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PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP

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8. ORIENTANDO O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANMOB<br />

172<br />

para a sociedade, análise dos resultados e<br />

proposição de ajustes nos processos. Esta<br />

unidade pode ser o órgão responsável pela<br />

gestão das políticas de mobilidade urbana,<br />

com orientação mais técnica, ou outra instância<br />

que for mais conveniente.<br />

Seja qual for a solução adotada, o fundamental<br />

é destacar a importância da designação<br />

formal de competências e de responsabilidades<br />

para esta unidade, devendo isto ser<br />

tratado também como parte da institucionalização<br />

do <strong>PlanMob</strong>.<br />

8.4 Implementando o Plano de Transporte<br />

e da <strong>Mobilidade</strong><br />

Aprovado o <strong>PlanMob</strong>, a sua implantação<br />

deve ser uma continuidade natural do processo<br />

que o produziu. As atenções da Administração<br />

Municipal precisam se voltar agora<br />

para o acompanhamento da sua implementação<br />

e para as suas inevitáveis revisões e<br />

atualizações, amparadas em mecanismos<br />

permanentes de prestação de contas e de informação<br />

à população.<br />

A execução do plano é atribuição direta<br />

do Poder Executivo. Mesmo quando as diretrizes<br />

e propostas se dirigem para ações<br />

realizadas por entes privados ou públicos de<br />

outras esferas de governo, cabe ao poder<br />

público municipal, a sua condução, as iniciativas<br />

de regulamentação e de gestão dos<br />

serviços de transporte público e de utilização<br />

do sistema viário, a articulação dos investimentos<br />

previstos, ainda que provenientes de<br />

empreendedores privados, a aplicação de todos<br />

os instrumentos contidos no plano e a<br />

sua fiscalização.<br />

O poder executivo precisa ser ajudado<br />

e fiscalizado nesse sentido. Somente<br />

uma ampla articulação de forças políticas<br />

locais, as mesmas que ajudaram a construir<br />

o plano, consegue dar suporte para a<br />

implementação das medidas previstas no<br />

plano, muitas delas contrariando interesses<br />

econômicos e políticos.<br />

Por outro lado, a administração pública também<br />

precisa ser fiscalizada: das ações de seus<br />

representantes máximos (prefeito, secretários,<br />

diretores e outros dirigentes) que conduzem as<br />

políticas públicas, até as dos funcionários que<br />

efetivamente atendem à população e são responsáveis<br />

por colocar em prática os instrumentos<br />

de gestão que dão forma à política.<br />

Um plano desta natureza tem um horizonte<br />

de implementação de dez a vinte<br />

anos, período bastante superior ao mandato<br />

de um governante, e até o de seu sucessor.<br />

Mudanças estruturais nos padrões<br />

da mobilidade urbana como as propostas<br />

dentro da Política Nacional de <strong>Mobilidade</strong><br />

<strong>Urbana</strong> Sustentável e da Política Nacional<br />

de Desenvolvimento Urbano levam tempo<br />

para se consolidar. Por isso, tanto o Plano<br />

Diretor como o <strong>PlanMob</strong> precisam ter continuidade<br />

na sua implementação, sob pena<br />

de perderem totalmente sua efetividade.<br />

Governos e dirigentes futuros podem ter<br />

opiniões divergentes das contidas no Plano, e é<br />

natural que algumas medidas sejam calibradas<br />

para se adequarem a uma nova orientação política.<br />

Tanto que o próprio Plano deve prever mecanismos<br />

de ajustes e de revalidação durante<br />

a sua vigência. Porém, por outro lado, também<br />

é importante a defesa dos principais elementos<br />

contidos no <strong>PlanMob</strong>, principalmente se ele tiver<br />

sido fruto de um amplo processo de planejamento<br />

participativo. O Plano elaborado desta<br />

maneira não expressa apenas a visão do governante<br />

que estava à frente de sua formalização,<br />

mas de toda uma articulação social.<br />

O plano não é do Executivo, muito menos<br />

de um prefeito, é da cidade. Mas, para que isto<br />

de fato ocorra, os agentes que participaram da<br />

sua elaboração precisam apoiar e exigir a sua<br />

implementação, mobilizando-se em sua defesa<br />

quando isto for necessário.<br />

Este acompanhamento demanda organização<br />

e informação. Quanto ao primeiro aspecto,<br />

recomenda-se manter em funcionamento o<br />

Núcleo Gestor, que coordenou a elaboração

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