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26 demais. Reforça-se, portanto, o necessário apoio do diagnóstico laboratorial com as novas técnicas de diagnostico. Djibo, 34 em Niamey, capital do Niger, destaca 13,3% de parasitemia nas amostras sanguíneas dos recém-nascidos. Larkin, 30 em recente estudo na Zâmbia, identifica parasitemia em 29% de 65 recém-nascidos de mães infectadas, sugerindo importância de que a malária congénita tem uma prevalência variável, dependendo de vários factores, como a paridade e a imunidade materna. Menéndez 52 e White 56 referem uma prevalência encontrada em suas pesquisas em bebés de mães que vivem em zonas de alta endemicidade (0,3 à 3,6%), com até 10% em zonas menos endémicas. Mukhatar 26 destaca que a forma de aquisição da infecção por malária é durante a gestação, sobretudo em determinadas regiões endémicas. A febre foi o sinal físico mais frequente, encontrado em seis RN. Nas primeiras 12h após do nascimento, a temperatura foi mensurada duas vezes e aos RN foram observados por duas vezes pela pesquisadora. É importante referir o facto de que aos recém-nascidos que apresentaram febres no domicílio, a temperatura não foi mensurada pela mesma pessoa e não se têm garantias se aferidas nas mesmas condições técnicas, pelo que o viés de mensuração não pode ser afastadas neste parâmetro. Em África, as circunstâncias do diagnóstico de malária em recém-nascidos (malária congénita) como doença é difícil pela escassez de estudos de investigação. Na maior parte do território Angolano, a malária é responsável pelos menores indicadores de saúde, apesar de ser muito frequente entre a população infantil e as gestantes. 1,6 A maioria dos casos de malária congénita em África é causada por P. falciparum e P. vivax, no entanto, todas as quatro espécies que infectam o homem podem acometer os recém-nascidos. 1-2
27 Embora se considere que malária congénita é um evento raro, vários são os estudos que atestam uma prevalência variável, Ricard 5 em seu estudo observou uma prevalencia de 15,3%, Ishag Adam etel 16 (sudão) observou 13,7%, Bergstrom et el 18 em Maputo observou 26,6% em área rural, 19,3% em área suburbana e 7,3% em área urbana. Para que ocorra a transmissão dos merozoítos para a circulação fetal é necessário que haja a infecção placentar. 7,18,20,57 O diagnóstico faz-se mediante a realização da gota espessa usualmente até os sete dias de vida. A gota espessa aumenta a probabilidade de se encontrar parasitas, o que torna o método de eleição para o diagnóstico de malária, pode-se avaliar a parasitemia contando-se o número de parasitas em relação a um determinado número de leucócitos. 7-9,13, O esfregaço permite a determinação percentual da parasitemia, mediante a contagem de eritricitos parasitados em 100 hemacias. No presente estudo, cerca de 22 RNs (4,3 %) foram positivos para malária P. Falciparum, confirmando o diagnóstico de malária congénita. Valores aproximados a 22% foram encontrados por Bergstrom et al 18 e Akindele, Sowunmi & Abohweyere. 29 Larkin, 30 na Zâmbia, obteve prevalência de 29% de neonatos com parasiténia positiva. As principais manifestações clínicas observadas no estudo actual foram febre, baixo peso, prematuridade e anemia. Outros achados inespecíficos tais como letargia, regurgitação, diarreia não foram observados, mesmo após as 12 horas de acompanhamento aos participantes que não é consensual com a literatura que diz que causa morte neonatal, baixo peso ao nascer, partos prematuros e febres. 29,31,51,54 Observaram-se quarenta e quatro lâminas de recém-nascidos positivas com infecção por malária falciparum, pelo que foi necessário tratamento ambulatório aos recém-nascidos que já se encontravam em casa após as doze horas do nascimento, é que devido ao elevado número de partos diários e a escassez de leitos, e desde que a parturiente e
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