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Mesas-Redondas 2011 - Semana de Letras - UFSC

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Página14<br />

Inquietações teórico-metodológicas sobre o ensino <strong>de</strong> Língua Portuguesa: aulas que não acontecem<br />

JOSA COELHO DA SILVA IRIGOITE<br />

Esta comunicação tem como tema a aula <strong>de</strong> português, concebida como acontecimento (Geraldi, 2010) e como<br />

gênero do discurso (Matencio, 20010), e traz o recorte <strong>de</strong> uma pesquisa qualitativa, <strong>de</strong> cunho etnográfico, que teve<br />

como instrumento <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> dados observação participante <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> aulas <strong>de</strong> Língua Portuguesa <strong>de</strong><br />

uma 7º série do ensino fundamental e <strong>de</strong> um 1º ano do ensino médio em uma escola estadual do município <strong>de</strong> São<br />

José (SC), além <strong>de</strong> entrevistas e notas <strong>de</strong> campo. A realida<strong>de</strong> encontrada é <strong>de</strong>safiadora e põe em xeque muitas<br />

teorias em voga na aca<strong>de</strong>mia, ao mostrar aulas que não acontecem <strong>de</strong> fato: uma professora angustiada para receber<br />

uma “resposta” da universida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sanimada com os resultados infrutíferos da ação cotidiana; alunos com<br />

aparente <strong>de</strong>sinteresse pelas aulas e com o estudo em geral, o qual ten<strong>de</strong> a não lhes acenar com novas perspectivas<br />

<strong>de</strong> futuro; e uma escola com diversos <strong>de</strong>safios institucionais a interferir no trabalho dos professores. O objetivo é<br />

tentar refletir sobre este quadro, que parece mas não <strong>de</strong>veria ser óbvio: professora e alunos ocupando um mesmo<br />

espaço físico, por um tempo significativo ao longo do ano e com materiais pedagógicos em circulação nesse mesmo<br />

espaço, sem, porém, entabular relações interpessoais que tenham possibilida<strong>de</strong>s mínimas <strong>de</strong><br />

modificar/ampliar/ressignificar/enriquecer <strong>de</strong> fato as representações dos envolvidos sobre os usos da língua escrita<br />

em socieda<strong>de</strong>s que requerem tão mais intensamente essa modalida<strong>de</strong> da língua a cada dia. E o fato mais<br />

angustiante: trata-se <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> entornos sociais em que a escola é a única agência capaz <strong>de</strong> suscitar essas novas<br />

representações.<br />

Alai Garcia Diniz<br />

Participantes:<br />

MESA REDONDA: LETRACENATELACENALETRA - NELOOL<br />

MARIA DE NAZARÉ CAVALCANTE DE SOUSA<br />

KARIN BAIER<br />

CARINA SCHEIBE<br />

HENRIQUE FINCO<br />

RAQUEL CARDOSO DE FARIA E CUSTÓDIO<br />

Resumo da proposta da mesa:<br />

O Núcleo <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Literatura, Oralida<strong>de</strong> e Outras Linguagens – NELOOL, coor<strong>de</strong>nado pelo Professor Doutor<br />

Cláudio Cruz, realiza atualmente pesquisas ligadas à produção do escritor paraguaio Roa Bastos, cinema, televisão e<br />

teatro. A proposta <strong>de</strong>ssa mesa é apresentar os trabalhos que estão sendo <strong>de</strong>senvolvidos pelos pesquisadores que<br />

participam do núcleo.<br />

Resumo dos trabalhos apresentados na mesa redonda:<br />

A representação da violência no Brasil: uma oração fúnebre<br />

Embora no Brasil <strong>de</strong> hoje morram mais pessoas vítimas <strong>de</strong> violência do que em zonas conflagradas, ou do que em<br />

períodos <strong>de</strong> guerras, como as do Afeganistão, Iraque e Bósnia, sua representação ainda é muito pobre e<br />

problemática. Aqui, brevemente, falaremos do filme “Notícias <strong>de</strong> uma Guerra Particular”, <strong>de</strong> João Moreira Salles,<br />

que é uma das poucas representações reflexivas da violência urbana no Brasil feitas recentemente.<br />

Madame Sui: o ser mestiça<br />

Tratarei neste trabalho <strong>de</strong> aspectos do ser mestiça no romance Madama Sui <strong>de</strong> Roa Bastos, focando principalmente<br />

em Glória Anzaldúa que lança uma nova luz com respeito a mulher mestiça, além <strong>de</strong> pontuar aspectos como a<br />

cultura, política que tem influências fundamentais na formação <strong>de</strong>ssa nova mestiça.

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