PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP
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6. APRESENTANDO OS COMPONENTES DO PLANEJAMENTO DA MOBILIDADE<br />
92<br />
no Brasil (Curitiba, São Paulo, ABC Paulista,<br />
Goiânia, dentre outras) e em outros países da<br />
América Latina (Bogotá, na Colômbia, e Quito,<br />
no Equador) demonstram um grande potencial<br />
de uso desta tecnologia.<br />
A implantação de sistemas estruturais com<br />
veículos leves exige investimentos iniciais expressivos<br />
em infra-estrutura urbana, ainda que<br />
muito inferiores aos exigidos pelos sistemas<br />
de metrô. O Estado, nas três esferas de governo,<br />
tem papel fundamental a desempenhar<br />
na captação de recursos, seja diretamente, por<br />
meio de recursos orçamentários, ou criando<br />
condições de captação de recursos na iniciativa<br />
privada por meio de concessões, parcerias<br />
público-privada, operações urbanas e outros<br />
instrumentos de financiamento.<br />
6.4.2.3<br />
Trens urbanos e regionais<br />
Os serviços de trens urbanos de passageiros<br />
surgiram no Brasil junto com a expansão do<br />
transporte ferroviário. Hoje a CBTU – Companhia<br />
de Trens Urbanos – empresa do Governo<br />
Federal opera os trens de subúrbio em ligações<br />
metropolitanas ou regionais em Fortaleza, Salvador,<br />
Recife, João Pessoa, Maceió, Teresina e<br />
Natal, aos quais devem ser somadas São Paulo,<br />
operados pelo Governo do Estado por meio<br />
da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos<br />
(CPTM), e Rio de Janeiro, onde o serviço está<br />
a cargo da empresa concessionária Supervia, .<br />
Nas regiões metropolitanas de Fortaleza, Recife<br />
e Belo Horizonte a operação está a cargo respectivamente<br />
METROFOR, METROREC e ME-<br />
TRO BH, e em Porto Alegre, de uma empresa<br />
pública federal (TRENSURB).<br />
A distinção entre serviços metroviários e<br />
ferroviários não é precisa. Um trabalho elaborado<br />
pela Comissão Metro-Ferroviária da<br />
<strong>ANTP</strong> classificou os operadores brasileiros<br />
em quatro grupos de acordo com cinco indicadores<br />
de desempenho (intervalos entre trens,<br />
passageiros transportados por ano, distância<br />
média entre estações, número de viagens realizadas<br />
por ano e passageiros transportados<br />
por quilômetro). O Grupo I inclui três empresas<br />
com características tipicamente metroviárias:<br />
Metrô Rio de Janeiro, Metrô São Paulo e Metrô<br />
Brasília; o Grupo II inclui outros três serviços<br />
que deles se aproximam: Belo Horizonte,<br />
Recife (sistema eletrificado) e Porto Alegre.<br />
Os dois outros grupos (Grupo III: CPTM e Supervia<br />
e Grupo IV: Fortaleza, FLUMITRENS,<br />
João Pessoa, Maceió, Natal, Recife – diesel,<br />
Salvador e Teresina) não podem ser considerados<br />
como metrôs. (MACHADO, SILVA &<br />
Outros, 1999)<br />
Muitas das ferrovias urbanas, mesmo as<br />
linhas que mantém operação, apresentam graves<br />
problemas com ocupação de áreas operacionais<br />
por favelas, criando situações de risco<br />
para os moradores e de redução de desempenho<br />
operacional devido à redução da velocidade<br />
operacional e à maior incidência de acidentes.<br />
Estes casos devem ser abordados dentro<br />
do <strong>PlanMob</strong>.<br />
6.4.2.4<br />
Metrôs<br />
Em todo o mundo o metrô é considerado<br />
como uma solução eficiente para o transporte<br />
de massa nas grandes metrópoles. É um modo<br />
de transporte que apresenta algumas características<br />
relevantes:<br />
• possibilita a promoção de uma intermodalidade<br />
expressiva mediante integrações com<br />
sistemas de ônibus, automóveis e táxis;<br />
• vale-se de novos espaços urbanos, aéreos<br />
e subterrâneo, não sobrecarregando a<br />
infra-estrutura viária;<br />
• causa baixa vibração, emissões e ruídos na<br />
superfície, reduzindo a poluição ambiental;<br />
• permite transportar grandes contingentes<br />
de usuários, com alta velocidade.<br />
Uma linha de metrô, podendo utilizar comboios<br />
de carros com capacidade para 2.000<br />
passageiros e intervalos reduzidos (até 100<br />
segundos), pode prover alta capacidade de<br />
transporte (da ordem de 60 mil passageiros/<br />
hora/sentido) com regularidade, uma vez que<br />
opera em via totalmente segregada, e em ótimas<br />
condições de segurança, em função dos<br />
sistemas de controle e sinalização adotados.