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PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP

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Caderno para Elaboração de Plano Diretor de Transporte e da <strong>Mobilidade</strong> - <strong>PlanMob</strong><br />

Em todas estas situações, os sistemas<br />

de transporte e de circulação desempenham<br />

papel fundamental, influindo<br />

na sua atratividade para a economia<br />

e na qualidade de vida para as pessoas<br />

que moram ou apenas circulam por ali.<br />

Por princípio, são pólos geradores de<br />

viagens, concentram grandes volumes<br />

de tráfego de veículos e de pessoas que<br />

produzem impactos ambientais não restritos<br />

às próprias áreas.<br />

7.3.2.13<br />

urbano<br />

Controle de demanda de tráfego<br />

O sistema viário de uma cidade tem<br />

capacidade de atender a um determinado<br />

nível de demanda gerada pelas<br />

atividades que nela se desenvolvem,<br />

se a demanda por espaço é maior que<br />

a oferta, ocorrem lentidões, saturação<br />

e congestionamentos. Algumas áreas,<br />

como as áreas centrais, já estão consolidadas<br />

e não oferecem possibilidade de<br />

aumento de capacidade. Isso significa<br />

que a única alternativa de restaurar o<br />

equilíbrio é adotar medidas de restrição<br />

à demanda.<br />

Algumas políticas vem sendo implementadas<br />

em grandes cidades com objetivo de reduzir<br />

a demanda de tráfego urbano, criando<br />

restrições normativas ou encargos econômicos<br />

para impedir ou desestimular a entrada de<br />

mais veículos em áreas saturadas.<br />

Na primeira situação, está o sistema de rodízio<br />

de placas veiculares adotado na cidade<br />

de São Paulo, que procura retirar de circulação,<br />

nos horários de pico, 20% da frota circulante<br />

segundo o dígito final das placas.<br />

Outro método de restrição da oferta (medição<br />

de rampas de acesso) utiliza um controle<br />

semafórico nos acessos a uma via de trânsito<br />

rápido e acesso controlado e com demanda<br />

próxima ao seu limite de saturação. Nos acessos<br />

são instalados laços de detecção e equipamentos<br />

de controle para permitir apenas a<br />

passagem de um número de veículos compatível<br />

com um nível de serviço na malha principal,<br />

mantendo a demanda é represada fora da principal<br />

área de circulação.<br />

No campo das restrições econômicas situam-se<br />

as experiências de cobrança de pedágio<br />

urbano para o acesso em determinadas vias<br />

ou regiões da cidade que procuram limitar a<br />

demanda a partir da capacidade de pagamento<br />

dos usuários (o exemplo de Londres é, talvez,<br />

o mais conhecido).<br />

Uma política de estacionamento, com<br />

maior ou menor disponibilidade de vagas e<br />

com cobrança pela parada em via pública, por<br />

meio de sistemas rotativos pagos, pode também<br />

estimular ou inibir a circulação de veículos<br />

particulares em áreas de tráfego saturado.<br />

7.3.2.14 Regulamentação da circulação do<br />

transporte de carga<br />

Os Planos Diretores de Transporte e da <strong>Mobilidade</strong><br />

devem também contemplar o transporte<br />

de cargas urbanas e suas operações associadas<br />

(carga e descarga, estacionamento, rotas), de maneira<br />

a mitigar os impactos ambientais inerentes a<br />

estas atividades (vibrações, ruído, contaminação<br />

do ar, contaminação do solo, resíduos sólidos e<br />

líquidos, acidentes com cargas perigosas, etc.).<br />

A correlação do sistema de logística e<br />

transporte de cargas urbanas com o padrão de<br />

organização do uso do solo urbano é evidente.<br />

As atividades produtivas necessitam de apoio<br />

logístico que envolve movimentação, armazenagem<br />

e transporte de cargas, em volume e<br />

dimensões nem sempre compatíveis com os<br />

demais usos da cidade: habitação, lazer, estudos,<br />

comércio, trabalhos de escritório ou com<br />

equipamentos urbanos como escolas e hospitais,<br />

causando impactos negativos sobre elas.<br />

Parte desses problemas pode ser minimizada,<br />

preventivamente, pela gestão do uso e<br />

da ocupação do solo, estabelecendo um zoneamento<br />

adequado das industrias, pelo menos das<br />

que produzem maiores impactos ambientais, segregando-as<br />

das áreas mais sensíveis. Porém,<br />

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