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PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP

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Caderno para Elaboração de Plano Diretor de Transporte e da <strong>Mobilidade</strong> - <strong>PlanMob</strong><br />

Os Planos Diretores, tradicionalmente<br />

estabelecem diretrizes para a expansão/adequação<br />

do sistema viário e para o sistema<br />

de transporte público. Incorporar a mobilidade<br />

urbana no Plano Diretor é priorizar, no<br />

conjunto de políticas de transporte e circulação,<br />

a mobilidade das pessoas e não dos<br />

veículos, o acesso amplo e democrático ao<br />

espaço urbano e os meios não motorizados<br />

de transporte.<br />

Destacam-se os seguintes princípios:<br />

1.<br />

2.<br />

Universalização do acesso à cidade;<br />

Controle da expansão urbana;<br />

A grande dificuldade de incorporar a idéia<br />

de mobilidade ao planejamento urbano e regional<br />

contribuiu, através dos anos, para a produção<br />

de cidades cada vez mais excludentes<br />

e insustentáveis do ponto de vista ambiental e<br />

econômico. Esta dificuldade se deve talvez ao<br />

fato de que a infra-estrutura viária é fator determinante<br />

do planejamento físico e territorial,<br />

sendo grande o investimento público a ela destinado<br />

e a pressão exercida pelo crescimento<br />

vertiginoso da frota de veículos privados.<br />

Principais desafios no uso e ocupação<br />

do solo:<br />

• Consolidar e regularizar os centros, áreas<br />

já ocupadas e as parcelas informais da cidade,<br />

promovendo maior aproveitamento<br />

da infra-estrutura existente.<br />

• Controlar a implantação de novos empreendimentos<br />

públicos e privados, condicionando-os<br />

a internalizar e minimizar os impactos<br />

sobre o ambiente urbano, trânsito<br />

e transporte.<br />

3.<br />

4.<br />

5.<br />

6.<br />

Qualidade ambiental;<br />

Democratização dos espaços públicos;<br />

Gestão Compartilhada.<br />

Prevalência do interesse público<br />

• Garantir o uso público do espaço público,<br />

priorizando o pedestre, solucionando ou<br />

minimizando conflitos existentes entre a<br />

circulação a pé e trânsito de veículos e oferecendo<br />

qualidade na orientação, sinalização<br />

e no tratamento urbanístico de áreas<br />

preferenciais para o seu deslocamento;<br />

65<br />

7.<br />

Combate à degradação de áreas residenciais,<br />

ocasionada pelo trânsito intenso<br />

de veículos.<br />

• Implantar obras e adequações viárias para<br />

a viabilidade dos modos de transporte não<br />

motorizados.<br />

A mobilidade urbana é ao mesmo tempo<br />

causa e conseqüência do desenvolvimento<br />

econômico-social, da expansão urbana e da<br />

distribuição espacial das atividades. Além disso,<br />

deve-se considerar a íntima relação entre<br />

infra-estrutura, transporte motorizado e o meio<br />

ambiente. O deslocamento de pessoas e mercadorias<br />

influencia fortemente os aspectos sociais<br />

e econômicos do desenvolvimento urbano,<br />

sendo a maior ou menor necessidade de<br />

deslocamentos definida pela localização das<br />

atividades na área urbana.<br />

• Priorizar os investimentos e o uso do Sistema<br />

Viário para o pedestre e os meios de<br />

Transporte Coletivo, principalmente nas situações<br />

de conflito com o Transporte Individual<br />

e de Carga.<br />

A consolidação de sistemas de transportes<br />

inclusivos, de qualidade e sustentáveis do ponto<br />

de vista econômico e ambiental, passa necessariamente<br />

pelo planejamento urbano e regional<br />

integrado, pela priorização do transporte coletivo,<br />

do pedestre e dos modos não motorizados; pela<br />

restrição ao uso do automóvel e pela participação<br />

e conscientização da sociedade. A prioridade<br />

para o transporte público e os modos não motorizados<br />

devem ser encarados como elementos<br />

fundamentais de inclusão social, preservação<br />

ambiental, desenvolvimento econômico e geração<br />

de emprego e renda. O direito à cidade inclui<br />

necessariamente a acessibilidade aos serviços<br />

públicos, trabalho, educação e lazer, sem a qual<br />

não é possível se falar em cidadania e saúde.

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