampliaram seu<br />

campo de atuação, controlando<br />

não só o produto, como<br />

também os clientes internos<br />

e externos, completando seu<br />

ciclo de vendas. Segundo a<br />

escritora Analisa Medeiros<br />

Brum, "Endomarketing pode<br />

ser definido também como<br />

um conjunto de ações utilizadas<br />

por uma empresa (ou<br />

uma determinada gestão) para<br />

vender a sua própria imagem<br />

a funcionários e familiares.<br />

Isto com a finalidade<br />

explícita de tentar uma aproximação<br />

empresa/públicos".<br />

Com o passar dos anos,<br />

evidenciou-se uma grande<br />

similaridade de objetivos e<br />

instrumentos utilizados pelas<br />

Relações Públicas e pelo<br />

Marketing, ocasionando no<br />

mercado uma "Guerra-Fria"<br />

entre os profissionais, na busca<br />

dos melhores métodos de<br />

alcançar e trabalhar eficientemente<br />

os públicos.<br />

No entanto, o profissional<br />

de Relações Públicas beneficia-se<br />

sobre o Endomarketing<br />

na primordial necessidade<br />

de coleta de dados e iden<br />

-tificação e análise dos públicos<br />

de interesse da organização.<br />

Isto é feito através de pesquisas,<br />

para a posterior utilização<br />

adequada dos instrumentos<br />

de comunicação. O<br />

processo deve ser controlado<br />

por um profissional de confiança<br />

e capacitado para analisar<br />

todos os dados obtidos,<br />

conseguindo revertê-los em<br />

benefícios.<br />

No Endomarketing, essa<br />

função é dada a outro setor da<br />

empresa (em geral Recursos<br />

Humanos). Este "modismo"<br />

pode sair caro para a organização,<br />

causando sobrecarga<br />

de serviços e atrasos nas<br />

tarefas de responsabilidade<br />

de cada setor.<br />

A integração com os públicos<br />

começa, assim, a ser enfoque<br />

principal na mente dos<br />

empresários. O interesse está<br />

no mercado e a atuação nesse<br />

campo deve ser impecável,<br />

capaz de viabilizar a melhor<br />

forma de lidar com os públicos<br />

de interesse de uma organização.<br />

O domínio do mercado<br />

será de quem souber se<br />

adequar mais rápido a ele,<br />

independente de ser profissional<br />

de Relações Públicas<br />

ou Endomarketing. Cabe ao<br />

responsável mostrar seu<br />

valor.


12<br />

V.M COMÉRCIO E ALIMENTAÇÃO<br />

APOIO LOGÍSTICO<br />

Av. dos Holandeses, s/n, Qd. 29, lote 4, Ponta D´areia, Number One Flat Residence<br />

Fone: 227-6601 /217-1001<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>


CONCURSO - A COMUNICAÇÃO NO TERCEIRO SETOR<br />

13<br />

"QUEM SABE FAZ A<br />

E A HORA É AGORA HORA".<br />

Breno Henrique Costa*<br />

A<br />

idéia de responsabilidade social já há muito é conhecida, estudada e propagada<br />

nos países desenvolvidos, sendo, no entanto, ainda recente no Brasil.<br />

O terceiro setor, que está na esfera entre o público e o privado, tem hoje grande<br />

importância na formação e influência da opinião pública.<br />

Atuando nas mais diversas áreas, destacando-se principalmente a social e o meioambiente,<br />

as organizações não-governamentais, que nasceram como fruto de maior<br />

conscientização e preocupação da sociedade com fatores que a atingem diretamente,<br />

precisam planejar, executar e divulgar seus projetos para essa mesma sociedade, a quem<br />

intenta ajudar e melhorar.<br />

É aí que entra o profissional de Comunicação. Como profundo conhecedor dos meios de<br />

Comunicação de Massa e das estratégias de planejamento e marketing (pelo menos assim<br />

se espera), o comunicador, seja ele relações públicas, jornalista, radialista ou publicitário,<br />

encontra um novo e promissor mercado para atuar.<br />

Novas ONG's surgem a cada dia, querendo crescer, divulgar seus projetos, montar rádios<br />

comunitárias... Se os estudantes de Comunicação Social não aproveitarem essa oportunidade<br />

de estar no mercado de trabalho, outros profissionais, de outras áreas, certamente o farão.<br />

E se isso acontecer, mais uma vez veremos os alunos de Comunicação reclamando nos<br />

corredores do Curso da falta de espaço e mercado para os profissionais da área.<br />

Ei! Vamos acordar gente!! Chegou a hora de (literalmente) arregaçar as mangas! Este,<br />

para quem ainda não sabe, é o Ano Internacional do Voluntariado, e há pelo menos uma<br />

dezena de organizações aqui em São Luís esperando por gente que queira aprender na<br />

prática, aprender fazendo!<br />

Vamos parar de reclamar e começar a agir, aproveitando essa grande oportunidade que<br />

ora nos aparece, trabalhando de modo voluntário ou não. Será muito importante, tanto na<br />

vida pessoal quanto na vida profissional de cada um. Hoje algumas empresas já recomendam<br />

que seus pretendentes a emprego ou mesmo os funcionários gastem determinado tempo em<br />

trabalhos e projetos de cunho voluntário e social.<br />

A atual conjuntura cobra essa maior participação das organizações e da sociedade como<br />

um todo. Chegou a hora de crescer.<br />

Pois como diz a velha música: "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer".<br />

* Aluno do 4º período, vencedor do II CONCURSO DE PRODUÇÃO TEXTUAL PARA A REVISTA <strong>RP</strong> ALTERNATIVO<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>


14<br />

Mercado de Trabalho II<br />

MERCADO:<br />

Haphisa Kashemyra Costa Souza<br />

Profissionais em ação<br />

Quando estamos<br />

na universidade,<br />

o medo que nos<br />

ronda é a situação<br />

do mercado<br />

para a nossa área.<br />

Não só em comunicação,<br />

em todas as áreas a competitividade<br />

cresce em dimensões<br />

maiores que a do mercado.<br />

Segundo o professor Marins,<br />

em palestra sobre o mercado<br />

de trabalho, o mercado<br />

brasileiro é o que mais cresce<br />

em todo mundo. Estamos no<br />

país mais indicado para se<br />

fazer negócios, o mundo inteiro<br />

volta seus olhos para o<br />

Brasil e instala suas fábricas<br />

por aqui. Então por que reclamamos<br />

tanto do nosso mercado<br />

Talvez somos nós que não<br />

sabemos aproveitar as oportunidades<br />

ou até mesmo criálas.<br />

Estamos num mercado<br />

competitivo e restrito, onde temos<br />

a obrigação de mostrar<br />

aimportância que temos dentro<br />

de uma organização, o<br />

quanto somos necessários.<br />

Empresas multinacionais e<br />

transnacionais precisam se<br />

adaptar à cultura da região<br />

em que se instalam para ter<br />

uma boa receptividade, e é aí<br />

que entramos no mercado.<br />

Se o mercado se expandiu<br />

e está mais competitivo, ele<br />

exige, então, profissionais<br />

mais competentes, que entendam<br />

bem da sua área, do<br />

ramo de negócio da organização<br />

da qual fazem parte e estejam<br />

sempre se reciclando,<br />

para acompanhar as contínuas<br />

mudanças no mundo.<br />

Considerando as tendências<br />

do mercado, não existe profissão<br />

do futuro, e sim profissional<br />

do futuro, e é nesta<br />

visão que devemos nos<br />

englobar.<br />

Em São Luís, temos muitos<br />

profissionais de Relações<br />

Públicas que conquistaram o<br />

seu lugar no mercado. Um<br />

“Estamos no<br />

país mais<br />

indicado para se<br />

fazer negócios, o<br />

mundo inteiro<br />

volta seus olhos<br />

para o Brasil e<br />

instala suas<br />

fábricas por aqui”<br />

exemplo é Melissa Marão,<br />

formada há cinco anos pela<br />

UFMA, que trabalha na Assessoria<br />

de Comunicação do<br />

Sebrae. Ela enfatiza a importância<br />

da multidisciplinaridade<br />

para o profissional de Comunicação,<br />

já que, como<br />

acontece no Sebrae, precisa<br />

entender Jornalismo, Publicidade,<br />

Radialismo e Informática,<br />

além de Relações Públicas.<br />

Na Receita Federal, Andréa<br />

Furtado trabalha toda a comunicação<br />

da organização,<br />

além da capacitação técnica<br />

e humana, que é aliada à atividade<br />

de Relações Públicas. "É<br />

sempre necessário "jogo de<br />

cintura" para sair de qualquer<br />

dificuldade que possa surgir",<br />

diz ela. A aproximação<br />

com os públicos e a transparência<br />

fez com que todo o<br />

trabalho da assessoria seja<br />

visto com bons olhos.<br />

Outro bom exemplo é<br />

Graciana Rodrigues, que, formada<br />

em 1997 pela UFMA,<br />

foi recém-contratada pela<br />

Universidade São Luís para<br />

trabalhar no setor de Relações<br />

Institucionais, fazendo<br />

contato entre a instituição e<br />

seus diversos públicos. Mesmo<br />

com outra terminologia,<br />

ela desenvolve atividade<br />

própria das Relações Públicas<br />

para manter um equilíbrio<br />

nos relacionamentos institucionais.<br />

Não é fácil se inserir no<br />

mercado, porém com força de<br />

vontade e competência sempre<br />

se acha um espaço. Existe<br />

lugar para todos, cabe a cada<br />

profissional lutar por ele. Temos<br />

que acompanhar as mudanças<br />

do mundo, desenvolvendo<br />

uma visão mais geral<br />

de toda a organização, para<br />

trabalharmos com segurança,<br />

demonstrando a importância<br />

e a necessidade de um<br />

bom profissional de Relações<br />

Públicas.<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>


Mercado de Trabalho III<br />

15<br />

Telemarketing! ainda se<br />

usa isso!<br />

Joseane Fortaleza de Sousa<br />

V<br />

ocê deve estar se<br />

perguntando:<br />

por que, em pleno<br />

século XXI,<br />

alguém se dá ao<br />

trabalho de escrever uma matéria<br />

sobre telemarketing Se<br />

existem satélites, por que as<br />

empresas ainda utilizam o telefone<br />

como meio de comunicação<br />

Estariam elas desatualizadas,<br />

com medo de inovar<br />

ou presas a antigas tradições<br />

Vamos com calma...<br />

O telemarketing está longe de<br />

ser coisa do século passado.<br />

Muito pelo contrário, continua<br />

com força total, pois evoluiu<br />

com as tecnologias. É a<br />

mídia mais pessoal, interativa<br />

e acessível, atualmente, além<br />

de ser flexível, ágil, de baixo<br />

custo e fácil controle, favorecendo<br />

e estimulando o contato<br />

com os públicos.<br />

Só para esclarecer, o telemarketing<br />

compreende a<br />

aplicação de tecnologias de<br />

telecomunicações e processamento<br />

de dados com o intuito<br />

de otimizar as comunicações<br />

de marketing usadas por uma<br />

empresa para atingir seus<br />

clientes. Pode ser ativo, quando<br />

a empresa entra em contato<br />

com seus públicos, e passivo,<br />

quando os públicos procuram<br />

a empresa. É aplicável<br />

em vendas, cobranças, pesquisas<br />

diversas, campanhas,<br />

agendamentode compromissos,<br />

ou ainda, serviços de<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />

atendimento ao con-sumidor<br />

e divulgação de produtos e<br />

serviços.<br />

As empresas modernas<br />

têm buscado ser cada vez mais<br />

competitivas, acessíveis,<br />

capazes de dar respostas rápidas<br />

ao mercado, estreitando<br />

seus relacionamentos<br />

com seus diversos públicos.<br />

Nessa briga, o telemarketing<br />

é um recurso poderoso das<br />

empresas para contatar e<br />

atender clientes.<br />

O telemarketing estará<br />

respondendo por 70% das<br />

vendas no mundo, logo nos<br />

primeiros anos do século<br />

XXI, segundo estimativas dos<br />

papas do setor. Só os Estados<br />

Unidos movimentaram US$<br />

750 bilhões, em 1997.<br />

Segundo estimativa da<br />

ABT (Associação Brasileira<br />

de Telemarketing), em 1997,<br />

cerca de 30 bilhões de reais<br />

foram movimentados através<br />

de operações feitas por telemarketing,<br />

um movimento<br />

que fez o setor crescer 38%<br />

naquele ano. Essa indústria é<br />

um dos setores que mais crescem<br />

no mundo. O código de<br />

defesa do consumidor contribuiu<br />

de forma efetiva para o<br />

fortalecimento do setor. Nos<br />

últimos anos, tivemos um<br />

crescimento de cerca de 30%<br />

anuais.<br />

No Brasil, o telemarketing<br />

ganhou impulso no final dos<br />

anos 80, e o bom relacionamento<br />

entre as empresas e<br />

clientes é visto, hoje, em tempos<br />

de concorrência global,<br />

como a mais eficiente arma<br />

na luta por uma fatia de mercado.<br />

Sua expansão, conseqüentemente,<br />

oferece ao<br />

mercado uma enorme oferta<br />

de novos empregos. Pesquisas<br />

mostram que mais de<br />

150.000 pessoas trabalham<br />

direta ou indiretamente em<br />

funções de telemarketing,<br />

com fortes indicadores de<br />

crescimento no número dessas<br />

vagas, o que transforma o<br />

telemarketing em dos melhores<br />

canais de geração de empregos.<br />

O número de telefones fixos,<br />

no Brasil, deverá praticamente<br />

duplicar e atingir 33<br />

milhões. Hoje são 13 milhões.<br />

Mais telefones, mais mercado<br />

para Telemarketing.<br />

Mas, claro, nem tudo são<br />

flores. Por exemplo, por telefone<br />

não é possível mostrar<br />

imagens. Trabalha-se apenas<br />

a memória auditiva, perdendo-se<br />

todo o campo visual. Há<br />

também a sensação de invasão<br />

de privacidade provocada<br />

pela intimidade do telefone. O<br />

uso do celular pode exacerbar<br />

o risco de ligações em horas<br />

impróprias, tornando-se propaganda<br />

negativa para a<br />

empresa. Daí a importância<br />

da ética e a honestidade do<br />

profissional no contato com o<br />

público.


16 Resenhas/TCC<br />

TCC: conhecimento e<br />

pesquisa<br />

Como já é de costume,<br />

a <strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />

não poderia<br />

deixar de<br />

homenagear os<br />

recém egressos do Curso de<br />

Comunicação Social/Relações<br />

Públicas, apresentando<br />

um resumo de seus trabalhos.<br />

O Trabalho de Conclusão<br />

de Curso (TCC) deve ser a<br />

maior representação do<br />

conhecimento e da pesquisa<br />

no processo de graduação.<br />

A avaliação de um TCC se<br />

dá em três etapas: avaliação<br />

do trabalho escrito, da parte<br />

prática e a apresentação oral.<br />

No trabalho escrito, os principais<br />

critérios são a fundamentação<br />

teórica, desenvolvimento<br />

do trabalho e<br />

redação. Já na avaliação do<br />

trabalho oral, contam ponto<br />

a exposição do trabalho e o<br />

desempenho e desenvoltura<br />

do aluno ao defendê-lo, além<br />

da sua preparação para responder<br />

aos questionamentos.<br />

O TCC contribui para a e-<br />

levação do domínio intelectual<br />

não só do autor, como<br />

também de quem usufrui das<br />

informações nele produzidas.<br />

Vamos, então, aos resumos<br />

dos TCC's dos egressos do<br />

segundo semestre de 2000<br />

para que todos possam conhecer<br />

um pouco de seus<br />

trabalhos. Confira:<br />

"Seja bem vindo! Recepção a<br />

visitantes na Companhia Vale<br />

do Rio Doce: as relações públicas<br />

na formação do conceito<br />

institucional."<br />

Orlando Costa Gonçalves<br />

Júnior<br />

Esse estudo baseia-se no<br />

programa de visitas da Companhia<br />

Vale do Rio Doce. O<br />

autor trabalha as organizações<br />

e sua definição, estabelecendo<br />

uma relação dessas<br />

com a sociedade e explicando<br />

os paradigmas operacionais.<br />

É feita, ainda, uma abordagem<br />

sobre a comunicação organizacional<br />

na contemporaneidade,<br />

o perfil profissional e<br />

sobre as relações públicas,<br />

suas funções, atuação nas<br />

organizações e o contexto a-<br />

tual. Por fim, apresenta o<br />

papel das relações públicas na<br />

construção do conceito institucional<br />

de uma organização.<br />

(Isabelle M. Rodrigues Santos)<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong><br />

"A importância dos públicos<br />

para as empresas"<br />

Alana Mara Cutrim Oran<br />

O ponto de partida para<br />

esse estudo se dá através de<br />

uma análise conceitual do que<br />

vem a ser relações públicas e<br />

sua definição operacional. Em<br />

seguida, a autora discorre sobre<br />

os elementos das relações<br />

públicas, seus objetivos, suas<br />

funções básicas e seu processo.<br />

Enfoca o público como forma<br />

de comportamento coletivo,<br />

destacando sua importância<br />

para a atividade de relações<br />

públicas. A autora encerra<br />

seu estudo mostrando a<br />

classificação dos públicos e a<br />

relação públicos-opinião<br />

pública. (Isabelle M. Rodrigues Santos)<br />

"Proposta de implantação de<br />

uma assessoria de relações<br />

públicas na Procuradoria Geral<br />

da Justiça, órgão do Ministério<br />

Público Estadual do Maranhão"<br />

Ritta de Cássia Vasconcelos<br />

Ramos<br />

A monografia enfoca o papel<br />

da comunicação organizacional,<br />

enfatizando o seu<br />

planejamento estratégico e o<br />

papel das relações públicas<br />

no contexto organizacional.<br />

Aborda as estratégias para a<br />

formação da imagem institucional<br />

e a comunicação dirigida<br />

como instrumento de<br />

relações públicas. Explica,<br />

ainda, a importância de uma<br />

assessoria de relações públicas<br />

e sua necessidade na Procuradoria<br />

Geral da Justiça,<br />

órgão do Ministério Público<br />

Estadual do Maranhão. (Isabelle<br />

M. Rodrigues Santos)<br />

"A função educativa das<br />

relações públicas na formação<br />

de uma cultura organizacional<br />

preventiva a acidentes<br />

de trabalho".<br />

Renata Carla Mendes de<br />

Oliveira<br />

A autora baseia seu estudo<br />

em uma abordagem sobre a<br />

atuação educativa das rela-


Resenhas/TCC<br />

ções públicas e as campanhas<br />

de prevenção de acidentes de<br />

trabalho. Aborda, também, as<br />

vantagens da prevenção e as<br />

conseqüências do acidente<br />

para o trabalhador e para a<br />

organização. Para isso, ela<br />

faz um estudo das campanhas<br />

de prevenção a acidentes da<br />

Companhia Vale do Rio<br />

Doce, em São Luís. (Isabelle M.<br />

Rodrigues Santos)<br />

"A importância das relações<br />

públicas dentro da comunicação<br />

organizacional como pressuposto<br />

para a qualidade dos<br />

seus serviços".<br />

Alana Rita Ewerton Martins<br />

Nesse TCC, a autora mostra<br />

as relações públicas dentro<br />

da comunicação organizacional<br />

como pressuposto para<br />

a qualidade de seus serviços,<br />

descrevendo a importância<br />

dos profissionais dessa<br />

área. Desta forma, mostra como<br />

o conhecimento das relações<br />

públicas pode ser utilizado<br />

para prover satisfações.<br />

Trabalha, ainda, a comunicação<br />

como valioso instrumento<br />

junto ao público interno,<br />

propondo a utilização do boletim<br />

como um instrumento<br />

facilitador das relações comunicacionais.<br />

(Isabelle M. Rodrigues<br />

Santos)<br />

"A divulgação do reggae<br />

pelos instrumentos de relações<br />

públicas".<br />

Wellington Lima Barreto<br />

Primeiramente, o autor<br />

faz uma explanação geral sobre<br />

o que vem a ser relações<br />

públicas, suas funções e seus<br />

instrumentos. Em um segundo<br />

momento, explica a origem<br />

do reggae, sua divulgação<br />

pelo mundo e sua presença<br />

em São Luís, analisando<br />

as festas, as radiolas e os<br />

clubes. Por fim, o autor faz<br />

uma ponte entre as duas<br />

abordagens anteriores e fala<br />

da divulgação do reggae em<br />

São Luís pelos instrumentos<br />

de relações públicas, analisando<br />

os seguintes instrumentos:<br />

folders, cartazes e<br />

outdoors. (Isabelle M. Rodrigues<br />

Santos)<br />

“A atividade de Relações<br />

Públicas como facilitadora da<br />

conscientização da comunidade<br />

maranhense sobre a<br />

importância do turismo para<br />

o Estado”<br />

Marta Hary Melo França<br />

Vieira<br />

A autora demonstra aqui<br />

como a atuação de um relações<br />

públicas pode ajudar na<br />

conscientização da comunidade<br />

maranhense sobre o<br />

turismo no Maranhão, através<br />

de conceitos, formas, modalidades<br />

e tipos de turismo.<br />

Fala, ainda, sobre o produto<br />

turístico e o desenvolvimento<br />

deste no Brasil e no Maranhão.<br />

Analisa a qualidade da<br />

produção turística, inclusive<br />

produtos feitos no Maranhão.<br />

Conceitua as relações públicas<br />

e defende suas funções,<br />

técnicas e meios de comunicação.<br />

(José Antônio Barros da Cunha)<br />

“Filantropia corporativa:<br />

otimizando o conceito institucional<br />

através da responsabilidade<br />

social”<br />

Claudia Rogéria Melo e<br />

Silva<br />

A autora aborda o novo<br />

papel das organizações nas<br />

ações do campo filantrópico<br />

e redefine o papel das relações<br />

públicas no desenvolvimento<br />

estratégico da filantropia<br />

corporativa, direcionando-as<br />

para a otimização<br />

do conceito institucional.<br />

Analisa o elo do planejamento<br />

de relações públicas com<br />

as ações filantrópicas, responsabilidade<br />

social e filantropia<br />

corporativa, com enfoque<br />

no conceito institucional.<br />

(José Antônio Barros da Cunha)<br />

“As políticas comunicacionais<br />

das ong`s brasileiras<br />

e a inscrição das relações<br />

públicas”<br />

Lucélia Carvalho Buna<br />

A partir das políticas comunicacionais<br />

das ong`s brasileiras<br />

e a prática das relações<br />

públicas nesse processo,<br />

a autora sistematiza, analisa<br />

e debate as ações de comunicação<br />

nas ong`s. Busca mapear<br />

todas as considerações<br />

pertinentes à temática, abordando<br />

desde os conceitos e<br />

processos do surgimento das<br />

ong`s até a defesa do relações<br />

públicas como o profissional<br />

mais adequado para gerir a<br />

comunicação dessas organizações.<br />

(José Antônio Barros da Cunha)<br />

“As tendências organizacionais<br />

na construção do<br />

perfil das relações publicas na<br />

contemporaneidade”<br />

Liandra Paula Macedo<br />

Dobato<br />

A autora mostra a nova<br />

roupagem do perfil do relações<br />

públicas e suas tendências<br />

organizacionais na<br />

contemporaneidade. Apresenta<br />

um novo posicionamento<br />

e definição de público<br />

dentro da atividade. Analisa<br />

a relação entre organização<br />

e comunicação. (José Antônio<br />

Barros da Cunha)<br />

17<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>


18<br />

Mercado de Trabalho IV<br />

Diário de bordo: um dia<br />

em uma assessoria de<br />

comunicação<br />

Marcelo Guterres Giordano<br />

8<br />

:00 - Entrada na empresa:<br />

dar bom dia<br />

para o secretário,<br />

jogar a pasta em<br />

cima da mesa, pegar um<br />

copo d'água, separar papel e<br />

caneta, ver as anotações<br />

deixadas pelo chefe no dia<br />

anterior, definir as estratégias<br />

do dia .<br />

8:15 - Pegar o papel e a caneta,<br />

beber um gole d'água,<br />

ligar para o chefe e saber se<br />

houve alguma alteração no<br />

que ele deixou; se não, vamos<br />

prosseguir. Continuar o processo<br />

de elaboração do projeto<br />

de tã-nan-nan para a Prefeitura<br />

de Pan-nã-nã. Sentar<br />

de frente para o computador<br />

e ver se ele hoje está de bom<br />

humor - por que se ele não estiver,<br />

não adianta, vai ter que<br />

ser no canetão mesmo. O<br />

computador ligou! Muito<br />

bom sinal, hoje o dia promete.<br />

Abrimos o arquivo com o<br />

nome do município e começamos<br />

a digitar a parte restante<br />

do que foi feito no dia<br />

anterior. Opa! O telefone tocou<br />

agora, às 8:25 - isso não<br />

é comum. Era o chefe. Ele<br />

queria que parássemos de fazer<br />

o que estávamos fazendo<br />

para preparar um material<br />

para ser entregue para o Sindicato<br />

dos Alienígenas de<br />

Plutão em um prazo de duas<br />

horas. Duas horas! Ele acha<br />

o que, que temos só isso pra<br />

fazer E que a descrição de<br />

uma peça publicitária para<br />

roupas de baixo para alienígenas<br />

fêmeas é coisa rápida<br />

Bom, não adianta se estressar.<br />

Enquanto eu faço isso, o Renato<br />

Paulo (<strong>RP</strong>), que acaba de<br />

chegar, vai tratando do projeto<br />

de auditoria de comunicação<br />

que tem que ser entregue<br />

hoje à tarde. E, lá do outro<br />

lado da sala (uns três passos<br />

a frente), o nosso esquecido<br />

colega Púbio Citário vai fazendo<br />

a edição do programa<br />

do Partido dos Trabalhadores<br />

Rurais do Lado Escuro da<br />

Lua.<br />

8:45 - Já se passaram vinte<br />

minutos. VINTE MINUTOS!<br />

Um sexto do meu tempo já se<br />

passou e o computador continua<br />

na minha frente com a<br />

mesma cara pálida e sorridente.<br />

Ops! Ele desligou. Depois<br />

de conferir até dois (porque<br />

também não posso perder<br />

mais tempo), sentei de frente<br />

para o Marinho, um jornalista<br />

dos bons, e comecei a escrever<br />

sobre o que o chefe havia<br />

pedido. Fiz um planejamento<br />

e...<br />

10:38 - Agora só falta passar<br />

para o computador. Como<br />

eu sabia que ainda faltava<br />

muita coisa, pedi encarecidamente<br />

para o Salgado,<br />

nosso office-boy, digitar pra<br />

mim - talvez ele tivesse mais<br />

sorte - enquanto eu definiria<br />

o resto das coisas - da nossa<br />

assessoria para o Colégio Octangular.<br />

Antes, um biscoitinho<br />

com água.<br />

11:00 - Colocando a pasta do<br />

cerimonial ao lado da pasta<br />

do clipping, analisei o que é<br />

que faltava para o nosso evento<br />

de sexta-feira. O bom foi<br />

que quanto ao cerimonial, tudo<br />

estava certo. Entretanto, o<br />

clipping estava um dia desatualizado.<br />

Atualizei-o rápidamente.<br />

11:32 - A preparação do<br />

relatório da pesquisa de opinião<br />

que concluímos anteontem<br />

demorou um pouco mais<br />

e, como não poderia deixar<br />

de ser, saí da empresa depois<br />

do meu horário de almoço.<br />

13:45 - Estou indo embora.<br />

Pego a minha pasta que já<br />

estava em cima do sofá, bebo<br />

meu sexto copo d'água e me<br />

despeço do pessoal, que continua<br />

trabalhando, uns naquele<br />

projeto que o chefe pediu,<br />

outros em algo que acabou de<br />

chegar e outros se preparam<br />

para trazer o almoço da turma.<br />

Amanhã tem mais.<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>


Artigo<br />

19<br />

Relações Públicas:<br />

suporte para a competitividade<br />

Zenir de Jesus Lins Pontes*<br />

Dentro do campo da administração de empresas, estão sendo lançados os<br />

desafios de buscar a coerência e o equilíbrio da evolução e da mudança na<br />

forma com que as organizações criarão e estruturarão uma nova condição<br />

de resposta ao ambiente e ao indivíduo e desta competência estará se<br />

definindo sua capacidade competitiva.<br />

Pereira considera que os modelos administrativos de gestão nas organizações são<br />

condicionados pelas realidades ambientais. Por esta razão, em cada período de tempo,<br />

predominam certos modelos, os quais são complementados ou questionados por<br />

abordagens mais recentes que já incorporaram novas variáveis. As Relações Públicas<br />

foram adquirindo concretitude nas empresas em resposta às contradições do<br />

capitalismo e ao fortalecimento da opinião pública, bem como ao próprio<br />

fortalecimento das relações humanas, a evolução das teorias administrativas e, mais<br />

recentemente, a mudança de foco dos diferenciais competitivos.<br />

As empresas, atuando num mercado globalizado, devem dirigir seus esforços no<br />

sentido de reforçar sua competitividade. Assim, passa ser de vital importância<br />

determina-se quais são os indicadores de competitividade capazes de servir de<br />

referência para a atuação dos empresários frente aos seus concorrentes e para<br />

monitorar o próprio desempenho interno da organização.<br />

Pesquisas realizadas pelo SEBRAE por HERBST, bem como COUTINHO e FERRAZ<br />

mostram que, atualmente, aspectos como habilidade de pensar por parte dos<br />

empregados, desempenho produtivo, capacitação de recursos humanos e capacitação<br />

no relacionamento com clientes e fornecedores<br />

“As empresas,<br />

atuando num mercado<br />

globalizado, devem<br />

dirigir seus esforços no<br />

sentido de reforçar sua<br />

competitividade”<br />

formam diferenciais competitivos que asseguram<br />

ás empresas sobreviverem num mercado<br />

concorrencial e globalizado.<br />

A competitividade encontra-se cada vez mais<br />

fundada em condições sistêmicas de natureza<br />

social; assim sendo, pode-se depreender que as<br />

Relações Públicas passam a ser de vital<br />

importância nas empresas modernas, devendo<br />

trabalhar de forma integrada e estratégica com<br />

as outras áreas da comunicação, haja vista o que<br />

informa CAMPOS: "Não se pode mais isolar a comunicação institucional da<br />

comunicação mercadológica... É necessário que haja uma comunicação integrada,<br />

formando o composto da comunicação".<br />

As crescentes dificuldades por que passam as organizações, qualquer que seja o<br />

seu porte, incluindo resistência às mudanças, criação de barreiras à inovação e,<br />

conseqüentemente, a falta de competitividade são, muitas vezes, resultado de uma<br />

ineficiência da comunicação institucional.<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>


20<br />

Se as empresas desejarem agregar valor, aumentar a produtividade e a<br />

competitividade, devem investir no melhor relacionamento com seus públicos<br />

(empregados, consumidores, fornecedores, comunidade, acionistas etc.), objetivo<br />

primordial da profissão e do profissional (de nível superior) de Relações Públicas.<br />

Por outro lado, as Relações Públicas podem contribuir para o aprofundamento<br />

sistemático do debate ideológico, fomentando discussões de formas participativas<br />

entre a empresa e seus diversos públicos, uma vez que, modernamente, em função<br />

da consciência crítica mais acentuada, as manifestações individuais e grupais para<br />

fazer valer seus interesses são mais livres e<br />

“Se as empresas<br />

desejarem agregar<br />

valor, aumentar a<br />

produtividade e a<br />

competitividade, devem<br />

investir no melhor<br />

relacionamento com<br />

seus públicos”<br />

aceitas, o que em hipótese alguma está dissociado<br />

do novo foco para formação de diferenciais<br />

competitivos estabelecidos pelas empresas.<br />

É válido ir além e dizer que a competitividade<br />

das empresas pode estar intrinsecamente ligada<br />

aos "valores da democracia empresarial", os quais<br />

são apresentados por BENNIS, como sendo:<br />

"Comunicação total e livre independentemente de<br />

posição e poder; utilização de consenso ao invés<br />

de coersão ou concessão para administrar<br />

conflitos; a idéia de que a influência é baseada<br />

na competência e conhecimentos técnicos, e não<br />

em extravagância, caprichos pessoais ou prerrogativas de poder; uma atmosfera<br />

que permita e até mesmo incentive a expressão de emoções, bem como<br />

comportamento orientado para tarefas; uma tendência basicamente humana,<br />

aceitando que o conflito entre a organização e o individuo é inevitável, mas que<br />

deseja administrar e mediar esse conflito apenas em bases racionais". Assim sendo,<br />

identifica-se, uma vez mais, a necessidade premente da atividade de Relações Públicas<br />

a fim de que sejam garantidos tais valores nas organizações”.<br />

A empresa que adota uma filosofia de Relações Públicas assegura, na maioria<br />

das vezes, o entendimento e a prática de que: a) melhorem seus relacionamentos<br />

com seus públicos; b) fomentem discussões de forma participativas entre empresa<br />

e seus públicos; c) despertem "os valores da democracia empresarial". Estes aspectos<br />

não podem ser medidos facilmente de forma quantitativa e sim de forma qualitativa,<br />

mas que se impõe como diferenciais de competitividade, que podem ser<br />

exemplificados como: evitar erros, quebrar resistências às mudanças, eliminar<br />

barreiras às inovações, conscientizar que o cliente deve estar em primeiro lugar,<br />

ajudar a administração a entender o "clima humano", aconselhar a colaboração e o<br />

trabalho integrado e participativo e criar "boa vontade no meio institucional".<br />

Muitas vezes, o empresário e/ou administrador atual perde, na pressa de lidar<br />

com o que é traduzido em números, em estatísticas computadorizadas e até mesmo<br />

em centímetros de coluna através do clipping à sua disposição, essa perspectiva<br />

humanizada de Relações Públicas. O que às vezes passa despercebido para eles é<br />

que a determinação profissional de estratégias de Relações Públicas pode aumentar<br />

de forma significativa a competitividade nas empresas, garantindo sua permanência<br />

no mundo globalizado.<br />

* Professora do Departamento de Comunicação Social da UFMA , Mestre em Administração pela UNIFOR<br />

<strong>RP</strong> <strong>Alternativo</strong>

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