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PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP

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Caderno para Elaboração de Plano Diretor de Transporte e da <strong>Mobilidade</strong> - <strong>PlanMob</strong><br />

transportes, as medidas se concentraram em<br />

investimentos em infra-estrutura, principalmente<br />

no sistema viário, sem avançar em soluções<br />

de coordenação institucional (entre os<br />

municípios integrantes da região e o estado)<br />

ou na busca de soluções de integração modal,<br />

operacional ou tarifária.<br />

A acessibilidade proporcionada pelos sistemas<br />

de transporte e de comunicação ampliou<br />

a complementaridade entre os núcleos<br />

urbanizados, formando redes de cidades que<br />

se expressam pelo intercâmbio de fluxos de<br />

pessoas, bens, serviços e informações entre<br />

as unidades geopolíticas que as compõem.<br />

6.1.3.1<br />

Inserção na rede de cidades<br />

A inserção dos municípios dentro das redes<br />

de cidades também determina os seus padrões<br />

de mobilidade urbana. Sob este aspecto, eles<br />

podem ser considerados em três situações:<br />

isolados, como pólo regional e como integrante<br />

de uma região metropolitana, aglomerado urbano<br />

ou região de desenvolvimento integrado.<br />

a)<br />

O município isolado<br />

Com a intensificação da urbanização e o<br />

desenvolvimento dos sistemas de comunicação<br />

(física e virtual), as distâncias físicas perderam<br />

relevância e as possibilidades de interação<br />

entre cidades e regiões se ampliaram.<br />

Contudo, algumas cidades mantêm uma<br />

razoável autonomia na sua organização urbana,<br />

em relação a outros centros. Esta autonomia<br />

é relativa, pois ao mesmo tempo em<br />

que indica uma certa auto suficiência e isolamento<br />

regional, estes municípios são dependentes<br />

dos centros urbanos mais dinâmicos<br />

para acesso a serviços e bens de consumo<br />

mais especializados.<br />

Geralmente são municípios de menor<br />

porte, distante dos grandes centros de produção<br />

e distribuição, caracterizados por estruturas<br />

urbanas simples e pelo isolamento físico<br />

dos municípios vizinhos. Possuem baixa<br />

diversidade de oferta de oportunidades, quase<br />

sempre restrita ao atendimento de seus<br />

habitantes. A mobilidade urbana é predominantemente<br />

interna, determinada quase que<br />

exclusivamente por atividades desenvolvidas<br />

dentro do próprio município, mesmo que não<br />

restritas à área urbanizada; os fluxos de mercadorias<br />

também são intra-municipais, com<br />

baixo impacto dos fluxos de passagem em<br />

seu sistema viário<br />

O planejamento e gestão da mobilidade<br />

urbana e intra-municipal em seus aspectos de<br />

circulação e transportes é de função exclusiva<br />

da Prefeitura com pouca ingerências de outras<br />

instâncias de poder.<br />

b)<br />

O município pólo regional<br />

Municípios de porte médio se caracterizam<br />

por estruturas urbanas mais complexas<br />

e maior diversidade de oferta de oportunidades.<br />

Pelo seu porte, se colocam em condição<br />

de destaque no âmbito regional e se caracterizam<br />

como pólo de oferta de empregos e de<br />

serviços em relação aos municípios vizinhos,<br />

dentro de um raio de alcance tanto maior<br />

quanto mais forte for a dinâmica de sua economia,<br />

a concentração de atividades industriais<br />

ou de serviços ou a sua singularidade<br />

na disponibilidade de alguma função estratégica<br />

econômica (porto ou aeroporto), cultural<br />

(universidade de grande porte), de serviço<br />

(centro hospitalar) ou natural (local de forte<br />

potencial turístico).<br />

É possível que um município que é centro<br />

de uma determinada região possa, por sua vez,<br />

ser polarizado por centros maiores, articulandose<br />

em uma rede hierarquizada de cidades. A<br />

combinação destas relações determinará variações<br />

nos padrões de mobilidade urbana no que<br />

se refere, por exemplo, (i) ao volume e perfil dos<br />

deslocamentos urbanos; (ii) à participação de<br />

serviços de transporte coletivo de natureza intermunicipal;<br />

(iii) à intermodalidade e complementaridade<br />

dos meios de transporte; (iv) à maior<br />

complexidade institucional devido à necessidade<br />

de convivência de distintos órgãos gestores<br />

municipais e estaduais; e (v) à participação da<br />

circulação de passagem, principalmente quando<br />

se tratam de cargas especiais (pela suas dimensões<br />

ou volume) ou perigosas.<br />

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