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PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP

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6. APRESENTANDO OS COMPONENTES DO PLANEJAMENTO DA MOBILIDADE<br />

88<br />

tema viário conhecidas como moderação de<br />

tráfego; são medidas que pretendem, ao invés<br />

da proibição da circulação do veículo, induzir<br />

os motoristas a um comportamento mais prudente,<br />

principalmente pela redução da velocidade.<br />

Entre essas técnicas podem ser citadas:<br />

a implementação de equipamentos de redução<br />

de velocidade (lombadas); o estreitamento da<br />

pista; o aumento da largura das calçadas; a<br />

construção de ruas com traçado sinuoso; e a<br />

criação de ruas sem saída e de bolsões residenciais,<br />

onde os veículos não são impedidos ou<br />

restringidos de circular, mas sofrem restrições<br />

das manobras e da velocidade de circulação, a<br />

implantação de faixas de pedestres elevadas,<br />

implantadas na mesma altura que o passeio de<br />

modo que, os motoristas percebam que esta<br />

área é de uso prioritário de pessoas e não de<br />

veículos. A SeMob editou o caderno “Moderação<br />

de Tráfego: medidas para a humanização<br />

da cidade” com referências para a implantação<br />

de medidas de moderação do trânsito nas áreas<br />

escolares, centros históricos, rodovias que<br />

cruzam áreas urbanas, dentre outras. (Disponível<br />

na página do Ministério das Cidades na<br />

internet www.cidades.gov.br)<br />

Também na operação do sistema viário a<br />

prioridade ao pedestre pode estar presente na<br />

programação semafórica com tempos específicos<br />

para as travessias ou por atuação (botoeira),<br />

na fiscalização do estacionamento irregular,<br />

principalmente sobre as calçadas, e na adoção<br />

de equipamentos eletrônicos de controle de<br />

velocidade e obediência aos semáforos.<br />

Foto: SeMob<br />

Os deslocamentos efetuados a pé apresentam<br />

características próprias por possuírem<br />

motivos e comportamentos distintos daqueles<br />

observados nas viagens motorizadas, logo a<br />

incorporação do pedestre ao planejamento da<br />

circulação tende a exigir estudos adicionais e<br />

específicos mas seguindo etapas semelhantes<br />

às utilizadas em qualquer processo de planejamento<br />

convencional.<br />

Por fim, o adequado tratamento da circulação<br />

a pé pode se tornar um forte elemento<br />

de estímulo à mudança de atitudes da população<br />

em relação ao uso do automóvel particular,<br />

sobretudo se for acompanhada de campanhas<br />

de esclarecimentos sobre os efeitos<br />

negativos e as desvantagens econômicas,<br />

sociais e ambientais do modelo de predomínio<br />

do transporte individual, criando maiores<br />

possibilidades para uma reorganização da estrutura<br />

urbana fundada no transporte coletivo<br />

e nos meios não motorizados, sobretudo nas<br />

cidades de médio porte que ainda não consolidaram<br />

seu modelo de circulação.<br />

6.4.1.2<br />

Bicicleta<br />

O Brasil é o terceiro produtor mundial de bicicletas,<br />

com 4,2% da produção mundial, atrás<br />

apenas da China, líder absoluta com 66,7% e<br />

da Índia, com 8,3%. A Associação Brasileira<br />

de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores,<br />

Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)<br />

calcula que haja no país uma frota de 60 milhões<br />

de bicicletas, em um mercado em expansão.<br />

(www.abraciclo.com.br)<br />

A bicicleta é o veículo mais utilizado nos pequenos<br />

centros do país (cidades com menos de<br />

50 mil habitantes) onde o transporte coletivo praticamente<br />

não existe e os automóveis estão fora<br />

do alcance da maioria da população. Ao contrário,<br />

nas cidades médias e grandes, com raras exceções,<br />

o uso do transporte cicloviário está bem<br />

abaixo de seu potencial, tendo seu uso disseminado<br />

em apenas dois segmentos bem distintos<br />

da população: a classe de renda média alta; e<br />

as classes de renda muito baixas. Os primeiros<br />

não usam a bicicleta como meio de transporte<br />

habitual, mas sim como um equipamento esportivo<br />

e costumam se destacar na paisagem com<br />

suas vestimentas coloridas, capacetes e equipamentos<br />

sofisticados que atingem preços ele-

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