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PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP

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Caderno para Elaboração de Plano Diretor de Transporte e da <strong>Mobilidade</strong> - <strong>PlanMob</strong><br />

giões que mobilizam um grande contingente de<br />

trabalhadores rurais em determinadas épocas<br />

da estação (corte de cana, colheita de alguns<br />

produtos, etc.), muitos deles oriundos da área<br />

urbana do município, transportados em ônibus<br />

ou em caminhões.<br />

Tão importante quanto o deslocamento<br />

das pessoas é o transporte de cargas, sendo<br />

necessário conhecer-se o seu perfil e necessidades,<br />

principalmente para o escoamento da<br />

produção agrícola ou de industrias localizadas<br />

na área rural. Neste caso, é necessário conhecer<br />

a sua sazonalidade, o volume de produção<br />

e as características para o transporte de cada<br />

produto, que podem exigir tipos de veículos específicos<br />

e cuidados especiais.<br />

Com base nestas informações, o Município<br />

poderá planejar as suas intervenções<br />

sobre a infra-estrutura, estabelecer diretrizes<br />

para o crescimento da zona rural do município,<br />

elaborar projetos e buscar parcerias junto<br />

aos órgãos estaduais e federais, e mesmo<br />

junto a à iniciativa privada para abertura, extensão<br />

ou alargamento de vias, pavimentação<br />

das existentes, melhoria da sinalização,<br />

e outras medidas que contribuam para o desenvolvimento<br />

da zona rural e do município<br />

como um todo.<br />

6.1.4 Plano Diretor e os Instrumentos<br />

urbanísticos<br />

Cabe aos municípios promover e ordenar o<br />

desenvolvimento das principais funções urbanas<br />

a habitação, o trabalho, o lazer e a circulação<br />

em seus aspectos físico-espaciais, sociais<br />

econômicos e ambientais, estabelecendo um<br />

ordenamento territorial que permita a universalização<br />

do acesso à cidade e às oportunidades<br />

que ela oferece.<br />

Contudo, o divórcio entre as políticas de urbanização<br />

e de mobilidade urbana, não levando<br />

em conta a interdependência entre ambos,<br />

tende a causar graves problemas do ponto de<br />

vista da qualidade de vida, da sustentabilidade<br />

ambiental, da equidade na apropriação da<br />

cidade e dos custos sociais e econômicos de<br />

funcionamento das cidades.<br />

Um primeiro problema é a exagerada setorização<br />

dos usos, produzida por um zoneamento<br />

estanque que reforça a segregação,<br />

principalmente da população de baixa renda,<br />

e obriga a realização de deslocamentos desnecessariamente<br />

extensos, demorados e dispendiosos,<br />

em função da separação total das<br />

áreas residenciais (geradoras de demanda)<br />

das áreas de comércio, serviços e indústrias<br />

(que atraem demanda). Esta configuração<br />

cria uma grande dependência do transporte<br />

motorizado, com maiores custos sociais e<br />

externalidades negativas.<br />

Densidades desequilibradas de ocupação<br />

do território também podem ter efeitos perversos<br />

na mobilidade. A infra-estrutura de transporte<br />

público e de circulação (motorizada ou<br />

não), como também a dos demais serviços<br />

urbanos, é cara e requer significativos investimentos<br />

para sua provisão. Tais investimentos<br />

são melhor aproveitados quando realizados<br />

em eixos de concentração de demanda, onde<br />

beneficiam um maior número de pessoas. Pelo<br />

mesmo raciocínio, a gestão das políticas urbanas<br />

deve estimular o adensamento das atividades<br />

em regiões de fácil acesso e já dotadas<br />

de infra-estrutura de serviços, pois manter uma<br />

densidade populacional muito baixa significa<br />

construir uma cidade pouco racional e com altos<br />

custos de implantação e manutenção dessa<br />

infra-estrutura.<br />

Quanto menor a densidade, maior a expansão<br />

horizontal da cidade e, conseqüentemente,<br />

maiores as distâncias a serem percorridas nas<br />

viagens cotidianas. Ao contrário, densidades<br />

muito altas, sem possibilidade de provisão de<br />

infra-estrutura, equipamentos públicos e serviços<br />

em quantidade e qualidade suficiente levam<br />

à deterioração da qualidade de vida. O equilíbrio<br />

entre a capacidade de oferta da infra-estrutura<br />

de mobilidade urbana instalada e a densidade<br />

de ocupação de cada região da cidade<br />

deve ser um dos elementos predominantes na<br />

determinação dos mecanismos de controle das<br />

edificações, especialmente dos índices de aproveitamento<br />

e das taxas de ocupação, ao lado de<br />

outras referências, tais como: preservação do<br />

patrimônio histórico, sustentabilidade ambiental,<br />

desenvolvimento econômico e outras.<br />

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