Mesas-Redondas 2011 - Semana de Letras - UFSC

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importa quem fala”: esta, segundo o mesmo Foucault, aponta para o “anonimato do sussurro” e o desaparecimento
utópico da função-autor. O caso em questão, sendo o de um poeta contemporâneo com nome e sobrenome, passa
então a ser examinado enquanto texto clandestino ou subterrâneo e enquanto personagem de uma narrativa alheia
em tempos de “literaturas pós-autônomas”. Seus (auto)biografemas são extraídos desse duplo âmbito (autor e
personagem), com a finalidade de refletir sobre o estatuto atual do escritor – particularmente da poesia e do poeta –
e sobre os modos de sobrevivência de seus discursos-sussurros.
FERNANDO SCHEIBE / PÓS-DOUTORANDO PPGL - UFSC (REUNI)
Título: A possessão filosófica
Resumo: Bataille e o filósofo como aquele que se entrega às paixões (o anti-catão). A busca do não-saber. A
experiência e a destituição da subjetividade na comum ausência de identidade: a comunidade. O desacordo com
Heidegger. O autor soberano. Como se articulam esses enunciados Esta fala se constitui nesta articulação.
ALEXANDRE NODARI / DOUTORANDO EM TEORIA LITERÁRIA (PPGL/UFSC) – BOLSISTA CNPQ
Título: O que é uma ficha catalográfica (Sobre o moderno estatuto do pensamento como produção)
Resumo: A singela ficha catalográfica, que identifica os dados da obra remete a uma regra do Index da Igreja, que
proíbe a publicação de livros que não exibam nome e sobrenome do autor e do editor, e o ano da publicação. Desde
então, todos os documentos que garantem a liberdade de expressão prevêem também tal mecanismo de
individualização e responsabilização. Na origem dos direitos autorais, portanto, está a censura, e um dispositivo
banal – a ficha catalográfica – permite entrever a mudança no estatuto do pensamento, que, na modernidade, passa
a ser concebido como uma produção.
LEONARDO D’ÁVILA DE OLIVEIRA / DOUTORANDO EM TEORIA LITERÁRIA (PPGL/UFSC)
Título: (Terza) Persona non grata...
Resumo: Se a autoria não se reconhece senão em relação à impessoalidade, tal como preconiza Roberto
Esposito, cumpre evidenciar, em seus diferentes avatares, as reações ao entusiasmo que esta acarreta. Se a
possessão é tão antiga quanto a escrita, para além da oposição entre verdade e contágio, pode-se levantar a
pergunta acerca das inúmeras funções de personificação que reaparecem em imagens ou conceituações das mais
diversas, como em algumas saídas místicas, ou até em Rimbaud. Nota-se assim que, ainda que o autor morra e o
texto sobreviva, e mesmo que a arte se deixe entrever por vestígios, tamanha ameaça de vacuidade não deixa de
levantar inconformismos e gritos de desespero.
MESA REDONDA: RETRATOS DE EXPERIÊNCIAS NA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES: O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Maria Izabel de Bortoli Hentz
PARTICIPANTES:
Maria Izabel de Bortoli Hentz
Eliane Dias de Oliveira
Guilherme Henrique May
Marjorie Nunes Miranda da Rocha
Resumo da proposta:
A formação de professores, tanto inicial como continuada, vem se constituindo, há algum tempo, em objeto de
pesquisas e em tema de debates em eventos acadêmico-científicos na área da educação (PIMENTA, 2004; LEITE,
2007; PIMENTA E LIBÂNEO, 1999) e também da Linguística Aplicada (KLEIMAN, 2001). Dos muitos aspectos a partir
dos quais se pode discutir e refletir sobre a formação de professores, o estágio curricular supervisionado se
configura como um dos que, historicamente, propõe desafios tanto para a Universidade (agência formadora) como
para a escola de Educação Básica (campo de atuação dos egressos dos cursos de licenciatura). A literatura da área e