Mesas-Redondas 2011 - Semana de Letras - UFSC
Mesas-Redondas 2011 - Semana de Letras - UFSC
Mesas-Redondas 2011 - Semana de Letras - UFSC
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Página11<br />
OS UNIVERSAIS EM FONOLOGIA<br />
Teresinha <strong>de</strong> Moraes Brenner – <strong>UFSC</strong><br />
A proposta da Gramática padrão <strong>de</strong> Noam Chomsky em seu conjunto e, sobretudo na área <strong>de</strong> Fonologia/Fonética,<br />
contribuiu <strong>de</strong> maneira substancial para os mo<strong>de</strong>los posteriores. A questão da universalida<strong>de</strong> linguística, a proposta<br />
<strong>de</strong> uma estrutura profunda, latente, e outra, superficial e a idéia <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> lingüística manifestada nos<br />
processos transformacionais tiveram continuida<strong>de</strong> nos mo<strong>de</strong>los mais atuais. Assim, o componente fonológico é<br />
interpretado por matrizes bilineares inseridas em processos cíclicos transformacionais.<br />
O mo<strong>de</strong>lo autossegmental inseriu os processos fonológicos em figuras geométricas. A teoria métrica, para <strong>de</strong>screver<br />
o processo acentual, re-introduziu a árvore chomskiana, enfatizando o conceito <strong>de</strong> hierarquia e or<strong>de</strong>m. Com a<br />
fonologia multilinear, dá-se uma nova dimensão à estrutura geométrica, relações, processos e níveis estruturais. O<br />
princípio da universalida<strong>de</strong> lingüística permitiu a <strong>de</strong>scrição larga das línguas do mundo.<br />
O ACENTO FRANCÊS: UMA PROPOSTA DE ANÁLISE MÉTRICA<br />
Gustavo Lopez Estivalet - PPGL/<strong>UFSC</strong><br />
O acento é a sílaba tônica, ou seja, a sílaba mais forte, que exige maior esforço articulatório para a sua produção<br />
(COLLISCHONN, 2001). Esta <strong>de</strong>finição cabe para o português brasileiro (PB), porém, em outras línguas, ela se <strong>de</strong>sloca,<br />
passando a ser a sílaba acentuada não exatamente a sílaba que exige maior esforço articulatório, mas, a sílaba mais<br />
prolongada (LÉON, 1992). O francês possui um ritmo singular ditado pela pronunciação da sílaba acentuada sempre<br />
no final da palavra. Esten<strong>de</strong>ndo-se este conceito, o acento extrapola o limite da palavra e passa a ser realizado no<br />
grupo rítmico (WIOLAND; PAGEL, 1991). Ou seja, o ritmo oxítono no francês é uma constante e parece caracterizar a<br />
melodia e entoação <strong>de</strong>sta língua.Sendo assim, po<strong>de</strong>-se esten<strong>de</strong>r esse conceito para o nível da frase O francês<br />
possui acentos secundários<br />
Qual seria o comportamento do acento secundário no francês O objetivo principal <strong>de</strong>sta apresentação é realizar<br />
uma análise teórica do acento no francês a partir da fonologia métrica. Como objetivos específicos, esta<br />
apresentação realiza uma apresentação geral da fonologia métrica (GOLDSMITH, 1990) e, realiza uma análise<br />
<strong>de</strong>talhada do acento primário, secundário e terciário no francês. Sendo assim, a análise do acento no francês será<br />
realizada a partir da perspectiva da gra<strong>de</strong> métrica da fonologia métrica. Diferentemente do que muitos autores<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m sobre o acento no francês, através da aplicação das gra<strong>de</strong>s métricas, tanto no nível da palavra, do grupo<br />
rítmico e da sentença, po<strong>de</strong>-se observar, através <strong>de</strong> evidências teóricas, a existência, sobretudo, do acento primário<br />
oxítono no francês, mas também evidências da existência <strong>de</strong> acentos secundário e terciários nos três níveis citados<br />
acima, no francês.<br />
PANORAMA DAS ESTRUTURAS SILÁBICAS DO INGLÊS E DO ALEMÃO E ANÁLISE SILÁBICA DOS GLIDES /J/ E /W/ EM<br />
AMBAS AS LÍNGUAS, À LUZ DA FONOLOGIA MULTILINEAR<br />
Mágat Nágelo Junges - PPGL/CNPq/<strong>UFSC</strong><br />
Nesta pesquisa, aborda-se a <strong>de</strong>scrição da estrutura silábica do inglês e do alemão. Seus objetivos são: 1º Apresentar<br />
a sílaba como um componente fonológico universal nas línguas naturais; 2º Descrever resumidamente a estrutura<br />
silábica <strong>de</strong> ambas as línguas citadas; 3º Analisar e comparar brevemente os gli<strong>de</strong>s /j/ e /w/ <strong>de</strong> seus sistemas<br />
silábicos. O método diz respeito à estrutura da sílaba <strong>de</strong> acordo com a fonologia multilinear. Por fim, esses gli<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>iam uma discussão, visto que se apresentam <strong>de</strong> maneira particular na estrutura silábica do inglês e do<br />
alemão.<br />
PROCESSOS FONOLÓGICOS E ANÁLISE CONTRASTIVA: DIFICULDADES FONOLÓGICAS EM ESTUDANTES BRASILEIROS<br />
DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />
Carlos Maroto Guerola – PPGL/<strong>UFSC</strong><br />
Conforme diversos autores da linguística contrastiva e da linguística aplicada, é no léxico que se constata a maior<br />
semelhança entre espanhol e português, sendo o campo fonético/fonológico que apresenta maiores divergências. A<br />
linguística contrastiva visa i<strong>de</strong>ntificar as semelhanças e diferenças estruturais entre a língua materna (LM) <strong>de</strong> um<br />
estudante e a língua estrangeira (LE) alvo com o objetivo <strong>de</strong> prever quais estruturas são passíveis <strong>de</strong> apresentarem<br />
dificulda<strong>de</strong>s e quais facilida<strong>de</strong>s para os alunos levando em conta tal contraste entre LM e LE. A Análise Contrastiva