PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP
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Caderno para Elaboração de Plano Diretor de Transporte e da <strong>Mobilidade</strong> - <strong>PlanMob</strong><br />
os ônibus não conseguem entrar. Micro-ônibus<br />
também têm sido empregados na operação de<br />
serviços diferenciados, geralmente com tarifa superior<br />
a dos ônibus, na tentativa de atrair usuários<br />
do transporte individual para o sistema público;<br />
nestes casos, podem apresentar itens de conforto<br />
e segurança adicionais (bancos individuais e<br />
estofados, ar condicionado, por exemplo) e não<br />
permitir o transporte de passageiros em pé, além<br />
de permitir uma relativa flexibilidade de itinerário<br />
ao longo do percurso.<br />
A capacidade de transporte dos sistemas<br />
de transporte urbano depende do tipo de veículo<br />
adotado (capacidade unitária do veículo) e da<br />
freqüência de viagens realizadas. Portanto, a especificação<br />
do tipo de veículo a ser utilizado em<br />
uma determinada situação depende da combinação<br />
de uma série de fatores: o número de passageiros<br />
a ser transportados, os intervalos pretendidos<br />
entre viagens e as características do sistema<br />
viário, de modo que o atendimento aos usuários<br />
seja feito da forma mais racional possível, atendendo<br />
às suas expectativas de conforto, segurança<br />
e rapidez, com a máximo produtividade e<br />
agredindo o mínimo possível o meio ambiente.<br />
Quanto à matriz energética, a quase totalidade<br />
da frota é utiliza o diesel, com poucas<br />
experiências da indústria na utilização de combustíveis<br />
alternativos, como o gás ou biodiesel.<br />
As poucas cidades que operavam com veículos<br />
com tração elétrica (tróleibus) estão desativando<br />
os seus sistemas em função dos elevados custos<br />
de implantação e expansão das redes e devido<br />
à elevação e ao carater horossazonal das<br />
tarifas de energia elétrica. Estes veículos, por<br />
sua vez, são alternativas interessantes na medida<br />
em que não são poluentes e apresentam baixo<br />
nível de ruído.Uma experiência desenvolvida<br />
por operadores brasileiros de utilização de veículos<br />
híbridos (diesel e elétrico), dispensando<br />
a construção de redes aéreas de alimentação<br />
encontra-se ainda em fase de testes.<br />
6.4.2.2 Sistemas estruturais com veículos<br />
leves sobre pneus e trilhos<br />
Os VLTs (veículos leves sobre trilhos) e<br />
VLPs (veículos leves sobre pneus – VLP) têm<br />
sido adotados em diversos países pela combinação<br />
de suas características: atendimento<br />
e níveis de demanda elevados, custo de implantação<br />
menor do que os sistemas de alta<br />
capacidade, capacidade de integração ao meio<br />
urbano e baixo impacto ambiental.<br />
Os VLTs aparecem com diversas tecnologias,<br />
desde simples bondes modernizados, até<br />
sistemas com características muito próximas<br />
às dos metrôs. São estas condições, para o<br />
material rodante e para a via, que determinam<br />
a velocidade operacional, a capacidade de<br />
oferta e o custo de implantação.<br />
Quando implantado com baixa segregação,<br />
os veículos operam em superfície, compartilhando<br />
o sistema viário com o tráfego<br />
local, pelo menos em alguns trechos, o que<br />
exige operação manual e sistemas de sinalização<br />
semafóricos, impedindo que atinja<br />
velocidades mais altas (entre 12 e 22 km/h)<br />
e reduzindo a sua capacidade de transporte,<br />
normalmente em torno de 18 mil passageiros/hora/sentido.<br />
Estes sistemas conseguem manter velocidades<br />
entre 15 e 30 km/h e atingem capacidade<br />
para transportar mais de 25 mil passageiros/hora/sentido,<br />
quando implantados com<br />
alto grau de segregação, isto é, com poucos<br />
cruzamentos em nível, onde têm prioridade absoluta<br />
de passagem, pontos de parada fechados<br />
para permitir a cobrança fora do veículo e<br />
veículos articulados, que podem formar composições<br />
com duas ou três unidades. Quando<br />
implantado em vias totalmente confinadas, em<br />
elevado ou subterrâneo, conseguem operar de<br />
forma totalmente automatizada, com composições<br />
de até 5 unidades, e atingem velocidades<br />
entre 20 e 37 km/h e conseguem transportar<br />
36 mil passageiros/hora/sentido, ou até mais.<br />
(BENVENUTO e outros, 1996)<br />
Os VLPs podem utilizar ônibus articulados<br />
e bi-articulados, movidos a diesel, eletricidade<br />
ou híbridos e, a exemplo do transporte sobre<br />
trilhos, alcançam maior ou menor eficiência<br />
em função do tratamento que recebem na sua<br />
inserção no espaço urbano e no sistema viário.<br />
Diversos exemplos recentes de operação<br />
de corredores estruturais em via segregada,<br />
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