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Mesas-Redondas 2011 - Semana de Letras - UFSC

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Página28<br />

interinstitucional e que, portanto, possibilita momentos <strong>de</strong> aprendizagem social, profissional e cultural para o<br />

acadêmico, para o professor orientador da IES e para o professor da educação básica da re<strong>de</strong> pública estadual.<br />

De aluno a professor: discutindo o par teoria-prática na formação docente do curso <strong>de</strong> letras-português da ufsc<br />

GUILHERME HENRIQUE MAY (PGL-<strong>UFSC</strong>)<br />

Nesta mesa-redonda, busco tecer algumas reflexões sobre o estágio supervisionado <strong>de</strong> língua portuguesa e sobre o<br />

processo <strong>de</strong> formação docente a partir <strong>de</strong> minha própria experiência como aluno/estagiário. Elaboro um breve<br />

relato <strong>de</strong>ssa experiência para, em seguida, discutir e questionar a primazia que é em geral dada à formação teórica<br />

dos estudantes <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> – Português frente à quase nulida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma formação voltada aos aspectos práticos do<br />

trabalho docente (mesmo nas disciplinas específicas da Licenciatura). Não <strong>de</strong>fendo que se <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> lado a face<br />

teórica e crítica <strong>de</strong> nossa formação – fundamental para o trabalho do professor. Defendo, em vez disso, que se<br />

conceba o lado prático <strong>de</strong>sse trabalho como algo que também <strong>de</strong>ve ser contemplado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito cedo, no<br />

currículo do curso – que não se conceba, portanto, o movimento teoria prática como algo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da<br />

“vocação” individual ou como algo que se dê espontaneamente no convívio do professor com seus alunos.<br />

Uma leitura do estágio supervisionado na escola pública<br />

MARJORIE NUNES MIRANDA DA ROCHA (E.E.B. SIMÃO JOSÉ HESS / PGL-<strong>UFSC</strong>)<br />

A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber estagiários <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> – Língua Portuguesa das Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior -<br />

IES é uma vivência que contribui para a formação <strong>de</strong> novos professores, bem como para repensar prática pedagógica<br />

escolar, provocando, inclusive, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas mudanças. O diálogo estabelecido <strong>de</strong> forma clara entre os<br />

membros envolvidos e as ações organizadas em conjunto revelam que o trabalho em equipe é essencial nesse<br />

contexto. Dessa forma, preten<strong>de</strong>-se discutir, nesta mesa-redonda, o papel do(a) Professor(a) Regente da turma na<br />

qual se realiza o estágio, as dificulda<strong>de</strong>s encontradas pelos estagiários na escola para a realização <strong>de</strong> um trabalho<br />

mais efetivo, bem como as conquistas no ensino Língua Portuguesa.<br />

GiórgioZimannGislon<br />

MESA REDONDA: AS EXPERIÊNCIAS DE F LÁVIO DE CARVALHO<br />

Participantes:<br />

FLÁVIA CERA<br />

LARISSA COSTA DA MATA<br />

VANESSA DANIELE DE MORAES<br />

GIÓRGIOZIMANNGISLON<br />

Resumo da Proposta:<br />

Flávio <strong>de</strong> Carvalho foi um mo<strong>de</strong>rnista periférico. Ou como queria Gilberto Freyre, o primeiro pós-mo<strong>de</strong>rnista. Suas<br />

práticas artísticas se <strong>de</strong>ram em um trânsito intenso <strong>de</strong> áreas, tais como: a observação coletiva, projetos<br />

arquitetônicos, a atuação nas artes plásticas, a formação do Clube dos Artistas Mo<strong>de</strong>rnos (CAM), a elaboração <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> 60 Notas para reconstrução <strong>de</strong> um mundo perdido, teses sobre moda, entre outros. Flávio <strong>de</strong> Carvalho,<br />

embora tenha sido <strong>de</strong>legado antropófago, não teve uma gran<strong>de</strong> repercussão como seus colegas mo<strong>de</strong>rnistas. No<br />

entanto, sua obra é importante para que possamos montar outras leituras do mo<strong>de</strong>rnismo brasileiro po<strong>de</strong>ndo,<br />

assim, jogar luzes sobre o presente. O conceito <strong>de</strong> experiência foi prepon<strong>de</strong>rante nas realizações <strong>de</strong> Flávio <strong>de</strong><br />

Carvalho. Ele aparece pela primeira vez na década <strong>de</strong> 1930, quando Carvalho atravessa uma procissão <strong>de</strong> Corpus<br />

Chisti com um boné e na contramão provocando reações fervorosas dos fiéis que a acompanhavam. Pouco <strong>de</strong>pois,<br />

Carvalho publica Experiência nº 2, livro no qual <strong>de</strong>screve e analisa o acontecimento com conceitos freudianos. O<br />

conceito <strong>de</strong> experiência atravessa a obra <strong>de</strong> Carvalho, no entanto, <strong>de</strong>sdobra-se em outras questões como, por<br />

exemplo, a memória que em Ossos do Mundo aparece através da coleção <strong>de</strong> objetos e, mais tar<strong>de</strong>, em Notas para

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