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PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP

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6. APRESENTANDO OS COMPONENTES DO PLANEJAMENTO DA MOBILIDADE<br />

72<br />

b)<br />

A questão da idade<br />

A idade influencia diretamente os padrões<br />

da mobilidade, seja pela diminuição da necessidade<br />

ou da capacidade de realizar um deslocamento<br />

de forma autônoma, seja pelas limitações<br />

de acesso aos equipamentos e meios de<br />

transporte oferecidos.<br />

Na Região Metropolitana de São Paulo,<br />

por exemplo, mais uma vez utilizando os dados<br />

da pesquisa origem/destino de 1997, os jovens<br />

são os que mais realizam viagens a pé, principalmente<br />

para ir e voltar da escola. Isto reflete<br />

uma distribuição mais equilibrada da rede de<br />

estabelecimentos de ensino e a impossibilidade,<br />

por insuficiência de renda ou por falta de<br />

habilitação, de uso do transporte motorizado.<br />

As viagens motorizadas, por sua vez, são feitas<br />

predominantemente por pessoas entre 18<br />

e 50 anos, por motivo de trabalho. Nessa mesma<br />

faixa etária estão os índices de mobilidade<br />

mais elevados, com o pico máximo entre 30 e<br />

39 anos. (VASCONCELLOS, 2005, p. 31)<br />

Enquanto os usuários do transporte individual<br />

podem escolher livremente os seus<br />

caminhos, os que dependem dos serviços de<br />

transporte público precisam se adequar às limitações<br />

da rede de serviços, que foram tradicionalmente<br />

moldadas e dimensionadas para o<br />

atendimento das viagens cotidianas por motivo<br />

de trabalho. Conseqüentemente, as redes de<br />

transporte coletivo, no traçado das linhas e no<br />

dimensionamento da oferta, não contemplam<br />

adequadamente pessoas fora desse perfil predominante,<br />

inclusive crianças e idosos.<br />

Foto: Antônio Miranda<br />

Os idosos são usuários cada vez mais<br />

freqüentes do transporte público. Primeiro,<br />

porque os avanços da ciência, principalmente<br />

no campo da medicina, aumentaram a longevidade<br />

da população. Além disto, a legislação<br />

brasileira garante aos maiores de 65<br />

anos a gratuidade nos transportes coletivos,<br />

representando um estímulo para a sua utilização<br />

por essas pessoas, que passam então<br />

a enfrentar dificuldade com as barreiras físicas<br />

existentes nos veículos (altura dos degraus,<br />

por exemplo) nos pontos de parada e<br />

até mesmo nas calçadas.<br />

A ampliação do uso de tecnologias mais<br />

sofisticadas na operação dos transportes,<br />

com crescente automação de atividades,<br />

também pode trazer dificuldades para crianças<br />

e idosos.<br />

No âmbito da gestão da mobilidade nos<br />

municípios, muitas destas dificuldades podem<br />

ser abrandadas mediante ações e programas<br />

nos sistemas de transporte e circulação<br />

como:<br />

• normatização da frota utilizada no transporte<br />

coletivo quanto à altura dos degraus,<br />

altura dos balaústres, anatomia<br />

das roletas, dimensionamento dos bancos,<br />

largura de corredores, entre outros,<br />

com adoção de padrões mais amigáveis<br />

para a terceira idade;<br />

• formação de condutores para conscientizá-los<br />

da necessidade de maiores cuidados<br />

na condução dos veículos, principalmente<br />

em respeito a idosos e crianças,<br />

evitando, por exemplo, freadas e aceleradas<br />

bruscas;<br />

• conservação de passeios e eliminação de barreias<br />

arquitetônicas que possam representar<br />

riscos à circulação de crianças e idosos.<br />

A Coleção de Cadernos do Programa Brasil<br />

Acessível reúne informações mais detalhadas<br />

sobre a acessibilidade nas áreas públicas,<br />

principalmente no caderno 2 “Construindo a<br />

Cidade Acessível” (disponível no endereço eletrônico<br />

: www.cidades.gov.br)

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