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PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP

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6. APRESENTANDO OS COMPONENTES DO PLANEJAMENTO DA MOBILIDADE<br />

70<br />

A legislação local deve estabelecer regras<br />

e parâmetros para análise e aprovação dos<br />

PGTs, tais como:<br />

• condições que configuram um pólo gerador,<br />

considerando os tipos de empreendimento<br />

(terminais de transporte coletivo,<br />

estabelecimentos de ensino, por exemplo)<br />

e sua qualificação (por exemplo, dentro<br />

da categoria de estabelecimentos de ensino,<br />

o impacto de uma escola infantil e<br />

de uma universidade são muito distintos),<br />

pelas dimensões físicas (área construída,<br />

número de pavimentos, etc.), pela localização<br />

(segundo o zoneamento local ou<br />

aspectos ambientais), entre tantos outros<br />

parâmetros;<br />

• padrões quantitativos para dimensionamento<br />

das áreas construídas, como a área<br />

de estacionamento de automóveis, bicicletas<br />

e motos em relação ao tipo e às dimensões<br />

do empreendimento;<br />

• possibilidades de fornecimento de contrapartidas<br />

sociais em situações independentes<br />

do próprio empreendimento.<br />

O impacto que um empreendimento causa<br />

na circulação deve ser analisado a partir<br />

da demanda de viagens por ele gerada,<br />

procurando prever as suas características, o<br />

perfil dos usuários, o tempo médio de permanência<br />

no empreendimento e outros indicadores<br />

que permitam medir os seus efeitos<br />

e dimensionar a demanda adicional na infraestrutura<br />

e nos serviços.<br />

O Estatuto da Cidade prevê que a implantação<br />

ou ampliação de um PGT deve<br />

ser precedida dos estudos de impacto de vizinhança,<br />

que devem contemplar os efeitos<br />

positivos e negativos do empreendimento à<br />

qualidade de vida da população residente na<br />

área de influência direta, nas suas proximidades<br />

e na cidade como um todo.<br />

Ainda segundo o Estatuto, pode ser utilizado<br />

o instrumento das operações urbanas consorciadas,<br />

que consistem em um conjunto de intervenções<br />

e medidas coordenadas pelo poder<br />

público, com a participação dos proprietários,<br />

investidores, moradores e usuários, para ampliação<br />

da infra-estrutura de circulação e transportes<br />

demandada pelos PGTs, com o objetivo<br />

de alcançar transformações urbanísticas.<br />

6.1.5<br />

6.1.5.1<br />

Aspectos sócio-econômicos<br />

Condições sociais<br />

Existe uma relação causa e efeito entre as<br />

condições sociais da população com a sua necessidade<br />

e sua capacidade de deslocamento<br />

na busca das oportunidades das cidades oferecem<br />

para trabalho, educação, serviços e lazer.<br />

Questões como renda, idade, gênero, entre<br />

outros, interferem na mobilidade da população<br />

incluindo-as ou excluindo-as do acesso a estas<br />

oportunidades.<br />

Nas últimas décadas as cidades brasileiras<br />

vêm passando por uma série de transformações:<br />

por um lado, a crescente urbanização que aumenta<br />

seu tamanho e, por outro lado, as alterações<br />

sócio econômicas mudam as necessidades<br />

e os hábitos de deslocamento de suas populações<br />

e interferem nos fluxos de mercadorias.<br />

O emprego industrial ou em escritórios<br />

nas áreas centrais, que geravam um grande<br />

volume de viagens pendulares, vem sendo<br />

substituído pelo crescimento do setor terciário<br />

ou pela descentralização da localização<br />

das unidades de trabalho, que já não exigem<br />

uma mútua proximidade entre serviços complementares.<br />

Como decorrência, as viagens<br />

começam a ser feitas de forma mais dispersa<br />

tanto no espaço como no tempo.<br />

As transformações sociais também ocasionaram<br />

a ampliação da inserção da mulher no<br />

mercado de trabalho e a elevação da longevidade<br />

das populações, ampliando o público<br />

que tradicionalmente utilizava os sistemas de<br />

transportes e circulação da cidade.<br />

a)<br />

A questão da renda<br />

Na mobilidade motorizada, seja ela realizada<br />

por sistemas de transportes públicos ou por

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