Arquivo completo em PDF - Imip
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A infecção por malária durante a gravidez é um probl<strong>em</strong>a importante de<br />
saúde pública <strong>em</strong> regiões tropicais e subtropicais <strong>em</strong> todo o mundo. Todos os anos há<br />
pelo menos 30 milhões de mulheres grávidas <strong>em</strong> zonas maláricas da África, a maioria<br />
das quais reside <strong>em</strong> zonas de transmissão. 1,2 Nas zonas mais endémicas, as mulheres<br />
7,8, 9,10,11<br />
grávidas são o principal grupo de adultos <strong>em</strong> risco por factores imunológicos.<br />
A infecção materna pode resultar numa série de consequências graves, incluindo aborto<br />
espontâneo, morte do neonato, baixo peso ao nascer, partos pr<strong>em</strong>aturos, atraso do<br />
desenvolvimento cognitivo. 5,10-13,<br />
Em zonas de transmissão baixa ou instável, as mulheres grávidas corr<strong>em</strong><br />
risco duplo ou triplo de desenvolver doença grave como resultado de infecção malárica<br />
do que as mulheres não-grávidas vivendo na mesma zona 2,13-16, Nestas zonas, a<br />
mortalidade materna pode resultar quer directamente de malária grave, quer<br />
indirectamente de an<strong>em</strong>ia grave relacionada à malária. 1,14-16 Em áreas endémicas, a<br />
maioria das mulheres desenvolveu imunidade suficiente e por isso, mesmo durante a<br />
gravidez, a infecção por P. falciparum não resulta normalmente <strong>em</strong> febre ou outros<br />
sintomas clínicos. Portanto, o principal impacto da infecção por malária nessas áreas<br />
está associado à an<strong>em</strong>ia materna e à presença de parasitas na placenta. 11,17-19 Apesar de<br />
se conhecer os efeitos, sobre o concepto, da malária durante a gestação e da magnitude<br />
do probl<strong>em</strong>a da malária <strong>em</strong> Angola, ainda não se t<strong>em</strong> conhecimento sobre a ocorrência<br />
de transmissão vertical da doença <strong>em</strong> Angola.<br />
A malária custa à África até 12 milhões de dólares americanos por ano.<br />
Uma família pobre pode gastar até 25% ou mais do seu rendimento anual na prevenção<br />
e no tratamento desta doença. Em consequência deste fardo, estima-se que a malária<br />
atrasa <strong>em</strong> cerca de 1,3% ao ano o crescimento económico dos países Africanos. 1,2