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PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP

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Caderno para Elaboração de Plano Diretor de Transporte e da <strong>Mobilidade</strong> - <strong>PlanMob</strong><br />

Este tipo de organização da rede oferece<br />

ainda duas outras vantagens: primeiro, permite<br />

mais possibilidades de ajuste da oferta de<br />

viagens às necessidades da demanda, pela<br />

implementação de modelos operacionais mais<br />

flexíveis, usando veículos expressos, retornos<br />

operacionais e outros artifícios do planejamento<br />

operacional; segundo, o conceito de sistema<br />

de transporte ganha materialidade aos olhos<br />

da população, oferecendo uma melhor legibilidade<br />

da rede para os usuários, os operadores<br />

e para os órgãos gestores.<br />

A gestão pública dos serviços de transporte<br />

coletivo exige um adequado suporte institucional<br />

constituído, em primeiro lugar, por um conjunto<br />

de normas que regulam a sua prestação,<br />

desde a forma e as condições da delegação<br />

de sua exploração para operadores privados,<br />

até as condições mínimas estabelecidas para<br />

a oferta dos serviços aos usuários. Estas normas<br />

geralmente são definidas por leis, decretos,<br />

portarias, contratos e outros instrumentos<br />

que constituem o seu marco regulatório. Outro<br />

ponto importante da base institucional dos serviços<br />

de transporte coletivo de passageiros é a<br />

regularidade das delegações ante às exigências<br />

da lei nº 8.987, de 13.02.1995, que dispõe<br />

sobre o regime de concessão e permissão da<br />

prestação de serviços públicos, previstos no<br />

Artigo 175 da Constituição Federal.<br />

6.3.2<br />

Serviço de táxis<br />

Os táxis constituem um serviço de transporte<br />

público, porém individual. Normalmente<br />

são regulamentados pelas prefeituras por meio<br />

de lei e decretos. O número de operadores é<br />

sempre limitado e controlado pelo poder público<br />

que delega a exploração do serviço para<br />

particulares, condutores autônomos ou empresas,<br />

mediante autorização ou permissão, raramente<br />

precedidas de licitação ou outro tipo de<br />

seleção pública.<br />

As prefeituras fixam as tarifas, ou melhor,<br />

os critérios de composição delas, uma vez que<br />

normalmente se usa uma combinação de fatores:<br />

a bandeirada, uma tarifa quilométrica<br />

(para os deslocamentos) e uma tarifa temporal<br />

(para as horas paradas), variável ao longo<br />

do dia, com valores um pouco mais caros para<br />

horários noturnos e finais de semana (bandeira<br />

2). Na maior parte dos casos a tarifa final<br />

é medida por um taxímetro, regulado com os<br />

parâmetros tarifários fixados pelo poder público,<br />

que é aferido periodicamente; em cidades<br />

pequenas nem sempre é utilizado taxímetro e<br />

o preço das corridas são fixos ou definidos em<br />

função da distância percorrida.<br />

As regras de acesso ao mercado (concessão<br />

de permissões, autorizações ou alvarás)<br />

e transferência de direitos de operação<br />

são normalmente disciplinadas na legislação<br />

ou nos regulamentos municipais que também<br />

podem determinar condições para os veículos<br />

(tipo de carro, padronização visual ou<br />

idade máxima), para os condutores e para a<br />

prestação do serviço, definindo direitos, obrigações<br />

e penalidades. A fiscalização dos serviços<br />

deve ser realizada complementarmente<br />

pela autoridade municipal, no que se refere à<br />

prestação do serviço, e estadual, principalmente<br />

na aplicação das exigências contidas<br />

no Código de Trânsito Brasileiro para veículos<br />

e condutores.<br />

Os táxis recebem pouca atenção das autoridades<br />

e dos planejadores no que se refere ao<br />

seu papel dentro de uma política de mobilidade<br />

urbana. Com um custo mais alto, este serviço<br />

não compete diretamente com o transporte coletivo<br />

urbano, mas cumpre um papel importante<br />

de caráter social, quando utilizado em casos<br />

de emergência, ou econômico, utilizado por<br />

turistas e pessoas em viagens de negócios.<br />

Os táxis também podem representar uma alternativa<br />

de transporte para pessoas de maior<br />

poder aquisitivo, em substituição ao transporte<br />

individual privado, principalmente para acesso<br />

a áreas centrais congestionadas e com pouca<br />

oferta de estacionamento e ainda, a áreas que<br />

tenham acesso restrito ou proibido a automóveis,<br />

dentro de uma política de regulação da<br />

demanda de tráfego.<br />

Dentro de uma visão integrada da gestão<br />

da mobilidade urbana, cabe às prefeituras a<br />

organização dos serviços de táxis sob outros<br />

dois importantes aspectos: a segmentação do<br />

mercado e a distribuição espacial da oferta.<br />

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