PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP
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6. APRESENTANDO OS COMPONENTES DO PLANEJAMENTO DA MOBILIDADE<br />
A utilização do transporte coletivo cresce<br />
com as cidades, na média cada habitante<br />
realiza 0,36 viagens por dia nesse modo.<br />
Entretanto, nas cidades com menos de 60<br />
mil habitantes, que possuem uma frota média<br />
de 30 veículos, este índice cai para 0,15<br />
viagem por habitante; enquanto que, nas cidades<br />
com mais de um milhão de habitantes,<br />
onde há uma média de 4.258 ônibus por<br />
cidade, as pessoas fazem 0,64 viagem por<br />
habitante por dia. A produtividade dos sistemas,<br />
ao contrário, é inversamente proporcional:<br />
enquanto, nas cidades menores, há<br />
em média um ônibus para 2.430 habitantes,<br />
nas maiores, em razão das distâncias a serem<br />
percorridas e dos elevados tempos de<br />
viagem, um ônibus atende a apenas a cerca<br />
de 700 habitantes.<br />
54<br />
6.1.2<br />
Organização institucional<br />
Há poucas fontes disponíveis de informações<br />
sistematizadas, no âmbito nacional, sobre a<br />
estrutura organizacional dos sistemas de circulação<br />
e transporte público nas cidades brasileiras.<br />
Em 2002, a Secretaria Especial de Desenvolvimento<br />
Urbano da Presidência da República<br />
realizou uma pesquisa para avaliar as<br />
condições de gestão do transporte público de<br />
passageiros e do trânsito nas principais cidades<br />
brasileiras (foram pesquisadas 40 cidades,<br />
27 delas capitais). Foram definidos 33 indicadores<br />
(18 para a gestão do transporte e 15<br />
para o trânsito) e quatro níveis de gestão: incipiente,<br />
quando praticamente não há gestão pública<br />
sobre esses serviços; mediano, quando<br />
as ações públicas já aparecem, mas de forma<br />
insuficiente; desenvolvido, quando foram verificadas<br />
rotinas e procedimentos que asseguram<br />
ao poder público um razoável controle sobre<br />
os serviços; e avançado, quando existiam práticas<br />
modernas de planejamento e gestão nas<br />
funções normativas fiscalizadoras. (Secretaria<br />
Especial de Desenvolvimento Urbano, 2002)<br />
Mesmo avaliando apenas cidades de médio<br />
e grande porte, o estudo concluiu que, de<br />
forma geral, a gestão do transporte público<br />
sofria um processo de degradação e de desconstrução<br />
de modelos desenvolvidos a partir<br />
da década de 1980, enquanto a gestão do<br />
trânsito evoluía positivamente, principalmente<br />
em função do Código de Trânsito Brasileiro. Os<br />
resultados identificaram uma grande variação<br />
regional no estágio das cidades pesquisadas,<br />
mas destacando os seguintes problemas: